Acessibilidade / Reportar erro

Função pulmonar pós-colecistectomia laparoscópica e abreviado tempo anestésico-cirúrgico

Resumos

OBJETIVO: Avaliar a função pulmonar pós-colecistectomias laparoscópicas. MÉTODOS: Estudo prospectivo, onde se avaliaram espirometrias pós-operatórias de 15 pacientes submetidas à colecistectomias laparoscópicas por meio de um tempo anestésico-cirúrgico abreviado. Os dados pós-operatórios foram comparados aos pré-operatórios RESULTADOS: Existiram diferenças significativas para as variáveis Capacidade Vital Forçada (p=0,020) e Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (p=0,022) no pré e pós-operatório imediato, indicando distúrbios ventilatórios restritivos. CONCLUSÃO: Foram observados distúrbios ventilatórios restritivos leves pós-colecistectomias laparoscópicas, com rápida recuperação da função pulmonar, o que pode diminuir a morbidade pulmonar pós-operatória.

Pulmão; Testes de função respiratória; Colecistectomia laparoscópica


OBJECTIVE: To evaluate pulmonary function after laparoscopic cholecystectomies. MEHTODS: Prospective study, in which the post-operative spirometries of 15 patients who underwent laparoscopic cholecystectomies with abbreviated anesthetic-surgical time were analyzed. RESULTS: Significant differences existed for the Forced Vital Capacity variable (p=0,020) and Forced Expiratory Volume in the first second (p=0,022) between pre- and immediate post-operative, indicating restrictive ventilatory disturbances. CONLCUSION: Light restrictive laparoscopic post-cholecystectomy ventilatory disturbances were observed, with rapid recovery of pulmonary function, which may lower post-operative pulmonary morbidity.

Lung; Respiratory function tests; Cholecystectomy; laparoscopic


ARTIGO ORIGINAL

Função pulmonar pós-colecistectomia laparoscópica e abreviado tempo anestésico-cirúrgico

Pulmonary function after laparoscopic cholecystectomy and abbreviated anesthetic-surgical time

Gilson Cassem RamosI; Edísio PereiraII; Salustiano Gabriel Neto - TCBC-GOIII; Enio Chaves de Oliveira- TCBC-GOIV

IDoutor em Medicina pela Universidade de Brasília - UnB - DF- BR

IIProfessor Doutor do Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília - UnB - DF-BR

IIIProfessor Assistente de Técnica Operatória da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Goiás - UFG - GO-BR

IVProfessor Doutor da Disciplina de Coloproctologia da Faculdade de Medicina da UFG - GO-BR

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Gilson Cassem Ramos E-mail: gilson.ramos@terra.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a função pulmonar pós-colecistectomias laparoscópicas.

MÉTODOS: Estudo prospectivo, onde se avaliaram espirometrias pós-operatórias de 15 pacientes submetidas à colecistectomias laparoscópicas por meio de um tempo anestésico-cirúrgico abreviado. Os dados pós-operatórios foram comparados aos pré-operatórios

RESULTADOS: Existiram diferenças significativas para as variáveis Capacidade Vital Forçada (p=0,020) e Volume Expiratório Forçado no 1º segundo (p=0,022) no pré e pós-operatório imediato, indicando distúrbios ventilatórios restritivos.

CONCLUSÃO: Foram observados distúrbios ventilatórios restritivos leves pós-colecistectomias laparoscópicas, com rápida recuperação da função pulmonar, o que pode diminuir a morbidade pulmonar pós-operatória.

Descritores: Pulmão/fisiologia. Testes de função respiratória. Colecistectomia laparoscópica.

ABSTRACT

OBJECTIVE: To evaluate pulmonary function after laparoscopic cholecystectomies.

MEHTODS: Prospective study, in which the post-operative spirometries of 15 patients who underwent laparoscopic cholecystectomies with abbreviated anesthetic-surgical time were analyzed.

RESULTS: Significant differences existed for the Forced Vital Capacity variable (p=0,020) and Forced Expiratory Volume in the first second (p=0,022) between pre- and immediate post-operative, indicating restrictive ventilatory disturbances.

CONLCUSION: Light restrictive laparoscopic post-cholecystectomy ventilatory disturbances were observed, with rapid recovery of pulmonary function, which may lower post-operative pulmonary morbidity.

Key words: Lung/physiology. Respiratory function tests. Cholecystectomy, laparoscopic.

INTRODUÇÃO

Operações realizadas no andar superior do abdome podem induzir a distúrbios ventilatórios restritivos pós-operatórios. Eles são mais acentuados nos procedimentos abertos, contudo são observados também nos laparoscópicos1. Mesmo por meio dessa via, esses procedimentos, em menor monta, promovem inibição reflexa do nervo frênico e disfunção diafragmática2,3. No passado, as colecistectomias por via laparoscópica promoviam reduções importantes da Capacidade Vital Forçada (CVF) e do Volume Expiratório Forçado do 1º segundo (VEF1), semelhantes às observadas pela via aberta4. Contudo esperava-se recuperação mais rápida da função pulmonar pós-operatória. Com o domínio da técnica laparoscópica, sabe-se hoje que, indiscutivelmente, é a de primeira escolha para colecistectomias. Não sendo, porém, isenta de enfraquecimento da função pulmonar pós-operatória.

O objetivo deste estudo foi detectar distúrbios ventilatórios restritivos, sua gravidade e o tempo de recuperação das espirometrias nos pós-operatórios de colecistectomias laparoscópicas, relacionadas aos valores pré-operatórios.

MÉTODOS

Este trabalho foi realizado em pacientes que procuraram o Serviço de Cirurgia do Aparelho Digestivo do Hospital Ortopédico de Goiânia, Goiânia, Brasil. Ele foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Urgências de Goiânia e tendo sido obtido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido das enfermas envolvidas na pesquisa.

Foram escolhidos, aleatoriamente, 15 mulheres com idade entre 21 e 65 anos, com IMC menor ou igual a 35, estado físico ASA (American Society of Anesthesiologists) I ou II, com espirometria, gasometria arterial e radiografia de tórax pré-operatórias normais, e que se submeteriam à colecistectomia sem colangiografia intra-operatória. Excluíram-se enfermas em uso de fármacos com efeito broncodilatador; tabagistas; pacientes cuja estatura não pôde ser determinada com precisão (cifoescoliose, amputação de membros inferiores, acamados); gestantes; portadoras de doenças respiratórias; abdome agudo ou com história médica pregressa de doença diverticular do cólon; enfermas com antecedentes de úlcera gastroduodenal; pacientes com antecedentes clínicos de hemorragia digestiva; portadoras de doença neuromuscular; pacientes psiquiátricas; enfermas com contraindicação de receberem bloqueio anestésico peridural; e as com antecedentes clínicos de alergia à dipirona, diclofenaco de sódio ou aos anestésicos selecionados para uso.

É estudo prospectivo, em que as pacientes foram acompanhadas pós-operatoriamente avaliando suas funções pulmonares. As enfermas foram submetidas à colecistectomias por via laparoscópica, sob bloqueio anestésico peridural mais anestesia geral, com protocolo anestésico padronizado, inclusive com todos os atos anestésicos realizados sempre pelo mesmo anestesiologista. As enfermas foram submetidas à intubação orotraqueal com colocação de cânula número 7,5 e insuflação do balonete com 5mL de ar. A anestesia foi mantida com isofluorano (0,5 a 1%) e N2O, em uma mistura de 50% com O2. Demarcou-se o tempo de duração da intubação, do momento em que a extremidade inferior da cânula atravessava as cordas vocais até a ocasião da extubação orotraqueal, procedimento indicado quando a paciente apresentava amplitude e frequência respiratória clinicamente satisfatórias. Os valores, em minutos da intubação foram arredondados para números inteiros, de forma que o valor considerado na pesquisa foi no máximo 30 segundos de diferença do valor real cronometrado. Procedimento cujo tempo anestésico-cirúrgico ultrapassava 50 minutos, inclusive com extubação orotraqueal, era excluído do estudo e nova paciente era selecionada para compor o grupo. Dipirona 2g endovenosa e diclofenaco de sódio 75mg intramuscular, foram administrados, respectivamente, de 6 em 6 horas e de 12 em 12 horas, iniciando na alta da sala de recuperação pós-anestésica.

As pacientes foram operadas sempre pelo mesmo cirurgião, com a mesma técnica cirúrgica5. Eram posicionadas em decúbito dorsal horizontal. Realizava-se uma incisão na borda superior da cicatriz umbilical, interessando pele e subcutâneo. Introduzia-se um trocarte de 10 mm, iniciando a insuflação de CO2. Estabelecido o pneumoperitôneo (mantido com pressão em torno de 13 mmHg), introduzia-se a câmara e, sob visão direta, procedia-se a inserção de trocartes adicionais na cavidade peritoneal: um de 10mm na região subxifóide e dois de 5mm na região subcostal direita, na linha hemiclavicular e na linha axilar anterior. O procedimento era realizado dissecando-se o peritônio do colo da vesícula e o ducto cístico. Após a identificação da artéria e ducto císticos, realizava-se a clipagem e a secção dessas estruturas. Fazia-se a remoção da vesícula pela secção do peritônio e da adventícia, entre o fígado e a vesícula. A hemostasia era realizada com uso de eletrocautério. A vesícula era retirada pelo orifício subxifóide e a pele suturada. Delimitou-se o tempo da operação em minutos, servindo do mesmo método de aproximação empregado para se obter o tempo de duração da intubação. O início da operação correspondia ao momento da incisão da pele e, o final, ao último ponto na pele.

As enfermas submeteram-se à espirometrias seriadas. O primeiro exame era realizado no pré-operatório. O segundo, no dia seguinte ao procedimento nas 24 horas do pós-operatório imediato. A partir deste momento, a cada dois dias, realizaram-se novas espirometrias até a obtenção de um teste considerado normal para a paciente analisada, momento em que se interrompia a realização de novos testes. As espirometrias foram realizadas sempre pela mesma profissional - técnica em função pulmonar - e utilizando-se o mesmo aparelho: espirômetro portátil Spiro Pro® versão 2.0, validado pela American Thoracic Society (ATS), capaz de medir parâmetros pulmonares de fluxo e volume. Esse equipamento, além de gerar as curvas de Fluxo/Volume e de Volume/Tempo, discriminava 12 variáveis espirométricas e os resultados impressos automaticamente. Os parâmetros analisados foram baseados na equação de regressão de Knudson6. A preparação para cada sessão de espirometria incluía calibrar o espirômetro com seringa apropriada, ajustado de acordo com a temperatura ambiente (25 a 40ºC) e pressão atmosférica (680 mmHg).

Foram proscritos para as pacientes, nas últimas quatro a seis horas, bebida alcoólica, alimentos que contivessem cafeína - tais como chá, café, chocolate e refrigerante tipo coca-cola pelo seu efeito broncodilatador7. As variáveis individuais, estatura (em cm), peso (em kg), gênero feminino e data de nascimento, eram coletadas e armazenadas no espirômetro. Após dez minutos de repouso em ambiente calmo, a enferma era orientada a se colocar em posição sentada e a focar sua atenção para a explicação do procedimento, que era descrito, criteriosamente, dando-se ênfase à necessidade de evitar vazamentos em torno da peça bucal descartável e à importância da inspiração máxima seguida de expiração rápida, potente (explosiva) e sustentada, até que se ordenasse sua interrupção. A narina era obstruída com clipe nasal e o teste realizado em um sistema do tipo fechado. Cada paciente submetia-se a três testes válidos e reprodutíveis. O aparelho Spiro Pro® versão 2.0 utiliza o maior valor obtido da equação CVF + VEF1 para selecionar o melhor teste. Os laudos das espirometrias foram fornecidos sempre pelo mesmo pneumologista, especialista em provas de função pulmonar, que as interpretava sem conhecer a história clínica da paciente. As variáveis CVF e VEF1 foram analisadas, separadamente, no pré e pós-operatórios, até o momento de suas normalizações (80 % do valor teórico pré-calculado para CVF e VEF1). A hipótese de igualdade de médias do grupo, antes e após intervenção cirúrgica, foi verificada por meio do teste t-Student emparelhado8. Valor de p<0,05 foi considerado estatisticamente significativo na avaliação de diferenças entre parâmetros.

RESULTADOS

A tabela 1 refere-se às características demográficas das pacientes e as variáveis operatórias.

A tabela 2 refere-se às variáveis CVF e VEF1, do pré-operatório ao terceiro dia de pós-operatório. Existiram diferenças estatisticamente significativas para ambas as variáveis, quando se compararam pré X pós-operatório imediato (p=0,020 para CVF e p=0,022 para VEF1). A tabela 3 refere-se aos valores individuais de cada uma das variáveis espirométricas, no pré e pós-operatórios.

A figura 1 refere-se às reduções das variáveis espirométricas CVF e VEF1 no pré-operatório e no pós-operatório imediato. Já a figura 2 ilustra a curva dessas mesmas variáveis espirométricas do pré-operatório e 3º dia de pós-operatório.



DISCUSSÃO

No presente estudo observou-se a presença de distúrbios ventilatórios restritivos leves, com redução da CVF e do VEF1, quando essas duas variáveis foram comparadas pré e pós-operatoriamente. Assim, colecistectomia por via laparoscópica também evolui com alterações espirométricas pós-operatórias, observação que se identifica com várias outras publicações científicas9,10. Contudo, nesta pesquisa, a diminuição mais acentuada da CVF e do VEF1 foi, respectivamente, de 8,2% e 8,4% em relação aos valores pré-operatórios. Isso equivale a dizer que os valores espirométricos pós-operatórios são de exames normais, comparados aos valores preditos.

Não foram encontrados relatos de observações científicas equivalentes aos verificados nesse estudo. Vêm-se, habitualmente, alterações mais pronunciadas, mesmo nas laparoscopias, com reduções entre 20% e 30%11-13 em ambas as variáveis ou até mesmo quedas mais significativas de mais de 40%4.

A disfunção diafragmática é o fator causal mais importante relacionado aos distúrbios ventilatórios restritivos pós-colecistectomias2,14,15 e ela está presente, inclusive, nos procedimentos por laparoscopia1,16. Essa disfunção independe da dor pós-operatória2, dura cerca de uma semana, é mediado por mecanismo reflexo aferente de inibição do nervo frênico15, e o diafragma não se apresenta com contratilidade prejudicada17. Outro fator importante na gênese dos distúrbios ventilatórios é a dor pós-operatória, que também contribui para a deterioração da função pulmonar após procedimentos cirúrgicos de abdome superior18.

Outros fatores também são relevantes, pois aumentam a disfunção diafragmática e a dor pós-operatória e tendem a enfraquecer a função pulmonar, dentre os quais a duração da agressão tecidual (tempo cirúrgico prolongado acima de uma ou duas horas), o tamanho da incisão cirúrgica, a lesão de fibras musculares e tempo de intubação maior que duas horas19,20.

Assim, neste experimento, menor disfunção diafragmática e dor pós-operatória, próprias dos procedimentos laparoscópicos21,22 , associadas a tempo anestésico-cirúrgico rápido, foram os principais responsáveis por espirometrias pós-operatórias minimamente alteradas ou normais, relacionadas aos valores preditos. Todas as pacientes apresentaram, no pós-operatório imediato, espirometrias consideradas normais, porém inferiores aos valores dno período pré-operatório. Assim, as variáveis espirométricas CVF e VEF1 diminuíram dos valores pré em relação aos do pós-operatório imediato, e na medida seguinte (3º dia de pós-operatório), os valores já se equivaleram aos do pré-operatório. Algumas pesquisas apontaram para recuperação da função pulmonar pós-colecistectomia laparoscópica entre oito a dez dias18,23 , o que não encontra amparo no presente estudo. Provavelmente, essa diferença poderia ser justificada pelo tempo cirúrgico abreviado, com uma injúria tecidual e disfunção diafragmática menores.

Assim, pôde-se concluir que a função pulmonar após colecistectomia laparoscópica com tempo anestésico-cirúrgico abreviado, tende a recuperação mais rápida, o que pode diminuir a morbidade pulmonar pós-operatória.

Recebido em 14/11/2008

Aceito para publicação em 19/01/2009

Conflito de interesse: nenhum

Fonte de financiamento: nenhuma

Trabalho realizado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade de Brasília - UnB, Distrito Federal, BR.

  • 1. Erice F, Fox GS, Salib YM, Romano E, Meakins JL, Magder SA. Diaphragmatic function before and after laparoscopic cholecystectomy. Anesthesiology. 1993; 79(5):966-75; discussion 27A-28A.
  • 2. Simonneau G, Vivien A, Sartene R, Kunstlinger F, Samii K, Noviant Y, Duroux P. Diaphragm dysfunction induced by upper abdominal surgery. Role of postoperative pain. Am Rev Respir Dis. 1983; 128(5):899-903.
  • 3. Ford GT, Whitelaw WA, Rosenal TW, Cruse PJ, Guenter CA. Diaphragm function after upper abdominal surgery in humans. Am Rev Respir Dis. 1983; 127(4):431-6.
  • 4. Barnett RB, Clement GS, Drizin GS, Josselson AS, Prince DS. Pulmonary changes after laparoscopic cholecystectomy. Surg Laparosc Endosc. 1992; 2(2):125-7.
  • 5. Smadja C, Blumgart L. The biliary tract and the anatomy of biliary exposure. In: Blumgart L. Surgery of the liver and biliary tract. New York: Churcill Livingstone; 1994. p. 11-24.
  • 6. Knudson RJ, Lebowitz MD, Holberg CJ, Burrows B. Changes in the normal maximal expiratory flow-volume curve with growth and aging. Am Rev Respir Dis. 1983; 127(6):725-34.
  • 7. Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. I Consenso brasileiro sobre espirometria. J Pneumol. 1996; 22(3):122-9.
  • 8. Vieira S. Teste t. In: Vieira S. Introdução a bioestatística. 3Ş ed. Rio de Janeiro: Campus; 1980. p. 121-36.
  • 9. Ramos GC, Pereira E, Gabriel Neto S, Oliveira EC, Rassi RH, Lemos Neto SP. Influência da morfina peridural na função pulmonar de pacientes submetidos à colecistectomia aberta. Rev Bras Anestesiol. 2007; 57(4):366-81.
  • 10. Mahul P, Burgard G, Costes F, Guillot B, Massardier N, El Khouri Z et al. Postoperative respiratory function and cholecystectomy by laparoscopic approach. Ann Fr Anesth Reanim. 1993; 12(3):273-7.
  • 11. Frazee RC, Roberts JW, Okeson GC, Symmonds RE, Snyder SK, Hendricks JC, Smith RW. Open versus laparoscopic cholecystectomy. A comparison of postoperative pulmonary function. Ann Surg. 1991; 213(6):651-3.
  • 12. Hasukiæ S, Mesiæ D. Postoperative pulmonary changes after laparoscopic cholecystectomy. Med Arh. 2001; 55(2):91-3.
  • 13. Ravimohan SM, Kaman L, Jindal R, Singh R, Jindal SK. Postoperative pulmonary function in laparoscopic versus open cholecystectomy: prospective, comparative study. Indian J Gastroenterol. 2005; 24(1):6-8.
  • 14. Dureuil B, Cantineau JP, Desmonts JM. Effects of upper or lower abdominal surgery on diaphragmatic function. Br J Anaesth. 1987; 59(10): 1230-5.
  • 15. Sprung J, Cheng EY, Nimphius N, Hubmayr RD, Rodarte JR, Kampine JP. Diaphragm dysfunction and respiratory insufficiency after upper abdominal surgery. Plucne Bolesti. 1991; 43(1-2):5-12.
  • 16. Joris J, Kaba A, Lamy M. Postoperative spirometry after laparoscopy for lower abdominal or upper abdominal surgical procedures. Br J Anaesth. 1997; 79(4):422-6.
  • 17. Dureuil B, Viires N, Cantineau JP, Aubier M, Desmonts JM. Diaphragmatic contractility after upper abdominal surgery. J Appl Physiol. 1986; 61(5):1775-80.
  • 18. de La Peña M, Togores B, Bosch M, Maimo A, Abad S, Garrido P et al. Recuperación de la función pulmonar tras colecistectomía laparoscópica: papel del dolor postoperatorio. Arch Bronconeumol. 2002; 38(2):72-6.
  • 19. Kroenke K, Lawrence VA, Theroux JF, Tuley MR. Operative risk in patients with severe obstructive pulmonary disease. Arch Intern Med. 1992; 152(5):967-71.
  • 20. Wong DH, Weber EC, Schell MJ, Wong AB, Anderson CT, Barker SJ. Factors associated with postoperative pulmonary complications in patients with severe chronic obstructive pulmonary disease. Anesth Analg. 1995; 80(2):276-84.
  • 21. Schauer PR, Luna J, Ghiatas AA, Glen ME, Warren JM, Sirinek KR. Pulmonary function after laparoscopic cholecystectomy. Surgery. 1993; 114(2):389-97.
  • 22. Ellstrom M, Olsen MF, Olsson JH, Nordberg G, Bengtsson A, Hahlin M. Pain and pulmonary function following laparoscopic and abdominal hysterectomy: a randomized study. Acta Obstet Gynecol Scand. 1998; 77(9):923-8.
  • 23. Bablekos GD, Roussou T, Rasmussen T, Vassiliou MP, Behrakis PK. Postoperative changes on pulmonary function after laparoscopic and open cholecystectomy. Hepatogastroenterology. 2003; 50(53):1193- 1200.
  • Endereço para correspondência:

    Gilson Cassem Ramos
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      09 Nov 2009
    • Data do Fascículo
      Ago 2009

    Histórico

    • Recebido
      14 Nov 2008
    • Aceito
      19 Jan 2009
    Colégio Brasileiro de Cirurgiões Rua Visconde de Silva, 52 - 3º andar, 22271- 090 Rio de Janeiro - RJ, Tel.: +55 21 2138-0659, Fax: (55 21) 2286-2595 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
    E-mail: revista@cbc.org.br