Resumo de Tese
Validação de metodologia de avaliação antropométrica de gestantes
Validation of the methodology for the anthropometric evaluation of pregnant women
Autora: Patrícia de Carvalho Padilha
Orientadora: Profa Dra Cláudia Saunders
Co-orientadora: Profa Dra Elizabeth Accioly
Dissertação apresentada e desenvolvida na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Instituto de Nutrição Josué de Castro (INJC), para obtenção do título de Mestre,em 20 de dezembro de 2006.
OBJETIVOS: validar um método de avaliação nutricional antropométrica de gestantes, e analisar criticamente as metodologias recomendadas ao longo das últimas décadas no Brasil e identificar as características maternas associadas ao desfecho obstétrico peso ao nascer.
METODOLOGIA: estudo transversal com 433 puérperas adultas (20 anos ou mais) atendidas na Maternidade Escola da Universidade Federal do Rio de Janeiro. A adequação do estado nutricional materno ao final da gestação foi avaliada segundo a proposta do Institute of Medicine (IOM, 1990; 1992) e as metodologias propostas pelo Ministério da Saúde (MS, 2000; 2005). Vários modelos de regressão linear foram testados para a identificação das variáveis preditoras do peso ao nascer. Para validação dos métodos, calculou-se a sensibilidade (SE), especificidade (ES), valores preditivos positivo (VPP) e negativo (VPN) e a acurácia em relação ao baixo peso ao nascer (BPN). Estimou-se também as odds ratio (OR) para este desfecho, segundo as diferentes metodologias estudadas.
RESULTADOS: a média de idade materna foi de 27 anos (+ 5,0), e 26,3% (n=114) destas mulheres eram nulíparas. As variáveis preditoras do peso ao nascer foram o ganho de peso gestacional total (p < 0,05), o IMC pré-gestacional (p = 0,03), a idade materna (p = 0,02) e número de consultas pré-natais (p = 0,007). A assistência pré-natal demonstrou-se um fator protetor contra o BPN (OR = 0,77; p = 0,015). A proposta do MS (2005), com a avaliação do estado nutricional pré-gestacional pelos pontos de corte de IMC para mulheres adultas da WHO (1995), foi o método de triagem nutricional que mais se adequou, estando a inadequação do IMC pré-gestacional associada ao BPN (OR = 4,10; p = 0,05), com SE, ES, VPP e VPN e acurácia de 63,1%, 75,1%, 10,9%, 97,7% e 74,5%.
CONCLUSÃO: a influência do estado nutricional materno sobre a saúde da mãe e do concepto é incontestável, especialmente diante do seu impacto no peso ao nascer, merecendo destaque a importância da escolha do método de avaliação antropométrica a ser adotado.
Palavras-chave: Gravidez normal; Antropometria; Ganho de peso; Estudo de validação; Baixo peso ao nascer
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
05 Out 2007 -
Data do Fascículo
Maio 2007