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Modelagem matemática e difusividade efetiva das sementes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) durante a secagem

Mathematical modeling and effective diffusion of jatropha (Jatropha curcas L.) seeds during drying

Resumos

O presente trabalho teve o objetivo de ajustar diferentes modelos matemáticos aos dados experimentais da secagem de sementes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.), bem como determinar o coeficiente de difusão efetivo e obter a energia de ativação para a faixa de temperatura utilizada. As sementes de pinhão-manso com teor de água de 0,67 (decimal b.s.) passaram por um período de pré-secagem em ambiente natural para reduzir e homogeneizar o teor de água para 0,30 (decimal b.s.). Em seguida, a secagem foi realizada em secador experimental mantendo-se as temperaturas controladas de 30; 40; 50; 60 e 70 ± 1 ºC e umidades relativas de 55,98; 41,44; 35,35; 26,21 e 13,37 ± 3%, respectivamente. Aos dados experimentais foram ajustados onze modelos matemáticos utilizados para a representação do processo de secagem de produtos agrícolas. Conclui-se que, dentre os modelos analisados, Page e Henderson e Pabis Modificado apresentaram os melhores ajustes aos dados experimentais, sendo o modelo de Page selecionado para a descrição das curvas de secagem do pinhão-manso devido a sua simplicidade; o coeficiente de difusão efetiva aumenta com a elevação da temperatura, apresentando magnitudes entre 3,93x10-10 e 9,19x10-10 m² s-1 para o intervalo de temperatura de 30 a 70 ºC, respectivamente; e a energia de ativação para a difusão líquida do pinhão-manso durante a secagem foi de 15,781 kJ mol-1.

curvas de secagem; modelos matemáticos; energia de ativação


The aim of this study was to adjust different mathematical models to experimental data for jatropha seed drying (Jatropha curcas L.) and determine the effective diffusion coefficient and obtain the activation energy for the temperature range used. Jatropha seeds harvested with moisture content of 0.67 (decimal d.b.) and dried in a natural environment to reduce and homogenize the moisture content for 0.30 (decimal d.b.). Jatropha drying was performed in experimental drier maintained at controlled temperatures of 30; 40; 50; 60 or 70 ± 1 ºC and relative humidity of 55.98; 41.44; 35.35; 26.21 and 13.37 ± 3%, respectively. Experimental data were fitted to eleven mathematical models used to represent the process of drying of agricultural products. It was concluded that among the models tested, Page and Henderson and Modified Pabis presented the best fitting to experimental data, and the Page model selected for describing the drying curves from jatropha because of their simplicity; the effective diffusion coefficient increases with increasing temperature, with magnitudes between 3.93x10-10 and 9.19x10-10 m² s-1 for the temperature range 30-70 ºC, respectively. The activation energy for liquid diffusion during jatropha drying was 15.781 kJ mol-1.

drying curves; mathematical models; activation energy


ARTIGOS CIENTÍFICOS

CIÊNCIA E TECNOLOGIA PÓS-COLHEITA

Modelagem matemática e difusividade efetiva das sementes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.) durante a secagem

Mathematical modeling and effective diffusion of jatropha (Jatropha curcas L.) seeds during drying

Osvaldo ResendeI; Renan UllmannII; Valdiney C. SiqueiraIII; Tarcísio H. ChavesIV; Lênio U. FerreiraV

IEngº Agrícola, Prof. Dr., IF Goiano, Câmpus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde, GO, osvresende@yahoo.com.br

IIGraduando em Agronomia, IF Goiano, Câmpus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde, GO, renanullmann@hotmail.com - Bolsista PIBIC/CNPq

IIIAgrônomo, Doutorando em Engenharia Agrícola, UFLA, vcambuy@yahoo.com

IVGraduando em Agronomia, IF Goiano, Câmpus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde, GO, tarcisio.chaves@hotmail.com - Bolsista PIBIC/CNPq

VGraduando em Agronomia, IF Goiano, Câmpus Rio Verde, Rodovia Sul Goiana, km 01, Zona Rural, Rio Verde, GO, lenio_urzeda@hotmail.com

RESUMO

O presente trabalho teve o objetivo de ajustar diferentes modelos matemáticos aos dados experimentais da secagem de sementes de pinhão-manso (Jatropha curcas L.), bem como determinar o coeficiente de difusão efetivo e obter a energia de ativação para a faixa de temperatura utilizada. As sementes de pinhão-manso com teor de água de 0,67 (decimal b.s.) passaram por um período de pré-secagem em ambiente natural para reduzir e homogeneizar o teor de água para 0,30 (decimal b.s.). Em seguida, a secagem foi realizada em secador experimental mantendo-se as temperaturas controladas de 30; 40; 50; 60 e 70 ± 1 ºC e umidades relativas de 55,98; 41,44; 35,35; 26,21 e 13,37 ± 3%, respectivamente. Aos dados experimentais foram ajustados onze modelos matemáticos utilizados para a representação do processo de secagem de produtos agrícolas. Conclui-se que, dentre os modelos analisados, Page e Henderson e Pabis Modificado apresentaram os melhores ajustes aos dados experimentais, sendo o modelo de Page selecionado para a descrição das curvas de secagem do pinhão-manso devido a sua simplicidade; o coeficiente de difusão efetiva aumenta com a elevação da temperatura, apresentando magnitudes entre 3,93x10-10 e 9,19x10-10 m2 s-1 para o intervalo de temperatura de 30 a 70 ºC, respectivamente; e a energia de ativação para a difusão líquida do pinhão-manso durante a secagem foi de 15,781 kJ mol-1.

Palavras-chave: curvas de secagem, modelos matemáticos, energia de ativação.

ABSTRACT

The aim of this study was to adjust different mathematical models to experimental data for jatropha seed drying (Jatropha curcas L.) and determine the effective diffusion coefficient and obtain the activation energy for the temperature range used. Jatropha seeds harvested with moisture content of 0.67 (decimal d.b.) and dried in a natural environment to reduce and homogenize the moisture content for 0.30 (decimal d.b.). Jatropha drying was performed in experimental drier maintained at controlled temperatures of 30; 40; 50; 60 or 70 ± 1 ºC and relative humidity of 55.98; 41.44; 35.35; 26.21 and 13.37 ± 3%, respectively. Experimental data were fitted to eleven mathematical models used to represent the process of drying of agricultural products. It was concluded that among the models tested, Page and Henderson and Modified Pabis presented the best fitting to experimental data, and the Page model selected for describing the drying curves from jatropha because of their simplicity; the effective diffusion coefficient increases with increasing temperature, with magnitudes between 3.93x10-10 and 9.19x10-10 m2 s-1 for the temperature range 30-70 ºC, respectively. The activation energy for liquid diffusion during jatropha drying was 15.781 kJ mol-1.

Keywords: drying curves, mathematical models, activation energy.

INTRODUÇÃO

Com o incentivo criado pelo Governo Federal brasileiro a partir do Programa de Biodiesel, o plantio de áreas com pinhão-manso (Jatropha curcas L.) vem crescendo, tanto por pequenos agricultores como por empresas agrícolas que buscam explorar novos nichos de mercado; isso se deve principalmente às várias vantagens que o pinhão-manso apresenta em relação à mamona (oleaginosa indicada pelo governo como primeira escolha para projetos relacionados à agricultura familiar), entre elas: menor exigência hídrica e nutricional, capacidade de recuperação de áreas degradadas em função de suas raízes profundas, além de apresentar maior produtividade média (TEIXEIRA, 2005). Logo, a cultura do pinhão-manso tem o potencial de se adaptar às condições adversas ao seu desenvolvimento, podendo ser cultivada praticamente em todas as regiões do Brasil.

Na fase de pós-colheita dos produtos vegetais, a secagem é o processo mais utilizado para assegurar sua qualidade e estabilidade, considerando que a redução do teor de água do material reduz a atividade biológica e as mudanças químicas e físicas que ocorrem durante o armazenamento. Este fenômeno de redução do teor de água dos grãos envolve um processo simultâneo de transferência de calor e massa, que, normalmente, ocorre entre o ar aquecido e a massa de água presente nos grãos por meio de convecção. Assim, é de fundamental importância o melhor entendimento deste processo para se ter uma secagem eficiente, do ponto de vista técnico e econômico.

No desenvolvimento e aperfeiçoamento de equipamentos utilizados para a secagem de grãos, são de fundamental importância a simulação e a obtenção de informações teóricas a respeito do comportamento de cada produto durante a remoção de água. Para a simulação, cujo princípio se fundamenta na secagem de sucessivas camadas delgadas do produto, utiliza-se um modelo matemático que representa, satisfatoriamente, sua perda de água durante o período de secagem (BERBERT et al., 1995; GINER & MASCHERONI, 2002).

As curvas de secagem, em camada delgada, variam com a espécie, variedade, condições ambientais, métodos de preparo pós-colheita, entre outros fatores. Neste sentido, diversos modelos matemáticos têm sido utilizados para descrever o processo de secagem de produtos agrícolas (RESENDE et al., 2008). Esses modelos, geralmente, baseiam-se em variáveis externas ao produto, como a temperatura e a umidade relativa do ar de secagem. Entretanto, não fornecem indicações detalhadas sobre os fenômenos de transporte de energia e de água no interior dos grãos e consideram que todo o processo de secagem ocorre somente no período de taxa decrescente.

Segundo MIDILLI et al. (2002), existem três tipos de modelos de secagem em camada delgada que visam a descrever a cinética de secagem de produtos agrícolas. O modelo teórico, que considera apenas a resistência interna, a transferência de calor e a água entre o produto e o ar quente; os modelos semiteóricos e os empíricos, que consideram somente a resistência interna, a temperatura e a umidade relativa do ar de secagem.

A difusão de água em produtos agrícolas durante a secagem é um processo complexo que pode envolver diferentes mecanismos, como a difusão molecular, difusão capilar, difusão de superfície, fluxo hidrodinâmico, difusão de vapor e difusão térmica (GONELI et al., 2009). A teoria da difusão líquida (modelo teórico) assume que não há influência da capilaridade, despreza os efeitos da transferência de energia e massa de um corpo para outro, e também considera que os corpos entram em equilíbrio térmico com o ar, instantaneamente. Pode-se dizer que o coeficiente de difusão descreve a velocidade de saída de água do grão. Como a difusividade varia conforme mudam as condições de secagem, ela não é intrínseca ao material, e assim, convenciona-se chamá-la de difusividade efetiva (OLIVEIRA et al., 2006).

Diante do destaque da cultura do pinhão-manso no cenário nacional e internacional e da falta de informações teóricas a respeito do comportamento das sementes dessa cultura durante o processo de secagem, objetivou-se com o presente trabalho ajustar diferentes modelos matemáticos aos dados experimentais da secagem de sementes de pinhão-manso e selecionar aquele que melhor representa o fenômeno, além de determinar o coeficiente de difusão efetivo e obter a energia de ativação para o processo de secagem do pinhão-manso submetido a cinco condições de ar.

MATERIAL E MÉTODOS

O presente trabalho foi realizado no Laboratório de Pós-Colheita de Produtos Vegetais e no Laboratório de Sementes do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Goiano - Câmpus Rio Verde (IF Goiano - Câmpus Rio Verde).

A colheita dos frutos e o beneficiamento das sementes foram realizados manualmente, tendo as sementes o teor de água inicial de, aproximadamente, 0,67 (decimal b.s.). Em seguida, as sementes ficaram expostas ao ar natural para reduzir e homogeneizar seu teor de água até 0,30 (decimal b.s.). A secagem foi realizada em estufa com ventilação de ar forçada, com temperaturas controladas de 30; 40; 50; 60 e 70 ± 1 ºC e umidades relativas de 56,0; 41,4; 35,3; 26,2 e 13,4 ±3%, respectivamente, em camada fina.

Durante o processo de secagem, as bandejas de aço com fundo perfurado, contendo 275 gramas de produto, totalizando uma altura de 12 ± 2 cm na bandeja, foram pesadas, juntamente com o produto, periodicamente, até atingirem teores de água de 0,09 ± 0,01 (decimal b.s.) definido como o teor de água recomendado para armazenamento seguro das sementes. As amostras foram pesadas em balanças analíticas da marca "Shimadzu", com resolução de 0,01 g.

Os teores de água das sementes foram determinados por gravimetria, utilizando-se da estufa a 105 ± 1 ºC, durante 24 horas, em três repetições (BRASIL, 2009).

A temperatura e a umidade relativa do ar de secagem foram monitoradas por meio de um psicrômetro instalado no interior da estufa. Para a determinação das razões de umidade do pinhão--manso durante a secagem, utilizou-se a seguinte expressão:

em que,

RX - razão de teor de água, adimensional;

X* - teor de água do produto (decimal b.s.);

Xi* - teor de água inicial do produto (decimal b.s.), e

Xe* - teor de água de equilíbrio do produto (decimal b.s.).

O teor de água de equilíbrio dos grãos de pinhão-manso em cada temperatura foi obtido experimentalmente. As bandejas contendo as amostras permaneceram na estufa até que a massa do produto permanecesse invariável durante três pesagens consecutivas.

Aos dados experimentais da secagem do pinhão-manso ajustaram-se os modelos matemáticos frequentemente utilizados para representação da secagem de produtos agrícolas, conforme apresentação na Tabela 1.

em que,

t - tempo de secagem, h;

k, ko, k1 - constantes de secagem, e

a, b, c, n - coeficientes dos modelos.

Para o ajuste dos modelos matemáticos, realizou-se análise de regressão não linear, pelo método Gauss Newton, utilizando o programa STATISTICA 7.0®. Para verificar o grau de ajuste de cada modelo, foi considerada a magnitude do coeficiente de determinação (R2), do erro médio relativo (P) e do erro médio estimado (SE) e a distribuição de resíduos. O erro médio relativo e o erro médio estimado, para cada um dos modelos, foram calculados conforme as seguintes expressões:

em que,

Y - valor observado experimentalmente (razão de teor de água);

Ŷ- valor estimado pelo modelo (razão de teor de água), e

n - número de observações experimentais.

GLR - grau de liberdade do modelo (número de observações menos o número de parâmetros do modelo).

A solução analítica do modelo da difusão líquida para a forma geométrica cilíndrica, com aproximação de oito termos (eq.(15)), foi ajustada aos dados experimentais de secagem do pinhão-manso considerando o raio equivalente inicial dos grãos e mantendo-o constante ao longo da secagem.

em que,

D - coeficiente de difusão efetivo, m2 s-1;

n - número de termos;

λn - raízes da equação de Bessel de ordem zero;

r - raio de esfera equivalente, 0,01346 m, e

t - tempo de secagem, s.

Adotaram-se as seguintes condições de contorno para a obtenção da solução analítica (BROOKER et al., 1992):

O raio equivalente é definido como o raio de uma esfera com volume equivalente ao do grão. O volume (Vg) de cada grão foi obtido por meio da medição dos três eixos ortogonais (comprimento, largura e espessura), em vinte grãos, no início da secagem, com auxílio de um paquímetro digital, de acordo com a expressão proposta por MOHSENIN (1986):

em que,

a - maior eixo do grão, m;

b - eixo médio do grão, m, e

c - menor eixo do grão, m.

A relação do aumento do coeficiente de difusão, com a elevação da temperatura do ar de secagem, foi descrita por meio da equação de Arrhenius.

em que,

Do - fator pré-exponencial;

Ea - energia de ativação, kJ mol-1;

R - constante universal dos gases, 8,134 kJ kmol-1 K-1, e

Ta - temperatura absoluta, K.

Os coeficientes da expressão de Arrhenius podem ser facilmente obtidos linearizando a eq.(19) com a aplicação do logaritmo na seguinte forma:

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Na Tabela 2, estão apresentados os valores do erro médio relativo estimado (SE), erro médio relativo (P) e do coeficiente de determinação (R2) para os modelos ajustados à cinética de secagem do pinhão-manso em diferentes temperaturas.

Verifica-se que, em relação aos coeficientes de determinação (R2) referentes aos modelos matemáticos ajustados, nota-se que, com exceção do modelo de Midilli para a temperatura de 30 ºC, os demais valores apresentaram-se superiores a 99%, que, de acordo com MADAMBA et al. (1996), indicam uma representação satisfatória do fenômeno em estudo. No entanto, o mesmo autor ressalta que apenas o coeficiente de determinação não constitui um bom critério para a seleção de modelos não lineares; logo, tornam-se necessárias avaliações de outros parâmetros, como o erro médio estimado e o erro médio relativo e a distribuição dos valores residuais.

Observa-se que, para os modelos analisados, o erro médio estimado (SE), que descreve o valor do desvio-padrão da estimativa, apresenta-se com uma alta variação, entre os modelos e as respectivas temperaturas em estudo. Contudo, os modelos de Verma (3), Thompson (4), Page (5), Midilli (7), Henderson e Pabis Modificado (10), Exponencial de Dois Termos (11) e Dois Termos apresentaram os menores valores do SE para a maioria das condições de secagem. Vale salientar que quanto menor for a valor do SE, melhor será a qualidade do ajuste do modelo em relação aos dados experimentais. Ainda na Tabela 2, observa-se que todos os modelos, exceto o de Midilli (7), apresentaram valores do erro médio relativo inferiores a 10%, que, de acordo com MOHAPATRA & RAO (2005), indica uma representação adequada do fenômeno.

Na Tabela 3, são descritos os comportamentos (ou tendências) da distribuição de resíduos para os modelos estudados. Verifica-se que os modelos de Page (5) e Henderson e Pabis Modificado (10) apresentaram uma distribuição aleatória dos resíduos, exceto para a temperatura de secagem de 50 ºC, na qual as distribuições dos resíduos se apresentaram de forma tendenciosa para todos os modelos. Um modelo é considerado aleatório se os valores residuais se encontrarem próximos à faixa horizontal em torno de zero e também não formarem figuras definidas, não indicando tendenciosidade dos resultados. Se apresentar distribuição tendenciosa, o modelo é considerado inadequado para representar o fenômeno em questão (GONELI et al., 2011).

Devido ao menor número de coeficientes e, consequentemente, menor complexidade, o modelo de Page (5) foi escolhido para a representação do fenômeno da secagem das sementes de pinhão-manso. Diversos pesquisadores observaram que o tradicional modelo de Page foi recomendado e aplicado para predizer o fenômeno de secagem de vários produtos agrícolas: feijão- -vermelho (CORRÊA et al., 2007), sementes de feijão-preto (AFONSO JÚNIOR & CORRÊA, 1999), tomate (DOYMAZ, 2007), sementes de amaranto (ABALONE et al., 2006), polpa de maçã (WANG et al., 2007), café arábica (GONELI et al., 2009), mamona (GONELI, 2008), tarragon (ARABHOSSEINI et al., 2009), café (RESENDE et al., 2009a), dentre outros.

Na Tabela 4, estão apresentados os coeficientes do modelo de Page ajustados aos dados experimentais da cinética de secagem do pinhão-manso em diferentes temperaturas.

Verifica-se, na Tabela 4, que a magnitude da constante de secagem (k), que, de acordo com GONELI et al. (2009), representa o efeito das condições externas de secagem, tende a aumentar com a elevação da temperatura do ar de secagem, embora tenha sido sensivelmente menor na temperatura de 50 ºC em relação à de 40 ºC. Segundo MADAMBA et al. (1996) e BABALIS & BELESSIOTIS (2004), a constante de secagem (k) pode ser utilizada como uma aproximação para caracterizar o efeito da temperatura e está relacionada com a difusividade efetiva no processo de secagem para o período decrescente, sendo a difusão líquida que controla o processo. Vale salientar que, no processo de secagem durante qualquer fase de escoamento da água, os fatores externos, como a temperatura, a umidade relativa e a pressão de vapor são os que mais influenciam, uma vez que a saída de água do produto ocorre em função da diferença entre as características do ar de secagem e do produto submetido ao processo.

Com relação ao coeficiente (n) do modelo de Page, que de acordo com MISRA & BROOKER, (1980), citado por ANDRADE et al. (2006), reflete a resistência interna do produto à secagem, não se observou uma tendência definida dos seus valores em relação à temperatura de secagem. Resultados semelhantes foram encontrados por GONELI et al. (2009), para a cinética de secagem dos grãos de café descascados em camada delgada. Normalmente, com a elevação da temperatura do ar de secagem menor o valor de "n", uma vez que há maior diferença entre a pressão de vapor do ar e do grão, promovendo maior remoção de água.

Na Figura 1, estão apresentadas as curvas de secagem das sementes de pinhão-manso estimadas pelo modelo de Page (5). Verifica-se o adequado ajuste do modelo pela correspondência entre os valores experimentais e estimados.


Na Figura 2, são apresentados os valores médios do coeficiente de difusão efetivo para sementes de pinhão-manso submetidas a diferentes temperaturas do ar de secagem.


Verifica-se, na Figura 2, que, durante a secagem, os coeficientes de difusão apresentaram magnitudes entre 3,93x10-10 e 9,19x10-10 m2 s-1, para o intervalo de temperatura de 30 a 70 ºC. Como já descrito por vários pesquisadores (ALMEIDA et al., 2009; CORRÊA et al., 2006; RESENDE, 2006; GONELI et al., 2007; RESENDE et al., 2009b), o coeficiente de difusão aumenta com a elevação da temperatura de secagem.

Segundo GONELI et al. (2009), com o aumento da temperatura, a viscosidade da água diminui e, sendo a viscosidade uma medida de resistência do fluido ao escoamento, variações dessa propriedade implicam alterações na difusão da água nos capilares do grão de modo a favorecer a movimentação desse fluido no produto. No entanto, para o presente trabalho, o coeficiente de difusão foi ligeiramente maior na temperatura de 40 ºC em relação à de 50 ºC, com valores de 5,14x10-10 e 4,87x10-10 m2 s-1, respectivamente. Contudo, esses valores não apresentaram diferença expressiva.

RESENDE et al. (2005) obtiveram valores de 6,32x10-11 a 22,78x10-11 m2.s-1 para o arroz em casca, durante a secagem na faixa de temperatura entre 25 ºC e 55 ºC. Desta forma, pode-se inferir que a água foi removida mais rapidamente nas sementes de pinhão-manso comparativamente aos grãos de arroz, devido a semente de pinhão ser uma oleaginosa e apresentar maior hidrofobicidade em relação ao grão de arroz, que é amiláceo.

Na Figura 3, estão representados os dados experimentais e calculados de razão de teor de água (RX) empregando-se a solução analítica do modelo da difusão líquida com os parâmetros estimados por meio da eq.(15). Verifica-se que há uma discrepância entre os valores experimentais e estimados pelo modelo, refletindo nos valores do coeficiente de determinação entre 88,1 e 94,7%, erro médio relativo para as condições de 50; 60 e 70 ºC acima de 10% e erro médio estimado relativamente alto para a avaliação em estudo (Tabela 5). No entanto, estes parâmetros não comprometeram a obtenção do coeficiente de difusão efetivo por meio da solução analítica do modelo da difusão líquida.


A dependência do coeficiente de difusão com relação à temperatura do ar de secagem foi satisfatoriamente representada pela expressão de Ahrrenius, conforme ilustrado na Figura 4. Observa-se que os valores de Ln (D), em função do inverso da temperatura absoluta (1/Ta), apresentam comportamentos diferentes para os intervalos de temperatura de 30 a 50 ºC e 50 a 70 ºC, em função do coeficiente de difusão efetivo para a temperatura de 40 ºC ter sido sensivelmente superior ao da temperatura de 50 ºC. Assim, pode-se inferir que houve maior interferência das condições externas de secagem na temperatura de 40 ºC, como já descrito pela magnitude da constante de secagem (k).


A eq.(21) apresenta os coeficientes ajustados da expressão de Ahrrenius para o coeficiente de difusão efetivo durante a secagem do pinhão-manso.

Durante a determinação da energia de ativação, a interferência das condições externas de secagem na temperatura de 40 ºC ocasionou um coeficiente de determinação no valor de 85,47%. Termodinamicamente, a energia de ativação é definida como a facilidade com que as moléculas de água superam a barreira de energia durante e migração no interior do produto (CORRÊA et al., 2006). Sendo assim, quanto menor a energia de ativação maior será a velocidade com que a água será removida dos grãos. Conforme verificado na eq.(21), a energia de ativação para a difusão líquida do pinhão-manso foi de 15,781 kJ mol-1, sendo menor que a obtida por CORRÊA et al. (2006) trabalhando com grãos de feijão do grupo vermelho, com valor de 40,08 kJ mol-1, e similar à de mamona obtida por GONELI (2008), em que a energia de ativação apresentou o valor de 15,25 kJ mol-1.

A mamona é uma planta pertencente à mesma família do pinhão-manso (Euphorbiaceae); aliado a isso, as sementes de mamona apresentam propriedades similares às sementes da planta em estudo, como um tegumento lenhoso (rijo e duro) e, segundo NUNES et al. (2009), o endosperma desses grãos é de coloração branca tenra e rica em óleo. Isso explica a semelhança nos valores da energia de ativação entre os produtos.

CONCLUSÕES

Nas condições em que foi desenvolvido o presente trabalho, conclui-se que, dentre os modelos analisados, Page e Henderson e Pabis Modificado apresentaram os melhores ajustes aos dados experimentais, sendo o modelo de Page selecionado para a descrição das curvas de secagem do pinhão-manso devido a sua simplicidade.

O aumento da temperatura de secagem promove maior difusividade de água nas sementes, e a energia de ativação para a difusão líquida do pinhão-manso foi de 15,781 kJ mol-1.

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Recebido pelo Conselho Editorial em: 9-8-2010

Aprovado pelo Conselho Editorial em: 15-8-2011

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    09 Jan 2012
  • Data do Fascículo
    Dez 2011

Histórico

  • Recebido
    09 Ago 2010
  • Aceito
    15 Ago 2011
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