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Avaliação de marcadores de proliferação celular e apoptose em tecido endometrial eutópico e ectópico em modelo experimental de endometriose em coelhas

Evaluation of markers of cell proliferation and apoptosis in eutopic and ectopic endometrial tissue in an experimental model of endometriosis in rabbits

RESUMO DE TESE

Avaliação de marcadores de proliferação celular e apoptose em tecido endometrial eutópico e ectópico em modelo experimental de endometriose em coelhas

Evaluation of markers of cell proliferation and apoptosis in eutopic and ectopic endometrial tissue in an experimental model of endometriosis in rabbits

Autor: Julio César Rosa e Silva

Orientador: Prof. Dr. Antonio Alberto Nogueira

Tese apresentada ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, no dia 10 de dezembro de 2007.

OBJETIVO: caracterizar o padrão de homeostase (proliferação celular e apoptose) de tecido endometrial eutópico e ectópico de coelhas submetidas à indução de lesões de endometriose por modelo experimental já conhecido, quatro e oito semanas após o procedimento de implantação endometrial.

MÉTODOS: estudo experimental animal, sendo utilizado 20 coelhas adultas Nova Zelândia, fêmeas e virgens, submetidas à laparotomia para indução da lesão de endometriose, por meio da ressecção de um corno uterino e fixação no peritônio pélvico de fragmento de 5 mm. As coelhas foram divididas em dois grupos de dez animais, sendo os animais do Grupo 1 sacrificados após quatro semanas da indução da lesão endometrial ectópica e os do Grupo 2, após oito semanas. A lesão foi excisada para análise histológica juntamente com o corno uterino contralateral, comprovando a presença de tecido endometrial glandular e estromal. Reações de imunohistoquímica foram realizadas, no tecido endometrial eutópico e ectópico, para proliferação celular através do PCNA e para apoptose através do fas, na glândula e estroma, sendo obtido o índice de proliferação celular (IPC) e de apoptose (IA) por meio do número de células marcadas por 1.000 contadas, e o índice de homeostase tecidual pelo coeficiente entre o IPC e IA.

RESULTADOS: observou-se maior índice de proliferação no tecido ectópico, tanto glandular como estromal, quando comparado com o endométrio eutópico, com quatro e oito semanas após a indução da lesão. Contudo, quando as lesões ectópicas foram comparadas entre si, com quatro e oito semanas, não foi observada diferença significativa. Quando comparamos o índice de apoptose, observamos que não houve diferença entre o tecido ectópico e o eutópico, tanto glandular como estromal nas lesões induzidas e analisadas com quatro semanas, porém, no tecido glandular das lesões analisadas com oito semanas houve diferença significativa entre a lesão ectópica e o tecido endometrial eutópico 0,0819±0,0213 e 0,0995±0,01336, respectivamente (p=0,04). A homeostase tecidual foi calculada e observou-se uma tendência destes tecidos a proliferação, sempre com índices de homeostase tecidual (IPC/IA) acima de 1.

CONCLUSÃO: as lesões ectópicas parecem ter uma proliferação celular maior que o endométrio eutópico levando a uma tendência ao crescimento tecidual descontrolado nas lesões de endometriose induzidas.

Palavras-chave: Endometriose experimental, Proliferação celular, Apoptose, Homeostase tecidual

Keywords: Experimental endometriosis, Cell proliferation, Apoptosis, Tissue homeostasis

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    27 Fev 2008
  • Data do Fascículo
    Nov 2007
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