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Síndrome dos ovários policísticos: relação entre os aspectos clínicos, hormonais e ultra-sonográficos

Resumos de Teses

Síndrome dos Ovários Policísticos: Relação Entre os Aspectos Clínicos, Hormonais e Ultra-Sonográficos

Tese de Mestrado, apresentada à Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, em 04/12/97.

Autor: Fábio Lopes Teixeira Filho

Orientador: Prof. Dr. Edmund Chada Baracat

Co-Orientador: Prof. Dr. Mauro Abi Haidar

O diagnóstico da síndrome dos ovários policísticos (SOP) tem uma perspectiva histórica. Inicialmente baseava-se nos achados clínicos e histopatológicos; mais tarde dispensou-se maior atenção aos aspectos hormonais. Recentemente, por ser um método não invasivo e apresentar alta concordância com o exame histopatológico, a ultra-sonografia transvaginal tem sido utilizada por vários investigadores para avaliar o papel dos aspectos morfológicos ovarianos no diagnóstico e prognóstico da síndrome.

Estudaram-se 32 mulheres, das quais oito eram normais e constituíram o grupo I (controle) e 24 com síndrome dos ovários policísticos, as quais foram divididas em três grupos (II < 5 folículos, III 6-10 folículos e IV > 10 folículos), de acordo com o número de cistos foliculares ovarianos identificados à ultra-sonografia transvaginal. Compararam-se o volume ovariano, aspectos clínicos (estado ponderal e hirsutismo), níveis séricos de gonadotrofinas, prolactina, testosterona, androstenediona, sulfato de desidroepiandrosterona e 17a-hidroxiprogesterona entre os grupos de pacientes com síndrome e entre estes e o grupo controle. O padrão menstrual também foi comparado entre os grupos constituídos por pacientes com a síndrome.

Observou-se que os grupos II e III apresentaram níveis de testosterona, volume ovariano e IMC significantemente maiores que os do grupo controle. Somente o grupo III demonstrou níveis de 17-OH significantemente maiores que os do grupo controle. O grupo IV destacouse dos demais grupos de pacientes com a síndrome, pois apresentou volume ovariano, níveis de LH, testosterona e androstenediona significantemente maiores que os do grupo controle, e, além disso, um maior número de pacientes hirsutas foi observado nesse grupo.

Não houve diferença significante em qualquer parâmetro estudado entre os grupo de pacientes com a SOP; consequentemente, o número de cistos foliculares identificados à ultrasonografia transvaginal não demonstrou ser um parâmetro que refletisse a evolução da síndrome.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    16 Abr 2007
  • Data do Fascículo
    Mar 1998
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