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Estudo da adaptação fetal ao sofrimento crônico: avaliação dopplerfluxométrica, hematimétrica e metabólica

Resumo de Tese

Estudo da Adaptação Fetal ao Sofrimento Crônico: Avaliação Dopplerfluxométrica, Hematimétrica e Metabólica

Autor: Henrique Vitor Leite

Orientador: Profº. Dr. Antônio Carlos Vieira Cabral

Tese apresentada ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor, em 20/12/98.

Estudo longitudinal, prospectivo em que foram acompanhadas 128 pacientes com feto único, portadoras de algum fator de risco para o sofrimento crônico, encaminhadas do pré-natal de alto-risco e medicina fetal do Hospital das Clínicas da UFMG de junho de 1995 a maio de 1998, cuja idade gestacional no momento do parto variou entre 29 e 41 semanas. O objetivo do presente estudo foi avaliar os mecanismos de adaptação fetal ao sofrimento crônico (centralização de fluxo, aumento do número de eritroblastos e metabolismo anaeróbio) em face de alterações gasométricas (acidose, hipóxia e hipercapnia). Em todas as pacientes realizou-se dopplerfluxometria de artéria umbilical e cerebral média calculando o índice de pulsatilidade (IP) e a seguir o índice umbílico/cerebral (U/C). Considerou-se como centralização de fluxo quando o U/C foi maior ou igual a 1 (um). Após a interrupção da gestação por via abdominal e sob bloqueio peridural ou raquianestesia, foi colhido sangue na veia umbilical e realizada a avaliação gasométrica (dosagem do pH, pO2, pCO2 e BE), dosagem da glicemia fetal e do número de eritroblastos. Foi de determinada a glicemia materna e a diferença entre esta e a fetal (D-glicêmico), definido como alterado quando > ou igual a 18 mg/dl. O número de eritroblastos foi considerado alterado quando > ou igual a 7/100 leucócitos. Foi realizado um cruzamento dos resultados da gasometria em relação à centralização de fluxo, eritroblastose e D-glicêmico materno/fetal. Encontramos que a centralização de fluxo é um dos primeiros mecanismos de adaptação fetal ao sofrimento crônico. Fetos acidóticos graves, com BE < -12 mmol/l apresentam ambas as respostas adaptativas. O D-glicêmico materno fetal não se mostrou parâmetro de adaptação, mas sim, marcador da conseqüência do sofrimento crônico.

Palavras-chave: Dopplerfluxometria. Centralização de fluxo. Sofrimento fetal.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    28 Jun 2006
  • Data do Fascículo
    1999
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