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Estudo Comparativo entre a Cardiotocografia Anteparto e o Doppler em Fetos Considerados Clinicamente Normais

Resumos de Teses

Estudo Comparativo entre a Cardiotocografia Anteparto e o Doppler em Fetos Considerados Clinicamente Normais

Autor:Mauro da Silva Casanvoa

Orientador: Prof. Dr. Francisco Mauad Filho

Dissertação de Mestrado apresentada ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (Área de concentração: Tocoginecologia) – USP, em 25 de junho de 2001.

Procurou-se avaliar fetos considerados normais, com o uso do efeito Doppler, estudando-se os índices de resistência e pulsatilidade dos vasos: artéria cerebral média, artéria umbilical, aorta abdominal e ducto venoso, bem como as variáveis cardiotocográficas anteparto basal, como o nível da freqüência cardíaca fetal (FCF), variabilidade, amplitude e duração da resposta ao estímulo sonoro. Foram estudados dois grupos de pacientes, divididas em grupo I, composto de 32 gestantes com idade gestacional entre 26 e 31 semanas e 6 dias e grupo II, constituído de 32 gestantes com idade gestacional acima de 32 semanas. Todas as gestantes encontravam-se clinicamente normais e foram atendidas no ambulatório de pré-natal normal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e assistidas na Escola de Ultra-Sonografia e Reciclagem Médica de Ribeirão Preto (EURP). Os resultados foram divididos de acordo com a caracterização das gestantes, os resultados descritivos e os resultados analíticos. Todas as variáveis dos resultados descritivos e analíticos foram primeiramente avaliadas com os testes de normalidade, Shapiro & Wilk, cujos resultados levaram à opção por métodos não paramétricos, para a análise dos dados. Para fazer as comparações entre os grupos I e II, com cada variáveis cardiotocográficas e os índices de resistência e pulsatilidade através do Doppler pela Ultra-Sonografia, foram analisadas pelo coeficiente de Spearman e o teste correspondente. O nível de significância considerado foi de a = 0,05. As variáveis cardiotocográficas mostraram diferença estatística significante entre os grupos I e II, quanto à FCF, amplitude e tempo. Conclui-se que o nível de FCF é maior em fetos com menos tempo de gestação e que a amplitude de elevação da FCF, após o estímulo sonoro e o tempo para voltar ao normal, são maiores nos fetos com mais tempo de gestação. Com relação às variáveis do efeito Doppler, os grupos I e II mostraram diferenças estatisticamente significantes quanto aos índices de resistência da artéria cerebral média e da artéria umbilical e índice de pulsatilidade da artéria cerebral média, artéria umbilical e do ducto venoso. Conclui-se que o índices são maiores em fetos com menos tempo de gestação. Quando correlacionou-se as variáveis cardiotocográficas com as variáveis do efeito Doppler, não foi encontrada diferença significativa entre essas variáveis, pois trata-se de gestantes e fetos sem patologias. O trabalho permitiu compreender o comportamento das variáveis biofísicas, de fetos considerados normais, em períodos gestacionais diferentes, possibilitando melhores estudos frente a fetos com hipoxemia isquêmica, metabólica e hematogênica.

Palavras-chave: Dopplervelocimetria. Carditotocografia anteparto. Gravidez normal.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    18 Jun 2002
  • Data do Fascículo
    Mar 2002
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