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Estudo do Tratamento Cirúrgico de 33 Pacientes Portadoras de Prolapso Vaginal Pós-histerectomia

Resumo de Tese

Estudo do Tratamento Cirúrgico de 33 Pacientes Portadoras de Prolapso Vaginal Pós-histerectomia

Autor: Luciano Silveira Pinheiro

Tese para Professor Titular de Ginecologia e Obstetrícia da Maternidade-Escola da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará no dia 23/6/98.

O estudo de 33 pacientes submetidas a cirurgias para correção do prolapso vaginal pós-histerectomia, realizadas na Maternidade-Escola da Universidade Federal do Ceará, no período de 1973 a 1997, com obedecimento a protocolo previamente estabelecido e operadas unicamente pelo autor, mostrou que a idade do grupo variou de 37 a 81 anos (média de 58 anos), com prevalência em multíparas - mais de três partos (84,8%) e paridade média de 6. Das 33 pacientes, 13 tinham a histerectomia abdominal como cirurgia prévia e 20, a vaginal. O tempo de aparecimento da distopia após a histerectomia variou de 10 dias a 288 meses (média de 35,5 meses). A abordagem pela via vaginal (colporrafia anterior e posterior ampliadas e perineoplastia) como primeira intervenção corretiva foi levada a efeito em 24 oportunidades, não apresentando recidivas até o período do acompanhamento. A enterocele e a retocele quando presentes, foram corrigidas isoladamente por via baixa, com o emprego das técnicas vigentes. A operação de Brady foi realizada cinco vezes, com três recidivas; a de Burch, duas vezes, ambas recidivando. As cirurgias corretivas das falhas foram feitas por via vaginal. O tempo cirúrgico variou de 45 a 150 minutos (média de 90 minutos). Utilizou-se a anestesia peridural 30 vezes e a raquianestesia, 3. Nenhuma paciente foi submetida a transfusão de sangue. A média de permanência hospitalar foi de três dias. Em uma paciente houve lesão acidental e superficial da parede anterior da bexiga por ocasião da dissecção, que foi suturada em dois planos, por pontos separados, com catgut cromado 00, com evolução satisfatória. Detectou-se uma vez infecção urinária baixa, tratada eficazmente com ampicilina por via oral, durante uma semana. A retenção urinária no pós-operatório imediato ocorreu duas vezes, sendo solucionada com medidas conservadoras (exercício de fechamento e abertura da sonda vesical de 4/4 horas, durante 10 minutos, cobertura antibiótica com ampicilina e emprego de diazepam, 20 mg por via oral ao dia). A incontinência urinária de esforço foi relatada tardiamente, juntamente com o diagnóstico de uretrocele do primeiro grau. O encurtamento vaginal foi observado cinco vezes, embora não impedindo o ato sexual. O período de acompanhamento ambulatorial variou de 1 a 12 anos, com o tempo médio de 5 anos. Em nenhuma das pacientes houve queixas expressivas em relação aos resultados das operações corretivas da distopia pós-histerectomia.

Palavras-chave: Prolapso genital. Incontinência urinária de esforço. Elitrocele.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Out 2005
  • Data do Fascículo
    Maio 2000
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