Introdução
Em levantamento de dados do Laboratório Regional de Diagnóstico da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (LRD/UFPel) tem sido observado que na região sul do Rio Grande do Sul aproximadamente 18,1% e 66,8% dos diagnósticos em bovinos e ovinos, respectivamente, referem-se a doenças parasitárias (Schild et al. 2015). Isso demonstra a importância dessas enfermidades como causa de prejuízos econômicos para a pecuária da região. O diagnóstico etiológico é fundamental na formação de estratégias de controle das doenças parasitárias (Ruas & Berne 2007, Borges et al. 2013).
A área de influência do LRD/UFPel compreende 22 municípios da região Sul do Rio Grande do Sul e possui uma população aproximada de 2.800.000 bovinos e 1.000.000 de ovinos (IBGE 2012) em uma área aproximada de 44.000 km2. Neste contexto, as doenças parasitárias são responsáveis por elevadas perdas econômicas, devido à morbidade e a mortalidade, com redução da produção dos animais, dificultando a manutenção e melhoramento dos rebanhos (Perry & Randolph 1999, Amarante 2004).
As parasitoses são uma das principais causas da redução de produtividade dos ruminantes. Geralmente, não ocorrem com a presença de um único gênero parasitário, mas sim de forma mista. A ocorrência dos parasitos depende, por exemplo, de elementos como: temperatura, precipitação pluviométrica, solo, topografia, tipo e manejo da pastagem, espécie, raça, idade, estado fisiológico e nutricional e manejo dos animais (Molento 2005, Ruas & Berne 2007). O conhecimento das doenças parasitárias, bem como suas particularidades regionais é importante para a realização de um programa de controle eficiente (Costa et al. 2009). Esse deve ser sustentado na presença, distribuição, dinâmica populacional, incidência de gêneros e espécies potencialmente patogênicas na região estudada (Ruas & Berne 2007).
Os objetivos do presente estudo foram identificar e avaliar a partir da análise de protocolos de necropsia do LRD/UFPel, as principais doenças parasitárias que ocorreram na região Sul do Rio Grande do Sul em ruminantes, entre janeiro de 1978 e dezembro de 2014, estabelecendo os aspectos epidemiológicos mais comuns, bem como estimar as perdas econômicas delas decorrentes.
Material e Métodos
Para o estudo foram pesquisados nos arquivos LRD/UFPel os protocolos de necropsias realizadas no laboratório ou a campo e protocolos de materiais remetidos por veterinários particulares, entre janeiro de 1978 e dezembro de 2014. Foram identificados os protocolos de enfermidades parasitárias em ruminantes (bovinos e ovinos) resgatando-se dados epidemiológicos referentes à procedência dos animais, época do ano, tipo de criação, idade, sexo, raça e aptidão. Foram considerados todos os protocolos cujos diagnósticos haviam sido confirmados pelos sinais clínicos, necropsias realizadas e/ou exames complementares tais como o coproparasitológico, esfregaço sanguíneo, impressão de órgãos e raspado de pele. Os diagnósticos realizados foram agrupados em diferentes categorias de acordo com a natureza do agente etiológico. O diagnóstico de parasitose gastrintestinal mista em bovinos e ovinos foi considerado quando mais de um parasito era identificado no exame realizado, sem o predomínio de um, sendo atribuído um diagnóstico específico quando existia o predomínio de um parasito.
Para a estimativa de perdas econômicas considerou-se a mortalidade anual de bovinos e ovinos de 5% (Riet-Correa & Medeiros 2001, SEAPA 2010) em um rebanho aproximado de 2.800.000 bovinos e 1.000.000 de ovinos (IBGE 2012), considerando-se o preço médio de um bovino de R$ 1.200,00 e de um ovino de R$ 120,00.
Resultados
No período de janeiro de 1978 a dezembro de 2014 foram recebidos no LRD/ UFPel para diagnóstico 5.887 materiais de bovinos, dos quais, 10,1% (595) tratavam-se de parasitoses; e 816 materiais de ovinos, dos quais 33,6% (274) eram referentes a parasitoses. O material analisado foi 32,1% (191/595) de cadáveres bovinos, 46,3% (187/595) órgãos, 35,1% (142/595) amostras de fezes, 15,6% (63/595) amostras de sangue e 0,5% (2/595) raspados de pele. Na espécie ovina foram analisados em 39% (107/274) cadáveres, 77,8 % (130/274) amostras de fezes, 19,8% (33/274) órgãos e 2,4% (4/274) raspados de pele.
Quanto à raça dos bovinos, 42,8% (254/595) eram de raças europeias (Hereford, Angus, Devon, Shorthorn, Holandesa, Jersey), 10,1% (60/595) de raças continentais (Charolês, Normanda, Limousin, Lincoln Red), 5,9% (35/595) zebuínas (Nelore, Brahma, Gir, Tabapuã) e 21,8% (130/595) cruzas. Em 19,5% (116/595) dos protocolos a raça não foi informada. Em relação à aptidão dos bovinos, 20,3% (121/595) eram de raças leiteiras criados em regime de semi-confinamento e 79,6% (474/595) eram bovinos de corte criados extensivamente.
Em 328 surtos dos 595 protocolos de bovinos analisados, o diagnóstico era de tristeza parasitária bovina (TPB). Destes, 45% (135/328) tratava-se de babesiose por Babesia bovis, 34% (101/328) anaplasmose, 4,7% (14/328) eram infecções mistas e oito 2,7% (8/328) eram babesiose por Babesia bigemina. Em 13,1% (39/328) dos protocolos o diagnóstico constava como babesiose por Babesia spp.; em 9,45% (31) o diagnóstico era de TPB sem a identificação do agente.
No Quadro 1 são apresentados os percentuais das parasitoses observadas em bovinos no período do estudo. A idade dos bovinos afetados pelas principais parasitoses, a época de ocorrência e os índices de morbidade, mortalidade e letalidade das principais parasitoses em bovinos são apresentados no Quadro 2.
Quadro 1. Diagnósticos de parasitose em bovinos e ovinos realizados na região Sul do Rio Grande do Sul, entre 1978 e 2014
Parasitoses | Bovinos Nº de surtos (%) |
Parasitoses | Ovinos Nº de surtos (%) |
TPBa | 328 (55,12%) | PGMb | 117 (42,7%) |
PGM2 | 133 (22,35%) | Hemoncose | 97 (35,4%) |
Hemoncose | 26 (4,36%) | Coenurose | 25 (9,1%) |
Dictiocaulose | 21 (3,52%) | Fasciolose | 12 (4,4%) |
Fasciolose | 16 (2,68%) | Equinococose | 5 (1,8%) |
Eimeriose | 11 (1,84%) | Sarna psoróptica | 4 (1,5%) |
Neosporosec | 9 (1,51%) | Oestrose | 3 (1,1%) |
Tricostrongilose | 6 (1%) | Ostertagiose | 3 (1,1%) |
Equinococose | 6 (1%) | Trichostrongilose. | 2 (0,7%) |
Ostertagiose | 6 (1%) | Cisticercose | 2 (0,7%) |
Granuloma parasitário | 6 (1%) | Enterite parasitária | 2 (0,7%) |
Paramfistomose | 5 (0,84%) | Dictiocaulose | 1 (0,4%) |
Enterite parasitáriad | 5 (0,84%) | Paramfistomose | 1 (0,4%) |
Coenurose | 3 (0,5%) | TOTAL | 274 |
Cisticercose | 3 (0,5%) | ||
Monieziose | 3 (0,5%) | ||
Oncocercose | 2 (0,33%) | ||
Toxoplasmose | 2 (0,33%) | ||
Sarna psoróptica | 1 (0,16%) | ||
Piolho (Damalinia bovis) | 1 (0,16%) | ||
Cooperiose | 1 (0,16%) | ||
Criptosporidiose | 1 (0,16%) | ||
TOTAL | 595 |
a TPB = tristeza parasitária bovina, b PGM = parasitose gastrintestinal mista, c Refere-se a surtos de abortos em bovinos de leite, d Refere-se diagnósticos morfológicos de órgãos enviados em formol.
Quadro 2. Faixa etária, época de ocorrência, morbidade, mortalidade e letalidade das principais doenças parasitárias em bovinos diagnosticadas na região Sul do Rio Grande do Sul, no período de 1978-2014
Diagnóstico | FEa meses (média) | Época | Animais sob riscob | Morbc (%) | Mort (%) | Let(%) |
TPBd4 | 2-112 (26,5) | Dez a Jun | 61346 | 3 | 1,3 | 44 |
PGMe | 1-51 (14) | Todo ano | 7395 | 17,5 | 4,6 | 26,4 |
Hemoncose | 4-20 (12,5) | Mar a Jun | 1197 | 22,8 | 3,7 | 16,1 |
Dictiocaulose | 3-36 (12) | Jun a Ago | 604 | 19,5 | 3,8 | 84,4 |
Fasciolose | 18-96 (40) | Mar e Abr, Nov e Dez | 2285 | 6,5 | 4,7 | 77,5 |
Eimeriose | 3-48 (17) | Jan a Abr | 418 | 20 | 0,87 | 4,8 |
a FE = faixa etária, b Foram somados todos os bovinos de cada surto para o cálculo de morbidade, mortalidade e letalidade, c Morb = morbidade, Mort = mortalidade, Let = letalidade, d TPB= tristeza parasitária bovina, e PGM = parasitose gastrintestinal mista.
O número de surtos de parasitose gastrintestinal mista em bovinos representou 22,35% das parasitoses, sendo os principais agentes os gêneros Trichostrongylus, Cooperia, Ostertagia, Strongyloides, Nematodirus e Oesophagostomum.
Quanto à raça e aptidão dos ovinos, 22,62% (62/274) eram de raças carniceiras (Texel, Suffolk, Ile de France, Hampshire Down), 6,56% (18/274) de raças laneiras (Merino, Ideal), 24,08% (66/274) raças de dupla aptidão (Corriedale, Romney Marsh) e 35,4% (97/274) cruzas. Em 11,31% (31/274) protocolos a raça não foi informada.
As parasitoses diagnosticadas em ovinos são apresentadas no Quadro 1. As parasitoses gastrintestinais foram diagnosticadas em 117 oportunidades representando 42,7% dos surtos analisados nos protocolos do LRD/UFPel. Os dados epidemiológicos, a morbidade, mortalidade e letalidade das principais parasitoses diagnosticadas são apresentados no Quadro 3. No caso das parasitoses gastrintestinais mistas os principais gêneros encontrados foram Cooperia, Ostertagia, Strongyloides, Trichostrongylus e Haemonchus.
Quadro 3. Faixa etária, época de ocorrência, morbidade, mortalidade e letalidade das principais doenças parasitárias em ovinos diagnosticadas na região Sul do Rio Grande do Sul, no período de 1978-2014
Diagnóstico | FEa meses (média) | Época | Animais sob riscob | Morbc (%) | Mort (%) | Let (%) |
PGMd | 1-48 (24,6) | Out a Jan | 3425 | 15,1 | 8 | 52,7 |
Hemoncose | 5-108 (33,8) | Jan a Abr | 3937 | 5,3 | 3,7 | 70,1 |
Coenurose | 11-72 (22,8) | Dez a Mar | 9790 | 1,8 | 1,4 | 76,1 |
Fasciolose | 12-24 (16,5) | Abr | 2123 | 6,4 | 3,6 | 55,9 |
a FE = faixa etária, b Foram somados todos os ovinos de cada surto para o cálculo de morbidade, mortalidade e letalidade, c Morb = morbidade, Mort = mortalidade, Let = letalidade, d PGM = parasitose gastrintestinal mista.
Discussão
Os resultados observados neste trabalho dão conta da importância das enfermidades parasitárias em bovinos e ovinos na região Sul do Rio Grande do Sul. O presente estudo demonstrou que a TPB é a parasitose mais frequente na região de influência do LRD, representando 55,1% dos casos de doenças parasitárias diagnosticadas em bovinos. Resultado semelhante foi observado no semiárido brasileiro, onde a TPB foi a principal doença parasitária diagnosticada em bovinos (Costa et al. 2009).
As parasitoses gastrintestinais mistas em bovinos representaram 22,5% de todas as doenças causadas por parasitos. Em um levantamento realizado entre 2000 e 2007 na Paraíba, observou-se um percentual de 0,09% de parasitoses diagnosticadas em relação ao total de casos diagnosticados na espécie bovina, a baixa frequência de parasitismo gastrintestinal pode ser devido às características da criação na região, caracterizada por baixa lotação e desmame dos animais com um ano ou mais, além das condições climáticas desfavoráveis a sobrevivência do parasito (Costa et al. 2009). Deve destacar-se que as doenças parasitárias estão entre as mais importantes no mundo como causa de prejuízos econômicos para a bovinocultura (Nari & Rizzo 2004). No presente trabalho observou-se que as parasitoses mistas ocorreram durante todo o ano sem uma predominância estacional, conforme observações anteriores que mencionam que a infecção por nematódeos gastrintestinais em bovinos no Rio Grande do Sul ocorre o ano todo variando a intensidade de acordo com as condições climáticas (Ruas & Berne 2007).
A hemoncose nos bovinos representou 4,4% dos diagnósticos das parasitoses. Em bovinos a campo, sem sinais clínicos, as contagens de Haemonchus spp. são geralmente baixas, demonstrando um equilíbrio entre o hospedeiro e o parasito. Fatores como manejo, confinamento, alimentação e introdução de animais de outras regiões podem alterar esse equilíbrio em favor do parasito (Nari & Rizzo 2004) e isso, aparentemente, influiu na ocorrência dos surtos da parasitose no período do estudo.
Este estudo demonstrou que outras parasitoses como dictiocaulose e eimeriose ocorrem com uma baixa frequência na região estudada. No entanto, deve ser considerado que a eimeriose é uma parasitose que ocorre principalmente em bezerros confinados (Almeida et al. 2006) e a maioria dos casos descritos neste trabalho (79,6%) se refere a bovinos criados a campo. Com relação à dictiocaulose, é provável que o uso de anti-helmínticos empregados no controle da parasitose gastrintestinal tenha influenciado o número de casos de parasitose pulmonar, visto que a maioria das drogas anti-helmínticas é eficaz contra Dictyocaulus spp. (Ruas 2007, Fiel et al. 2011). Além disso, nessas parasitoses, a ocorrência de resistência não tem sido mencionada na região.
Por outro lado, a fasciolose é uma parasitose endêmica na região Sul do Rio Grande do Sul e um alto percentual de condenação de fígados tem sido mencionado em diversos trabalhos variando de 18,6% a 19,6% (Cunha et al. 2007, Dutra et al. 2010), no entanto surtos de fasciolose aguda não são frequentes na região. Fasciolose crônica em bovinos jovens pode ocorrer eventualmente com sinais clínicos de emagrecimento, diarreia e edema submandibular e as perdas econômicas ocorrem, majoritariamente, devido a doença subclínica (Lotfollahzadeh et al. 2008). Um surto de fasciolose aguda em vacas com cria ao pé criadas a campo foi descrito em área endêmica na região deste estudo (Adrien et al. 2013).
Dentre todas as enfermidades diagnosticadas em ovinos observou-se que 33,6% eram parasitoses o que demonstra a grande importância dessas enfermidades para essa espécie animal. Em um estudo de doenças de ovinos na região Central do Rio Grande do Sul as parasitoses representaram 24,3% de todos os diagnósticos e dentre as parasitoses a hemoncose representou 62,5% (Rissi et al. 2010).
As parasitoses mistas e a hemoncose representaram juntas 78,1% dos surtos de parasitoses observados em ovinos, sendo esta última, sem dúvida, uma das mais importantes parasitoses nesta espécie, devido a sua patogenicidade para o hospedeiro. Cabe ressaltar que a hemoncose afetou animais de todas as idades com média de 33,8 meses sendo, portanto, uma enfermidade de todas as categorias. Além disso, Haemonchus contortus é um dos parasitos com maior índice de resistência a anti-helmínticos determinando um impacto econômico negativo considerável na produção de ovinos na região. Na atualidade a resistência é um dos maiores problemas para o controle das parasitoses em ovinos e o teste de resistência dos parasitas aos anti-helmínticos deve ser realizado sistematicamente pelos veterinários para estabelecer planos de controle adequados (Molento 2004, Veríssimo et al. 2012).
A fasciolose ovina representou 4,4% das parasitoses, sendo que oito de 12 surtos eram provenientes de municípios onde a doença é endêmica. O número inexpressivo de surtos no período do estudo sugere que esta enfermidade é bastante conhecida nestes municípios e está no esquema de tratamento antiparasitário de rotina nas propriedades com assistência veterinária. Por esta razão, os surtos são infrequentes embora a condenação de fígados por fasciolose crônica seja elevada nos frigoríficos da região (Fiss et al. 2012).
A área de influência do LRD/UFPel do Sul (RS) possui um rebanho bovino de 2.800.000 cabeças (IBGE 2012), a estimativa anual de mortalidade é de 5% ao ano (Riet-Correa & Medeiros 2001), representando 140.000 bovinos mortos anualmente. O presente estudo demonstrou que, em média, 10,1% de todos os diagnósticos realizados em bovinos foram devidos a doenças parasitárias, com isso, estima-se que 14.140 bovinos morrem por doenças parasitárias anualmente na região. Considerando-se um preço médio de R$ 1.200 por animal, calcula-se um prejuízo aproximado de R$ 16.968.000/ano.
Por sua vez, o rebanho ovino da região é de aproximadamente 1.000.000 de cabeças (IBGE 2012). A taxa de mortalidade anual para essa espécie é, também, de 5% (SEAPA 2010), isso significa uma mortalidade anual de 50.000 ovinos. Utilizando o percentual de surtos por doenças parasitárias obtido nesse estudo (33,6%), para esta espécie, pode-se considerar que anualmente morrem 16.800 ovinos por doenças parasitárias. Estimando-se um valor de R$ 120,00 por animal, a perda econômica por mortes, nessa espécie é de aproximadamente R$ 2.016.000/ano. Deve considerar-se que neste cálculo não estão incluídas as perdas indiretas como, por exemplo, a queda na produção (carne, leite e lã), gastos com medicamentos e assistência veterinária entre outras. Os resultados deste trabalho refletem a realidade de mais de três décadas de diagnósticos das doenças que ocorrem em animais de produção realizados na região sul do Rio Grande do Sul. A determinação da frequência e da epidemiologia das diferentes parasitoses pode ser um fator de diminuição de perdas econômicas.
Foi possível concluir que, em bovinos, na região sul do Rio Grande do Sul, os agentes da TPB são os principais causadores de perdas econômicas, seguidos pelas parasitoses mistas. Em ovinos a parasitose gastrintestinal mista e a hemoncose, juntas, representam mais de 70% dos diagnósticos realizados. As perdas por mortes em ambas as espécies devido às doenças parasitárias podem chegar a valores superiores a R$18.984.000/ano.