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Avaliação do número de células caliciformes nas criptas da mucosa colônica com e sem trânsito intestinal

Resumos

OBJETIVO: Medir a espessura das criptas e quantificar o número de células caliciformes comparando a mucosa cólica com e sem trânsito intestinal, relacionando-as ao tempo de exclusão. MÉTODOS: Sessenta ratos Wistar, foram distribuídos em três grupos com 20 animais segundo a operação final para a retirada dos cólons, realizadas em seis, 12 ou 18 semanas. Em cada grupo, 15 animais foram submetidos à derivação do trânsito por colostomia proximal no cólon esquerdo e fístula mucosa distal e cinco apenas à laparotomia (controle). Os cólons com e sem trânsito fecal foram removidos, processados, submetidos a cortes histológicos corados pela hematoxilina-eosina. A altura das criptas colônicas e o número de células caliciformes foram mensurados por morfometria computadorizada. Foram utilizados os testes t de Student e Kruskal-Wallis para comparação e análise de variância, estabelecendo-se nível de significância de 5% (p<0,05). RESULTADOS: A altura das criptas diminui nos segmentos sem trânsito fecal (p=0,0001), reduzindo entre seis e 12 semanas de exclusão (p=0,0003), estabilizando-se após este período. O número de células caliciformes nas criptas é menor nos segmentos sem trânsito após 12 e 18 semanas (p=0,0001), porém aumenta com o decorrer do tempo de exclusão (p=0,04) CONCLUSÃO: A exclusão do trânsito intestinal diminui a espessura das criptas colônicas e o número de células caliciformes nos segmentos sem trânsito. Existe aumento do número de células caliciformes com o decorrer do tempo de exclusão.

Colo; Colite; Células caliciformes; Processamento de imagem assistida por computador; Ácidos graxos voláteis


OBJECTIVE: To measure the thickness of the crypts and quantify the number of goblet cells of the colonic mucosa with and without intestinal transit, relating them to exclusion time. METHODS: Sixty Wistar rats were divided into three groups of 20 animals each according to the time of the final operation for the removal of the colon, in six, 12 or 18 weeks. In each group 15 animals underwent colonic exclusion by left colon proximal colostomy and distal mucous fistula, and five underwent only laparotomy (control). The colons with and without fecal stream were removed, processed and submitted to histological sections stained with hematoxylin-eosin. The height of the colonic crypts and the number of goblet cells were measured by computerized morphometry. We used the Student t test and Kruskal-Wallis test for comparison and analysis of variance, using a significance level of 5% (p <0.05). RESULTS: The height of the crypts decreased in segments without fecal stream (p =0.0001), reducing from six to 12 weeks of exclusion (p = 0.0003), stabilizing thereafter. The number of goblet cells in the crypts was smaller in segments without transit after 12 and 18 weeks (p = 0.0001), but increased as the time of exclusion progressed (p = 0.04) CONCLUSION: The exclusion of intestinal transit decreases the thickness of the colonic crypts and the number of goblet cells in the segments without transit. There is an increased number of goblet cells in the course of time exclusion.

Colon; Colitis; Image processing; computer-assisted; Fatty acids, volatile


ARTIGO ORIGINAL

Avaliação do número de células caliciformes nas criptas da mucosa colônica com e sem trânsito intestinal

Rodrigo de Oliveira MelloI; Camila Morais Gonçalves da SilvaII; Fábio Piovezan FonteI; Daniele Luchinitz Ferraz SilvaI; José Aires PereiraIII; Nelson Fontana Margarido, TCBC-SPIV; Carlos Augusto Real Martinez, TCBC -SPV

IAcadêmicos do Curso de Medicina da Universidade São Francisco, Bragança Paulista - SP - BR

IIMestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade São Francisco, Bragança Paulista- SP - BR

IIIProfessor Assistente Mestre da Disciplina de Patologia do Curso de Medicina da Universidade São Francisco, Bragança Paulista-SP - BR

IVProfessor Titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo- SP -BR

VProfessor Adjunto do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade São Francisco, Bragança Paulista-SP-BR

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Carlos Augusto Real Martinez E-mail: caomartinez@uol.com.br

RESUMO

OBJETIVO: Medir a espessura das criptas e quantificar o número de células caliciformes comparando a mucosa cólica com e sem trânsito intestinal, relacionando-as ao tempo de exclusão.

MÉTODOS: Sessenta ratos Wistar, foram distribuídos em três grupos com 20 animais segundo a operação final para a retirada dos cólons, realizadas em seis, 12 ou 18 semanas. Em cada grupo, 15 animais foram submetidos à derivação do trânsito por colostomia proximal no cólon esquerdo e fístula mucosa distal e cinco apenas à laparotomia (controle). Os cólons com e sem trânsito fecal foram removidos, processados, submetidos a cortes histológicos corados pela hematoxilina-eosina. A altura das criptas colônicas e o número de células caliciformes foram mensurados por morfometria computadorizada. Foram utilizados os testes t de Student e Kruskal-Wallis para comparação e análise de variância, estabelecendo-se nível de significância de 5% (p<0,05).

RESULTADOS: A altura das criptas diminui nos segmentos sem trânsito fecal (p=0,0001), reduzindo entre seis e 12 semanas de exclusão (p=0,0003), estabilizando-se após este período. O número de células caliciformes nas criptas é menor nos segmentos sem trânsito após 12 e 18 semanas (p=0,0001), porém aumenta com o decorrer do tempo de exclusão (p=0,04)

CONCLUSÃO: A exclusão do trânsito intestinal diminui a espessura das criptas colônicas e o número de células caliciformes nos segmentos sem trânsito. Existe aumento do número de células caliciformes com o decorrer do tempo de exclusão.

Descritores: Colo. Colite. Células caliciformes. Processamento de imagem assistida por computador. Ácidos graxos voláteis.

INTRODUÇÃO

O epitélio cólico representa a mais perfeita barreira funcional do corpo humano1. Uma única camada de células justapostas, aderidas umas às outras e à membrana basal, separa o interior da luz intestinal, com grande concentração bacteriana, das camadas internas estéreis que formam a parede intestinal2. Essa barreira funcional é composta por diversas linhas de defesa representadas, principalmente, pela camada de muco que recobre a superfície epitelial, as membranas apicais e basolaterais das células, o complexo sistema de junções intercelulares, e a membrana basal1,3-5.

O muco que recobre o epitélio intestinal, secretado por células caliciformes presentes nas glândulas de todo tubo digestivo, forma a primeira linha de defesa da mucosa cólica. As células caliciformes variam em número ao longo dos diferentes segmentos do intestino grosso, aumentando à medida que se progride em direção aos segmentos mais caudais onde ocupam, praticamente, toda a extensão das glândulas. Modificações na população de células caliciformes ao comparar-se os diferentes segmentos cólicos, encontram-se relacionadas às distintas funções fisiológicas exercidas pela mucosa de cada porção intestinal6. No cólon a camada de muco, além da função lubrificante facilitando a progressão do conteúdo fecal, confere proteção química contra a agressão ocasionada por antígenos, toxinas e enzimas digestivas existentes no interior da luz intestinal3,4. O muco possui, ainda, propriedades bactericidas, pois reduz a população bacteriana em contato direto com a superfície epitelial, dificultando a translocação para o meio interno1,3,4,7.

Anormalidades na secreção, composição e padrão de distribuição das mucinas nas criptas intestinais vêm sendo demonstradas em diversas doenças inflamatórias que acometem o cólon6,8. Um dos exemplos é a colite de exclusão, enfermidade caracterizada pelo desenvolvimento de processo inflamatório crônico na mucosa de segmentos desprovidos de trânsito fecal9,10. Nos doentes com colite de exclusão, uma das queixas mais frequente é a constante eliminação de muco pelo segmento excluso de trânsito, sugerindo que exista uma maior produção de muco nesses segmentos9. Estudos em modelos de colite de exclusão mostraram que ocorrem alterações do conteúdo tecidual e modificações no padrão de expressão dos principais subtipos de mucinas nas criptas colônicas quando se comparam segmentos com e sem trânsito fecal10-12. Todavia, existem dúvidas se essas alterações encontram-se relacionadas às modificações na população de células caliciformes ou a maior capacidade de produção de muco pelas células do epitélio cronicamente inflamado. Há evidências que ocorre atrofia das criptas intestinais nos segmentos exclusos quando se comparam segmentos com e sem trânsito intestinal, porém existem controvérsias em relação à população de células. Da mesma forma, ainda não está bem estabelecido a influência do tempo de exclusão fecal no número de células caliciformes. Acredita-se que com o decorrer do tempo de exclusão, existe aumento proporcional do número dessas células no cólon excluso10. Todavia, poucos estudos mensuraram a população de células caliciformes nas criptas colônicas comparando segmentos com e sem trânsito fecal em diferentes períodos de exclusão relacionando-a a espessura das criptas intestinais9,13,14. A quantificação do número de células caliciformes com um método preciso de análise poderia esclarecer se, apesar da atrofia das criptas encontrada nos segmentos sem trânsito, existiria aumento proporcional no número de células caliciformes que pudesse explicar a sintomatologia dos doentes.

Assim sendo, os objetivos do presente estudo foram quantificar o número células caliciformes e relacionar com a espessura das criptas colônicas comparando segmentos com e sem trânsito intestinal, verificando ainda, a influência do tempo de exclusão na população dessas células.

MÉTODOS

Foram utilizados 60 ratos machos da linhagem Wistar, SPF, provenientes do Centro Multidisciplinar de Investigação Biológica da Universidade Estadual de Campinas (CEMIB-UNICAMP), com peso variando entre 300 e 320g e média de idade de quatro meses. Até a data da operação, todos os animais foram mantidos em gaiolas individuais, em ambiente climatizado com controle de temperatura e umidade, com ciclos claro/escuro de 12 horas. No dia anterior ao procedimento cirúrgico foram mantidos em jejum, exceto água, por 12 horas. As gaiolas foram identificadas com o número do animal, grupo e subgrupo aos quais pertenciam e esses mesmos dados foram tatuados na cauda de cada roedor.

Os animais foram distribuídos, aleatoriamente, em três grupos experimentais de 20 animais, segundo o sacrifício ser realizado em seis, 12 e 18 semanas após o procedimento cirúrgico. Em cada grupo, 15 animais foram submetidos à derivação do trânsito, por meio de colostomia proximal no cólon esquerdo e fístula mucosa distal (subgrupo experimento) e cinco, apenas à laparotomia isolada, sem derivação do trânsito intestinal (subgrupo controle). No dia da intervenção, foram pesados e anestesiados com o emprego de cloridrato de xilazina + cloridrato de quetamina na dose de 0,1ml/100g, administrados por via intramuscular na pata traseira esquerda.

A cavidade abdominal foi aberta por incisão longitudinal mediana, com três centímetros de extensão, sendo identificada a placa de Peyer, situada na borda antimesenterial na transição retossigmoideana. A distância entre a placa de Peyer e o local escolhido para a secção do cólon esquerdo, quatro centímetros acima da extremidade superior da placa, foi aferida com auxílio de um paquímetro. Após ligadura dos vasos da arcada marginal, em todos os animais do grupo experimento após a secção do cólon esquerdo, o segmento proximal foi exteriorizado como colostomia terminal no hipocôndrio esquerdo. O segmento distal do intestino grosso seccionado foi cateterizado com sonda de polivinil 12F e irrigado com 40ml de solução salina 0,9%, a 37ºC, até que o efluente drenado pelo ânus não apresentasse mais saída de material fecal. Concluída a irrigação, o cateter foi removido e o cólon distal exteriorizado como colostomia (fístula mucosa distal) na face inferior esquerda do abdome. A fixação dos estomas à pele foi realizada com o emprego de pontos separados de fio absorvível monofilamentar 4-0 nos quatros pontos cardinais e, entre eles, sempre amarrados com três nós. A parede abdominal foi fechada em dois planos de sutura: peritônio e aponeurose, com pontos contínuos de fio de ácido poliglicólico 4-0 e a pele com pontos separados de nylon 4-0.

Concluída a operação, os animais foram mantidos aquecidos por 10 minutos e, após recuperação anestésica, alojados nas respectivas gaiolas, sendo liberados para ingestão de água e ração padronizada, após recuperarem o estado de vigília. Durante todo o período pós-operatório foram isolados e mantidos no mesmo ambiente climatizado até a data do sacrifício. Não foi tomado nenhum cuidado adicional em relação à ferida operatória e aos estomas confeccionados, nem foram administrados analgésicos ou antimicrobianos. Na véspera do dia programado para para a retirada dos cólons, foram novamente pesados e mantidos em jejum por 12 horas, exceto para água. Para o procedimento foram anestesiados, com a mesma técnica anteriormente descrita, submetidos à tricotomia abdominal e antissepsia. A parede abdominal foi reaberta através de incisão mediana ampla. Nos animais do subgrupo experimental o cólon provido e todo o segmento desprovido de trânsito fecal, incluindo o ânus, foram removidos. Nos animais do subgrupo controle o cólon esquerdo foi ressecado a partir da flexura esquerda.

Os segmentos de cólon extirpados foram abertos pela borda antimesocólica no sentido longitudinal e, posteriormente, dispostos e presos sobre fragmento de cortiça com a superfície mucosa voltada para cima. A seguir foram, fixados por 72 horas em solução de formaldeído tamponado a 10%, desidratados em concentrações crescentes de álcool e clarificados em xilol. Terminada esta etapa foram inclusos em blocos de parafina e submetido a cortes histológicos longitudinais, com 5µ de espessura para a confecção das lâminas histológicas, coradas pela técnica da hematoxilina-eosina (HE). O diagnóstico de colite foi estabelecido sempre por um mesmo patologista, com experiência em doenças inflamatórias intestinais, que desconhecia a origem do material e os objetivos do estudo.

As mensurações foram sempre realizadas por morfometria computadorizada. O técnico que realizou as medidas desconhecia a origem do espécime, assim como, o grupo experimental ao qual o animal pertencia. A medida da espessura das criptas colônicas e a quantificação do número de células caliciformes foram sempre realizadas em local onde havia, pelo menos, três criptas intestinais contíguas e íntegras, em seis campos aleatórios, perfazendo um total de 18 criptas estudadas em cada segmento. Para a medida da espessura das criptas e a contagem das células caliciformes a imagem selecionada foi focada por um microscópio óptico comum e capturada por uma câmera de vídeo , previamente acoplada ao corpo do microscópio. A imagem capturada foi digitalizada, transferida para microcomputador e analisada pelo programa NIS-Elements (Nikon Corporation, Japão). Para a medida da espessura das criptas nos animais do grupo controle e nos segmentos com e sem trânsito do subgrupo experimento, o programa marcava com uma cruz, os limites apical e basal de cada cripta. Após a mensuração das 18 criptas, o programa fornecia, automaticamente, a média dos valores mensurados com o respectivo erro padrão de cada segmento. Os valores médios encontrados foram transferidos para uma planilha de dados. Imediatamente após a mensuração da espessura, o número de células caliciformes foi quantificado na mesma cripta e também transferido para mesma planilha. Dessa forma, os valores para as duas variáveis estudadas foram obtidos sempre na mesma cripta. Após a avaliação dos segmentos cólicos de todos os animais, nos diferentes tempos de exclusão, os valores finais encontrados para a espessura das criptas e população de células caliciformes em cada grupo, também foram calculados e expressos pela média, com o respectivo erro padrão.

Utilizou-se o teste t de Student para analisar a espessura das criptas intestinais e número de células caliciformes, comparando segmentos com e sem trânsito fecal e o cólon obtido dos animais do grupo controle. O teste foi aplicado separadamente para cada período de exclusão estabelecido (seis, 12 e 18 semanas). O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para avaliar a influência do tempo de exclusão nas variáveis estudadas. Todos os dados obtidos foram analisados adotando-se nível de significância de 5% em todos os testes. Os valores significativos foram marcados com asterisco.

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade São Francisco (2211/2007), e obedeceu às diretrizes do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal - (COBEA) e a Lei Federal 11.794 de 08/10/1008 (Lei Sérgio Arouca).

RESULTADOS

A figura 1A mostra a parede do cólon provido de trânsito intestinal em um animal submetido à derivação intestinal por seis semanas, enquanto a figura 1B a parede cólica desprovida de trânsito fecal do mesmo animal. Verificou-se que após seis semanas de exclusão a espessura das criptas diminuía nos segmentos desprovidos de trânsito fecal quando comparado aos animais do grupo controle e aos segmentos providos de trânsito dos animais do subgrupo experimento (p=0,0001). Ao analisar-se a variação da espessura das criptas colônicas em relação ao tempo de exclusão constatou-se que, no cólon sem trânsito, havia redução da espessura entre seis e 12 semanas (p=0,0003), não ocorrendo variação após esse período (p=0,056). Verificou-se, ainda, que após 12 e 18 semanas de exclusão o número de células caliciformes foi menor nos segmentos desprovidos de trânsito fecal quando comparado aos animais do grupo controle e aos segmentos providos de trânsito dos animais do grupo experimento (p=0,00001).


Os animais do grupo controle e nos segmentos providos de trânsito dos animais do grupo experimento, o número de células caliciformes aumentou com o decorrer do tempo (p=0,001). Nos segmentos desprovidos de trânsito fecal verificou-se que o número de células caliciformes aumentou após 18 semanas de derivação fecal (p=0,04).

DISCUSSÃO

A colite de exclusão é doença inflamatória que compromete a mucosa do cólon ou reto desprovida de trânsito intestinal9. A enfermidade é uma síndrome de deficiência nutricional ocasionada pela deficiência do suprimento regular de ácidos graxos de cadeia curta, o principal substrato energético para o adequado trofismo e metabolismo das células do epitélio cólico15-19. Com a derivação do trânsito as células da mucosa cólica, impossibilitadas de metabolizar os ácidos graxos de cadeia curta como fonte energética, passam a utilizar, alternativamente, a glutamina fornecida pela circulação sanguínea14. Contudo, o suprimento sistêmico de glutamina parece ser incapaz de manter a nutrição adequada do epitélio, ocasionando modificações nos mecanismos produtores de energia das células da mucosa intestinal20. Essas alterações metabólicas levam ao aumento na produção de radicais livres de oxigênio pelas células epiteliais, moléculas que vem sendo responsabilizadas pelo dano inicial à mucosa em modelos experimentais de colite de exclusão, assim como em portadores de colite ulcerativa2,20. A importância de um suprimento regular de ácidos graxos de cadeia curta para nutrição celular pode ser melhor avaliada pelos resultados de estudos demonstrando que a administração de substâncias que inibem o metabolismo dos ácidos graxos de cadeia curta são capazes de deflagrar o aparecimento de colite15,21. Sua importância para adequada nutrição celular fica mais evidente com os resultados de estudos mostrando que o restabelecimento do trânsito intestinal, normalizando o suprimento de ácidos graxos de cadeia curta, ou a aplicação de clisteres contendo soluções ricas deles nos segmentos exclusos de trânsito, é capaz de reverter o processo inflamatório10,22,23. Eles são capazes de modular a proliferação de células caliciformes e, quando instilados no cólon sem trânsito fecal, estimulam a produção e eliminação de mucinas24,25. Dentre os ácidos graxos de cadeia curta, o butirato parece ser o mais eficaz na manutenção do trofismo epitelial, produção e liberação de muco pela mucosa cólica26,27. Estudos mostraram a importância da manutenção do fornecimento destes ácidos para a expressão de genes relativos à formação dos diferentes subtipos de mucina sintetizadas pelas células caliciformes4,28.

Estudos utilizando modelos experimentais de colite de exclusão descrevem uma série de alterações histológicas na parede cólica, semelhantes às que ocorrem no ser humano, representadas, principalmente, por erosões ou ulcerações na mucosa intestinal, redução significativa na espessura das criptas intestinais, infiltrado inflamatório, hiperplasia nodular focal, congestão vascular da submucosa, modificações no número de células caliciformes e alterações na síntese de mucinas10-15. Uma das queixas mais comum nos portadores desta colite é a constante eliminação de muco pelo segmento excluso de trânsito. A maior eliminação de muco sugere que possa existir aumento na sua produção por aumento da população de células caliciformes nesses segmentos10. Todavia, paradoxalmente, estudos experimentais e em seres humanos mostraram que nos segmentos cólicos exclusos de trânsito fecal, existe significativa atrofia da camada mucosa, principalmente das criptas intestinais, consequente à falta do suprimento regular de ácidos graxos de cadeia curta. Para justificar esses achados aparentemente contraditórios, alguns estudos sugerem que, apesar da redução das criptas intestinais pela deficiência nutricional, a população de células caliciformes não se modifica ocorrendo, até mesmo, aumento proporcional em relação às demais células constituintes das criptas colônicas7,10. Entretanto, nenhum estudo quantificou o número de células caliciformes comparando segmentos com e sem trânsito fecal e relacionando-o com a espessura epitelial e com o tempo de exclusão fecal.

O número de células caliciformes, indiretamente, reflete a capacidade de secreção de muco e a atividade das glândulas colônicas, cuja função é produzir e secretar mucinas ao longo de todo trato gastrointestinal9. Keli et al.10 analisando a população de células caliciformes e mensurando a espessura da camada mucosa cólica, em segmentos sem trânsito fecal, encontraram redução da espessura da camada mucosa com manutenção da população de células caliciformes. Diante desses achados sugeriram que, em números absolutos, na realidade ocorreria aumento na população de células caliciformes. Para eles é possível que esse aumento proporcional possa ser responsabilizado pela maior produção de muco. Contudo, avaliaram a população de células caliciformes de modo subjetivo não descrevendo no artigo qualquer método de quantificação que assegurasse maior confiabilidade aos resultados encontrados10.

Outros autores avaliaram a população de células caliciformes nos segmentos exclusos de trânsito fecal comparando animais submetidos à derivação intestinal por diferentes períodos de tempo utilizando métodos histoquímicos para identificação e morfometria para posterior quantificação do número de células caliciformes ricas em mucinas neutras e ácidas13. Verificaram que não havia diferença significante, com relação à quantidade total de células caliciformes ao compararem fragmentos cólicos colhidos no momento da derivação intestinal (grupo controle) e provenientes dos segmentos sem trânsito fecal independente do tempo de exclusão. Contudo, encontraram redução das células caliciformes ricas em mucinas ácidas com o decorrer do tempo de exclusão e, apesar de terem utilizado análise computacional para quantificação das células caliciformes, os autores não fazem menção ao emprego de qualquer método de limpeza mecânica antes de realizarem a exclusão fecal13. Já se demonstrou que a limpeza mecânica é uma etapa importante quando se utiliza modelos experimentais de colite de exclusão, pois quando não realizada é impossível assegurar que o cólon excluso esteja completamente livre de resíduos fecais que manteriam algum suprimento de ácidos graxos de cadeia curta29. Pesquisas que utilizaram rotineiramente o preparo mecânico anterógrado do cólon, verificaram que o tanto o conteúdo de mucinas neutras quanto ácidas é menor no cólon desprovido de trânsito, porém existe aumento do conteúdo total com o decorrer do tempo de exclusão11. Posteriormente, o mesmo grupo, utilizando técnicas histoquímicas que permitem identificar os subtipos de mucinas ácidas verificou que no cólon excluso, existe aumento no conteúdo tecidual das mucinas ácidas, entretanto, exclusivamente, à custa de mucinas sulfatadas, uma vez que as ricas em ácido siálico praticamente desapareciam12. Os resultados desses dois estudos sugerem que, o aumento da produção de mucinas neutras e ácidas sulfatadas no cólon sem trânsito com o decorrer do tempo de exclusão possa estar relacionado ao aumento proporcional do número de células caliciformes com o decorrer do tempo de exclusão30.

No presente estudo, com objetivo de poder mensurar a espessura das criptas intestinais e o número de células caliciformes de forma objetiva, optou-se pelo emprego da morfometria computadorizada por familiarização com o método11,12,15. A morfometria computadorizada é metodologia disponível e de baixo custo, que permite a medida precisa de diferentes aspectos histológicos. Inicialmente, julgou-se interessante mensurar a espessura das criptas colônicas comparando segmentos com e sem trânsito intestinal, com o intuito de verificar se a falta do suprimento de ácidos graxos de cadeia curta era capaz de reduzir a altura das criptas colônicas. Verificou-se que em todos os animais, nos segmentos sem trânsito fecal havia redução significativa da altura das criptas colônicas, independente do tempo de exclusão considerado. Estes achados confirmam que a falta de suprimento desses ácidos às células epiteliais ocasiona atrofia da superfície mucosa. Constatou-se ainda, que a atrofia das criptas colônicas nos segmentos sem trânsito ocorria, principalmente, nas primeiras 12 semanas de exclusão, não variando a partir de então. Estes achados, semelhantes aos encontrados por outros estudos, sugerem que após as primeiras 12 semanas de exclusão, considerado um período crítico, talvez ocorra uma adaptação gradativa das células epiteliais ao suprimento alternativo de glutamina fornecido pela circulação sistêmica14. No entanto, esse suprimento alternativo não é capaz de manter o trofismo das criptas intestinais à semelhança do que ocorria com os segmentos cólicos com trânsito preservado, pois, independente do tempo de exclusão, havia significativa atrofia das criptas nos segmentos desprovidos de ácidos graxos de cadeia curta.

Com o objetivo de verificar se o número de células caliciformes modificava-se nos segmentos sem trânsito fecal, também utilizou-se a morfometria computadorizada para quantificá-lo. Apenas dois estudos utilizaram a análise computacional para determinar o número de células caliciformes relacionando-o ao tempo de exclusão13,14. No primeiro, a diferente metodologia empregada não permite a comparação com os resultados encontrados no presente estudo13. No segundo estudo, que não encontrou modificações no número de células com o decorrer do tempo, os autores não estabeleceram relação entre o número total de células caliciformes encontradas e a espessura das criptas, o que impossibilita verificar a ocorrência de um aumento proporcional10,14. Utilizou-se em todos os animais do subgrupo experimento, a semelhança do que fora anteriormente proposto, o preparo mecânico anterógrado com solução salina29. Apenas um estudo tinha avaliado a espessura das criptas intestinais e o número de células caliciformes em modelo de colite de exclusão que utilizou o preparo mecânico sistemático14. A importância do preparo anterógrado foi confirmada ao observar-se que, mesmo após o período de jejum proposto, em todos os animais submetidos à derivação do trânsito intestinal, havia saída, em média, de dois (1 a 5) cíbalos de fezes pelo ânus durante a realização da limpeza mecânica. Portanto, confirmou-se que, quando não se utiliza o preparo mecânico, é impossível assegurar a completa limpeza do cólon, o que, seguramente, interfere nos resultados encontrados.

Quando se comparou o número de células caliciformes entre os animais do grupo controle e experimento (segmentos com e sem de trânsito intestinal) constatou-se que havia diminuição nos segmentos sem trânsito fecal, independente do tempo de exclusão considerado. De modo inverso, nos segmentos cólicos com fornecimento de ácidos graxos de cadeia curta preservado encontrou-se aumento no número de células caliciformes após 12 e 18 semanas. Esses achados confirmam que o fornecimento regular de ácidos graxos de cadeia curta, é fator importante para manutenção do número de células caliciformes ao longo do experimento. Da mesma forma, o ganho ponderal dos animais também pode ser considerado como um fator relacionado ao aumento da espessura das criptas e, consequentemente, do número de células caliciformes. Nos segmentos sem trânsito intestinal, o número de células caliciformes não se modificou nas 12 primeiras semanas do tempo de exclusão, embora tenha ocorrido redução da altura das criptas colônicas. Após 18 semanas, apesar de não haver variação na altura das criptas colônicas nos segmentos exclusos de trânsito, encontrou-se aumento do número de células caliciformes. Ao verificar-se que existe aumento no número de células caliciformes nos segmentos exclusos após 18 semanas e redução da espessura das criptas nesse mesmo período, sugere-se que o número de células caliciformes tenha aumentado, conforme proposto anteriormente10.

Vários fatores podem justificar o aumento proporcional das células caliciformes nos segmentos sem trânsito fecal com o decorrer do tempo de exclusão. É possível que a exclusão de trânsito fecal reduza a necessidade de absorção pelas glândulas colônicas, fazendo com que as células da zona proliferativa, priorizem a diferenciação em células caliciformes em detrimento às células com função absortiva. Também é possível que, com a piora do processo inflamatório nos segmentos sem trânsito intestinal, exista maior necessidade de formação de células produtoras de muco, com o objetivo de reforçar a primeira linha de defesa da mucosa cólica contra o estresse oxidativo. Talvez a maior quantidade de muco encontrada nos segmentos sem trânsito fecal decorra da maior formação de células caliciformes pela zona proliferativa, do maior índice de apoptose de células caliciformes maduras nas porções especializadas das criptas. O muco tem como uma de suas principais funções a lubrificação das fezes para facilitar o trânsito no interior do cólon. No cólon distal, como as fezes possuem maior consistência, esta função torna-se ainda mais importante, sendo a principal explicação para a maior concentração de células caliciformes nessa região. É possível que a ausência de trânsito fecal, decorrente da exclusão intestinal, faça com que o muco produzido e secretado em maior quantidade pelo segmento excluso, acumule-se no interior do cólon. Como o doente não elimina quantidade diária de muco devido à ausência de trânsito, o muco acumulado associado ao sangramento decorrente de erosões e ulcerações epiteliais, poderia ser a explicação para a sintomatologia dos portadores da colite de exclusão que se queixam da eliminação periódica de muco e sangue pelos segmentos desprovidos de trânsito.

Os resultados encontrados no presente estudo reforçam a importância do trânsito fecal para o adequado desenvolvimento das criptas colônicas. A exclusão do trânsito intestinal reduz a espessura das criptas e diminui na população de células caliciformes nas criptas intestinais. Contudo, com o decorrer do tempo de exclusão, apesar da redução das criptas colônicas, existe aumento proporcional no número de células caliciformes. Esses achados histológicos estão de acordo com a sintomatologia referida pelos doentes portadores colite de exclusão.

Em conclusão, existe redução no número de células caliciformes nos segmentos cólicos desprovidos de trânsito intestinal. O número proporcional de células caliciformes em relação à espessura das criptas aumenta nos segmentos cólicos sem trânsito após 18 semanas de exclusão fecal.

Recebido em 04/08/2011

Aceito para publicação em 11/10/2011

Conflito de interesse: nenhum

Fonte de financiamento: Fundação de Amparo a Pesquisa de São Paulo (FAPESP). Projeto Nº: 2006/02306-6

Trabalho realizado no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade São Francisco, Bragança Paulista e no Laboratório de Investigação Médico-Cirúrgica (LIM-02) do Hospital das Clínicas da FMUSP, São Paulo.

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  • Endereço para correspondência:

    Carlos Augusto Real Martinez
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      31 Maio 2012
    • Data do Fascículo
      Abr 2012

    Histórico

    • Recebido
      04 Ago 2011
    • Aceito
      11 Out 2011
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