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Parasitos gastrintestinais em caprinos no município de Quixadá, Ceará

Gastrointestinal parasites in goats from Quixadá, Ceará

RESUMO:

O objetivo desse trabalho foi avaliar a ocorrência dos principais parasitos gastrintestinais que acometem caprinos adultos e jovens do município de Quixadá-Ceará durante a época seca e chuvosa, além de identificar e quantificar as espécies de Eimeria presentes no rebanho. Foram utilizados 654 animais, sendo 334 animais no período seco, dos quais eram 149 matrizes e 185 crias e 320 animais no período chuvoso, sendo 106 matrizes e 214 crias, independente de padrão racial e sistema de criação. As coletas foram realizadas nos meses de novembro e dezembro de 2012 e maio de 2013 no município de Quixadá-Ceará e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia da Embrapa Caprinos e Ovinos na cidade de Sobral-Ceará. Foram coletadas fezes para contagem do número de ovos por gramas de fezes (OPG), contagem de Oocistos por gramas de fezes (OOPG), coprocultura e identificação das espécies de Eimeria com base na morfometria. As matrizes apresentaram maiores médias de ovos do tipo Strongyloidea (372,03) e Strongyloides (8,45) no período seco e no período chuvoso apresentaram maiores médias apenas para Strongyloidea (502,85). O inverso aconteceu com o OOPG, onde as crias apresentaram maiores médias no período seco (9387,41) e no chuvoso (9630,37). O gênero de nematódeo mais frequente na coprocultura foi o Trichostrongylus sp. (63,67%) no período seco e o Haemonchus sp. no chuvoso (66,67%). Em 100% dos rebanhos, foram encontrados oocistos de Eimeria, com 81% dos animais infectados. A ocorrência da eimeriose nas categorias jovens e adultas foi de 64,3% e 83,2% no período seco e de 87,4% e 92,4% no período chuvoso. As espécies identificadas foram: Eimeria alijevi, E. apsheronica, E. arloingi, E. caprina, E. caprovina, E. christenseni, E. hirci, E. jolchijevi e E. ninakohlyakimovae. Nas crias a E. alijevi foi a mais freqüente no período seco e a E. ninakohlyakimovae no chuvoso. Já nas matrizes a espécie E. alijevi apresentou a maior frequência em ambos os períodos. Nos rebanhos estudados foi evidenciado a presença de ovos de nematódeos gastrointestinais e oocistos de Eimeria spp. independente da categoria animal.

TERMOS DE INDEXAÇÃO:
Parasitos gastrintestinais; caprinos; município de Quixadá; Ceará. nematódeos gastrintestinais; OPG; OOPG; morfometria; parasitoses

ABSTRACT:

The objective of this study was to evaluate the occurrence of main gastrointestinal parasites and to quantify and identify the species of Eimeria present in young goats and adults in the city of Quixadá, Ceará, during the dry and rainy season. Six hundred fifty-four animals were used, with 334 animals during the dry season, which were 149 mothers and 185 offspring and 320 animals during the rainy season, with 106 mothers and 214 offspring, independent of breed standard and creation system. Samples were collected in the months of November and December 2012 and May 2013 in the city of Quixadá, Ceará and sent to the Parasitology Laboratory of Embrapa Goats and Sheep at Sobral, Ceará, feces were collected for counting the number of eggs per gram of feces (EPG), counting oocysts per gram of feces (OOPG), coproculture and identification of Eimeria species based on the morphometry. Matrices showed higher means egg type Strongyloidea (372.03) and Strongyloides (8.45) in the dry season and the rainy season had higher mean only to Strongyloidea (502.85). The inverse happened to OOPG, where the offspring showed higher means in the dry season (9387.41) and rainy (9630.37). The genus most frequent of nematode in coprocultures was Trichostrongylus. (63.67%) in the dry season and Haemonchus sp. the rainy (66.67%). One hundred percent of the herds, oocysts of Eimeria were found, with 81% of infected animals. The occurrence of eimeriosis in young and adult categories was 64.3% and 83.2% in the dry season and 87.4% and 92.4% during the rainy season. The species identified were: Eimeria alijevi, E. apsheronica, E. arloingi, E. caprina, E. caprovina, E. christenseni, E. hirci, E.and E. jolchijevi ninakohlyakimovae. In the offspring E. alijevi was the most frequent in the dry season and the rainy E. ninakohlyakimovae. Already in matrices the species E. Alijevi showed the highest frequency in both periods. In herds studied it evidenced the presence of gastrointestinal nematodes eggs and oocysts of Eimeria spp. independent of animal category.

INDEX TERMS:
Gastrointestinal parasites; goats; Quixadá; Ceará; gastrointestinal nematodes; OPG; OOPG; morphometry; parasitoses

Introdução

No Brasil, a caprinocultura vem sendo explorada em quase todas as regiões (Vieira 2006Vieira L.S. 2006. Endoparasitoses gastrintestinais de caprinos e ovinos: alternativas de controle. Anais 1º Encontro Nacional de Produção de Caprinos e Ovinos, UFCG, João Pessoa, PB. (CD-ROM) ). Os Estados da Bahia, Piauí, Pernambuco e Ceará são os que possuem maior efetivo de rebanho, demonstrando como essa atividade pode atuar como forma de subsídio para a população da região semiárida (IBGE 2015IBGE 2015. Censo Agropecuário 2012. Disponível em <Disponível em http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pecua/default.asp?t= 2&z= t&o=24&u1=1&u3=1&u4=1&u5=1&u6=1&u7=1&u2=1 > Acesso em 7 ago. 2015.
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). Nessa região há o predomínio de sistemas de produção extensivos, com falhas nos manejos reprodutivos, nutricional e sanitários (Cavalcante et al. 2005Cavalcante A.C.R., Neiva J.N.M., Cândido M.J.D. & Vieira L.S. 2005. Produção de ovinos e caprinos de corte em pastos cultivados sob manejo rotacionado. Circ. Téc. 31, Embrapa-CNPCO, Sobral. 16p.).

As parasitoses gastrintestinais são os principais obstáculos enfrentados nesse tipo de criação, contribuindo para o aumento da mortalidade e consequente queda na produção animal (Maciel et al. 2006Maciel F.C., Nogueira F.R.C. & Ahid S.M.M. 2006. Manejo sanitário de caprinos e ovinos, p.391-426. In: Confessor J.R. (Ed.), Criação Familiar de Caprinos e Ovinos no Rio Grande do Norte: orientações para visualização do negócio rural. SINTEC, Emater/Embrapa, Empa RN, Natal.). Estas por sua vez podem ser causadas por helmintos e coccídios, que na maioria das vezes podem estar associados (Brito et al. 2009Brito D.R.B., Santos A.C.G., Teixeira W.C. & Guerra R.M.S.N.C. 2009. Parasitos gastrintestinais em caprinos e ovinos da microrregião do Alto Mearim e Grajaú, no estado do Maranhão, Brasil. Ciênc. Anim. Bras. 10(3):967-974., Coelho et al. 2012Coelho W.M.D., Amarante A.F.T. & Bresciani K.D.S. 2012. Occurrence of gastrointestinal parasites in goat kids. Revta Bras. Parasitol. Vet. 21(1):65-67. <http://dx.doi.org/10.1590/S1984-29612012000100013> <PMid:22534948>
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). Os principais helmintos gastrintestinais encontrados na região Nordeste são Haemonchus spp., Trichostrongylusspp., Oesophagostomumspp., Trichuris spp., Cooperia spp., Strongyloidesspp., Skrjabinemaspp. e Bunostomum spp. (Silva et al. 2003Silva W.W., Bevilaqua C.M.L. & Rodrigues M.L.A. 2003. Variação sazonal de nematóides gastrintestinais em caprinos traçadores no semi-árido Paraibano, Brasil. Revta Bras. Parasitol. Vet. 12(2):71-75.). Dentre estes, Haemonchus, Trichostrongylus, Strongyloides e Oesophagostomum são os gêneros que apresentam maior ocorrência e intensidade de infecção (Vieira 2005Vieira L.S. 2005. Endoparasitoses Gastrintestinais em Caprinos e Ovinos. Documento 58, Embrapa Caprinos, Sobral. 32p., Costa 2009Costa V.M.M. 2009. Doenças parasitárias em ruminantes no Semiárido e alternativas para o controle das parasitoses gastrintestinais em ovinos e caprinos. Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Universidade Federal de Campina Grande. Campos de Patos, Patos, PB. 58p.).

A coccidiose é uma doença infecciosa causada por protozoários do gênero Eimeria, comum em diferentes espécies de animais domésticos (Maciel et al. 2006Maciel F.C., Nogueira F.R.C. & Ahid S.M.M. 2006. Manejo sanitário de caprinos e ovinos, p.391-426. In: Confessor J.R. (Ed.), Criação Familiar de Caprinos e Ovinos no Rio Grande do Norte: orientações para visualização do negócio rural. SINTEC, Emater/Embrapa, Empa RN, Natal.). A eimeriose tem se apresentado como um problema sanitário crescente na criação de pequenos ruminantes, independente do sistema de criação, ocasionando redução na produtividade devido ao atraso no crescimento dos animais infectados (Andrade Júnior et al. 2012Andrade Júnior A.L.F., Silva P.C., Aguiar E.M. & Santos F.G.A. 2012. Use of coccidiostat in mineral salt and study on ovine eimeriosis. Revta Bras. Parasitol. Vet. 21(1):16-21. <http://dx.doi.org/10.1590/S1984-29612012000100004> <PMid:22534939>
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). Nove espécies de Eimeria são comumente citadas na literatura parasitando caprinos: E. ninakohlyakimovae, E. arloingi, E. christenseni, E. alijevi, E. hirci, E. caprina, E. apsheronica, E. jolchijevi e E. caprovina (Cavalcante et al. 2012Cavalcante A.C.R., Teixeira M., Monteiro J.P. & Lopes C.W.G. 2012. Eimeria species in dairy goats in Brazil. Vet. Parasitol. 183(3/4):356-358. <http://dx.doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.07.043> <PMid:21852038>
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, Fonseca et al. 2012Fonseca Z.A.A.S., Avelino D.B., Bezerra A.C.A., Marques A.S.C., Pereira J.S., Coelho W.A.C., Vieira L.S. & Ahid S.M.M. 2012. Eimeria spp. em matrizes caprinas leiteiras no município de Afonso Bezerra/RN. Acta Vet. Bras. 6(2):131-135.). Dentre as fases fisiológicas, as crias são mais susceptíveis que os adultos. Os animais adultos só apresentam sinais clínicos em situações de estresse (Lima 2004Lima J.D 2004. Coccidiose dos ruminantes domésticos. Revta Bras. Parasitol. Vet. 13(Supl.1):9-13.), podendo atuar como fonte de infecção para os jovens (Bonfim & Lopes 1994Bonfim T.C.B. & Lopes C.W.G. 1994. Levantamento de parasitos gastrintestinais em caprinos da Região Serrana do estado do Rio de Janeiro. Revta Bras. Parasitol. Vet. 3(2):119-124.).

Devido aos problemas na produção animal, ocasionados pelos coccídios e nematódeos gastrintestinais, é importante o conhecimento dos gêneros e das espécies desses parasitos que acometem os caprinos por região, pois possibilita a elaboração e a adoção de estratégias para controle mais eficazes. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo avaliar a ocorrência dos principais parasitos gastrintestinais presentes em matrizes e crias caprinas do município de Quixadá-Ceará, durante a época seca e chuvosa.

Material e Métodos

O estudo foi realizado no município de Quixadá, localizado na região semiárida dos Sertões cearenses. Tem o clima caracterizado por um período chuvoso de janeiro a junho e um seco de julho a dezembro. A pluviosidade média é de 838,1mm/ano, com temperatura elevada ao longo do ano, tendo média de 26,7°C e umidade relativa do ar de 70%.

As coletas de fezes foram realizadas no período de novembro a dezembro de 2012, caracterizando a estação seca, com precipitação pluviométrica média de 0,0mm e em maio de 2013, que corresponde a estação chuvosa, com uma média de 150,7mm entre abril e maio de 2013 (Funceme 2015Funceme 2015. Fundação Cearense de Metereologia e Recursos Hídricos. Disponível em <Disponível em http://www.funceme.br/app/calendario/produto/municipios/maxima/diario?data=hoje > Acesso em 15 fev. 2015.
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). Participaram do estudo 654 caprinos, sendo 334 animais no período seco, dos quais eram 149 matrizes e 185 crias e 320 animais no período chuvoso, sendo 106 matrizes e 214 crias, de ambos os sexos, independente de padrão racial e sistema de criação. Os sistemas de criação, extensivo, semi-intensivo e intensivo foram classificados de acordo com Brito (2014)Brito R.L.L. 2014. Ocorrência e caracterização molecular de Cryptosporidium spp. em caprinos jovens do município de Quixadá/Ceará. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária Preventiva, Faculdades de Ciências Agrárias e Veterinárias, Universidade Estadual Paulista, Campus Jaboticabal. 88p. Disponível em <Disponível em https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/121903/000816635.pdf?sequence=1&isAllowed=y > Acesso em 11jul. 2017.
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. As crias apresentavam faixa etária entre zero e 360dias. Vale ressaltar que os animais do período seco não foram os mesmos animais do período chuvoso. Os caprinos eram procedentes de 18 estabelecimentos rurais distribuídos em três circuitos (C1, C2 e C3). No circuito um (C1) foram feitas coletas em caprinos dos distritos de Califórnia e Daniel de Queiroz. No circuito dois (C2), em São João dos Queirozes, Riacho Verde e Sede e no circuito três (C3) em Cipó dos Anjos e Tapuiará. Nas duas estações do ano foram realizadas visitas as mesmas propriedades.

As fezes foram obtidas diretamente da ampola retal dos caprinos, armazenadas em saco plástico individual devidamente identificado, refrigeradas e encaminhadas ao Laboratório de Parasitologia da Embrapa Caprinos e Ovinos na cidade de Sobral, CE. Foi realizada a Contagem de Ovos por Gramas de Fezes (OPG) e Oocistos por Gramas de Fezes (OOPG), utilizando-se a técnica de MacMaster (Gordon & Whitlock 1939Gordon H.M.L. & Whitlock H.V. 1939. A new tecnhique for counting nematode eggs in sheep faeces. J. Counc. Scient. Industr. Res., Australia, 12:50-52., modificada por Ueno & Gonçalves 1998Ueno H. & Gonçalves P.C. 1998. Manual para Diagnóstico das Helmintoses de Ruminantes. 4th ed. JIICA, Tokyo. 143p.). Para a obtenção das larvas foi realizada coprocultura de acordo com o método de Roberts & O’Sullivan (1950)Roberts F.H.S. & O’sullivan S.P. 1950. Methods for egg counts and larvae cultures for strongyles infesting the gastrointestinal tract of cattle. Aust. J. Agricult. Res. 1(1):99-102. <http://dx.doi.org/10.1071/AR9500099>
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e a identificação das larvas de estágio infectante (L3), foi baseada nas descrições de Keith (1953)Keith R.K. 1953. The differentiation of infective larvae of some common nematode parasites of cattle. Aust. J. Zool. 1(2):223-235. <http://dx.doi.org/10.1071/ZO9530223>
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.

Foram feitos pools de fezes por propriedade e adicionada solução de dicromato de potássio a 2,5% na proporção de 1:1. O material foi passado em tamises e acondicionado em placas de Petri levemente aberta e armazenado em temperatura ambiente por sete a dez dias, com agitação periódica, para que ocorresse a esporulação dos oocistos de Eimeria spp. Após a esporulação, os oocistos foram concentrados pela técnica descrita por Menezes & Lopes (1995)Menezes R.C.A.A. & Lopes C.W.G. 1995. Epizootiologia de Eimeria arloingi em caprinos na Microrregião Serrana Fluminense, Rio de Janeiro, Brasil. Revta Univ. Rural, Série Ciência da Vida, Seropédica,17(2):5-12. e as espécies identificadas com base nas descrições de Levine (1985)Levine N.D. 1985. Veterinary Protozoology. Iowa State University Press, Ames. 414p..

Para análise estatística utilizou-se o software estatístico SAS 9.2 (SAS 2009SAS 2009. Statistical Analysis Systems. Online Doc.9.2, SAS Institute Inc., Cary, NC.). Aplicou-se aos dados a transformação logarítmica de base 10, a fim de serem atendidos os pressupostos de normalidade e homogeneidade de variâncias. Foi realizada a Análise de Variância (ANOVA), com intuito de testar as hipóteses de igualdade de médias dos grupos (amostras), além do teste de Tukey para a comparação dos pares de médias, considerando o nível de 5% de significância.

O estudo teve aprovação na Comissão de Ética no Uso de Animais da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Jaboticabal/SP, com o Protocolo nº 014465/12.

Resultados

Durante o período seco, ovos de nematódeos gastrintestinais foram observados em 57,7% (86/149) das amostras de fezes das matrizes e em 3,2% (6/185) das amostras das crias. Oocistos de Eimeria spp. foram contados em 83,2% (124/149) das amostras de matrizes e em 64,3% (119/185) das crias. Das 18 propriedades estudadas, 5,55% (1/18) apresentaram ovos de Trichuris sp., 11,11% (2/18) de Moniezia sp., 5,55% (1/18) de Skarjabinema sp., 94,44% (17/18) tipo Strongyloidea e 33,33% (6/18) tipo Strongyloides.

Quando os resultados das mesmas propriedades foram analisados no período chuvoso, observaram-se ovos de nematódeos gastrintestinais em 69,8% (74/106) das amostras das matrizes e em 57% (122/214) das amostras das crias. Oocistos de Eimeria sp. foram contados em 92,4% (98/106) das amostras de matrizes e em 87,4% (187/214) das crias. Das 18 propriedades estudadas, 22,22% (4/18) apresentaram ovos de Trichuris sp., 72,2% (13/18) de Moniezia sp., 94,4% (17/18) tipo Strongyloidea e 61,11% (11/18) tipo Strongyloides.

O percentual de animais avaliados por circuito durante o estudo foi de: 32,3% para C1; 32,7% para C2 e 35% para C3. A estação climática influenciou estatisticamente nas médias de OPG e OOPG, já que no período chuvoso foram maiores (P<0,05) do que as do período seco, durante os dois períodos as matrizes tiveram maiores contagens de ovo do tipo Strongyloidea e do tipo Strongyloides, se comparado com as crias. O inverso ocorreu com o OOPG (Quadro 1).

Quadro 1.
Número médio de ovos por gramas de fezes (OPG) e de oocistos por gramas de fezes (OOPG) em matrizes e crias caprinas durante o período seco e chuvoso no município de Quixadá, Ceará

Os caprinos foram separados por faixa etária (Fe), sendo que aqueles que tinham idade entre 0 e 90 dias (Fe1) corresponderam a 29,89% dos animais do estudo; os com Fe entre 91 a 180 dias (Fe2) 36,43%; os com Fe entre 181 a 270 dias (Fe3) 18,59%; e os com Fe entre 271 a 360 dias (Fe4) 15,07% dos animais. Houve diferença estatística (P<0,05) entre as faixas etárias Fe1xFe2, Fe1xFe3, Fe1xFe4, Fe2xFe3 e Fe2xFe4 em relação aos ovos tipo Strongyloidea (Fig.1).

Fig.1.
Valores médios de ovos do tipo Strongyloidea e Strongyloides nas diferentes faixas etárias de caprinos de Quixadá/CE.

Através da cultura de larvas, foi possível observar que os principais gêneros presentes no munícipio de Quixadá/CE durante o período seco foi Trichostrongylus (63,67%), seguido de Haemonchus (36,16%) e Oesophagostomum (0,18%). Já no período chuvoso os principais gêneros presentes foram Haemonchus (66,67%), seguido de Trichostrongylus (32,35%), Strongyloides (0,8%) e Oesophagostomum (0,2%).

Foram observados 81% (528/654) das amostras de fezes positivas para Eimeria em 100% (18/18) das propriedades estudadas. Das propriedades, 83,33% (15/18) criavam os animais em sistema de criação extensivo, 11,11% (2/18) em sistema semi-intensivo, e 5,55% (1/18) em sistema intensivo. O sistema de criação extensivo durante o período seco apresentou diferença estatística em relação aos demais tipos de sistemas (P<0,05).

Foram identificadas nove espécies do gênero Eimeria em caprinos com base principalmente nos aspectos morfológicos e micrometria dos ooocistos analisados. As espécies encontradas foram: Eimeria alijevi (23,3%), E. apsheronica (3,4%), E. arloingi (16,3%), E. caprina (14,7%), E. caprovina (8,4%), E. christenseni (2,3%), E. hirci (8%), E. jolchijevi (2%) e E. ninakohlyakimovae (21,7%). As avaliações morfométricas dos oocistos e esporocistos de crias e matrizes caprinas mostram que não houve influência (P>0,05) do estado fisiológico no desenvolvimento do protozoário (Quadro 2).

Quadro 2.
Diâmetros de oocistos e esporocistos de Eimeria encontrados em amostras de fezes de crias e matrizes caprinas no município de Quixadá, Ceará

No período seco a espécie E. alijevi foi a que apresentou maior frequência (24%), diferente do período chuvoso onde se destacou a E. ninakohlyakimovae (24,4%). As maiores frequências observadas nos sistemas de criação foram, E. alijevi (26,3%) para o sistema extensivo, E. arloingi (23%) para o sistema semi-intesivo e E. alijevi (23%) para o sistema intensivo, durante o período seco e E. ninakohlyakimovae (25%) para o sistema extensivo, E. ninakohlyakimovae (23%) para o sistema semi-intensivo e E. alijevi (28%) para o sistema intensivo, durante o período chuvoso. Quando os resultados foram observados por estado fisiológico, observou-se que as crias foram mais parasitadas pela espécie E. alijevi (21,1%) no período seco e pela E. ninakohlyakimovae (25%) no chuvoso. Já nas matrizes foi observada uma maior frequência para espécie E. alijevi tanto no período seco (26,4%), quanto no período chuvoso (24%) (Quadro 3).

Quadro 3.
Frequência das espécies de Eimeria em crias e matrizes caprinas durante o período seco e chuvoso no município de Quixadá, Ceará

Discussão

A infecção de nematódeos gastrintestinais em associação com coccídeos também foram relatadas por Brito et al. (2009)Brito D.R.B., Santos A.C.G., Teixeira W.C. & Guerra R.M.S.N.C. 2009. Parasitos gastrintestinais em caprinos e ovinos da microrregião do Alto Mearim e Grajaú, no estado do Maranhão, Brasil. Ciênc. Anim. Bras. 10(3):967-974. no Maranhão em estudos com caprinos, onde observaram 62,1% das amostras de fezes positivas para nematódeos gastrintestinais e 41,16% para coccídeos. Ataíde & Cansi (2013)Ataíde H.S. & Cansi E.R. 2013. Ocorrência das doenças parasitárias em ovinos e caprinos no Distrito Federal, Brasil, durante 2003 a 2009. Arqs Inst. Biológico, São Paulo, 80(3):342-345. no Distrito Federal, observou um multiparasitismo em 22,2% dos caprinos estudados, essa infecção mista também foi relatada por Coelho et al. (2012)Coelho W.M.D., Amarante A.F.T. & Bresciani K.D.S. 2012. Occurrence of gastrointestinal parasites in goat kids. Revta Bras. Parasitol. Vet. 21(1):65-67. <http://dx.doi.org/10.1590/S1984-29612012000100013> <PMid:22534948>
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, nos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Minas Gerais.

A precipitação pluviométrica é um dos fatores importantes para a manutenção das larvas de nematódeos no ambiente (Cezar et al. 2008Cezar A.S., Catto J.B. & Bianchin I. 2008. Controle alternativo de nematódeos gastrintestinais dos ruminantes: atualidade e perspectivas. Ciência Rural 38(7):2083-2091. <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782008000700048>
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). A falta de chuva na região durante o período seco influenciou nas baixas médias encontradas para ovos do tipo Strongyloidea e Strongyloides, tendo um aumento nas médias durante o período chuvoso quando a precipitação observada foi maior. Vale salientar que a precipitação pluviométrica média em Quixadá no período seco foi de 0,0mm. A relação entre a redução do número de ovos nas fezes com a pluviosidade também foi constatada por Brito et al. (2009)Brito D.R.B., Santos A.C.G., Teixeira W.C. & Guerra R.M.S.N.C. 2009. Parasitos gastrintestinais em caprinos e ovinos da microrregião do Alto Mearim e Grajaú, no estado do Maranhão, Brasil. Ciênc. Anim. Bras. 10(3):967-974. em caprinos do Maranhão.

Além das condições ambientais, a baixa infecção por nematódeos gastrintestinais observada nas crias durante o período seco, pode estar relacionada ao fato de terem poucos dias de vida, estarem em fase de amamentação e ainda não ter acesso ao pasto, uma vez que a maioria dos caprinos durante o período seco tinham idade entre 0 a 180 dias. A pouca idade apresentada pelas crias também pode estar relacionado aos maiores valores de OOPG observados nos animais dessa idade. Essa maior susceptibilidade dos animais jovens está relacionada aos aspectos imunológicos, uma vez que os animais só adquirem imunidade contra as espécies de Eimeria após a primeira infecção (Silva et al. 2011Silva R.M., Facury-Filho E.J., Souza M.F. & Ribeiro M.F.B. 2011. Natural infection by Eimeria spp. in a cohort of lambs raised extensively in Northeast Brazil. Revta Bras. Parasitol. Vet. 20(2):134-139. <http://dx.doi.org/10.1590/S1984-29612011000200008> <PMid:21722488>
https://doi.org/10.1590/S1984-2961201100...
).

Os animais adultos adquirem imunidade contra as espécies que já lhe infectaram, no entanto constantemente contraem os protozoários presentes no ambiente, atuando como reservatório e servindo de fonte de infecção para os mais jovens (Lima 2004Lima J.D 2004. Coccidiose dos ruminantes domésticos. Revta Bras. Parasitol. Vet. 13(Supl.1):9-13., Fonseca et al. 2012Fonseca Z.A.A.S., Avelino D.B., Bezerra A.C.A., Marques A.S.C., Pereira J.S., Coelho W.A.C., Vieira L.S. & Ahid S.M.M. 2012. Eimeria spp. em matrizes caprinas leiteiras no município de Afonso Bezerra/RN. Acta Vet. Bras. 6(2):131-135.). Se não forem submetidas às situações de estresse ou a condições fisiológicas, que elevem os níveis de cortisol, como por exemplo, no período pós-parto, as matrizes passam a maior parte do tempo sem sinais clínicos.

Durante o período seco o gênero mais freqüente na coprocultura foi Trichostrongylus (63,67%), e no período chuvoso foi o gênero Haemonchus (66,67%). Estudos mostram que o gênero Trichostrongylus sp. apresenta maior resistência as variações climáticas em relação aos outros gêneros de nematódeos, isso explica a maior freqüência que esse apresentou em relação aos demais gêneros durante o período seco; enquanto que no período chuvoso Haemonchus sp. se apresentou em maior frequência. O resultado encontrado é coerente com o ciclo de vida desse parasita que necessita de alta umidade atmosférica para o seu desenvolvimento no ambiente (Ataíde & Cansi 2013Ataíde H.S. & Cansi E.R. 2013. Ocorrência das doenças parasitárias em ovinos e caprinos no Distrito Federal, Brasil, durante 2003 a 2009. Arqs Inst. Biológico, São Paulo, 80(3):342-345.), esses resultados podem ser comprovados por Chagas et al. (2008)Chagas A.C.S., Oliveira M.C.S., Esteves S.N., Oliveira H.N., Giglioti C., Carvalho C.O., Ferrezini J. & Schiavone D.C. 2008. Parasitismo por nematóides gastrintestinais em matrizes e cordeiros criados em São Carlos, São Paulo. Revta Bras. Parasitol. Vet. 17(1):126-132., quando observaram a redução de Haemonchus sp. em relação a Trichostrongylus sp. quando a precipitação média está abaixo de 50 mm.

A maior ocorrência de oocistos de Eimeria spp. observada nas matrizes diferem da maioria dos estudos realizados, onde a categoria de animais jovens apresentaram maiores frequências para o oocisto. No estado do Ceará, Cavalcante et al. (2012)Cavalcante A.C.R., Teixeira M., Monteiro J.P. & Lopes C.W.G. 2012. Eimeria species in dairy goats in Brazil. Vet. Parasitol. 183(3/4):356-358. <http://dx.doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.07.043> <PMid:21852038>
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encontrou 100% dos caprinos jovens e 88,1% dos adultos positivos para Eimeria spp. No Rio Grande do Norte a frequência encontrada por Fonseca et al. (2012)Fonseca Z.A.A.S., Avelino D.B., Bezerra A.C.A., Marques A.S.C., Pereira J.S., Coelho W.A.C., Vieira L.S. & Ahid S.M.M. 2012. Eimeria spp. em matrizes caprinas leiteiras no município de Afonso Bezerra/RN. Acta Vet. Bras. 6(2):131-135. foram 62,2% para animais jovens e 37,8% para animais adultos criados em sistema semiextensivo, destinado a produção leiteira. No estado da Bahia, Nunes et al. (2015)Nunes D.M., Cruz J.F. & Teixeira Neto M.R. 2015. Dinâmica de eliminação de oocistos de Eimeria sp. durante a gestação e fase inicial da lactação em cabras nativas criadas extensivamente em região semiárida. Revta Bras. Saúde. Prod. Anim. 16(1):190-198. ao estudar cabras durante a gestação e fase inicial da lactação criadas em sistema de produção extensivo observou que todas as matrizes eliminaram oocistos de Eimeria spp. nas fezes durante o estudo.

Apesar das matrizes terem apresentado maior frequência, as crias apresentaram maior intensidade de infecção nos dois períodos, eliminando quantidades elevadas de oocistos nas fezes. A intensidade de infecção observada nos animais jovens está diretamente relacionada aos aspectos imunológicos, uma vez que a resposta imune é espécie-específica, demandando tempo para que animais desenvolvam imunidade contras as espécies no qual se infectaram (Fonseca et al. 2012Fonseca Z.A.A.S., Avelino D.B., Bezerra A.C.A., Marques A.S.C., Pereira J.S., Coelho W.A.C., Vieira L.S. & Ahid S.M.M. 2012. Eimeria spp. em matrizes caprinas leiteiras no município de Afonso Bezerra/RN. Acta Vet. Bras. 6(2):131-135., Souza 2014Souza L.E.B. 2014. Prevalência das espécies de Eimeria em caprinos e ovinos criados extensivamente e a dinâmica de infecção em ovinos criados em sistema intensivo no estado da Bahia. Tese de Doutorado em Zootecnia, Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), Campus de Itapetinga, BA. 87p.).

Os animais de diferentes sistemas de criação eliminaram oocistos no ambiente. Em criações de caprinos na região semiárida, onde o sistema predominante é o extensivo, espera-se baixa frequência de eimeriose, devido à baixa lotação presente nesse tipo de criação que favorece o controle de eimeriose na região (Costa et al. 2009Costa V.M.M., Simões S.V.D. & Riet-Correa F. 2009. Doenças parasitárias no semi-árido brasileiro. Pesq. Vet. Bras. 29(7):563-568. <http://dx.doi.org/10.1590/S0100-736X2009000700011>
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). Porém, a presença de oocistos encontrados nesse sistema de criação pode estar associada com falhas na desinfecção das instalações, como comedouros e bebedouros (Lima 2004Lima J.D 2004. Coccidiose dos ruminantes domésticos. Revta Bras. Parasitol. Vet. 13(Supl.1):9-13.).

As espécies de Eimeria encontradas nesse estudo foram também descritas por Ahid et al. (2009)Ahid S.M.M., Medeiros V.M.C., Bezerra A.C.D.S., Maia M.B., Lima V.X.M. & Vieira L.S. 2009. Espécies do gênero Eimeria Schneider, 1875 (Apicomplexa: Eimeriidae) em pequenos ruminantes na Mesorregião Oeste do Estado do Rio Grande do Norte, Brasil. Ciênc. Anim. Bras. 10(3):984-989. e Fonseca et al. (2012)Fonseca Z.A.A.S., Avelino D.B., Bezerra A.C.A., Marques A.S.C., Pereira J.S., Coelho W.A.C., Vieira L.S. & Ahid S.M.M. 2012. Eimeria spp. em matrizes caprinas leiteiras no município de Afonso Bezerra/RN. Acta Vet. Bras. 6(2):131-135. em caprinos no Rio Grande do Norte e por Cavalcante (2012)Cavalcante A.C.R., Teixeira M., Monteiro J.P. & Lopes C.W.G. 2012. Eimeria species in dairy goats in Brazil. Vet. Parasitol. 183(3/4):356-358. <http://dx.doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.07.043> <PMid:21852038>
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no Ceará, com exceção de E. apsheronica que não foi descrita. No período seco a espécie E. alijevi foi a que apresentou maior frequência (24%), diferente do período chuvoso onde se destacou E. ninakohlyakimovae (24,4%).

Segundo Lima (2004)Lima J.D 2004. Coccidiose dos ruminantes domésticos. Revta Bras. Parasitol. Vet. 13(Supl.1):9-13., existem espécies mais patogênicas do que outras dependendo da espécie envolvida e do número de oocistos ingeridos pelo animal, sendo E. ninakohlyakimovae e E. caprina consideradas as mais patogênicas para caprinos. A alta frequência de E. ninakohlyakimovae encontrada nesse estudo sugere que sejam adotadas medidas de controle da eimeriose, uma vez que essa espécie causa enterite proliferativa no intestino delgado e grosso, levando a quadros de diarreia (Dai et al. 2006Dai Y.B., Liu X., Liu M. & Tao J. 2006. Pathogenic effects of the coccidium Eimeria ninakohlyakimovae in goats. Vet. Res. Commun. 30(2):149-160. <http://dx.doi.org/10.1007/s11259-006-3228-1> <PMid:16400601>), podendo interferir na produção leiteira do rebanho, levando a perdas econômicas para o criador.

Os resultados obtidos sugerem que mais pesquisas sejam realizadas nas propriedades produtoras de caprinos, para se conhecer a epidemiologia da enfermidade, com intuito de fornecer ferramentas para o manejo sanitário nas diferentes épocas do ano, visando à redução do parasitismo na região.

Conclusões

Nematódeos gastrintestinais e oocistos de Eimeria sp. estão presentes em todas as categorias estudadas e o principal gênero de nematódeo encontrado foi Trichostrongylus sp. no período seco e Haemonchus sp. no período chuvoso.

A espécie de Eimeria, considerada como uma das mais patogênicas (E. ninakohlyakimovae) está entre as mais prevalentes em crias caprinas do município, nas matrizes a mais prevalente foi E. alijevi.

Agradecimentos

À Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), à Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (FCAV-Unesp), em Jaboticabal/SP, à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), à Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Funcap) e à Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (EMATERCE) Unidade de Quixadá/CE.

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  • Pesquisa de Mestrado do primeiro autor com apoio CAPES.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Ago 2018

Histórico

  • Recebido
    20 Dez 2016
  • Aceito
    13 Jul 2017
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