Acessibilidade / Reportar erro

Rubéola na gestação: repercussões sobre o produto conceptual

Resumo de Tese

Rubéola na Gestação: Repercussões Sobre o Produto Conceptual

Autor: Denise Araújo Lapa Pedreira

Orientador: Prof. Dr. Marcelo Zugaib

Tese de Doutorado apresentada à Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo - Clínica Obstétrica da Faculdade de Medicina da USP - São Paulo, em 02/12/98.

Objetivos: Avaliar os efeitos da rubéola durante a gestação, sobre o feto, o recém-nascido e a criança.

Casuística e Método: Analisamos 35 gestantes com suspeita de rubéola. Grupo 1: 15 pacientes que apresentaram quadro clínico com comprovação sorológica. Grupo 2: 20 pacientes com IgM positiva na rotina pré-natal, na ausência de quadro clínico. Foi realizada ultra-sonografia mensal, propedêutica invasiva, ecocardiografia fetal e Dopplervelocimetria. Os recém-nascidos vivos foram avaliados pelo exame clínico, sorológico, potencial evocado auditivo, ultra-sonografia de crânio, fundo de olho e ecocardiografia.

Resultados: Grupo 1: a transmissão vertical entre 2 a 14 semanas foi de 64,9%. A malformação ocorreu em 37,5% dos infectados. A ultra-sonografia revelou crescimento intra-uterino retardado simétrico em todos os fetos infectados, em média com 25,1 semanas. Todos os fetos infectados submetidos a cordocentese apresentavam IgM positiva e eritroblastose. A PCR no líquido amniótico foi positiva nos 3 casos em que ela foi realizada. A idade gestacional média do parto entre os infectados foi de 33,8 semanas e o peso médio ao nascimento foi 1365,6 g. Todos os 6 nascidos vivos infectados foram classificados como pequenos para a idade gestacional e apresentaram disacusia. A sobrevida entre os infectados, num seguimento pós-natal médio de 35,2 meses, foi de 62,5%. Grupo 2: a infecção não foi comprovada em nenhum dos recém-nascidos vivos, porém em um caso pudemos demonstrar a infecção congênita pelo vírus de Epstein-Barr.

Conclusões: o diagnóstico pré-natal é confiável e o encontro isolado de IgM positiva não se correlacionou com a transmissão vertical, no entanto outras infecções devem ser suspeitadas.

Palavras-chave: Rubéola. Diagnóstico pré-natal. Líquido amniótico. Crescimento intra-uterino retardado.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    20 Mar 2007
  • Data do Fascículo
    Mar 1999
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br