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Repercussões maternas, reprodutivas e perinatais do tratamento com extrato aquoso de folhas de Bauhinia forficata (pata-de-vaca) na prenhez de ratas não-diabéticas e diabéticas

Resumo de Tese

Repercussões Maternas, Reprodutivas e Perinatais do Tratamento com Extrato Aquoso de Folhas de Bauhinia forficata (Pata-de-vaca) na Prenhez de Ratas Não-diabéticas e Diabéticas

Autor: Gustavo Tadeu Volpato

Orientadora: Profa. Dra. Iracema de Mattos Paranhos Calderon

Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamente de Ginecologia e Obstetrícia - Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, em 23 de março de 2001.

Introdução: a despeito da ação, comprovada ou não, é comum a constatação de que gestantes diabéticas fazem uso de plantas popularmente conhecidas como hipoglicemiantes. Uma das mais citadas é a Bauhinia forficata (pata-de-vaca). O risco está em não se conhecer seus efeitos e possíveis repercussões materno-fetais.

Objetivo: Avaliar os efeitos do extrato aquoso de folhas de B. forficata sobre o metabolismo materno, a performance reprodutiva, o desenvolvimento fetal e a teratogênese na prenhez de ratas diabéticas e não-diabéticas.

Material e Método: Ratas Wistar prenhes constituíram quatro grupos: não-diabético e diabético controles (não-tratados); não-diabético e diabético tratados com extrato aquoso de folhas de B. forficata. O diabete foi induzido antes da prenhez, pela injeção intravenosa de estreptozotocina (40 mg/kg de peso). A administração do extrato da planta ou da água destilada (grupos controle) foi por via oral em doses crescentes: 500 mg/kg do 0 ao 4o dia de prenhez, 600 mg/kg (5oao 14o) e 1000 mg/kg (15o ao 20o), ajustadas diariamente conforme o peso do animal, sendo administrados dois terços da dose pela manhã e um terço à tarde. Durante a prenhez foram avaliados o ganho de peso e os níveis glicêmicos maternos e no 21o dia foi realizada cesárea, com avaliação do peso dos recém-nascidos e das placentas, da performance reprodutiva e da freqüência de anomalias e malformações fetais.

Resultados e Conclusões: Nos grupos de ratas não-diabéticas, o tratamento com o extrato de B. forficata não interferiu na glicemia, no ganho de peso ou na performance reprodutiva materna. Não alterou, também, o desenvolvimento fetal e placentário e não foi teratogênico. Nos animais diabéticos tratados com o extrato das folhas de B. forficata, apesar do não-controle da glicemia materna, observou-se queda na freqüência de algumas anomalias esqueléticas e malformações viscerais, quando se comparou com os grupos diabéticos não-tratados.

Palavras-chave: Plantas medicinais. Diabete melito. Malformações. Estudos experimentais.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Jun 2003
  • Data do Fascículo
    Jul 2001
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