Acessibilidade / Reportar erro

Mortalidade materna na cidade de São Paulo de 1995 A 1999, com ênfase em hipertensão arterial

Maternal mortality in the city of Sao Paulo, from 1995 to 1999, with emphasis on hypertension

RESUMO DE TESE

Mortalidade materna na cidade de São Paulo de 1995 A 1999, com ênfase em hipertensão arterial

Maternal mortality in the city of Sao Paulo, from 1995 to 1999, with emphasis on hypertension

Autor: Carlos Eduardo Pereira Vega

Orientador: Prof. Dr. Soubhi Kahhale

Tese de Doutorado apresentada ao Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, em 26 de maio de 2004

Analisou-se a mortalidade materna na cidade de São Paulo de 1995 a 1999, com ênfase nas mortes decorrentes de complicações da hipertensão arterial. Foi realizada uma comparação entre a casuística oficial de morte materna com a que foi apurada pelo Comitê de Mortalidade Materna Municipal, objetivando avaliar os resultados obtidos em ambos os métodos de coleta de dados. O método empregado pelo Comitê se mostrou de maior valor para a realização de estudos específicos sobre as causas determinantes do óbito materno e dentre os 800 casos identificados no período avaliado, encontramos 142 mortes maternas ocasionadas por distúrbios hipertensivos. Os casos foram estudados segundo a faixa etária, cor, local de residência e óbito, subnotificação do óbito materno, responsabilidade do atendimento (público ou privado), atendimento hospitalar, intervenções obstétricas durante a internação e discutida a evitação da morte materna por hipertensão arterial. Para avaliação da qualidade e estrutura do atendimento hospitalar foi elaborado um indicador denominado Índice de Letalidade Hospitalar (ILH). O setor público foi responsável por 80,6% dos óbitos decorrentes de complicações hipertensivas no município de São Paulo. Verificaram-se falhas no atendimento, tais como: planejamento familiar insatisfatório, atendimento pré-natal inadequado e ineficiente, presença de grandes deslocamentos à procura de vaga hospitalar, existência de hospitais com estrutura desprovida de condições ao atendimento da gestante hipertensa e suas complicações, acompanhamento pós-natal deficitário e subutilização do sulfato de magnésio na prevenção e tratamento das crises convulsivas. São sugeridas medidas para o atendimento apropriado da gestante e puérpera hipertensa, visando à redução da morbimortalidade materna.

Palavras-chave: Mortalidade materna. Hipertensão arterial. Eclâmpsia. Complicações da gravidez.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Nov 2004
  • Data do Fascículo
    Set 2004
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br