Acessibilidade / Reportar erro

O papel das duchas higiênicas vaginais sobre a prevalência das infecções genitais em mulheres profissionais do sexo

Role of hygienic vaginal douching on the prevalence of genital infections in female sex workers

RESUMO DE TESE

O papel das duchas higiênicas vaginais sobre a prevalência das infecções genitais em mulheres profissionais do sexo

Role of hygienic vaginal douching on the prevalence of genital infections in female sex workers

Autor: Rose Luce Gomes do Amaral

Orientador: Prof. Dr. Paulo César Giraldo

Co-Orientadora: Profª. Drª. Ana Katherine da Silveira Gonçalves

Tese de Doutorado apresentada à Pós-Graduação da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas para obtenção do Título de Doutor em Tocoginecologia, área de Ciências Biomédicas, em 12 de março de 2010.

OBJETIVO: verificar se o uso habitual de duchas vaginais associa-se à infecção genital por Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoeae e HPV em profissionais do sexo.

SUJEITOS E MÉTODOS: Estudo de corte transversal com 200 mulheres – 111 profissionais do sexo (PS) e 89 não profissionais do sexo (NPS) – em Unidade Básica de Saúde em Campinas, São Paulo. Amostras de células cervicais foram coletadas para testes de captura híbrida objetivando Chlamydia trachomatis/Neisseria gonorrhoaea e HPV. Para análise estatística usou-se o teste exato de Fisher ou X2, e Mann-Whitney para as variáveis não-paramétricas. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FCM/Unicamp (nº902/2009).

RESULTADO: cerca de 40% das mulheres praticavam duchas vaginais 3 ou mais vezes por semana (61,7% das PS e 14,6% das NPS). A infecção por CT/NG foi positiva em 10,5% do total dos casos, 17 casos (15,3%) em PS e 4 casos (4,5%) em NPS (p=0,01), porém não houve diferenças significativas entre usuárias de duchas vaginais (14,81%) e não usuárias (7,6%; p=ns). O HPV foi positivo em 40,5% dos casos, sendo 55,8% da PS e em 21,3% das NPS (p=0.001), contudo DNA-HPV não foi significativamente diferente entre PS usuárias de duchas vaginais (54,4% vs 58,1%; p=0,47). HPV de alto risco foi positivo em 16,2% e 11,6% (p=ns) e o HPV de baixo risco em 23,5% e 30,2% (p=ns) em usuárias e não usuárias de duchas vaginais respectivamente.

CONCLUSÃO: Neste estudo, o uso de duchas vaginais não se associou às infecções genitais por CT/NG e HPV.

Palavras-chave: Duchas vaginais; Chlamydia trachomatis; Neisseria gonorrhoeae; HPV; Profissionais do sexo.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    17 Dez 2010
  • Data do Fascículo
    Ago 2010
Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia Av. Brigadeiro Luís Antônio, 3421, sala 903 - Jardim Paulista, 01401-001 São Paulo SP - Brasil, Tel. (55 11) 5573-4919 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: editorial.office@febrasgo.org.br