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Avaliação da qualidade de vida tardia após gastroplastia vertical

Resumos

OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida em pacientes submetidos à gastroplastia vertical (Sleeve). MÉTODOS: estudo de coorte histórica incluindo pacientes obesos mórbidos do Sistema Único de Saúde, cadastrados na base de dados do Hospital Geral Universitário da Universidade de Cuiabá. Todos os pacientes foram submetidos à gastroplastia vertical e foram acompanhados por pelo menos um ano após a operação. As variáveis do estudo foram: qualidade de vida, perda de peso, melhora da hipertensão e do diabetes, e mortalidade. RESULTADOS: a amostra foi composta por 41 pacientes, sendo 13 (31,7%) homens e 28 (61,3%) mulheres, a média etária foi 37 anos, o peso médio inicial foi 136,4Kg e o IMC médio 50,3Kg/m², tempo médio de seguimento de 19,1 meses (12-32). Houve uma significante redução do peso (96,7Kg; p<0,001) e IMC (35,835Kg/m²; p<0,001). O índice de hipertensão diminuiu de 56% para 31,7% e de diabetes de 14,6% para 4,8% (p<0,001). A qualidade de vida melhorou em 92,5% dos pacientes. CONCLUSÃO: observamos que houve melhora da qualidade de vida na maioria, 92,5%, dos pacientes operados, representando a satisfação alcançada em virtude da melhora clínica decorrente da perda de peso, do diabetes e da hipertensão arterial

Avaliação de resultados (cuidados de saúde); Obesidade; Perda de peso; Gastroplastia; Qualidade de vida


OBJECTIVE: To evaluate the quality of life in patients undergoing vertical sleeve gastroplasty. METHODS: We conducted a historical cohort study including patients with morbid obesity the in the Unified Health System (SUS), registered in the database of the General University Hospital, University of Cuiabá. All patients underwent vertical sleeve gastroplasty and were followed for at least one year after the operation. The study variables were: quality of life, weight loss, improvement of hypertension and diabetes, and mortality. RESULTS: The sample comprised 41 patients, 13 (31.7%) men and 28 (61.3%) women, mean age was 37 years, the average weight was 136.4 kg and mean BMI 50.3 kg/m²; mean follow-up was 19.1 months (12-32). There was a significant reduction in weight (96.7 kg, p < 0.001) and BMI (35.835 kg/m², p < 0.001). The rate of blood pressure decreased from 56% to 31.7%, and diabetes from 14.6% to 4.8% (p < 0.001). Quality of life improved in 92.5% of patients. CONCLUSION: There was an improvement in the quality of life in the majority of patients, achieved by means of weight loss and clinical improvement of diabetes and hypertension.

Outcome assessment (health care); Obesity; Weight loss; Gastroplasty; Quality of life


ARTIGO ORIGINAL

Avaliação da qualidade de vida tardia após gastroplastia vertical

Gunther Peres Pimenta, TCBC-MTI; Danielle das Neves MouraII; Elson Taveira Adorno FilhoIII; Thiago Rachid JaudyIV; Thaissa Rachid JaudyV; José Eduardo de Aguilar-Nascimento, TCBC-MTVI

IProfessor Auxiliar do Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso

IIResidente de Cirurgia Vascular na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

IIIResidente de Cirurgia Plástica do Hospital Santa Casa de Mato Grosso do Sul

IVResidente de Cirurgia Geral do Hospital Geral Universitário de Cuiabá MT

VAcadêmica de Medicina da Universidade de Cuiabá (UNIC)

VIProfessor Titular do Departamento de Clínica Cirúrgica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Gunther Peres Pimenta E-mail: guntherpimenta@hotmail.com

RESUMO

OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida em pacientes submetidos à gastroplastia vertical (Sleeve).

MÉTODOS: estudo de coorte histórica incluindo pacientes obesos mórbidos do Sistema Único de Saúde, cadastrados na base de dados do Hospital Geral Universitário da Universidade de Cuiabá. Todos os pacientes foram submetidos à gastroplastia vertical e foram acompanhados por pelo menos um ano após a operação. As variáveis do estudo foram: qualidade de vida, perda de peso, melhora da hipertensão e do diabetes, e mortalidade.

RESULTADOS: a amostra foi composta por 41 pacientes, sendo 13 (31,7%) homens e 28 (61,3%) mulheres, a média etária foi 37 anos, o peso médio inicial foi 136,4Kg e o IMC médio 50,3Kg/m2, tempo médio de seguimento de 19,1 meses (12-32). Houve uma significante redução do peso (96,7Kg; p<0,001) e IMC (35,835Kg/m2; p<0,001). O índice de hipertensão diminuiu de 56% para 31,7% e de diabetes de 14,6% para 4,8% (p<0,001). A qualidade de vida melhorou em 92,5% dos pacientes.

CONCLUSÃO: observamos que houve melhora da qualidade de vida na maioria, 92,5%, dos pacientes operados, representando a satisfação alcançada em virtude da melhora clínica decorrente da perda de peso, do diabetes e da hipertensão arterial

Descritores: Avaliação de resultados (cuidados de saúde). Obesidade. Perda de peso. Gastroplastia. Qualidade de vida.

INTRODUÇÃO

A obesidade é uma doença universal de prevalência crescente e que vem adquirindo proporções alarmantemente epidêmicas, atingindo mais de um bilhão de adultos, sendo um dos principais problemas de saúde pública da sociedade moderna1,2. Esta epidemia não se restringe apenas às sociedades industrializadas e, além disso, o aumento das taxas é mais rápido nos países em desenvolvimento2.

O Ministério da Saúde orienta que o tratamento da obesidade deve sempre ser iniciado com medidas clínicas através de dietas, psicoterapia, medicamentos e exercícios físicos, sendo acompanhados por equipe multidisciplinar (endocrinologista, psicólogo, psiquiatra, nutricionista e outros) por, pelo menos, dois anos. Quando houver insucesso terapêutico existe a opção do tratamento cirúrgico, para os pacientes com doenças crônicas associadas (IMC entre 35 e 40kg/m2) e/ou obesos mórbidos (IMC acima de 40kg/m2)3.

O manuseio clínico da obesidade é difícil, pois, não somente o emagrecimento, mas principalmente a manutenção do peso alcançado, não é possível para a maioria dos grandes obesos4.

A partir da metade do Século XX teve início o tratamento cirúrgico da obesidade5,6, que pode ser feito com técnicas restritivas, disabsortivas e mistas7,8.

A gastroplastia vertical, operação restritiva, foi popularizada por Gagner como o primeiro estágio para desenvolver a operação duodenal switch em pacientes superobesos ou com alto risco cirúrgico, e seus resultados foram promissores, observando melhora das comorbidades, menor número de complicações nutricionais e boa curva de emagrecimento, sendo atualmente reconhecida como mais uma opção cirúrgica para tratamento da obesidade9,10.

O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida em pacientes submetidos à gastrectomia vertical (Sleeve).

MÉTODOS

Trata-se de um estudo clínico, observacional, de coorte histórica para avaliação da eficácia terapêutica. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), número do parecer: 179.015 - 20/12/2012.

A população do estudo foi constituída de obesos mórbidos do Sistema Único de Saúde (SUS), cadastrados na base de dados eletrônicos do Hospital Geral Universitário (HGU) da Universidade de Cuiabá (UNIC) e assistidos no ambulatório de Cirurgia Bariátrica no período de maio de 2009 a fevereiro de 2012.

As operações foram realizadas pela mesma equipe cirúrgica e feitas através de laparotomia, iniciando a ressecção gástrica no máximo 6cm do piloro até o ângulo de Hiss, com grampeador mecânico e sobressutura. A câmara gástrica foi calibrada com sonda de Fouchet nº 32.

A variável de resultado principal do estudo foi: qualidade de vida (questionário de qualidade de vida de Moorehead-Ardelt)11,12, e, secundariamente, analisamos a quantidade de perda de peso após, pelo menos, um ano da operação, melhora do diabetes e hipertensão arterial, e mortalidade pós-operatória.

Oria e Moorehead enviaram uma pesquisa aos cirurgiões e psicólogos membros da American Society of Bariatric Surgery. Após esse trabalho inicial, e com a colaboração da Dra. Elizabeth Ardelt, de Salzburg, Áustria, foi desenvolvido um questionário, chamado de "Moorehead-Ardelt Quality of Life Questionnaire", para fazer parte do protocolo BAROS (Bariatric Analysis and Reporting Outcome System), desenvolvido para analisar os resultados dos tratamentos com cirurgia bariátrica12.

Considerou-se como melhora clínica do diabetes e da hipertensão arterial a suspensão das medicações.

O questionário aplicado consiste em cinco perguntas sobre autoestima, disposição para atividades físicas, convivência social, disposição para o trabalho e atividade sexual.

Cada uma das cinco perguntas do questionário de qualidade de vida corresponde a cinco possibilidades de resposta que geram um valor final para cada questão. O somatório dos valores atribuídos a cada uma das cinco questões exprimiu o valor individual de cada caso, variando de -3 (menor qualidade de vida possível) a +3 (melhor qualidade de vida possível). Após isso, categorizaram-se os valores finais do questionário em cinco classes da qualidade de vida: muito diminuída, diminuída, mínima ou nenhuma alteração, melhorada e muito melhorada (Tabela 1).

Após a coleta, os dados foram compilados e as médias foram comparadas utilizando análise de variância de medidas repetidas (ANOVA). O teste do qui-quadrado foi utilizado para comparação de variáveis categóricas. A significância mínima aceita foi o nível de 5% (p<0,05).

RESULTADOS

Foram operados 58 pacientes no período de maio de 2009 a fevereiro de 2012. Durante o seguimento ambulatorial houve uma perda de 17 pacientes. Portanto, para o estudo, a amostra foi composta de 41 pacientes, sendo 13 homens e 28 mulheres. A idade dos pacientes variou de 22 a 59 anos, apresentando a média de 37,1±10,7. As médias do peso inicial, do IMC e do tempo de seguimento estão inseridas na tabela 2. A obesidade quantificada pelo IMC, antes da operação, foi maior nos homens do que nas mulheres (p<0,001).

Observou-se uma queda significativa do peso (p<0,001). Em consonância com a queda de peso, o IMC caiu significativamente (p<0,001). Entretanto, a queda do IMC foi significativamente mais expressiva nas mulheres (p<0,001) que nos homens (Tabela 3). No início do tratamento os pacientes estavam significativamente mais pesados e tinham IMC maior que as pacientes (p<0,001).

Inicialmente havia seis pacientes em uso de medicação para diabetes e, após o tratamento, observou-se uma melhora significativa nos pacientes operados (p<0,001), com redução de aproximadamente 1/3 dos casos iniciais (Tabela 3).

No pré-operatório, 56% dos pacientes utilizavam medicação para hipertensão arterial, este percentual diminuiu significativamente (p<0,001) nos pacientes operados (Tabela 3).

Observou-se melhora da qualidade de vida em 92,5% dos pacientes operados (Tabela 4).

Podemos destacar entre as complicações um caso (2,4%) de fístula digestiva, localizada em antro gástrico que foi tratada clinicamente com sucesso.

Um paciente (2,4%) faleceu durante o seguimento. O paciente morreu em decorrência de complicações no pós-operatório, com diagnóstico de tromboembolismo pulmonar.

DISCUSSÃO

A análise dos nossos dados mostrou que o tratamento cirúrgico com a operação gastroplastia vertical determinou resultados significativos na qualidade de vida, bem como, na perda de peso e na melhora de comorbidades como hipertensão arterial e diabetes.

A gastroplastia vertical é uma nova opção para o tratamento da obesidade e é a operação que atualmente mais cresce13 em todo o mundo, por ser uma técnica que mantém a continuidade gastrointestinal, apresenta menor tempo cirúrgico, boa curva de emagrecimento, ausência de síndrome de dumping, descrita muitas vezes no bypass gástrico, mantém acesso a via biliar, não deixa segmento excluso de estômago na cavidade dificultando diagnósticos futuros de tumores, ausência de disabsorção, consequentemente com baixos índices de complicações nutricionais e permite a continuidade da operação com bypass gástrico ou com duodenal switch caso ocorra insucesso na perda de peso9,14-19.

Segundo Freeza et al.20 houve uma perda média de peso de 54 a 58% do excesso de peso cinco anos após a gastrectomia vertical, Dapri et al.21 relataram uma redução do IMC médio para 34,4Kg/m2, estes resultados são semelhantes aos encontrados em nosso estudo. Lakdawala et al. apresentam melhores resultados, decorrido um ano do tratamento cirúrgico, relativos à perda de peso, resolução do diabetes e hipertensão arterial, do que os encontrados após a confecção do bypass gástrico22.

Baltazar et al. descrevem a gastroplastia vertical como ideal para adolescentes que necessitam de tratamento cirúrgico para a obesidade, devido ao baixo número de complicações, quando comparada ao bypass gástrico ou ao duodenal switch23.

Won Woo Kim, de Seul, Corea, descreve que a gastrectomia vertical tem sido realizada nas Filipinas, Tawain, Cingapura e Japão em pacientes com IMC abaixo de 35kg/m217.

Zhang, comparando o bypass gástrico com a gastrectomia vertical concluiu que ambas promoveram uma redução semelhante na apneia do sono, na hiperlipidemia, na hipertensão, no diabetes e nas doenças musculoesqueléticas. Porém o bypass gástrico apresentou melhores resultados na resolução da doença do refluxo gastroesofageano19.

A redução no apetite ocorre porque a ressecção do fundo gástrico ocasiona a redução dos níveis de grelina e, consequentemente, da secreção do hormônio do crescimento (GH)15,24.

Perdas de peso de 10kg já oferecem melhora clínica do diabetes, da hipertensão arterial sistêmica, da angina e do perfil lipídico25,26.

Os resultados descritos nos trabalhos apresentados e os encontrados em nosso estudo, com relação à perda de peso, redução da hipertensão e do diabetes, são semelhantes e contribuem para melhorar a qualidade de vida dos pacientes operados.

Algumas desvantagens da gastrectomia vertical são: o pouco tempo de seguimento dos pacientes submetidos a este novo procedimento cirúrgico; a fístula que, quando ocorre, é de difícil tratamento; e por tratar-se também de uma operação irreversível14,15.

As complicações cirúrgicas mais comumente encontradas são: a fístula, que ocorre geralmente no ângulo de Hiss, de difícil tratamento, com incidência variando entre 0,7 e 5,3%14,17, estenose, principalmente na incisura angular, devido à falha na realização do tubo gástrico27, infecção nos portais, hérnias; colelitíase em 3,8%15, doença do refluxo gastroesofágico28,29, e ainda dilatação da câmara gástrica após dois anos de operação e reganho de peso15,28,30,31.

A redução do estômago promove menor ingestão de alimentos e redução das células parietais, ocasionando diminuição da produção de ácido clorídrico, que é importante na absorção de ferro, e a queda da vitamina B12 e ácido fólico e deficiências de ferro em 4,9% dos pacientes e anemia, em 4,9%32,33.

O reganho de peso após a gastrectomia vertical é uma preocupação existente entre os cirurgiões bariátricos, principalmente por ser ainda um procedimento com pouco tempo de estudo. Entre as causas de reganho de peso podemos destacar principalmente dois erros de técnica ao realizar a operação: uso de sondas com diâmetro maior que 32 french para calibrar o estômago e não ressecar a região antral, iniciando a gastrectomia na grande curvatura gástrica distando mais de seis centímetros do piloro20,25,30,31.

Entendemos que o tratamento para a obesidade não deve ser simplesmente restrito ao tratamento cirúrgico. Para que seja atingido o sucesso no tratamento desta doença é necessário que o acompanhamento seja feito, desde o pré-operatório, por uma equipe multidisciplinar composta por médico, nutricionista, psicólogo, fisioterapeuta e preparador físico, realizando reeducação alimentar, acompanhamento emocional e iniciando atividades físicas.

A mortalidade após a gastrectomia vertical é pequena, geralmente menor que 0,5%13,20,29, em nosso estudo ocorreu um caso de óbito, devido a tromboembolismo no pós-operatório, apesar do uso das medidas de prevenção e do anticoagulante empregado.

A obesidade é o maior fator de risco para desenvolver o diabetes, sendo descrito risco relativo de 5% de casos em homens e de 8 a 20% em mulheres34,35.

A resolução do diabetes tipo II consequente à gastrectomia vertical é descrita por Cottan et al. e Silecchia et al., respectivamente, como 81%36 e 79,6%37, encontramos resultado semelhante no nosso estudo.

A hipertensão arterial é descrita por Menenakos et al. em um estudo com 261 pacientes com resolução de 88,8%38. Encontramos, em nosso estudo, uma melhora estatisticamente significativa, tanto para o diabetes como para HAS, a suspensão da medicação para hipertensão ocorreu em mais de 50% dos pacientes.

Observamos que houve melhora da qualidade de vida na maioria, 92,5%, dos pacientes operados, representando a satisfação alcançada em virtude da melhora clínica decorrente da perda de peso, do diabetes e da hipertensão arterial.

Recebido em 12/10/2012

Aceito para publicação em 15/12/2012

Conflito de interesse: nenhum.

Fonte de financiamento: Nenhuma.

Trabalho realizado no Hospital Geral Universitário HGU da Universidade de Cuiabá UNIC – MT- Brasil.

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  • Endereço para correspondência:

    Gunther Peres Pimenta
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      24 Fev 2014
    • Data do Fascículo
      Dez 2013

    Histórico

    • Recebido
      12 Out 2012
    • Aceito
      15 Dez 2012
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