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Critérios preditores para o sucesso do tratamento da gravidez tubária íntegra com dose única de metotrexate

Predictors criterion for the success of unruptured ectopic pregnancy treatment with single-dose of methotrexate

Resumo de Tese

Critérios preditores para o sucesso do tratamento da gravidez tubária íntegra com dose única de metotrexate

Predictors criterion for the success of unruptured ectopic pregnancy treatment with single-dose of methotrexate

Autor: Roberto da Costa Soares

Orientador: Prof.Dr. Júlio Elito Junior

Tese apresentada ao Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo – Escola Paulista de Medicina, para obtenção do título de Doutor em Ciências, em 6 de novembro de 2006.

OBJETIVO: avaliar critérios preditores do sucesso terapêutico da gravidez ectópica com metotrexate.

MÉTODOS: estudo observacional longitudinal de 65 pacientes com gravidez ectópica tratadas com metotrexate (dose única,IM), 50mg/m². Avaliou-se diferenças entre médias dos critérios, idade gestacional, b–hCG inicial, sua variação pré-tratamento (48 horas), concentrações de progesterona, diâmetro da massa e espessura endometrial de acordo com a resposta terapêutica (Teste t-Student). Empregou-se Teste Mann-Witney na análise das diferenças entre características dos critérios: dor (ausente, provocada, espontânea), sangramento vaginal (ausente, pouco, moderado), líquido livre (discreta, moderada, acentuada), aspecto massa anexial (hematossalpinge, anel tubário, embrião vivo) e Dopplerfluxometria (baixo, médio, alto risco). Critérios inclusão: diâmetro < 3,5 cm. Diminuição das concentrações de b–hCG superior a 10.000 mUI/ml, estabilidade hemodinâmica, elevação ou queda inferior a 15% do b–hCG 48 horas pré-tratamento. Titulou-se b–hCG no uso do metotrexate e no 4 e 7Ί dia após. Queda b–hCG >15% entre 4º-7º dia, paciente foi seguida ambulatorialmente com dosagens semanais b–hCG até negativação (critério sucesso). Quando a diminuição das concentrações foi inferior a 15%, realizou-se cirurgia. Análise multi-variada (regressão logística) com ajuste entre variáveis comparou critérios entre si.

RESULTADOS: tiveram sucesso 49 casos (75%). Entre grupo sucesso e insucesso, notou-se diferença significativa entre médias: b–hCG inicial, sua variação (48 horas), concentrações de progesterona, diâmetro e endométrio. Já, idade gestacional não apresentou significância. Pela curva ROC, calculou-se valores de corte: b–hCG inicial < 2.685 mUI/ml, sua variação 48horas < 11,1%, progesterona < 3,8 ng/ml, diâmetro < 3,2 cm e endométrio < 7 mm. Critérios não contínuos: dor, sangramento e líquido livre não mostraram diferenças. Já o aspecto da hematossalpinge e Dopplerfluxometria (baixo e médio) associaram-se mais com sucesso terapêutico. Na análise multi-variada, b–hCG inicial ι o critério mais importante, seguido do diâmetro, variação b–hCG (48 horas) e endométrio. Conclusões: o sucesso terapêutico da gravidez ectópica com metotrexate associa-se às concentrações de b–hCG inicial < 2.685 mUI/ml; sua variação (48 horas) < 11,1%; concentrações de progesterona < 3,8 ng/ml; aspecto da hematossalpinge; diâmetro < 3,2 cm, endométrio < 7 mm e Doppler baixo ou médio risco.

Palavras-chave: Gravidez ectópica; Tratamento clínico; Metotrexato; b–hCG; Ultra-sonografia

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Out 2007
  • Data do Fascículo
    Maio 2007
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