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Alterações Endometriais em Pacientes com Câncer de Mama Tratadas com Tamoxifeno: Análise por Ultra-sonografia Transvaginal, Histeroscopia e Histopatológico

Resumos de Teses

Alterações Endometriais em Pacientes com Câncer de Mama Tratadas com Tamoxifeno: Análise por Ultra-sonografia Transvaginal, Histeroscopia e Histopatológico

Autor: Francisco Edson de Lucena Feitosa

Orientador: Prof. Dr. Sérgio Ferreira Juaçaba

Dissertação de Mestrado apresentada ao programa de Pós-graduação stricto sensu do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará, em 14 de dezembro de 2001.

Objetivos: Determinar a prevalência de alterações endometriais e os achados histopatológicos mais freqüentes em mulheres com câncer de mama tratadas com tamoxifeno durante cinco anos. Avaliar sensibilidade, especificidade, valor preditivo positivo e negativo e razão de probabilidade da ultra-sonografia transvaginal e da histeroscopia quando comparadas com o histopatológico do endométrio.

Método: Estudo transversal, com trinta pacientes que usaram tamoxifeno por 5 anos, em que se realizou ultra-sonografia transvaginal, histeroscopia, biópsia de endométrio e análise histopatológica de todas as pacientes.

Resultados: A prevalência geral de alterações endometriais foi de 36,6%. Os achados mais freqüentes foram a atrofia cística (46,6%) e os pólipos endometriais (26,6%). Através de Curva ROC determinou-se que o melhor ponto de corte da medida da espessura do endométrio através da ultra-sonografia transvaginal foi 8 mm. Esta apresentou sensibilidade de 72,7%, especificidade de 78,9%, valor preditivo positivo de 66,6% e negativo de 83,3% e razão de probabilidade de 3,4. A histeroscopia apresentou sensibilidade de 90,9%, especificidade de 68,4%, valor preditivo positivo de 62,5% e negativo de 92,8% e razão de probabilidade de 2,8.

Conclusão: As pacientes com câncer de mama que utilizaram tamoxifeno por longo período apresentaram elevada freqüência de alterações endometriais; as mais comuns foram a atrofia cística e os pólipos. A ultra-sonografia transvaginal apresentou maior taxa de falso-positivo (42,1%) quando se utilizou o valor de 5 mm como ponto de corte da espessura do endométrio, porém melhorou-se a especificidade, o valor preditivo positivo e negativo quando utilizou-se a medida de 8 mm, obtida através da confecção de curva ROC.

Palavras-chaves: Tamoxifeno. Endométrio: avaliação. Histeroscopia. Neoplasia mamária. Mama: câncer.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Jun 2002
  • Data do Fascículo
    Mar 2002
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