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O atenolol previne a formação de hematoma expansivo após ritidoplastia

Resumos

Objetivo:

avaliar o uso perioperatório do atenolol na redução da incidência de hematoma pós-ritidoplastia.

Métodos:

entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2013 foram randomizados 80 pacientes em dois grupos: Grupo A (n=26) recebeu atenolol perioperatório com objetivo de manter frequência de pulso (FP) ± 60 por minuto, Grupo B (n=54) não recebeu atenolol. Ambos os grupos foram submetidos à mesma técnica anestésico-cirúrgica. A pressão arterial (PA) e FP, formação de hematoma e a necessidade de drenagem foram monitorizados. Houve seguimento até o 90º dia de pós-operatório. As variáveis foram analisadas entre os dois grupos utilizando-se o teste de ANOVA. As variáveis contínuas foram apresentadas como média (± Desvio-padrão) e as diferenças foram comparadas utilizando-se o t de Student. Foram considerados significantes os valores p<0,05.

Resultados:

as médias no grupo A de PA (110-70mmHg ± 7,07) e FP (64 /min ± 5) foram menores (p<0,05) em relação ao grupo B (135-90mmHg ± 10,6) e (76/min ± 7,5), respectivamente. Houve quatro casos de hematoma expansivo no grupo B, todos com necessidade de reoperação para a sua drenagem e nenhum no grupo A (p<0,001).

Conclusão:

o uso do atenolol perioperatório promoveu a redução de pressão arterial e frequência de pulso e diminuiu a incidência de hematoma expansivo pós-ritidoplastia.

Antagonistas adrenérgicos beta; Isquemia; Hematoma; Ritidoplastia; Face


Objective:

To evaluate the perioperative use of atenolol in reducing the incidence of hematoma after rhytidoplasty.

Methods:

Between January 2007 and February 2013, 80 patients were randomized into two groups: Group A (n = 26) received perioperative atenolol in order to maintain heart rate (PR) around 60 per minute; Group B (n = 54) did not receive atenolol. Both groups underwent the same anesthetic and surgical technique. We monitored blood pressure (BP), HR, hematoma formation and the need for drainage. Patients were followed-up until the 90th postoperative day. The variables were compared between the groups using the ANOVA test. Continuous variables were presented as mean ± standard deviation and the differences were compared with the Student's t test. Values of p d" 0.05 were considered significant.

Results:

In group A the mean BP (110-70mmHg ± 7.07) and HR (64 / min ± 5) were lower (p d" 0.05) than in group B (135-90mmHg ± 10.6) and (76 / min ± 7.5), respectively. There were four cases of expansive hematoma in group B, all requiring reoperation for drainage, and none in group A (p d" 0,001).

Conclusion:

The perioperative use of atenolol caused a decrease in blood pressure and heart rate and decreased the incidence of expanding hematoma after rhytidectomy.

beta adrenergic antagonists; Ischemia; Hematoma; Rhytidectomy; Face


INTRODUÇÃO

Uma das principais complicações pós-operatória da ritidoplastia é o hematoma expansivo. Sua ocorrência pode chegar a até 16%11. Durnig P, Jungwirth W. Low-molecular-weight heparin and postoperative bleeding in rhytidectomy. Plast Reconstr Surg. 2006;118(2):502-7; discussion 508-9. e afeta a recuperação pós-operatória, está associada ao aumento de edema e equimose e, em alguns casos, pode levar à isquemia, infecção e necrose da área operada22. Auersvald A, Auersvald LA, Biondo-Simões MAP. Rede hemostática: uma alternativa para a prevenção de hematoma em ritidoplastia. Rev Bras Cir Plast. 2012;27(1):22-30.. Além disso, o prolongamento do tempo de cicatrização (fase inflamatória) predispõe a alterações cicatriciais, tais como hiperpigmentação, hipertrofia cicatricial, queloides e formação de cicatrizes no subcutâneo.

A ocorrência de hematoma expansivo, após revisão de 1078 ritidoplastias, foi atribuída a vários fatores: plicatura e/ou descolamento do platisma, pressão sistólica alta, sexo masculino, uso de aspirina e/ou anti-inflamatório e tabagismo33. Grover R, Jones BM, Waterhouse N. The prevention of haematoma following rhytidectomy: a review of 1078 consecutive facelifts. Br J Plast Surg. 2001;54(6):481-6..

Muitas estratégias cirúrgicas têm sido sugeridas para a prevenção desta complicação, a maioria apenas de ação local, tais como pontos externos22. Auersvald A, Auersvald LA, Biondo-Simões MAP. Rede hemostática: uma alternativa para a prevenção de hematoma em ritidoplastia. Rev Bras Cir Plast. 2012;27(1):22-30., utilização de drenos de sucção44. Jones BM, Grover R. Avoiding hematoma in cervicofacial rhytidectomy: a personal 8-year quest. Reviewing 910 patients. Plast Reconstr Surg. 2004;113(1):381-7; discussion 388-90., infiltração tumescente44. Jones BM, Grover R. Avoiding hematoma in cervicofacial rhytidectomy: a personal 8-year quest. Reviewing 910 patients. Plast Reconstr Surg. 2004;113(1):381-7; discussion 388-90., colas teciduais55. Por YC, Shi L, Samuel M, Song C, Yeow VK. Use of tissue sealants in face-lifts: a metaanalysis. Aesthetic Plast Surg. 2009;33(3):336-9., dissecção com instrumentos ultrassônicos66. Firmin FO, Marchac AC, Lotz NC. Use of the harmonic blade in face lifting: a report based on 420 operations. Plast Reconstr Surg. 2008;124(1):245-55. e pontos de adesão internos77. Baroudi R, Ferreira CA. Seroma: how to avoid it and how to treat it. Aesthet Surg J. 1998;18(6):439-41..

A ocorrência de hematoma associada à pressão arterial sistólica alta, náusea, vômito, agitação, ansiedade e dor tem sido relatada repetidamente88. Baker DC, Stefani WA, Chiu ES. Reducing the incidence of hematoma requiring surgical evacuation following male rhytidectomy: a 30-year review of 985 cases. Plast Reconstr Surg. 2005;116(7):1973-85; discussion 1986-7. , 99. Zoumalan R, Rizk SS. Hematoma rates in drainless deep-plane face-lift surgery with and without the use of fibrin glue. Arch Facial Plast Surg. 2008;10(2):103-7.. Medidas preventivas não cirúrgicas para o controle desta manifestação foram sugeridas, mas apenas durante as primeiras 24 horas10.

Grande parte dos pacientes de cirurgias estéticas é ou se torna ansiosa (por conta do próprio procedimento cirúrgico), o que, em geral, aumenta a frequência de pulso (FP) e a pressão arterial sistólica. Além disso, a maioria dos pacientes que procura rejuvenescimento facial tem níveis de pressão arterial (PA) aumentada, por conta da idade.

Desta forma, decidiu-se utilizar o betabloqueador atenolol desde o pré-operatório e mantê-lo até o 15o dia de pós-operatório (PO) e associar o seu uso a medidas preventivas seguindo um protocolo de cuidados clínicos em um grupo de pacientes selecionados e compará-los a um grupo controle sem o betabloqueador utilizando os mesmos protocolos, mas sem o medicamento atenolol intra e pós-operatório.

MÉTODOS

Após a aprovação do Comitê de Ética da Faculdade Ingá (Uningá), foram selecionados, de forma randômica e prospectiva, 80 pacientes submetidos à ritidoplastia na Plasticlínica de Maringá (PR), entre janeiro de 2007 e fevereiro de 2013. Não houve restrição de faixa etária. Os critérios de inclusão foram: homens ou mulheres que necessitaram de ritidoplastia, sem distinção de etnia ou faixa etária. Os critérios de exclusão foram: ser portador de distúrbios de coagulação, estarem utilizando anticoagulantes, fumantes, uso rotineiro de betabloqueador e hipertensão arterial descompensada. O preparo pré-operatório seguiu rotina clínica rigorosa, análise detalhada dos medicamentos em uso, com atenção para antecedentes mórbidos ou alérgicos, exames laboratoriais, consulta pré-anestésica e documentação fotográfica. Foram separados em dois grupos: Grupo A (Estudo), que recebeu atenolol via oral no pré-operatório por período suficiente para que a FP se mantivesse em 60 batimentos/min ou menos, em dose única de 25 a 100 mg/dia; e Grupo B (Controle), que não recebeu a medicação. Seguiu-se um protocolo de cuidados per e pós-operatório em ambos os grupos.

O procedimento cirúrgico ocorreu sob anestesia local com sedação anestésica e ventilação espontânea. Realizou-se monitorização cardiovascular com monitor cardíaco e respiratória com oxímetro digital. Utilizou-se lidocaína 0,5% com adrenalina 1:400.000 por infiltração numa dose de 10mg/Kg. A sedação anestésica iniciou-se após inspeção nasal e utilização de vaso constritor local. Foi feita com midazolan 2-15mg dose total; propofol 30ml/h infundido por meio de bomba de infusão, mais 3ml in bolus EV quando necessário; quetamina 5-15mg dose total; Fentanil (25mcg) 0,5-1,5ml dose total; clonidina (75mcg) 0,5ml no início e mais 0,5ml no final da operação se PAd"120/80mmHg; utilizou-se cânula nasofaríngea no 7 após prévia lubrificação do trajeto com lidocaína gel a 20%. Também se utilizou sonda vesical de Foley para a drenagem contínua da urina. Utilizou-se o analgésico tramadol 50mg EV, antiemético bromoprida 2ml (5mg/ml) EV, ondansetrona 4ml (2mg/ml) EV e anticoagulante de baixo peso molecular enoxaparina 0,4ml (40mg) SC no final da operação e meia elástica antitrombo 18-23mmHg. Os procedimentos utilizados para rejuvenescer foram: ritidoplastia convencional com incisão temporal-pré-capilar; pré-auricular-pré-tragal e retroauricular-pré e transcapilar e descolamento de retalhos cutâneos e posterior tração frontal (superior) e discretamente oblíqua destes retalhos com plicatura do SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial). Além disso, realizou-se blefaroplastia pela técnica clássica e aplicação de laser fracionado de CO2 na região central da face três passadas com energia 15 mega joules (MJ) (não descolada) e na região descolada uma passada com energia de 10MJ. Os procedimentos foram rigorosamente os mesmos em ambos os grupos e o tempo médio de operação foi quatro horas. A hemostasia foi rigorosa utilizando-se eletrocautério. Utilizou-se dreno de Jackson-Pratt 3.2 de aspiração contínua por período de 24 horas e curativo oclusivo e levemente compressivo com algodão hidrófilo e atadura. No PO imediato foi utilizado captopril 50mg sublingual quando a pressão sistólica foi maior do que 120mmHg. Para a analgesia foi utilizado dipirona 500mg/ml EV 6/6 h, antiemético bromoprida 2ml (5mg/ml) EV de 8/8 h, ondansetrona 4ml (2mg/ml) EV 12/12h, levomepromazina 25mg na forma de gotas via sublingual, quando necessário. A internação hospitalar foi 24 horas.

Após a alta hospitalar e retirada do dreno, os pacientes foram orientados a não fazer esforço físico, não flexionar ou rodar o pescoço, realizarem compressas de gelo no rosto 4x/dia e a permanecerem com um pequeno curativo oclusivo em casa até o terceiro dia de PO, quando todo o curativo foi retirado na clínica. O acompanhamento PO ocorreu no quinto, décimo, 15º, 30º, 60º e 90º dia para avaliações locais, gerais e novas orientações para ambos os grupos. Os pacientes do grupo A mantiveram o uso do atenolol até o 15º dia PO.

Foram avaliados os parâmetros: PA, FP, presença ou não de hematoma, e a necessidade de drenagem cirúrgica de hematoma expansivo. No primeiro dia, as avaliações foram feitas de uma em uma hora com o auxílio de enfermagem especializada.

O tempo de recuperação de cada paciente foi avaliado de forma ambulatorial pela mesma equipe médica desde o PO imediato (no hospital) até o 90º dia.

As variáveis foram analisadas entre os dois grupos utilizando-se o teste de ANOVA. As variáveis normais foram apresentadas como "N" (%) e as diferenças foram comparadas utilizando-se o t de Student. Foram considerados significantes os valores pd"0,05.

RESULTADOS

Os dados referentes à frequência do sexo, faixa etária, média e desvio-padrão da PA, FP, presença de hematoma e necessidade de drenagem estão expostos na tabela 1.

Tabela 1 -
Resultados (Valores) obtidos (Média ± DV) após ritidoplastia em 80 pacientes e observados durante 90 dias.

Vinte e seis pacientes foram alocados no grupo A (Estudo) e 54 pacientes no grupo B (Controle). No grupo A, a média da PA no primeiro dia foi 110-70mmHg e a FP foi 64/min. Nas avaliações do terceiro dia mantiveram-se iguais. No quinto, décimo e 15º dia, 120-80mmHg e 60/min e nas avaliações de 30 e 60 dias, 130-90mmHg e 74/min, respectivamente.

Não ocorreu hematoma expansivo em nenhum dos tempos avaliados (primeiro, terceiro, quinto, décimo, 15º, 30º, 60º e 90º dias). Em apenas um caso houve um seroma retroauricular esquerdo, que foi esvaziado com punção com agulha fina no décimo dia.

O tempo de recuperação médio foi considerado normal pela equipe. Todos os pacientes já estavam movimentando o pescoço normalmente com 15 dias e retornaram às atividades habituais entre 15 e 30 dias. Após o 60o dia, foram liberados para atividades físicas cotidianas e não apresentaram edema ou qualquer alteração de pele ou nas cicatrizes.

No grupo B, a média de PA apresentada no primeiro dia foi 135-90mmHg e FP de 76/min. Seis pacientes tiveram picos de PA 150-100mmHg e tiveram que receber Captopril sublingual para controle. Ocorreram três hematomas unilaterais expansivos (dois pacientes do sexo feminino e um paciente do sexo masculino) que foram drenados no centro cirúrgico com sedação anestésica no PO imediato entre seis e sete horas após o término da operação. A média da PA no terceiro, quinto e décimo dias foi 140-100mmHg e, a partir do 15º dia, 130-90mmHg. A média de FP no terceiro, quinto, décimo e 15o dia foi 72/min.

Uma paciente do sexo feminino apresentou uma crise hipertensiva no 12º dia PO, com níveis de PA 180-120mmHg e FP de 98/min, e desenvolveu um grande hematoma unilateral tardio, sendo necessária drenagem cirúrgica imediata.

O tempo de recuperação dos pacientes do grupo B (Controle) que não apresentaram hematoma expansivo foi semelhante ao do grupo A (Atenolol). Porém, os dois pacientes com hematoma expansivo no PO imediato, e que pertenciam ao grupo B, tiveram um pequeno retardo na cicatrização do lado acometido devido à epiteliólise da extremidade do retalho cutâneo e tiveram um edema prolongado. Quanto à paciente com hematoma expansivo tardio, houve necrose do retalho cutâneo, porção retroauricular, do lado acometido e ela só retornou às atividades normais após 90 dias de PO. Em virtude do edema prolongado a epitelização só ocorreu de forma definitiva aos 90 dias. Foram necessários dois procedimentos de correção cirúrgica da cicatriz no sexto e 12º meses.

DISCUSSÃO

Não existe consenso sobre qual a melhor anestesia a ser utilizada para a ritidoplastia. Diversos autores utilizam a anestesia geral em seus serviços33. Grover R, Jones BM, Waterhouse N. The prevention of haematoma following rhytidectomy: a review of 1078 consecutive facelifts. Br J Plast Surg. 2001;54(6):481-6. , 44. Jones BM, Grover R. Avoiding hematoma in cervicofacial rhytidectomy: a personal 8-year quest. Reviewing 910 patients. Plast Reconstr Surg. 2004;113(1):381-7; discussion 388-90. , 88. Baker DC, Stefani WA, Chiu ES. Reducing the incidence of hematoma requiring surgical evacuation following male rhytidectomy: a 30-year review of 985 cases. Plast Reconstr Surg. 2005;116(7):1973-85; discussion 1986-7. , 1010. Beer GM, Goldscheider E, Weber A, Lehmann K. Prevention of acute hematoma after face-lifts. Aesthetic Plast Surg. 2010;34(4):502-7.. A anestesia realizada neste estudo foi a sedação associada à anestesia local infiltrativa com lidocaína, também utilizada por outros autores22. Auersvald A, Auersvald LA, Biondo-Simões MAP. Rede hemostática: uma alternativa para a prevenção de hematoma em ritidoplastia. Rev Bras Cir Plast. 2012;27(1):22-30. , 1111. Gruber RP, Morley B. Ketamine-assisted intravenous sedation with midazolam: benefits and potential problems. Plast Reconstr Surg. 1999;104(6):1823-5; discussion 1826-7.. A entubação endotraqueal e os reflexos desencadeados pela anestesia geral podem gerar arritmias, hipertensão reflexa e sangramento com formação de hematoma. O controle adequado destes reflexos pode ser obtido utilizando-se o atenolol, como já foi demonstrado em alguns estudos1212. Apipan B, Rummasak D. Efficacy and safety of oral propranolol premedication to reduce reflex tachycardia during hypotensive anesthesia with sodium nitroprusside in orthognathic surgery: a double-blind randomized clinical trial. J Oral Maxillofac Surg. 2010;68(1):120-4. , 1313. Jakobsen CJ, Lenler-Petersen P, Blom L. Preoperative adrenergic beta receptor blockade and anesthesia. II. Effect on peroperative anxiety and cardiovascular response in epidural anesthesia. Ugeskr Laeger. 1993;155(29):2269-73.. Apesar disto, ainda preferimos a técnica de anestesia local associada à sedação, que se mostrou segura e eficaz. Não houve complicações relacionadas a esta técnica. Considerando que os pacientes operados são de faixa etária mais avançada e normalmente apresentam comorbidades cardiocirculatórias ou metabólicas, o uso anestesia geral deve ser questionado. A comparação entre a técnica anestesia local + sedação e anestesia geral demonstra que esta última pode ter como vantagens melhor ventilação e menor sangramento peroperatório. Porém, o uso de cânula nasofaríngea durante a sedação garante a perfeita permeabilidade das vias aéreas e a maior tendência a sangramento é minimizada pelo efeito do atenolol. Estudo recente comparando as duas técnicas mostrou que a anestesia local apresenta menos reflexos indesejados, menos propensão a arritmias ou taquicardias, menor tendência a vômitos, agitação psicomotora e, principalmente, menos complicações pulmonares1414. Weise LM, Bruder M, Eibach S, Seifert V, Byhahn C, Marquardt G, et al. Efficacy and safety of local versus general anesthesia in stereotactic biopsies: a matched-pairs cohort study. J Neurosurg Anesthesiol. 2013;25(2):148-53..

Neste estudo, utilizou-se heparina de baixo peso molecular ao final da operação em associação ao uso de meia elástica 18-23mmHg. Acredita-se que o uso de anticoagulante muito próximo do início da operação aumenta a incidência de hematoma1. Alguns autores demonstraram que o seu uso no final da operação não influencia no sangramento operatório1010. Beer GM, Goldscheider E, Weber A, Lehmann K. Prevention of acute hematoma after face-lifts. Aesthetic Plast Surg. 2010;34(4):502-7. , 1515. Kim EK, Eom JS, Ahn SH, Son BH, Lee TJ. The efficacy of prophylactic low-molecular-weight heparin to prevent pulmonary thromboembolism in immediate breast reconstruction using the TRAM flap. Plast Reconstr Surg. 2009;123(1):9-12..

Na amostra pesquisada, independente do uso ou não do atenolol não houve distúrbios da coagulação que possam ter sido atribuídos ao uso do anticoagulante. Mais uma vez, considerando a faixa etária, as comorbidades, a prevenção da trombose venosa e a proteção cardiovascular foram pontos importantes a serem preservados.

Diversas estratégias cirúrgicas têm sido utilizadas com a finalidade de prevenir o hematoma expansivo, tais como o uso de dreno de sucção44. Jones BM, Grover R. Avoiding hematoma in cervicofacial rhytidectomy: a personal 8-year quest. Reviewing 910 patients. Plast Reconstr Surg. 2004;113(1):381-7; discussion 388-90., mas é consenso que os drenos não evitam e não tratam o hematoma33. Grover R, Jones BM, Waterhouse N. The prevention of haematoma following rhytidectomy: a review of 1078 consecutive facelifts. Br J Plast Surg. 2001;54(6):481-6. , 77. Baroudi R, Ferreira CA. Seroma: how to avoid it and how to treat it. Aesthet Surg J. 1998;18(6):439-41.. Outra opção é a infiltração tumescente44. Jones BM, Grover R. Avoiding hematoma in cervicofacial rhytidectomy: a personal 8-year quest. Reviewing 910 patients. Plast Reconstr Surg. 2004;113(1):381-7; discussion 388-90., que permite reduzir o uso de adrenalina e a vaso dilatação "rebote", com a possibilidade de reduzir o sangramento e hematoma no PO. No entanto, se o paciente tiver aumento da pressão arterial ou da frequência cardíaca, pode ocorrer o sangramento1616. Berner RE, Morain WD, Noe JM. Postoperative hypertension as an etiological factor in hematoma after rhytidectomy. Prevention with chlorpromazine. Plast Reconstr Surg. 1976;57(3):314-9.. Outras estratégias, tais como pontos externos22. Auersvald A, Auersvald LA, Biondo-Simões MAP. Rede hemostática: uma alternativa para a prevenção de hematoma em ritidoplastia. Rev Bras Cir Plast. 2012;27(1):22-30., utilização de colas teciduais55. Por YC, Shi L, Samuel M, Song C, Yeow VK. Use of tissue sealants in face-lifts: a metaanalysis. Aesthetic Plast Surg. 2009;33(3):336-9. e o uso de pontos de adesão internos77. Baroudi R, Ferreira CA. Seroma: how to avoid it and how to treat it. Aesthet Surg J. 1998;18(6):439-41. são formas mecânicas de reduzir o "espaço morto", mas podem não controlar o sangramento e o hematoma expansivo se o paciente tiver um pico de hipertensão arterial. Manobras mecânicas podem ainda causar retrações ou irregularidades na pele88. Baker DC, Stefani WA, Chiu ES. Reducing the incidence of hematoma requiring surgical evacuation following male rhytidectomy: a 30-year review of 985 cases. Plast Reconstr Surg. 2005;116(7):1973-85; discussion 1986-7.. Nos pacientes analisados neste estudo, realizou-se hemostasia minuciosa e cuidadosa com eletrocautério com o paciente sob anestesia local e sedação com PA estável em 120-80mmHg (e não com hipotensão arterial induzida) e frequência cardíaca 60 batimentos por minuto. Além disso, utilizou-se dreno de sucção à vácuo de Jackson-Pratt 3.0 e curativo oclusivo ligeiramente compressivo.

A dor no PO das ritidoplastias é, em geral, negligenciada1616. Berner RE, Morain WD, Noe JM. Postoperative hypertension as an etiological factor in hematoma after rhytidectomy. Prevention with chlorpromazine. Plast Reconstr Surg. 1976;57(3):314-9. e isto pode gerar um ciclo perigoso, que consiste em dor, aumento da pressão, náusea e vômito, podendo chegar até a angústia e agitação psicomotora, conforme mostrou outro estudo1717. Kovac AL. Prevention and treatment of postoperative nausea and vomiting. Drugs. 2000;59(2):213-43.. Todos esses fatores podem se repetir e evoluir de forma crescente e até, em última instância, contribuir, de modo importante, para o aparecimento do hematoma expansivo. Os pacientes analisados neste estudo não relataram dor importante em nenhum dos tempos observados. Mesmo nos quatro pacientes do Grupo B que tiveram hematoma expansivo e necessidade de drenagem cirúrgica, o relato foi desconforto e aumento de volume.

Estudos33. Grover R, Jones BM, Waterhouse N. The prevention of haematoma following rhytidectomy: a review of 1078 consecutive facelifts. Br J Plast Surg. 2001;54(6):481-6. , 1010. Beer GM, Goldscheider E, Weber A, Lehmann K. Prevention of acute hematoma after face-lifts. Aesthetic Plast Surg. 2010;34(4):502-7. , 1616. Berner RE, Morain WD, Noe JM. Postoperative hypertension as an etiological factor in hematoma after rhytidectomy. Prevention with chlorpromazine. Plast Reconstr Surg. 1976;57(3):314-9. vêm relacionando sistematicamente o sangramento e o hematoma expansivo ao aumento da PA. A "hipertensão reativa" foi descrita após cerca de três a cinco horas da ritidoplastia facial, que se manifesta com aumento de PA e afeta, principalmente, pacientes mais idosos, que é o grupo prevalente neste tipo de procedimento1616. Berner RE, Morain WD, Noe JM. Postoperative hypertension as an etiological factor in hematoma after rhytidectomy. Prevention with chlorpromazine. Plast Reconstr Surg. 1976;57(3):314-9..

Acreditamos que exista o "ciclo do hematoma", no qual fatores predisponentes, como idade avançada, propensão ao aumento da PA e ansiedade pré-operatória, associado a fatores desencadeantes, tais como dor, aumento da PA, vômito, plenitude vesical urinária e agitação psicomotora, podem juntos contribuir para a formação do hematoma expansivo.

Nesta ordem de ideias foi proposto o uso do betabloqueador atenolol, pertencente às propanolaminas, que tem ação anti-hipertensiva e bradicardizante.

Estudo importante analisando 38.779 operações em 12 anos em pacientes com risco cirúrgico alto e em operações de outras especialidades, demonstrou claramente os benefícios do atenolol e a baixa ocorrência de efeitos adversos1818. Blau WS, Kafer ER, Anderson JA. Esmolol is more effective than sodium nitroprusside in reducing blood loss during orthognathic surgery. Anesth Analg. 1992;75(2):172-8.. Mesmo sendo um grupo de risco diferente dos que habitualmente procuram a cirurgia plástica, acredita-se que essa transposição possa ser feita em todas as especialidades médicas.

Os betabloqueadores vêm sendo utilizados para induzir a hipotensão e bradicardia relativa por meio de infusão venosa durante operações do seio da face1919. Shen PH, Weitzel EK, Lai JT, Wormald PJ, Ho CS. Intravenous esmolol infusion improves surgical fields during sevoflurane-anesthetized endoscopic sinus surgery: a double-blind, randomized, placebo-controlled trial. Am J Rhinol Allergy. 2011;25(6):e208-11.. Outro trabalho demonstrou a eficácia da infusão venosa de betabloqueador como antiarrítmico no peroperatório (sem depressão na contratilidade miocárdica), e na resposta hipertensiva, que ocasionalmente ocorre após entubação endotraqueal devido à taquicardia reflexa1313. Jakobsen CJ, Lenler-Petersen P, Blom L. Preoperative adrenergic beta receptor blockade and anesthesia. II. Effect on peroperative anxiety and cardiovascular response in epidural anesthesia. Ugeskr Laeger. 1993;155(29):2269-73.. O mesmo relato mostrou drástica redução no sangramento peroperatório utilizando betabloqueadores via oral no pré-operatório. Foi demonstrado que bloqueadores de receptores beta22. Auersvald A, Auersvald LA, Biondo-Simões MAP. Rede hemostática: uma alternativa para a prevenção de hematoma em ritidoplastia. Rev Bras Cir Plast. 2012;27(1):22-30. reduzem a produção de citoquininas pelos macrófagos, atenuando a resposta inflamatória induzida pelo trauma operatório2020. Rough J, Engdahl R, Opperman K, Yerrum S, Monroy MA, Daly JM. beta2 Adrenoreceptor blockade attenuates the hyperinflammatory response induced by traumatic injury. Surgery. 2009;145(2):235-42.. Os betabloqueadores têm sido utilizados na prevenção de sangramentos de varizes esofagianas com resultados promissores comprovados em estudo de meta-análise2121. Ko SY, Kim JH, Choe WH, Kwon SY, Lee CH. Pharmacotherapy alone vs endoscopic variceal ligation combination for secondary prevention of oesophageal variceal bleeding: meta-analysis. Liver Int. 2012;32(5):867-9..

O atenolol apresenta inibição significativa dos reflexos vagais durante estresse, sendo seu efeito nervoso periférico mais importante do que o central. Sua ação inicia uma hora após o uso oral e apresenta excreção renal, que não é influenciada por fenótipos1818. Blau WS, Kafer ER, Anderson JA. Esmolol is more effective than sodium nitroprusside in reducing blood loss during orthognathic surgery. Anesth Analg. 1992;75(2):172-8. , 2222. Wallace AW, Au S, Cason BA. Perioperative â-blockade: atenolol is associated with reduced mortality when compared to metoprolol. Anesthesiology. 2011;114(4):824-36.. A utilização oral foi por um período de um a 45 dias antes e sete dias no PO, em pacientes de alto risco, na dose de 25-50mg, demonstrada com sucesso2323. Armanious S, Wong DT, Etchells E, Higgins P, Chung F. Successful implementation of perioperative beta-blockade utilizing a multidisciplinary approach. Can J Anaesth. 2003;50(2):131-6..

Neste estudo, foi utilizado o atenolol num protocolo que se iniciou no pré-operatório (até FP=60 batimentos/min) e permaneceu até 15 dias PO em uma única tomada, com dose que variou de 25-100mg/dia, não havendo a ocorrência de hematoma expansivo. No grupo Controle, uma paciente teve crise hipertensiva, com formação de hematoma expansivo no 12º dia PO. O fato é uma justificativa para a utilização do atenolol até, no mínimo, 15 dias no PO de ritidoplastia.

Uma paciente do grupo A teve hipotensão arterial e bradicardia importante no oitavo dia PO e teve a medicação suspensa, mas não foi excluída do presente estudo. Outra paciente do grupo A teve níveis de glicemia aumentados após mostrar sintomas de diabetes no 15o dia PO, e teve a dose do atenolol reduzida para 25mg/dia.

Estima-se que em 25 a 30% dos pós-operatórios em geral ocorram náuseas e vômitos1717. Kovac AL. Prevention and treatment of postoperative nausea and vomiting. Drugs. 2000;59(2):213-43., e em pacientes do sexo feminino de 1,5 a três vezes mais do que os do sexo masculino. Como a maior parte dos pacientes submetidos à ritidoplastia é do sexo feminino, acreditamos ser indispensável a utilização de ondansetrona nas primeiras 24 horas. Os pacientes observados neste estudo não apresentaram náuseas ou vômitos e nenhum sintoma de efeito adverso decorrente de sua utilização. Mesmo nos quatro pacientes do Grupo B, que tiveram hematoma expansivo e necessidade de drenagem cirúrgica, também não se observou a presença deste reflexo.

Dois autores observaram agitação e ansiedade no PO das ritidoplastias1010. Beer GM, Goldscheider E, Weber A, Lehmann K. Prevention of acute hematoma after face-lifts. Aesthetic Plast Surg. 2010;34(4):502-7. , 2424. Abu-Shahwan I. Effect of propofol on emergence behavior in children after sevoflurane general anesthesia. Paediatr Anaesth. 2008;18(1):55-9.. Acredita-se que seja devido ao efeito da anestesia ou relacionada ao ciclo de dor. Em geral estão associados ao aumento da PA e vômito podendo contribuir na formação de hematoma expansivo. Por isto, a utilização de clonidina EV, para conter o aumento da PA tem sido preconizada nas primeiras 24 horas1010. Beer GM, Goldscheider E, Weber A, Lehmann K. Prevention of acute hematoma after face-lifts. Aesthetic Plast Surg. 2010;34(4):502-7. , 2424. Abu-Shahwan I. Effect of propofol on emergence behavior in children after sevoflurane general anesthesia. Paediatr Anaesth. 2008;18(1):55-9.. O atenolol utilizado neste estudo mostrou-se eficaz para conter os reflexos pré-anestésicos e interromper o ciclo da dor, controlando o aumento da PA e o vômito, devido a sua ação nos receptores alfa e beta11. Durnig P, Jungwirth W. Low-molecular-weight heparin and postoperative bleeding in rhytidectomy. Plast Reconstr Surg. 2006;118(2):502-7; discussion 508-9. por um período de, no mínimo, 15 dias1212. Apipan B, Rummasak D. Efficacy and safety of oral propranolol premedication to reduce reflex tachycardia during hypotensive anesthesia with sodium nitroprusside in orthognathic surgery: a double-blind randomized clinical trial. J Oral Maxillofac Surg. 2010;68(1):120-4..

O globo vesical é reconhecido como importante agente desencadeador de desconforto, agitação psicomotora e crise hipertensiva no peroperatório2525. Mago AJD, Helayel PE, Bianchini E, Kozuki H, Oliveira Filho GR. Prevalência e fatores preditivos de retenção urinária diagnosticada por ultrassonografia no período pós-anestésico imediato. Rev Bras Anestesiol. 2010;60(4):387-90.. O uso preventivo de sonda vesical de Foley nos pacientes deste estudo, com o intuito de esvaziar a bexiga continuamente e prevenir o globo vesical, foi uma forma simples e segura de diminuir o risco de agitação e ansiedade e impedir um possível ciclo de hematoma expansivo.

Os nossos dados sugerem que o uso do betabloqueador atenolol foi eficaz para controlar o ciclo do hematoma em ritidoplastia facial e promover um tempo de recuperação mais curto, diminuir as chances de outros efeitos adversos e propiciar um melhor resultado estético. Deve-se, no entanto, ressaltar que as outras medidas associadas com o controle da dor, da náusea e do vômito, da agitação, ansiedade e ainda o esvaziamento da bexiga com sonda vesical de demora foram pontos preventivos importantes na gênese da hipertensão. Estudos com amostras maiores e avaliações clínicas de variáveis quantitativas poderão corroborar de modo mais enfático os dados aqui obtidos.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Sep-Oct 2014

Histórico

  • Recebido
    10 Out 2013
  • Aceito
    05 Jan 2014
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