Resumos
A anomalia branquial é a doença congênita mais comum vista pelo cirurgião de cabeça e pescoço. Vinte e três pacientes portadores de anomalias branquiais tratados no período de 1994 a 1997 foram revisados. O diagnóstico clínico foi documentado por ultra-sonografia e comprovado pelo exame histopatológico. Encontramos seis anomalias de primeiro arco (26%); 16 do segundo arco (69,5%); e uma do terceiro (4,5%). Não houve anomalia do quarto arco. Após um seguimento que variou de três a 43 meses, não houve caso de recidiva. A prevalência de anomalias do segundo arco é compatível com a literatura, porém, foi alta a incidência do primeiro arco. O emprego da técnica cirúrgica adequada, com a ressecção de todo o trajeto fistuloso, mostrou-se eficaz.
Cistos; fístulas branquiais
The branchial anomalies are the most common congenital neck mass. Twenty-three patients treated between 1994 and 1997 were reviewed. Clinical diagnosis was confirmed with ultrasonography. First branchial anomalies were seen in 26%, second in 69.5% and third in 4.5%. There was no fourth anomalie. The follow-up was from 3 to 43 months with no cases of recurrence. The prevalence of second branchial anomalies was according to the literature, but we had a high incidence of first anomalies. The surgical management with complete excision was essential for a successful outcome.
Branchial cysts; fistulae
ARTIGOS ORIGINAIS
Anomalias branquiais: revisão de 23 casos
Branchial anomalies: a review of 23 cases
Rogério Aparecido Dedivitis, TCBC-SPI; André Vicente GuimarãesII; Simone Remesso CunhaIII; Alessandra Midori WagatsumaIII
IChefe do Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Ana Costa. Mestre pelo Curso de Pós-Graduação em Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Complexo Hospitalar Heliópolis
IICirurgião de Cabeça e Pescoço do Hospital Ana Costa
IIIAcadêmica da Faculdade de Ciências Médicas de Santos da Fundação Lusíada
Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Dr. Rogério Aparecido Dedivitis Ed. Med Center Rua Olinto Rodrigues Dantas, 343 cj. 92 11050-220 - Santos-SP
RESUMO
A anomalia branquial é a doença congênita mais comum vista pelo cirurgião de cabeça e pescoço. Vinte e três pacientes portadores de anomalias branquiais tratados no período de 1994 a 1997 foram revisados. O diagnóstico clínico foi documentado por ultra-sonografia e comprovado pelo exame histopatológico. Encontramos seis anomalias de primeiro arco (26%); 16 do segundo arco (69,5%); e uma do terceiro (4,5%). Não houve anomalia do quarto arco. Após um seguimento que variou de três a 43 meses, não houve caso de recidiva. A prevalência de anomalias do segundo arco é compatível com a literatura, porém, foi alta a incidência do primeiro arco. O emprego da técnica cirúrgica adequada, com a ressecção de todo o trajeto fistuloso, mostrou-se eficaz.
Unitermos: Cistos e fístulas branquiais.
ABSTRACT
The branchial anomalies are the most common congenital neck mass. Twenty-three patients treated between 1994 and 1997 were reviewed. Clinical diagnosis was confirmed with ultrasonography. First branchial anomalies were seen in 26%, second in 69.5% and third in 4.5%. There was no fourth anomalie. The follow-up was from 3 to 43 months with no cases of recurrence. The prevalence of second branchial anomalies was according to the literature, but we had a high incidence of first anomalies. The surgical management with complete excision was essential for a successful outcome.
Key words: Branchial cysts and fistulae.
Texto completo disponível apenas em PDF.
Full text available only in PDF format.
Recebido em 17/3/98
Aceito para publicação em 9/7/98
Trabalho realizado no Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Ana Costa - Santos - SP.
- 1. Boysen ME, Besche A, Djupesland G, et al. Internal cysts and fistulae of branchial origin. J Laryngol Otol 1979;93:533-9.
- 2. Fava AS, Andrade Sobrinho J, Rapoport A, et al. Cistos e fístulas branquiais. An Paul Med Cir 1981;108 (4):47-56.
- 3. Perezp JA, Henning LE, Valencia CV, et al. Quistes de la segunda hendidura branquial: revision de 32 casos operados. Rev Med Chile 1994; 122 (7):782-7.
- 4. Choi SS, Zalzal GH. Branchial anornalies: a review of 52 cases. Laryngoscope 1995;105:909-13.
- 5. Godin MS, Keams DB, Pransky SM, et al. Fourth branchial pouch sinus: Principles of diagnosis and management. Laryngoscope 1990; 100: 174-178.
- 6. Lin J, Wang K. Persistent third branchial apparatus. J Pediatr Surg 1991;26:663-5.
- 7. Rozas Aristy F. Quistes y fistulas branquiales. Rev Med Caja Seg Soc 1988; 20(2): 79-82.
- 8. Bill Jr AH. Cysts and sinuses of the neck of thyroglossal and branchial origin. Surg Clin North Am 1956; 36: 1599-611.
- 9. Ford GR, Balakrishnan A, Evans JN, et al. Branchial cleft and pouch anoma1ies. J Laryngol. Otol 1992; 106: 137-43.
- 10. Fava AS, Andrade Sobrinho J, Rapoport A, et al. Cistos e fístulas branquiais. Parte 2. An Paul Med Cir 1982;109 (1):9-26.
- 11. Edmonds JL, Girod DA, Woodroof JM, et al. Third branchia1 anomalies. Avoiding recurrences. Arch Otolaryngol Head Neck Surg 1997; 123:438-41.
- 12. Barbosa JF. Surgical treatment of head and neck tumors. Grune & Stratton, New Your, 1974, pp. 252-9.
Endereço para correspondência:
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
17 Maio 2010 -
Data do Fascículo
Out 1998
Histórico
-
Aceito
09 Jul 1998 -
Recebido
17 Mar 1998