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Ocorrência de Curvularia lunata e Curvularia eragrostidis em Tapeinochilus ananassae no estado de Alagoas

COMUNICAÇÕES

Ocorrência de Curvularia lunata e Curvularia eragrostidis em Tapeinochilus ananassae no estado de Alagoas

Daniela Cavalcanti de Medeiros FurtadoI, II,* * Autora para correspondência: Daniela Cavalcanti de Medeiros Furtado. ; Edna Peixoto da Rocha AmorimI, III; André Luiz Beserra GalvãoI, II; Juliana Paiva CarnaúbaI, II; Marcos Nunes de OliveiraI, II

ILaboratório de Fitopatologia da Universidade Federal de Alagoas, Centro de Ciências Agrárias CECA/UFAL, Rio Largo, AL, CEP57100-000. e-mail: furtado_dcm@yahoo.com

IIMestrandos - Bolsita CAPES/ FAPEAL

IIIProfª Adjunto- Depto. Fitotecnia e Fitossanidade, UFAL

O Tapeinochilus ananassae ou gengibre abacaxi, é uma planta da família Costaceae que se encontra entre as plantas ornamentais tropicais cultivadas por diversos produtores, porém o seu cultivo tem sido restringido principalmente devido o aparecimento de várias doenças, entre elas Curvularia lunata e Curvularia eragrostidis causando perdas severas na produção.

Em julho de 2005, em um campo de produção, no município de Rio Largo, em Alagoas, contatou-se a ocorrência de sintomas nas brácteas das inflorescências onde se observam lesões necróticas, que coalescem e evoluem para podridão generalizada da inflorescência de T. ananassae (figura 1A). O objetivo deste trabalho foi identificar o agente causal da podridão em inflorescências de T. ananassae.


Para o isolamento de C. lunata e C. eragrostidis empregou-se o meio de batata-dextrose-ágar (BDA), onde fragmentos de brácteas desinfetados foram incubados a 25ºC em fotoperíodo de 12/ 12 horas claro/escuro.

A patogenicidade do isolado foi efetuada em inflorescências previamente limpas e desinfestadas em hipoclorito de sódio. Discos de BDA contendo micélio dos patógenos foram inseridos em incisões efetuados nas brácteas das inflorescências. As testemunhas receberam discos de meio de cultura, utilizando-se a mesma metodologia. As plantas inoculadas e as testemunhas foram mantidas em câmara úmida por 72 horas, à temperatura ambiente.

As inflorescências inoculadas com os isolados de C. lunata e C. eragrostidis apresentaram sintomas de necrose das brácteas cinco dias após a inoculação. Enquanto as testemunhas permaneceram sadias. As culturas foram então reisoladas em meio BDA e observadas quanto à semelhança, confirmando-se a patogenicidade dos isolados.

A identificação do patógeno foi realizada, respectivamente, através de observações na morfologia e dimensão das estruturas reprodutivas. As dimensões das estruturas foram obtidas por meio de 100 observações das estruturas reprodutivas de cada patógeno.

Os conidióforos em C. eragrostidis e C. lunata se apresentaram escuros, septados, produzindo os conidiosporos simpodialmente. Os conidiosporos em C. eragrostidis (figura 1B), apresentavam-se escuros, retos, quatro células, septo central espesso, medindo 25-16,60 x 15-8,3µm (X=20,38 x 10,62µm), enquanto os conidiosporos em C. lunata (figura 1C), apresentavam-se escuros, curvo, quatro células, sendo uma delas maior e com um lado mais desenvolvido, apresentando certa curvatura nos conídios, medindo 33,20-24,9µm x 18,26-14,9µm (X=29,88 x 16,73µm).

A ocorrência de C. lunata e C. eragrostidis em Tapeinochilus ananassae foi o primeiro relato no estado de Alagoas.

Data de chegada: 21/11/2005. Aceito para publicação em: 17/07/2006.

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    Autora para correspondência: Daniela Cavalcanti de Medeiros Furtado.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      03 Out 2007
    • Data do Fascículo
      Jun 2007
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