Introdução
O período neonatal representa estágio crítico no desenvolvimento, pois os animais recém-nascidos necessitam adaptar-se à vida extrauterina. As contrações uterinas e a ruptura das membranas fetais causam alterações na circulação feto-placentária, o que induz à acidose mista respiratória e metabólica transitória. Esta condição se reverte com o início das atividades respiratória e renal, em virtude do novo padrão de circulação sanguínea no ambiente extrauterino (Lisbôa et al. 2002).
Condições não fisiológicas, como o nascimento prematuro e a inabilidade de expansão pulmonar, resultam em quadros de asfixia precoce e tardia, sendo o desequilíbrio respiratório mais acentuado e a recuperação mais tardia (Ávila et al. 2014). Nos recém-nascidos que conseguem sobreviver há elevado risco de acidose metabólica e diminuição da capacidade de termogênese, o que leva à condição de hipotermia (Nowak et al. 2000).
A terapia com corticosteroides nas fêmeas gestantes tem sido implantada a fim de reduzir efeitos adversos em animais com nascimento precoce ou dificultoso. Dessa forma, o fármaco mimetiza a secreção fetal de cortisol, e induz à capacidade de realizar termogênese sem tremores musculares (Bispham et al. 1999). Além disso, causa alterações estruturais no parênquima pulmonar, principalmente de animais prematuros, elevando, de maneira transitória, a quantidade de surfactante (Jobe & Ikegami 2000).
Este estudo objetivou avaliar as variáveis hemogasométricas de cordeiros nascidos a termo e prematuros ao longo das 48 horas iniciais de vida, mediante a administração materna de corticosteroide.
Material e Métodos
Foram constituídos quatro grupos experimentais de ovinos mestiços da raça Suffolk, a saber: grupo PN: 15 cordeiros nascidos de partos normais (média de 146 dias de gestação); grupo PNDEX: oito cordeiros nascidos de partos normais, cujas mães receberam 16mg de dexametasona (Azium®, Schering-Plough) , por via intramuscular, aos 141 dias de gestação (média de 143 dias); Grupo PRE: dez cordeiros prematuros, nascidos por meio de cesarianas realizadas aos 138 dias de gestação; Grupo PREDEX: nove cordeiros prematuros, nascidos por meio de cesarianas realizadas aos 138 dias de gestação, cujas mães receberam 16 mg de dexametasona, por via intramuscular, dois dias antes da cirurgia (aos 136 dias).
As ovelhas foram mantidas em piquetes com Brachiaria spp. e suplementadas com ração para ovinos fornecida uma vez ao dia, sendo colocadas em baias no período próximo ao parto (aos 141 dias de gestação para os grupos PN e PNDEX e aos 136 dias para os grupos PRE e PREDEX), com o fornecimento de silagem de milho e água à vontade.
Adotou-se um protocolo de sincronização de estro nas ovelhas dos grupos experimentais. Foram utilizadas esponjas vaginais de progesterona (Progespon®, Syntex), e administração de gonadotrofina coriônica equina (eCG-Novormon®, Schering-Plough) e prostaglandina (Lutalyse®, Pfizer) por via intramuscular. O carneiro utilizado como reprodutor foi marcado na região peitoral com tinta à base de pó colorido e óleo, com tons mais claros para tons mais escuros, aplicada a cada dois dias e trocada a intervalos de 15 dias para facilitar a visualização das ovelhas cobertas, podendo assim, estimar a data da cobertura. As ovelhas foram avaliadas por exame ultrassonográfico (DP 2200 Vet, Mindray) abdominal para confirmação da gestação entre 45 e 60 dias após a última data de cobertura. Nas cesarianas realizou-se bloqueio paravertebral proximal nos ramos nervosos das vértebras T13, L1 e L2, utilizando-se cloridrato de lidocaína (Xylestesin® 2%, Cristália), no volume de 5mL em cada ponto dorsal e ventral aos processos transversos. Adicionalmente, associou-se à anestesia peridural lombossacra (L6- S1) sulfato de morfina (Dimorf®, Cristália) na dose de 0,1mg/kg, diluída em 5mL de solução fisiológica. O procedimento cirúrgico foi realizado com as ovelhas colocadas em decúbito lateral direito, para incisão em região do flanco esquerdo, conforme técnica descrita por Tibary & Van Metre (2004).
Os cordeiros nascidos de partos normais permaneceram com as mães, ingerindo colostro à vontade. Os animais nascidos de cesarianas foram acompanhados e alimentados com colostro proveniente de banco de colostro bovino, fornecido por mamadeiras nas primeiras horas de vida.
Amostras de sangue venoso foram colhidas logo após o nascimento (M0h), aos 15 minutos (M15min), aos 60 minutos (M60min), às 24 horas (M24h) e às 48 horas de vida (M48h). Após assepsia local, realizou-se punção da veia jugular, em condições de anaerobiose, por meio de seringas plásticas descartáveis (Drihep™ A-Line™, Becton Dickinson Company), contendo heparina lítio cálcio (80 UI de heparina) para volume de 1,6 mL, acopladas a agulhas hipodérmicas 25 x 0,7mm. Quando presentes, o ar residual e as bolhas foram desprezados, e a seringa mantida selada e armazenada em recipiente térmico contendo água e gelo reciclável, sem contato direto, até o seu processamento, realizado, invariavelmente, em até 15 minutos após a colheita, como recomendado por Lisbôa et al. (2002).
Efetuou-se a determinação dos valores de pH, pressão parcial de gás carbônico (pCO2), bicarbonato (HCO3 -) e excesso/déficit de base (BE) em analisador clínico eletrônico portátil (i-Stat® Portable Clinical Analyzer, Abbott Laboratories), utilizando-se cartuchos específicos (EG7+ Cartridge, Abbott Laboratories.) de acordo com as recomendações do fabricante, sendo calibrado automaticamente antes do processamento das amostras. Os valores de pH e pCO2 foram ajustados pelo aparelho, de acordo com a temperatura retal de cada animal, aferida com termômetro clínico digital.
Os dados foram submetidos à análise de variância com medidas repetidas, sendo as médias comparadas pelo teste de Tukey no nível de significância de 5%. A variável excesso/déficit de base (BE) foi analisada pelo teste de Kruskal-Wallis para comparar os grupos em cada momento e pelo teste de Friedman para comparar os momentos em cada grupo, seguido do teste de Dunn para comparações múltiplas. As análises estatísticas foram efetuadas empregando-se o programa SAS (Statistical Analysis System - SAS Institute Inc., release 9.2, Cary:NC, 2008), sendo consideradas significativas quando p<0,05 (Zar 1998).
Resultados e Discussão
Os resultados das análises hemogasométricas, valores médios e desvios-padrão de pH, pCO2, HCO3 - e BE do sangue venoso dos cordeiros dos grupos PN, PNDEX, PRE e PREDEX, do nascimento as 48 horas de vida, estão descritos nos Quadros 1 e 2.
Quadro 1. Média (x) e desvio-padrão (SD) do potencial hidrogeniônico (pH), pressão parcial de dióxido de carbono (pCO2, mmHg) e concentração de bicarbonato (HCO3-, mmol/L) no sangue venoso de cordeiros nascidos de parto normal (PN), nascidos de parto normal de mães que receberam dexametasona aos 141 dias de gestação (PNDEX), nascidos prematuramente por cesariana aos 138 dias de gestação (PRE) e nascidos prematuramente aos 138 dias de gestação de mães que receberam dexametasona 48 horas antes (PREDEX), desde o nascimento até as 48 horas de vida. Araçatuba-SP, 2015
Variável | Momento | PN x ±S |
PNDEX x ±S |
PRE x ±S |
PREDEX x ±S |
pH | M0h | 7,14±0,08Abc | 7,22±0,05Ac | 7,04±0,14Bb | 7,10±0,11Bb |
M15min | 7,17±0,07ABbc | 7,24±0,05Abc | 6,94±0,15Cb | 7,08±0,12Bb | |
M60min | 7,22±0,09ABb | 7,28±0,06Ab | 7,05±0,14Cb | 7,14±0,09BCb | |
M24h | 7,38±0,05Aba | 7,45±0,03Aa | 7,37±0,03Ba | 7,35±0,04Ba | |
M48h | 7,41±0,05a | 7,40±0,05a | 7,39±0,02a | 7,34±0,06a | |
pCO2 (mmHg) | M0h | 72,3±7,1Ba | 72,2±7,2Ba | 93,0±16,8Aa | 82,8±18,1ABa |
M15min | 70,2±8,3Ba | 66,5±8,5Ba | 98,1±28,4Aa | 75,0±14,8Bb | |
M60min | 64,4±10,6Bb | 63,9±5,2Ba | 80,3±19,3Aab | 69,5±6,9ABab | |
M24h | 50,4±4,1Abc | 45,2±3,4Bb | 52,4±1,7ABb | 56,6±6,9Ab | |
M48h | 50,1±6,2c | 47,2±9,2b | 57,3±5,8b | 56,0±9,1b | |
HCO3- (mmol/L) | M0h | 23,9±3,8Bb | 28,1±2,3a | 24,0±3,2Bab | 24,6±1,5ABab |
M15min | 24,9±4,5ABb | 27,8±3,3a | 20,5±4,0Bb | 21,9±2,5ABb | |
M60min | 26,2±5,7ABb | 28,8±2,0A | 22,3±3,1Bab | 22,9±3,1ABb | |
M24h | 29,5±3,2a | 30,3±3,6 | 29,6±2,5ab | 30,1±2,2a | |
M48h | 31,1±3,7a | 28,0±4,9 | 34,1±1,5a | 29,0±3,5a |
Médias seguidas de letras diferentes, maiúscula na linha e minúscula na coluna, diferem entre si pelo teste de Tukey (p<0,05). A ausência de letras implica que não há diferença estatística.
Quadro 2: Mediana (Md), mínimo (Mín) e máximo (Máx) do excesso/déficit de base (BE, mmol/L) no sangue venoso de cordeiros nascidos de parto normal (PN), nascidos de parto normal de mães que receberam dexametasona aos 141 dias de gestação (PNDEX), nascidos prematuramente por cesariana aos 138 dias de gestação (PRE) e nascidos prematuramente aos 138 dias de gestação de mães que receberam dexametasona, 48 horas antes (PREDEX), desde o nascimento até as 48 horas de vida. Araçatuba-SP, 2015
Momento | BE (mmol/L) | |||||||
PN Md |
Mín-Max | PNDEX Md |
Mín-Max | PRE Md |
Mín-Max | PREDEX Md |
Mín-Max | |
M0h | -3,0Abc | -18 | 0,3Ab | -8 | -7,0Bab | -17 | -6,0Bab | -9,5 |
M15min | -2,0ABbc | -19 | 1,2Ab | -10 | -12,0Cb | -16 | -9,0BCab | -10 |
M60min | 0,0ABab | -17 | 3,0Aab | -8,7 | -11,0Bab | -11 | -6,5Bab | -14 |
M24h | 6,0a | -12 | 6,0a | 2,2 - 14,0 | 6,0ab | 1,0 - 7,0 | 5,3a | 1,5 - 8,0 |
M48h | 5,0a | 1,0-11,0 | 2,1ab | -14,3 | 9,0a | 8,0 - 11,0 | 2,0a | -9,7 |
Medianas seguidas de letras diferentes, maiúscula na linha e minúscula na coluna, diferem entre si pelo teste de Dunn (p<0,05). A ausência de letras implica que não há diferença estatística.
Foram avaliados 15 e oito cordeiros nos grupos PN e PNDEX, do nascimento às 48 horas de vida. Os grupos PRE e PREDEX começaram com dez e nove cordeiros, respectivamente. Contudo, em virtude da ocorrência de óbitos no decorrer do período experimental, restaram, ao final do estudo, apenas três e sete cordeiros, nos respectivos grupos (70% e 20% de mortalidade nos grupos PRE e PREDEX).
Imediatamente após o nascimento, os cordeiros de todos os grupos apresentaram pH sanguíneo abaixo dos valores considerados fisiológicos para a espécie ovina (Ortolani 2003), indicando quadro de acidose respiratória (Quadro 1). O parto representa estresse considerável para o feto, uma vez que as contrações uterinas afetam o fluxo sanguíneo placentário, causando hipóxia e hipercapnia (Ávila et al. 2014, Lisbôa et al. 2002). Esta condição é agravada pela reduzida capacidade pulmonar (hipoventilação) que não garante a remoção do CO2 na mesma proporção em que é produzido, causando diminuição da concentração hidrogeniônica do sangue (Ortolani 2003, Piccione et al. 2006). Os elevados valores médios de pCO2 encontrados em todos os grupos no presente estudo corroboram tais informações, principalmente logo após o nascimento e nos primeiros 15 minutos de vida (Quadro 1).
Nos animais recém-nascidos, a hipóxia e hipercapnia favorecem distribuição sanguínea desigual entre os tecidos (Piccione et al. 2006). Nos momentos que antecedem o nascimento, o feto é obrigado a suportar uma condição de hipoxemia em virtude do prejuízo nas trocas gasosas materno-fetais. A maior taxa de metabolismo anaeróbico com a geração do ácido lático é, portanto, o resultado final deste evento (Lisbôa et al. 2002).
Na primeira hora de vida as alterações encontradas nas variáveis pH e pCO2 em todos os grupos foram evidentes, destacando-se os grupos de animais prematuros, que apresentaram os menores valores médios de pH e maiores valores médios de pCO2, aos 15 minutos de vida (Quadro 1). Entretanto, houve diferença nestas variáveis entre os grupos PRE e PREDEX aos 15 minutos de vida, o que evidencia a influência da dexametasona na condição clínica dos animais prematuros. Verificou-se melhora da capacidade respiratória e início mais rápido da ventilação, embora, ainda, irregular e superficial, em relação ao grupo PRE, no período crítico para a sobrevivência dos prematuros, compreendido entre o nascimento e os primeiros 15 minutos de vida.
Ao longo do período de 48 horas de avaliação, houve normalização do pH e redução da pCO2 tanto nos cordeiros nascidos em tempo gestacional fisiológico para a espécie por meio de parto normal, quanto nos prematuros nascidos por cesariana, aos 138 dias de gestação. Isso ocorreu provavelmente pela resposta compensatória, com o incremento da ventilação e o tamponamento químico (Carlson & Bruss 2008). O aumento na concentração de HCO3 - por elevação na retenção renal deste íon, entretanto, raramente é responsável pela correção do pH durante as primeiras horas de vida, uma vez que este mecanismo requer alguns dias para alcançar sua plena eficácia (Piccione et al. 2006).
A concentração de HCO3 - diminuiu entre 15 e 60 minutos de vida nos grupos PRE e PREDEX (Quadro 1), embora os valores estejam dentro do intervalo considerado fisiológico para a espécie (Ortolani, 2003). Contudo, tanto nos grupos de animais prematuros como nos nascidos a termo houve aumento na concentração de HCO3 - no M24h, indicando a estabilização do quadro metabólico nestes animais.
Quanto ao excesso/déficit de base (BE), os cordeiros prematuros apresentaram valores mais baixos do nascimento até 60 minutos de vida (Quadro 2), concordando com Ravary-Plumioen (2009), que citou que, em casos de distocia ou hipóxia, o pH pode diminuir a valores iguais ou inferiores a 7,0 e o BE variar de -10 a -15 mmol/L. Os cordeiros nascidos de parto normal apresentaram progressiva elevação do BE neste período, contrariando Camargo (2010) e Bovino (2011), que verificaram diminuição do BE nos animais de parto normal durante os primeiros 15 minutos de vida. No presente estudo, os cordeiros prematuros apresentaram elevação de BE às 24 e às 48 horas, denotando estabilização do quadro metabólico; esses resultados contrariam Rodrigues et al. (2007), porém são coincidentes com os dados de Camargo (2010) e Bovino (2011), indicando que o período de 24 horas foi adequado para a completa recuperação do equilíbrio ácidobase.
No presente estudo, os cordeiros prematuros apresentaram dificuldade para iniciar os movimentos respiratórios, resultando em atraso no início da ventilação pulmonar. Os cordeiros cujas mães receberam dexametasona (PREDEX) tiveram mais facilidade neste processo, além de menor quantidade de líquido presente nas narinas e traqueia. Logo após o rompimento do cordão umbilical, a diminuição da tensão de oxigênio e o aumento da concentração de dióxido de carbono estimulam os reflexos respiratórios, com subsequente expansão dos pulmões (Nagy 2009). Na presença de distocia prolongada e/ou em situações em que a hipercapnia ou acidose seja iniciada antes da expulsão do feto, a depressão do sistema nervoso pode ser severa o suficiente para prejudicar os reflexos que iniciam a respiração (Camargo 2010, Bovino 2011).
A remoção de líquido do sistema pulmonar é crítica e essencial para que a ventilação normal e a oxigenação sanguínea ocorram (Nagy 2009). Uma parte deste líquido é eliminada do organismo durante o parto; entretanto, a maior parte é rapidamente absorvida através das paredes alveolares para dentro do interstício no início da respiração (Egan et al. 1975). Neste estudo, os resultados hemogasométricos e a observação clínica mostraram que os animais prematuros foram menos eficientes na remoção do líquido pulmonar e na inicialização do processo respiratório. Todavia, os cordeiros sob a influência da dexametasona tiveram mais facilidade para respirar, com menor quantidade de líquido aspirado das vias aéreas superiores.
Os cordeiros prematuros (PRE) apresentaram do nascimento aos 60 minutos de vida respiração predominantemente abdominal, associada à intensa dispneia, com movimentos irregulares muitas vezes interrompidos por episódios de apneia. À auscultação pulmonar, foi possível constatar presença de respiração ruidosa, áspera, caracterizada por crepitação grossa, indicando grande quantidade de líquido intrapulmonar. Os cordeiros do grupo PREDEX, embora também apresentassem respiração predominantemente abdominal, com padrão irregular e denotando grande quantidade de líquido nos pulmões, não apresentaram episódios de apneia, conseguindo manter a continuidade dos movimentos respiratórios. Isso pode ser explicado pelo efeito benéfico da dexametasona sobre a maturação estrutural pulmonar, culminando em melhor capacidade de expansão alveolar (Jobe & Ikegami 2000, Jobe 2001, Moss 2006).
Benesi (1993) encontrou distúrbios respiratórios semelhantes em bezerros acometidos por asfixia neonatal, caracterizados por apresentação de tipo respiratório predominantemente abdominal e associação de ruídos evidenciados como crepitação grossa. As descrições desse autor e do presente estudo correlacionam-se aos citados em casos de evidente imaturidade fetal, identificados pelas alterações dos padrões fisiológicos dos achados de hemogasometria (Bleul 2009).
Conclusão
Os cordeiros prematuros, nascidos por cesariana aos 138 dias de gestação, apresentam acidose respiratória e metabólica mais intensa que os cordeiros nascidos por parto normal em tempo gestacional fisiológico para a espécie; a estabilização do equilíbrio ácidobase ocorre ao longo das primeiras 24 horas de vida, com a normalização das variáveis hemogasométricas; a dexametasona tem influência positiva sobre a condição clínica dos animais prematuros, resultando no início mais precoce dos movimentos respiratórios e, consequentemente, em maior chance de sobrevivência.