Acessibilidade / Reportar erro

Hiperestimulação ovariana controlada com FSH exclusivo seguido de estimulação com HCG ou hMG

Controlled ovarian stimulation with FSH alone followed by stimulation with hCG or hMG

RESUMO DE TESE

Hiperestimulação ovariana controlada com FSH exclusivo seguido de estimulação com HCG ou hMG

Controlled ovarian stimulation with FSH alone followed by stimulation with hCG or hMG

Autora: Mariana Kefalás Oliveira Gomes

Orientador: Prof. Dr. Rui Alberto Ferriani

Dissertação de Mestrado apresentada à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto Universidade de São Paulo - Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, em 6 de julho de 2004

OBJETIVOS: o objetivo desse estudo prospectivo e controlado é avaliar se o LH sob forma de baixa dose de gonadotrofina coriônica humana (hCG) é similar à gonadotrofina menopausal humana (hMG) na fase folicular tardia de pacientes em hiperestimulação ovariana controlada (HOC).

CASUÍSTICA E MÉTODOS: trinta e quatro mulheres normovulatórias com indicação de ICSI foram randomicamente direcionadas a dois diferentes protocolos de HOC (17 em cada). Todas as pacientes foram suprimidas com análogos do GnRH e receberam FSH recombinante (200 IU/d) até que se obtivessem folículos entre 13-14 mm de diâmetro médio. A partir de então, constituíram-se dois grupos: HOC com hCG (200IU/d) (grupo hCG) e HOC com hMG (225IU/d) (grupo hMG) até que os parâmetros para administração do hCG pré-ovulatório fossem atingidos. A monitorização foi realizada através de ultra-sonografia transvaginal e dosagem sérica de estradiol, progesterona e testosterona.

RESULTADOS: o número de folículos menores que 10, 10 a 14 e maiores que 14 mm e tempo de HOC (em dias) foram similares em ambos os grupos. De 17 pacientes hiperestimuladas com hCG, 14 apresentaram progesterona sérica > 1,5 ng/mL no dia do hCG pré-ovulatório, comparado com sete pacientes no grupo hMG. As taxas de gravidez clínica foram semelhantes nos grupos hCG e hMG (52.9% e 33.3%, respectivamente). O custo total do tratamento por paciente no grupo hCG foi significativamente inferior que no grupo hMG (R$ 2363,00 ± 409,70 vs R$ 1949,00 ± 292,40, respectivamente; p 0,0019).

CONCLUSÕES: LH na forma de baixa dose de hCG na fase folicular tardia apresentou o mesmo padrão de desenvolvimento folicular que o hMG. O protocolo utilizando hCG produziu taxa de gestação similar àquela evidenciada pela HOC com hMG na fase folicular tardia, mesmo apresentando níveis séricos elevados de progesterona no dia do hCG pré-ovulatório.

Palavras-chave: Hormônio luteinizante. Gonadotrofina coriônica humana. hMG. Hiperestimulação ovariana controlada.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    23 Nov 2004
  • Data do Fascículo
    Set 2004
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br