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O etil-2-cianoacrilato como selante após ressecção parcial de ceco em rattus norvegicus albinus

Resumos

OBJETIVO: Avaliar a utilização do etil-2-cianoacrilato no tratamento de uma lesão provocada em um segmento parcialmente excluso do intestino do rato: o ceco. MÉTODOS: Utilizaram-se 45 ratos machos da linhagem Wistar, distribuidos em três grupos iguais, sendo que foi realizada a ressecção parcial do ceco. Os grupos foram denominados como: Grupo 1: a lesão foi tratada com aplicação de etil-2-cianoacrilato; Grupo 2: sutura e aplicação de etil-2-cianoacrilato; Grupo 3: sutura em bolsa. Os animais foram acompanhados no pós-operatório e metade de cada grupo foi necropsiada no 14º e restante no 28º pós-operatório. Dessa forma, foram submetidos à avaliação macroscópica, sendo coletadas amostras do ceco para avaliação histológica e, por fim, realizou-se a análise estatística RESULTADOS: O ganho de peso pós-experimento foi diferente nos grupos (p=0,028). A presença de microabcessos foi maior no 28º dia de pós-operatório no grupo 2, em comparação com o grupo 3 (p=0,003). A deposição de colágeno no 28º dia de pós-operatório foi maior no grupo 1 (p=0,036) e a intensidade da inflamação no 14º dia de pós-operatório foi maior no grupo 1 (p=0,045). Nos demais parâmetros avaliados, não ocorreu diferença estatística. CONCLUSÃO: A utilização do etil-2-cianoacrilato foi efetiva no tratamento do coto cecal excluso de ratos frente à avaliação macroscópica, microscópica e evolução pós-operatória.

Cianoacrilato; Cicatrização de Feridas; Colon; Ratos; Adesivos


OBJECTIVE: To evaluate the use of ethyl-2-cyanoacrylate in the treatment of an injury caused in a partially excluded segment of the mouse gut: the cecum. METHODS: We used 45 male Wistar rats, divided into three equal groups; in all there was performed a partial resection of the cecum. The groups were designated as Group 1: the lesion was treated with application of ethyl-2-cyanoacrylate, Group 2: suture and application of ethyl-2-cyanoacrylate, Group 3: purse-string suture. The animals were monitored postoperatively and half of each group was necropsied 14 days after the procedure, the remaining on the 28th. They were subjected to macroscopic evaluation, had cecal samples collected for histological examination and the findings were submitted to statistical analysis. RESULTS: Weight gain after the experiment was different among groups (p=0.028). The presence of microabscesses was higher at 28 days postoperatively in group 2 when compared to group 3 (p=0.003). The collagen deposition on the 28th postoperative day was greater in group 1 (p=0.036) and intensity of inflammation at the 14th postoperative day was greater in group 1 (p=0.045). In the other parameters there was no statistical difference. CONCLUSION: The use of ethyl-2-cyanoacrylate was effective in the treatment of cecal stump exclusion of rats as for macroscopic and microscopic findings and postoperative outcome.

Cyanoacrylate; Wound Healing; Colon; Rats; Adhesives


ARTIGO ORIGINAL

O etil-2-cianoacrilato como selante após ressecção parcial de ceco em rattus norvegicus albinus

Adilson Gomes Faion, ACBC-MGI; Augusto Diogo Filho, TCBC-MGII; Tania Machado de AlcantaraIII; Taciana Fernandes Araujo FerreiraIV

IMestre em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

IIProfessor Associado do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

IIIProfessora Adjunta do Departamento de Clinica Médica da Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, MG, Brasil

IVBolsista de Iniciação Científica do CNPQ, Uberlândia, MG, Brasil

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Ítalo Accetta Adilson Gomes Faion E-mail: faionadilson@yahoo.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a utilização do etil-2-cianoacrilato no tratamento de uma lesão provocada em um segmento parcialmente excluso do intestino do rato: o ceco.

MÉTODOS: Utilizaram-se 45 ratos machos da linhagem Wistar, distribuidos em três grupos iguais, sendo que foi realizada a ressecção parcial do ceco. Os grupos foram denominados como: Grupo 1: a lesão foi tratada com aplicação de etil-2-cianoacrilato; Grupo 2: sutura e aplicação de etil-2-cianoacrilato; Grupo 3: sutura em bolsa. Os animais foram acompanhados no pós-operatório e metade de cada grupo foi necropsiada no 14º e restante no 28º pós-operatório. Dessa forma, foram submetidos à avaliação macroscópica, sendo coletadas amostras do ceco para avaliação histológica e, por fim, realizou-se a análise estatística

RESULTADOS: O ganho de peso pós-experimento foi diferente nos grupos (p=0,028). A presença de microabcessos foi maior no 28º dia de pós-operatório no grupo 2, em comparação com o grupo 3 (p=0,003). A deposição de colágeno no 28º dia de pós-operatório foi maior no grupo 1 (p=0,036) e a intensidade da inflamação no 14º dia de pós-operatório foi maior no grupo 1 (p=0,045). Nos demais parâmetros avaliados, não ocorreu diferença estatística.

CONCLUSÃO: A utilização do etil-2-cianoacrilato foi efetiva no tratamento do coto cecal excluso de ratos frente à avaliação macroscópica, microscópica e evolução pós-operatória.

Descritores: Cianoacrilato. Cicatrização de Feridas. Colon. Ratos. Adesivos.

INTRODUÇÃO

O processo de cicatrização e os meios utilizados para sua aceleração e obtenção de resultados mais eficientes são uma constante preocupação na área médica.

Entre os dispositivos estudados como processos alternativos aos meios comumente utilizados na medicina, a utilização de adesivos sintéticos é descrita e utilizada desde meados da década de cinquenta do século passado. Dentre estes, existem diversas formulações à base de cianoacrilato, como o etil-2-cianoacrilato, pois possuem características positivas, como facilidade de aplicação, polimerização rápida e baixa toxicidade, entre outras, sendo, então, um composto muito citado1.

Normalmente, esses compostos têm sido utilizados como complementos a processos de suturas, sendo o relato de seu uso isolado, muito pouco encontrado e, quando utilizado, os resultados são questionáveis1

Souza e Oliveira 2, no fechamento de pele de ratos, concluíram que o etil-cianoacrilato foi mais bem tolerado, sem induzir necrose, reações alérgicas e infecção, apresentando diversas vantagens em relação ao octilcianoacrilato.

Além de sua utilização como adesivo para coaptação de bordas de feridas cirúrgicas e de vísceras ocas, o cianoacrilato também tem sido descrito experimentalmente no tratamento de fístulas.

Os cianoacrilatos são citados em pesquisas mais recentes, no tratamento de fístulas do sistema digestório3.

A criação de um modelo experimental com a utilização do etil-2-cianoacrilato como tratamento para um segmento terminal, contaminado pelo tubo digestivo, como, por exemplo, o ceco do rato submetido à cecotomia, poderá trazer contribuições para o estabelecimento de alternativas no processo de cicatrização e controle de fístulas do sistema digestório.

Este estudo tem por objetivo avaliar a utilização do etil-2-cianoacrilato no tratamento de uma lesão provocada em um segmento parcialmente excluso do intestino do rato: o ceco.

MÉTODOS

Trata-se de um estudo experimental, desenvolvido nas dependências do laboratório de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, e que seguiu os princípios éticos da experimentação animal, com aprovação pelo Comitê de Ética na Utilização de Animais (CEUA) da UFU protocolo 088/08.

Amostra

Para a realização do experimento foram utilizados 45 ratos machos (Rattus norvegicus albinus) da linhagem Wistar, com idade média de 120 dias e peso entre 135g e 337g. Os animais permaneceram em gaiolas apropriadas, foram expostos à luz em ciclos regulares de 12 horas e receberam ração industrial específica e água ad libidum em todas as fases do experimento. Foram distribuídos igualmente e aleatoriamente para cada grupo experimental e, posteriormente, foi realizado um sorteio para a distribuição em três grupos com 15 animais cada um: Grupo 1: fechamento do coto cecal por aplicação exclusiva do etil-2-cianoacrilato; Grupo 2: fechamento do coto cecal com um ponto de sutura com fio agulhado de algodão 4-0 e aplicação de etil-2-cianoacrilato; Grupo 3: fechamento do coto cecal com sutura em bolsa e com fio agulhado de algodão 4-0.

Procedimentos

A equipe cirúrgica foi composta por quatro cirurgiões, um técnico em laboratório experimental e uma acadêmica de iniciação científica. Contou ainda com orientações de um médico veterinário.

Os animais em jejum de 6 horas foram pesados e depois anestesiados com injeção intraperitoneal de cloridato de ketamina a 10% ("Ketalar®", Agener União 100mg/ml), na dosagem de 30mg por quilo de peso, e cloridrato de xilasine a 2%, ("Calmiun®",Agener União 20mg/ml) na dosagem de 10mg por quilo de peso. Em seguida, os animais foram encaminhados a uma das equipes. Os ratos estavam marcados em código de anéis de cores distintas em suas caudas, para sua correta identificação. Os dados foram anotados em fichas específícas para cada animal.

Os animais foram todos operados em um mesmo dia. Após a realização do procedimento cirúrgico, os animais foram colocados em gaiolas individuais para recuperação anestésica, durante o tempo de duas horas. Depois, foram transferidos para gaiolas em grupos de três, com água e ração disponíveis à vontade.

Técnica

Os animais foram preparados pelo técnico do laboratório, que os fixou com fita adesiva em anteparo próprio em decúbito dorsal, submetendo-os à tricotomia abdominal com lâmina. Posteriormente, foram distribuídos de forma aleatória para cada uma das equipes cirúrgicas.

Procedeu-se com anti-sepsia por meio de uma solução alcoólica de polivinilpirrolidona-iodo a 1% e posicionamento dos campos estéreis.

Os animais foram submetidos à laparotomia mediana, com extensão de 3 cm, identificação e exposição do ceco. Utilizando-se manobra digital procedeu-se o esvaziamento do conteúdo do cecal, em sentido distal. Após o procedimento de preparação do coto cecal, este foi clampeado a cerca de 1 cm de sua base com clipe metálico. Depois foi seccionado a 0,5 cm do clipe e sua parte proximal ressecada, sendo que foi respeitada a margem de 1 cm da implantação do íleo e cólon.

Posteriormente, foi passada a proteção da base do ceco com gazes e lavagem da área exposta, por meio de uma seringa munida de agulha sob pressão com solução salina a 0,9%. Por fim, houve escarificação da mucosa do coto cecal com lâmina de bisturi até sangramento ativo das bordas (Figuras 1 e 2).



O tratamento do coto cecal foi realizado conforme o grupo: Grupo 1 - Aplicação do etil-2-cianoacrilato, utilizando o bico dosador da bisnaga em lâmina homogênea no coto cecal. O coto foi mantido tracionado por 3 minutos, seguido da liberação do clipe e reposicionamento na cavidade abdominal. (Figuras 3 e 4); Grupo 2 - Aproximação das bordas cecais com um ponto central extramucoso, com fio de algodão 4-0 e, em seguida, de etil-2-cianoacrilato. Manutenção do coto cecal tracionado por 3 minutos e liberação na cavidade abdominal; Grupo 3 - Confecção de sutura em bolsa na base do ceco com fio de algodão agulhado 4-0; extramucosa e o devido sepultamento do coto cecal. Manutenção do coto cecal tracionado por 3 minutos e liberação na cavidade abdominal.



Após revisão local, procedeu-se o fechamento da parede abdominal utilizando-se a mesma técnica em todos os grupos: pontos simples de fio categute cromado 4-0, em plano peritônio-aponeurótico e o da pele com pontos separados de mononylon 4-0.

No pós-operatório imediato, os animais receberam uma injeção via intraperitonial, que continha 0,1mL/ 100g de dipirona e 0,1 mL/100g de diclofenaco de sódio.

Necropsias

Os 45 animais foram submetidos à necropsia na seguinte ordem: 24 no 14º dia de pós-operatório, após a dose letal de anestésico, sendo oito animais de cada grupo. Os demais (21 animais, sete de cada grupo) no 28º dia de pós-operatório, também foram submetidos ao mesmo procedimento. Essa dose foi calculada como sendo o equivalente ao dobro da dose terapêutica utilizada na anestesia.

Os animais foram pesados cerca de 30 minutos antes de serem submetidos à dose letal de anestésico. A necropsia foi realizada por um único pesquisador envolvido no experimento. Este não possuía informações sobre qual procedimento o animal havia sido submetido. Dessa forma, foi seguido um cronograma de avaliação, conforme será descrito a seguir.

Durante o procedimento de necropsia, foram avaliadas as características macroscópicas do sítio cirúrgico, do íleo terminal, do ceco, do cólon proximal e da cavidade abdominal. Os parâmetros macroscópicos avaliados foram: presença e grau de formação de aderências, presença de nodulos, linfadenomagalia, fístulas, abscessos, dentre outros. A classificação das aderências adotada foi a proposta e modificada por Diogo Filho4.

Em seguida, realizou-se a ressecção do coto cecal incluindo 0,5 cm do íleo terminal e 0,5 cm do cólon distal. Com isso, objetivou-se a inclusão do coto cecal tratado por uma das formas experimentais já descritas.

Análise Histológica

As peças anatômicas pós-cirúrgicas ressecadas foram fixadas em solução de formalina a 10% por pelo menos 48 horas e enviadas ao laboratório de anatomia patológica do Hospital de Clínicas da UFU. Foram abertas em seu maior diâmetro, sendo identificado o local cirúrgico com auxilio da equipe de pesquisadores e realizados cortes longitudinais abrangendo esta área em número mínimo de cinco cortes.Foram então devidamente processadas, sendo desidratadas em soluções crescentes de etanol, diafanizadas em xilol e emblocadas em parafina. Os blocos foram seccionados transversalmente, em micrótomo, objetivando-se fragmentos para a análise do coto cecal. Obteve-se cortes de 3mc de espessura, os quais foram montados em lâminas histológicas e corados em Hematoxilina-Eosina.

As lâminas foram examinadas por um patologista que desconhecia a que grupo cada animal pertencia. Utilizou-se microscópio de luz de marca Olympus BX60® equipado com microcâmera digital de marca Olympus DP71® conectada a um computador para mensurar: a espessura da parede intestinal na área de tratamento do coto cecal, objetivando o processo de cicatrização; a parede cecal livre de tratamento cirúrgico: essas medidas servirão de controle na comparação com o coto cecal manipulado cirurgicamente.

O estudo morfológico do coto cecal com o objetivo de estudar o processo de cicatrização, avaliará a presença ou ausência de: reepitelização, de abscessos, de granulomas do tipo corpo estranho(CE) ou tipo epitelioide(E). Serão observados também a deposição de colágeno, a proliferação fibroblástica, a neoformação vascular e inflamação. Para avaliação desses parâmetros, foi utilizado um sistema de escores de zero a três, proposto por Durmus et al.5 .

Análise estatística

Os resultados foram submetidos à análise estatística, pelo uso do programa BioEstat, versão 5.0. Para a comparação entre os grupos, foram utilizados testes de análise de variância (ANOVA). Utilizou-se também estatística descritiva para a comparação dos achados na análise macroscópica e dos achados nos pós-operatórios utilizando-se análise de variância, teste bimodal, teste de Kruskal-Wallis, teste de Mann Whitney, T-Student, Tukey e Qui-Quadrado. As diferenças foram consideradas significativas para valores correspondentes a p < 0,05.

Os grupos foram comparados entre si (G1,G2 e G3), no 14º e 28º pós-operatório e também os resultados de cada grupo entre 14º e 28º pós-operatório.

RESULTADOS

Os animais foram avaliados diariamente, com anotações de todas as intercorrências.

Cinco animais, três pertencentes ao grupo 2 e dois pertencentes ao grupo 3, morreram no segundo dia de pós-operatório. Pelo procedimento de necropsia, constatou-se hemorragia intrabdominal em todos os casos, sem outra causa provável para o óbito. Em um animal do grupo 3, falecido no terceiro dia de pós-operatório, foi identificada, na necropsia, peritonite por deiscência do coto cecal. Esses animais foram excluídos do estudo e repostos aleatoriamente aos grupos correspondentes.

Peso pré-operatório

As médias de peso para os animais dos grupos 1, 2 e 3 no pré-operatório não apresentaram significância estatística.

Peso pós-operatório e data da necropsia

Os animais foram pesados cerca de 30 minutos antes de serem submetidos à dose letal de anestésico. Não houve diferença estatística na comparação dos grupos (G1,G2 e G3) para 14º e 28º pós-operatório (PO). Também não houve diferença estatística (teste t student), na comparação entre os grupos correspondentes no 14º e 28º PO.

Variação de peso pós-experimento

A comparação da variação de pesos dos animais entre os grupos G1, G2, e G3 no pré-operatório com os pesos no 14º PO, não demonstrou nenhuma diferença estatística (p=0,1544). Em um dos animais do grupo 3, houve perda de peso de 32g. Observou-se na sua necropsia, várias aderências de alças no sitio cirúrgico dando um aspecto de semi-oclusão intestinal.

Já a comparação da variação de pesos dos animais entre os grupos G1, G2, e G3 no pré-operatório, com os pesos no 28º PO, demonstrou diferença significativa (p=0,028). Utilizando o teste de Tukey, foram também detectadas diferenças entre G1 e G2, mas não entre G1 e G3 e entre G2 e G3. Baseando-se no teste t student, para a comparação dentro de um mesmo grupo no 14º e 28ºPO, verificou-se que os animais do G1 ganharam peso nos dois momentos, porém, sem diferença estatística (p=0,0946). No G2 os animais ganharam peso com diferença estatística (p<0,0001), da mesma forma que no G3 (p=0,0018). A análise dos ganhos de pesos dos animais, comparado o pré-operatório com o pós-operatório no 14º e 28 o PO podem ser observados na tabela 1.

Classificação das aderências

A avaliação macroscópica das aderências, por época das necropsias, foi representada por graus, conforme relatado nos métodos. A maioria dos animais apresentou graus de aderências 2 e 3. Um animal do G1 (14º PO) não apresentou aderências (grau 0), e um animal do G3 (28º PO) apresentou aderências grau 4. Nenhum animal, no presente estudo, apresentou aderência grau 5.

No 14 o PO, e no 28º PO, não houve diferença estatística entre G1 e G2, entre G1 e G3 e entre G2 e G3. Na comparação entre o mesmo grupo no 14º e 28º PO, não foram verificadas diferenças estatísticas significantes. Foi realizada também a comparação global entre 14º e 28º PO entre os três grupos, não sendo observada nenhuma diferença estatística significante.

Presença de outras alterações macroscópicas

Outras alterações macroscópicas foram observadas apenas em seis animais, sendo um no G1, três no G2 e dois no G3. Eles apresentaram granulomas em região de peritônio parietal, e também linfadenomegalia mesentérica. Não foram verificados abscessos, fístulas ou outras alterações em nenhum dos animais (Tabela 2)

Análise microscópica

Em um dos animais, pertencente ao G3, que teve sua necropsia realizada no 28º PO, não foi possível proceder à análise histológica, por dificuldades de identificação do local cirúrgico à microscopia.

Espessura da parede cecal na área de manipulação cirúrgica

Para um animal do G1 (28º PO), bem como dois animais do G3(um no 14º PO e o outro no 28º PO), essa análise não foi possível, devido à disposição das alças intestinais na lâmina, dificultando a mensuração de sua espessura.

Os resultados mostraram que na comparação entre os grupos no tempo do 14º PO, e no 28º PO não houve diferença significativa. Na comparação dos grupos dois a dois, e na avaliação entre os grupos no 14º e 28º PO, não ocorreu diferença estatística.

Espessura da parede cecal livre de manipulação cirúrgica

Os resultados mostraram que na comparação entre os grupos no tempo do 14º PO, não houve diferença significativa. Na comparação dos grupos dois a dois, entre G1 e G2 e entre G1 e G3 não ocorreu diferença significativa , já entre G2 e G3 (p= 0,0233), ocorreu diferença estatística no 14º PO. Da mesma forma, na aplicação da análise de variância na comparação dos grupos do 28º PO, não houve diferença significativa (p = 0,2801). Na comparação dos grupos dois a dois, e na avaliação entre os grupos no 14º e 28º PO, não ocorreu diferença estatística.

Reepitelização da área de manipulação cirúrgica

Todos os animais analisados apresentaram reepitelização parcial ou total no coto cecal. No 14º PO, houve reepitelização incompleta em 75% dos casos em cada grupo. No 28º PO, a reepitelização incompleta foi de 71,4%, 85,7% e 57,1%, para os grupos 1, 2 e 3, respectivamente. Foi utilizado o teste da binomial para a comparação de duas proporções

Ocorreu predomínio de reepitelização incompleta em todos os grupos, tanto no 14º quanto no 28º PO. Não ocorreu diferença estatística entre os grupos.

Microabscessos no sítio de manipulação cirúrgica cecal

Em todos os grupos, a maioria dos animais necropsiados no 14º PO apresentou microabcessos na área de manipulação cirúrgica. Para aqueles animais necropsiados no 28º PO, apenas no G2 houve predominância de microabscessos, sendo que no G3 nenhum dos animais apresentou essa complicação. Foi feito o teste binomial, o qual apresentou diferença estatística entre G2 e G3 no 28º PO. Os demais grupos não apresentaram diferença significativa.

Deposição de colágeno no sítio de manipulação cirúrgica cecal

Houve tendência à maior deposição de colágeno em todos os grupos. A maior parte dos animais apresentou classificação grau 2 de deposição de colágeno. Apenas um animal do grupo 3, no 28º PO, apresentou deposição de colágeno grau 1 e nos animais do grupo 1, no 28º PO, houve discreta predominância de classificação grau 3 (Tabela 3). Na comparação entre os grupos não ocorreu diferença estatística no 14º PO. No 28º PO, também não ocorreu diferença estatística entre os grupos. Comparando os grupos no 14º PO e 28º PO, não ocorreu diferença estatística. Porém, utilizando-se o teste de Kruskal-Wallis para 28º PO, ocorreu diferença estatisticamente significativa entre os grupos, e a diferença está entre G1 e G3 (p = 0.0368), com maior deposição de colágeno em G1. Para 14º PO, utilizando-se esse mesmo teste, não houve diferença entre os grupos.

Proliferação fibroblástica no sítio de manipulação cirúrgica

Todos os animais apresentaram proliferação fibroblástica no sítio cirúrgico, sendo que, geralmente, em cada grupo, houve predominância da classificação grau 2, exceto no G2 no 14º PO e G3 no 28º PO, em que metade dos animais apresentou proliferação grau 2 e a outra metade proliferação grau 3 (Tabela 4). Utilizando o teste de Kruskal-Wallis, não houve diferença entre os grupos para os animais necropsiados no 14º PO e no 28º PO. Comparando os animais de um mesmo grupo no 14º e 28º PO, por meio do teste de Mann-Whitney, também não ocorreu diferença.

Neoformação vascular no sítio de manipulação cirúrgica cecal

Todos os grupos apresentaram neoformação vascular na região de manipulação cirúrgica cecal, predominando, em geral, aquelas classificadas como grau 3. Por meio do teste Kruskal-Wallis, não ocorreu diferença entre os grupos, tanto para os animais do 14º PO quanto para os do 28º PO Da mesma forma, não ocorreu diferença entre os animais de um mesmo grupo necropsiados em tempos diferentes no 14º e 28º PO. Na comparação dos grupos dois a dois, temos no 14º PO e no 28º PO,não ocorreu significância estatística.

Intensidade da inflamação no sítio de manipulação cirúrgica cecal

A grande maioria dos animais apresentou tendência à inflamação grau 2 no sítio de manipulação cirúrgica, sendo que 100% dos animais do G1, sacrificados no 28ºPO, encontravam-se nessa classificação e apenas nos animais do G3, sacrificados no 14º PO, houve predomínio de inflamação grau 3. Não houve diferença estatística entre os grupos comparados dois a dois no 14º e 28º PO. Comparando animais de um mesmo grupo, sacrificados em tempos diferentes, não houve diferença.

Porém, quando utilizado o teste de Kruskal-Wallis, comparando os animais necropsiados no 14º PO, ocorreu diferença estatística (p=0,0454), sendo que esta está entre G1 e G3 com maior processo inflamatório em G3 e também entre G2 e G3 com maior processo inflamatório em G3 (Tabela 5).

Presença e tipo de microgranuloma no sítio de manipulação cirúrgica cecal

Em um animal do grupo 3, sacrificado no 28º PO, não foi possível realizar essa análise, pois ocorreu prejuízo na visualização histológica do sítio de manipulação cirúrgica cecal.

Todos os demais apresentaram formação de granulomas no local anastomosado, sendo estes de ambos os tipos - epitelióide e de corpo estranho.

DISCUSSÃO

Dentre os diversos tipos de cianoacrilatos disponíveis optamos pelo etil-2-cianoacrilato por se tratar de uma substância de fácil acesso, efetiva e relativamente menos tóxica que outras de mesma classe.6 ,7. Corroborando com nossa escolha, temos o estudo de Souza et al.2 constatando a superioridade desse composto sobre o octil-2cianoacrilato e suturas com fios convencionais na síntese de pele de ratos. Os mesmos estudos relatam que o etil-2cianoacrilato é mais bem tolerado, com menos infecção, necrose ou reações alérgicas nos animais tratados, além de custos mais baixos.

A espécie e o número de animais utilizados em cada grupo foi semelhante ou superior ao encontrado em alguns trabalhos2,8,além de ter sido determinada previamente por dados estatísticos.

O peso apresentado pelos animais, imediatamente antes da necropsia, não diferiu entre os grupos quando avaliou-se o ganho de peso pós- experimento dos animais no 14º PO. Verificou-se que os animais do G1 tiveram um ganho médio de peso superior ao G2 e G3, porém sem significância estatística (p=0,1544). No 28º PO verificou-se que os animais do G1 tiveram um ganho de peso inferior ao G2 e G3, com diferença estatística (p= 0,0128 e p= 0,0422 respectivamente). Esse menor ganho de peso nos animais do G1 pode estar relacionado com a toxicidade tecidual causada pelos diversos monômeros de cianoacrilato6,7. Isso posto, abre-se margem à outros estudos para analisar se realmente o etil-2- cianoacrilato é um produto com algum grau de toxicidade aos animais. Por outro lado, o processo de cicatrização prolongado poderia ser um fator agravante que prejudicaria o ganho de peso no G1. Porém, os parâmetros histológicos avaliados não mostraram diferenças significativas entre os grupos quando comparados no 14º e 28º PO. Isso pode significar que a associação do octil-2-cianoacrilato com pontos de sutura convencional em jejuno de coelhos foi similar ao grupo que utilizou apenas sutura convencional9. No presente estudo, nos parâmetros macroscópicos e microscópicos avaliados não foram encontradas evidências que possam explicar esse fato.

A análise do grau de aderência peritoneal nos diferentes grupos e momentos pós-operatórios revelou que não houve diferença estatisticamente significante, o que pode indicar que, tanto o cianoacrilato quanto a técnica padrão-ouro de sepultamento do coto cecal apresentam reações teciduais semelhantes. Ademais, podemos afirmar que a reação tecidual foi mínima para todos os grupos, haja vista as mínimas alterações macroscópicas verificadas, as quais também se distribuíram homogeneamente nos grupos amostrais. Esses achados são controversos na literatura: Matera et al10, em estudo comparativo entre o isobutil-2-cianoacrilato e o n-butil-2-cianoacrilato, verificaram que ambos os compostos provocaram aderência em grau semelhante.

Amaral et al. 9,que avaliaram anastomose jejunal em coelhos por meio de adesivo sintético (octil-2cianoacrilato) ou biológico (fibrina), associado à múltiplos pontos de sutura convencional, verificaram que o índice de aderências não diferiu nos dois grupos.

De acordo com Von Bahten et al.11, que estudaram rafia esplênica utilizando octil-2-cianoacrilato e fio de poliglecaprone, os animais tratados com adesivo apresentaram menores índices de aderência.

Souza et al.1, verificaram predominância de fibrose em enteroanastomoses de delgado e cólon com o uso de metil-2-cianoacrilato em relação ao fio de seda 6-0.

Dos sete parâmetros utilizados na análise microscópica, em quatro não foi detectada diferença estatística (reepitelização da área de manipulação cecal, proliferação fibroblástica, neovascularização e presença e tipo de granuloma).

A espessura da parede intestinal na área de manipulação cirúrgica cecal apresentou-se maior do que a espessura em uma área livre de manipulação, fato esperado pela agressão cirúrgica provocada no local. Nos três grupos não ocorreram diferenças estatísticas na espessura da parede cecal no local de manipulação cirúrgica, independente do tempo de pós-operatório. Isso mostrou que esta é uma alteração precoce no processo de cicatrização e uma intensidade semelhante dos fatores agressores (fio de sutura, etil-2-cianocrilato e a combinação dos dois.), ao contrário de Souza et al. 1, que encontraram uma maior reação com espessamento e estenose com a utilização de adesivo sintético (metil-2-cianoacrilato) quando comparada com fio de seda 6 0.

Os animais do G3 apresentaram diferença em relação aos demais quanto à espessura da parede intestinal normal, fato que pode ser atribuído ao edema e ao preparo das lâminas durante o processamento histológico.

Em relação à presença de microabscessos, em longo prazo (animais necropsiados no 28º PO), verificou-se maior ocorrência nos animais do G2 e menor nos do G3. Os animais do G2 receberam um ponto com fio de sutura adicionalmente ao uso do cianoacrilato, sugerindo que talvez a presença de dois materiais para síntese, com mecanismo de ação diferentes, poderiam desencadear maior reação do que o uso de um material isoladamente. Pontos de sutura convencional, complementados por adesivo sintético ou biológico em enteroanastomoses de coelhos e não mostraram diferença na presença de abscessos9. Portanto, essa avaliação deve ser revista em estudos similares. Ainda dessa análise, depreendemos que o uso de fio de sutura (animais do G3), determinou menor reação inflamatória do que o do cianoacrilato, uma vez que os animais desse grupo apresentaram menor ocorrência de microabscessos em relação aos demais. No estudo de Duarte et al.12, foi verificado um abscesso no grupo tratado com cianoacrilato, e um no grupo tratado com poligalactina, o que determinou a ocorrência dessas reações a processos inerentes à característica do material ou ao procedimento, sem diferença entre os grupos. Há maior tendência à formação de abscesso em reparo de feridas esplênicas de animais tratados com fio de poliglecaprone, em relação ao cianoacrilato ou ao grupo controle, porém sem significado estatístico11.

Todos os animais apresentaram reação granulomatosa do tipo corpo estranho, independente da técnica utilizada ou do tempo de evolução. Essa análise apresenta resultados contraditórios na literatura, podendo haver maior reação com o uso do cianoacrilato13, ou menor formação de granuloma com esse tipo de material2,11,14, bem como padrão semelhante entre os diversos materiais de síntese utilizados9, concordantes com nossos resultados. Podem ser encontrados granulomas bem formados no intestino de animais tratados com cianoacrilato, sacrificados no 28º PO, mas não no 4º ou 14º PO10.

A deposição de colágeno foi uniforme nos animais dos diferentes grupos sacrificados no 14º PO. Uma vez que a proliferação fibroblástica também foi estatisticamente igual nesses animais, podemos afirmar que a qualidade da cicatriz formada nesse período foi semelhante para todos os grupos. No entanto, nos animais que foram necropsiados no 28º PO, no G1, a presença de fibras colágenas foi menor em relação aos demais. Esse fato sugeriu que o uso do cianoacrilato poderia provocar uma cicatriz menos fibrótica, com a remodelação dos feixes de colágeno ocorrendo mais precocemente, um efeito potencialmente benéfico, levando a uma cicatriz mais elástica e, consequentemente, mais fisiológica.

Souza et al. verificaram que a fibrose foi mais intensa em ratos que receberam síntese de lesão cutânea com fio de sutura, em relação aos tratados com dois compostos derivados do cianoacrilato (etil-cianoacrilato e octilcianoacrilato) e ainda que, em todos os grupos, a fibrose tenha sido mais intensa em períodos pós-operatórios mais tardios. Há uma tendência a maior formação de colágeno maduro (tipo III) em animais tratados com cianoacrilato, do que naqueles que receberam sutura com poliglecaprone, porém, sem significância estatística11. Comparando-se os adesivos sintéticos e biológicos, há relatos9,13 que as colas de fibrina foram capazes de estimular melhor a formação de colágeno do tipo I e especialmente do tipo III, em relação ao cianoacrilato ou ao fio de sutura.

Neste trabalho, observou-se maior inflamação na área de manipulação cirúrgica cecal nos animais do G3 necropsiados no 14º PO. No entanto, no 28º PO, a distribuição entre os grupos foi estatisticamente igual. Isso pode indicar que, em período mais precoce, o cianocrilato é capaz de desencadear menor reação local que a presença de fio de sutura isoladamente, sendo que essa tendência não se mantém com resultados semelhantes entre os grupos em período de seguimento posterior. Souza et al.2 verificou que a reação inflamatória foi mais evidente nos períodos mais iniciais de pós-operatório, especialmente nos grupos tratados com cianoacrilato. Para Duarte et al.12, a avaliação quantitativa das células inflamatórias não demonstrou diferença estatística nos animais tratados com cianoacrilato ou poligalactina. Para Saito et al15 o alfa-cianoacrilato apresentou melhor reação tecidual que o fio de seda em suturas no subcutâneo de ratos. Podemos supor que o processo inflamatório inicial provocado pelo etil-2-cianoacrilato é mais intenso no período inicial igualando-se, porém, no transcorrer do tempo, com os outros materiais, levando até mesmo à uma deposição menor de colágeno tardiamente. Essa reação tecidual mais intensa pode estar relacionada com a toxicidade do composto químico. Saska et al.6, Stephen et al .7 e Souza et al. 2, relatam esses diferentes graus de toxicidade dos monômeros de cianoacrilato, concluindo que a toxicidade de compostos à base dessa substância podem alterar-se mediante as alterações de sua cadeia.

Ao mesmo tempo, a possibilidade de se utilizar o etil-2-cianoacrilato como método para a oclusão de fístulas colônicas tem de ser levado em consideração. Seguindo o modelo desse estudo, em que se tratou um segmento excluso de ceco altamente colonizado e contaminado, podemos considerar que o tratamento foi significativamente efetivo ao se promover o fechamento do trajeto mucoso sem complicações como deiscências ou fistulas, sem formação de abscessos e com resultado similar ao método convencional com desbridamento e rafia (G3).

Tanto nos achados de nosso estudo quanto na maioria das publicações avaliadas na literatura, a maior reação inflamatória inicial e a maior fibrose tardia após o uso de adesivos de etil-2-cianoacrilato, que a princípio poderia estar contra-indicado nas anastomoses intestinais, é favorável para que a oclusão do coto cecal excluso se torne uma maneira de tratamento para fistulas digestivas.

Concluindo, a utilização do etil-2-cianoacrilato foi efetiva no tratamento do coto cecal excluso de ratos frente à avaliação macroscópica, microscópica e evolução pós-operatória.

Recebido em 15/11/2009

Aceito para publicação em 25/01/2009

Conflito de interesse: nenhum

Fonte de financiamento: nenhuma

Trabalho realizado no Laboratório de Técnica Cirúrgica e Cirurgia Experimental da Faculdade Medicina da Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Dissertação apresentada ao programa de Pos Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia como requisito parcial para obtenção do grau de mestre.

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  • Endereço para correspondência:
    Ítalo Accetta
    Adilson Gomes Faion
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      20 Abr 2011
    • Data do Fascículo
      Fev 2011

    Histórico

    • Recebido
      15 Nov 2009
    • Aceito
      25 Jan 2009
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