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Análise crítica comparativa dos achados ultra-sonográficos, vídeo histeroscópicos e histológicos no diagnóstico das patologias endometriais

Resumo de Tese

Análise crítica comparativa dos achados ultra-sonográficos, vídeo histeroscópicos e histológicos no diagnóstico das patologias endometriais

Autor: Nilton José Leite

Orientador: Prof. Dr. Rogério Dias

Dissertação de Mestrado apresentada ao Curso de Pós-Graduação do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu ¾ UNESP em 3 de dezembro de 1999.

Objetivos: Realizar uma análise crítica comparativa da precisão diagnóstica da ultra-sonografia, histeroscopia e biópsia na avaliação da cavidade endometrial, dentro da nossa realidade, nas pacientes atendidas no Serviço de Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu ¾ UNESP, no período entre os anos de 1995 a 1999.

Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo de cento e oitenta e quatro (184) pacientes com suspeita de alterações endometriais que foram submetidas concomitantemente à ultra-sonografia transvaginal, histeroscopia e biópsia com cureta de Novak. Em sessenta e quatro (64) casos, foi realizada a exérese da lesão, por ressecção video-histeroscópica ou histerectomia. Para verificar a concordância entre os métodos, foi utilizado a estatística Kappa. Para comparar as proporções de alterações obtidas nos métodos, foi utilizada a estatística c2 de Mc Nemar, confrontando-se os métodos dois a dois.

Resultados: A ultra-sonografia teve sensibilidade de 76,77%, especificidade 43,53%, valor preditivo positivo de 38,71% e valor preditivo negativo de 38,33%. Para a histeroscopia encontramos sensibilidade de 79,80%, especificidade de 32,94%, valores preditivos positivo de 41,91% e negativo de 38,33%. Quanto à biópsia encontramos sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivos e negativos respectivamente de 30,15%, 100,00%, 0,00% e 86,27%. Os casos de carcinoma endometrial foram detectados por todos os métodos.

Conclusão: A histeroscopia e a ultra-sonografia apresentaram precisão diagnóstica semelhantes, porém do ponto de vista prático, a histeroscopia foi melhor para diferenciar lesões como pólipos, miomas, hiperplasias focais e neoplasia endometrial. Não houve nenhuma falha diagnóstica da ultra-sonografia quando o eco endometrial foi menor ou igual a 5 mm. A biópsia mostrou-se insuficiente para o diagnóstico de pólipos, miomas submucosos, hiperplasias focais e endométrio atrófico. Nos casos de atrofia endometrial, a histeroscopia mostrou-se de grande importância para tranqüilizar o médico e a paciente.

Palavras-chave: Endométrio. Ultra-sonografia transvaginal. Histeroscopia. Sangramento uterino anormal. Sangramento pós-menopausa. Hiperplasia de endométrio.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Out 2003
  • Data do Fascículo
    2000
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