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Efetividade da assistência pré-natal sobre a mortalidade materna e a morbi-mortalidade neonatal no Brasil

Effectiveness of prenatal care on maternal mortality and neonatal morbimortality in Brazil

RESUMO DE TESE

Efetividade da assistência pré-natal sobre a mortalidade materna e a morbi-mortalidade neonatal no Brasil

Effectiveness of prenatal care on maternal mortality and neonatal morbimortality in Brazil

Autor: Bruno Gil de Carvalho Lima

Orientadora: Profª. Drª. Maria da Conceição Nascimento Costa

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia para a obtenção do grau de Mestre em Saúde Comunitária (Epidemiologia), em 18 de outubro de 2004

O modelo tradicional de assistência pré-natal (APN) vem sendo questionado. Estratégias com menos consultas incluindo estritamente ações de efetividade comprovada estão sendo testadas. No Brasil, trabalhos apontam falhas do conteúdo da assistência. Com o objetivo de analisar a evolução da utilização da APN brasileira e sua relação com a mortalidade materna e neonatal, estudou-se uma série temporal da utilização de consultas, de 1996 a 2000, em 22 capitais, testando-se ainda sua correlação com baixo peso ao nascer (BPN) e prematuridade. Os Sistemas de Informações do Ministério da Saúde foram as fontes dos dados. Não foi encontrada correlação entre utilização do pré-natal e os indicadores investigados. Discutem-se as deficiências técnicas da APN como possíveis explicações da não efetividade para redução dos desfechos desfavoráveis. Objetivando estimar o impacto da APN sobre a saúde materno-infantil, foi realizado um estudo ecológico, utilizando-se capitais como unidades de análise e dados do SINASC de 2000. Calcularam-se razões de prevalência (RP) e frações preveníveis de BPN e prematuridade entre gestantes com mais de seis e seis ou menos consultas. Procedeu-se, ainda, à análise estratificada da associação entre APN e BPN para avaliação de possíveis covariáveis. Encontraram-se RP de 1,3 a 2,8 para baixo peso e 1,5 a 4,1 para prematuridade, com frações preveníveis de até 64,4 e 75,7%, respectivamente. Em capitais específicas, prematuridade, educação, estado civil e primigestação foram modificadoras de efeito dessa associação. A APN mostrou-se uma ação de saúde efetiva na redução de desfechos gestacionais mórbidos, mas novas investigações incluindo modelagem são necessárias.

Palavras-chave: Assistência pré-natal; Efetividade; Mortalidade materna; Mortalidade neonatal; Baixo peso ao nascer; Prematuridade

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    30 Jan 2006
  • Data do Fascículo
    Out 2005
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