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Fitossociologia de remanescentes de floresta estacional decidual em Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil

Phytosociological study on deciduous forest remnants near Corumbá, Mato Grosso do Sul State, Brazil

Resumos

O estudo foi realizado em quatro remanescentes próximos a cidade de Corumbá, MS (19º05'-19º20' S e 57º40'-57º55' W), com o objetivo de verificar a variação da composição florística e estrutura da floresta decídua em diferentes relevos e tipos de solo. Quatro remanescentes foram amostrados pelo método de quadrantes. Três áreas foram amostradas com 20 pontos, e a quarta área foi amostrada com 50 pontos. Todas as árvores com circunferência à altura do peito > 9 cm foram amostradas. Na floresta estacional decidual aluvial foram amostradas 32 espécies, sendo as de maior valor de importância Attalea phalerata Mart. ex Spreng. (Arecaceae) e Aspidosperma australe Müll. Arg. (Apocynaceae). Nas duas áreas de floresta estacional decidual de terras baixas, foram amostradas 47 e 25 espécies, respectivamente, sendo Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. (Euphorbiaceae) e Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. (Ulmaceae) as mais importantes em ambas. No remanescente de floresta estacional decidual submontana foram amostradas 24 espécies, sobressaindo-se Acosmium cardenasii H.S. Irwin & Arroyo (Fabaceae) como a mais importante. A família mais rica nas áreas estudadas foi Fabaceae, com 16 espécies, seguida por Euphorbiaceae, com seis espécies, e por Apocynaceae, Rubiaceae e Sapindaceae, com três espécies cada. As duas áreas de florestas de terras baixas mostraram-se muito similares, tanto na composição florística, como na estrutura. A floresta aluvial apresentou composição florística e estrutura mais distintas das demais áreas. Estes remanescentes de florestas estacionais deciduais apresentaram estrutura e composição florística peculiares, com elementos do chaco e da caatinga, merecendo a intensificação de estudos botânicos e ecológicos.

Centro-Oeste brasileiro; composição florística; floresta decídua; solo calcário


A survey was made on four deciduous forest remnants in the town of Corumbá, State of Mato Grosso do Sul (19º05'-19º20' S and 57º40'-57º55' W), aiming to verify the floristic and structure variation of deciduous forest remnants in different relief and types of soils. The four remnants were sampled through the point quarter method. Three areas were sampled through 20 points and the fourth area was sampled through 50 points. All trees with circumference at breast height > 9 cm were sampled. In the alluvial deciduous forest, 32 species were sampled, Attalea phalerata Mart. ex Spreng. (Arecaceae) and Aspidosperma australe Müll. Arg. (Apocynaceae) having the highest importance value indexes. In two areas of lowland deciduous forest 47 and 25 species were sampled, respectively; Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. (Euphorbiaceae) and Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. (Ulmaceae) being the most important in both. In the remnant of submontane deciduous forest 24 species were sampled, Acosmium cardenasii H.S. Irwin & Arroyo (Fabaceae) outstanding as the main species. The richest family was Fabaceae with 16 species, followed by Euphorbiaceae with six species, and Apocynaceae, Rubiaceae and Sapindaceae with five species each. Both areas of lowland forests showed to be very similar in floristic composition as well as in structure. The alluvial forest presented the most distinct structure and floristic when compared to the other areas. These remnants of deciduous forests have peculiar structure and floristic composition, containing species of the Chaco and Caatinga Provinces that require extensive botanical and ecological studies.

calcareous soil; Central West Brazil; deciduous forest; floristic composition


Fitossociologia de remanescentes de floresta estacional decidual em Corumbá, Estado do Mato Grosso do Sul, Brasil

Phytosociological study on deciduous forest remnants near Corumbá, Mato Grosso do Sul State, Brazil

Suzana Maria SalisI,* * Autor para correspondência: smsalis@cpap.embrapa.br ; Marta Pereira da SilvaII; Patrícia Póvoa de MattosIII; João S. Vila da SilvaIV; Vali Joana PottII; Arnildo PottII

IEmbrapa Pantanal, Caixa Postal 109, 79320-900 Corumbá, MS, Brasil

IIEmbrapa Gado de Corte, Caixa Postal 154, 79002-970 Campo Grande, MS, Brasil

IIIEmbrapa Florestas, Caixa Postal 319, 83411-000 Colombo, PR, Brasil

IVEmbrapa Informática Agropecuária, Caixa Postal 6041, 13083-970 Campinas, SP, Brasil

RESUMO

O estudo foi realizado em quatro remanescentes próximos a cidade de Corumbá, MS (19º05'-19º20' S e 57º40'-57º55' W), com o objetivo de verificar a variação da composição florística e estrutura da floresta decídua em diferentes relevos e tipos de solo. Quatro remanescentes foram amostrados pelo método de quadrantes. Três áreas foram amostradas com 20 pontos, e a quarta área foi amostrada com 50 pontos. Todas as árvores com circunferência à altura do peito > 9 cm foram amostradas. Na floresta estacional decidual aluvial foram amostradas 32 espécies, sendo as de maior valor de importância Attalea phalerata Mart. ex Spreng. (Arecaceae) e Aspidosperma australe Müll. Arg. (Apocynaceae). Nas duas áreas de floresta estacional decidual de terras baixas, foram amostradas 47 e 25 espécies, respectivamente, sendo Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. (Euphorbiaceae) e Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. (Ulmaceae) as mais importantes em ambas. No remanescente de floresta estacional decidual submontana foram amostradas 24 espécies, sobressaindo-se Acosmium cardenasii H.S. Irwin & Arroyo (Fabaceae) como a mais importante. A família mais rica nas áreas estudadas foi Fabaceae, com 16 espécies, seguida por Euphorbiaceae, com seis espécies, e por Apocynaceae, Rubiaceae e Sapindaceae, com três espécies cada. As duas áreas de florestas de terras baixas mostraram-se muito similares, tanto na composição florística, como na estrutura. A floresta aluvial apresentou composição florística e estrutura mais distintas das demais áreas. Estes remanescentes de florestas estacionais deciduais apresentaram estrutura e composição florística peculiares, com elementos do chaco e da caatinga, merecendo a intensificação de estudos botânicos e ecológicos.

Palavras-chave: Centro-Oeste brasileiro, composição florística, floresta decídua, solo calcário

ABSTRACT

A survey was made on four deciduous forest remnants in the town of Corumbá, State of Mato Grosso do Sul (19º05'-19º20' S and 57º40'-57º55' W), aiming to verify the floristic and structure variation of deciduous forest remnants in different relief and types of soils. The four remnants were sampled through the point quarter method. Three areas were sampled through 20 points and the fourth area was sampled through 50 points. All trees with circumference at breast height > 9 cm were sampled. In the alluvial deciduous forest, 32 species were sampled, Attalea phalerata Mart. ex Spreng. (Arecaceae) and Aspidosperma australe Müll. Arg. (Apocynaceae) having the highest importance value indexes. In two areas of lowland deciduous forest 47 and 25 species were sampled, respectively; Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. (Euphorbiaceae) and Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. (Ulmaceae) being the most important in both. In the remnant of submontane deciduous forest 24 species were sampled, Acosmium cardenasii H.S. Irwin & Arroyo (Fabaceae) outstanding as the main species. The richest family was Fabaceae with 16 species, followed by Euphorbiaceae with six species, and Apocynaceae, Rubiaceae and Sapindaceae with five species each. Both areas of lowland forests showed to be very similar in floristic composition as well as in structure. The alluvial forest presented the most distinct structure and floristic when compared to the other areas. These remnants of deciduous forests have peculiar structure and floristic composition, containing species of the Chaco and Caatinga Provinces that require extensive botanical and ecological studies.

Key words: calcareous soil, Central West Brazil, deciduous forest, floristic composition

Introdução

As formações vegetais decíduas ocorrem de maneira disjunta na América do Sul. São encontradas principalmente na região central e nordeste do Brasil, no noroeste da Argentina (Missiones) e no sudoeste da Bolívia, sendo consideradas por Prado & Gibbs (1993) formações residuais de climas secos do Pleistoceno. A vegetação decídua dos morros adjacentes à cidade de Corumbá é mencionada como integrante do núcleo de Missiones (Prado & Gibbs 1993).

As primeiras informações sobre composição e distribuição da flora dos arredores de Corumbá são encontradas nas publicações de Moore (1895), Hoehne (1923) e Malme (1905a, b, 1931), relatando a ocorrência de espécies para algumas famílias, como Leguminosae e Vochysiaceae. Em Brasil (1982), Mato Grosso do Sul (1989) e Pott et al. (2000) têm-se informações cartográficas recentes sobre a vegetação, com base em imagens de radar e satélite, trazendo estudo de mapeamento e zoneamento, porém com poucas informações sobre a composição florística e estrutura da vegetação decídua da morraria de Corumbá. Ratter et al. (1988) descrevem a composição florística e a estrutura da vegetação decídua de um morro calcário de Corumbá, relacionando-as com espécies xerófilas e calcífilas ocorrentes na caatinga nordestina. No entanto, mesmo com indicativos destas similaridades e afinidades, Pott et al. (1997) afirmam que a flora nos planaltos que circundam o Pantanal, na qual se inclui a região de morros de Corumbá, é ainda pouco conhecida por ser escassamente coletada e estudada.

As terras no entorno de Corumbá, regionalmente chamados de morros, são áreas que não inundam e, por isso, utilizadas como refúgio pelos animais silvestres e gado durante o período de cheia no Pantanal. Nos morros, a pecuária ocorre associada à pastagem cultivada sendo que, a partir de 1984, foram implantados vários assentamentos na região, aumentando muito a pressão de desmatamento sobre a vegetação natural remanescente na morraria (Spera et al. 1997). A vegetação destes remanescentes sofre, ainda, outras perturbações antrópicas como queimadas, retiradas clandestinas de madeira, ocupação para moradia e mineração (Valverde 1972, Juracy et al. 1999), que representam uma grande ameaça a biodiversidade da formação, por ser uma das poucas regiões do Estado do Mato Grosso do Sul com vegetação chaquenha (Prado et al. 1992).

Este trabalho teve por objetivo verificar a variação da composição florística e da estrutura em remanescentes de floresta decídua nos arredores da cidade de Corumbá, MS em diferentes relevos e tipos de solo, para subsidiar ações futuras de conservação e manejo sustentável dessas florestas.

Material e métodos

Os quatro remanescentes estudados estão na porção sudoeste da morraria de Corumbá, região rural não inundável próxima à cidade (19º05'-20' S e 57º40'-55' W). A vegetação destes remanescentes, conhecida regionalmente como mata seca ou calcária, é classificada como Floresta Estacional Decidual (IBGE 1992), e apresenta mais de 50% dos indivíduos decíduos no período de déficit hídrico. Esta formação apresenta três fitofisionomias distintas na região: Aluvial, Terras Baixas e Submontana (IBGE 1992).

O clima da região é do tipo Awa, segundo a classificação de Köppen, ou seja, tropical de altitude, megatérmico (temperatura média do mês mais frio superior a 18 ºC), com inverno seco e chuvas no verão (Soriano 1997). As médias anuais de precipitação e temperatura, no período de 19751996, foram 1.070 mm e 25,1 ºC, respectivamente. A maior precipitação média ocorreu em janeiro, com 191 mm e a menor, em julho, com 19 mm, apresentando uma deficiência hídrica anual de 318 mm. A temperatura máxima absoluta atinge 40 ºC nos meses de outubro a janeiro, e as mínimas absolutas são próximas a 0 ºC, nos meses de maio a agosto (Soriano 1997).

Os quatro remanescentes amostrados ocorrem em diferentes tipos solos (Spera et al. 1997, Embrapa 1999) e relevo, desde plano à suave ondulado, com altitude de 100 a 150 m e declividade inferior a 2%, e também de ondulado a montanhoso, com cotas altimétricas em torno de 300 m e declividade de 20%-40% (Spera et al. 1997). O primeiro remanescente, denominado Lagoa Jacadigo, com aproximadamente 100 ha, é uma floresta aluvial, às margens da lagoa Jacadigo, sobre Vertissolo Ebânico Carbonático chernossólico, textura argilosa, em relevo plano, com dique aluvial próximo a margem da lagoa (figura 1). O segundo remanescente, localizado no Morro Jacadigo, é uma floresta submontana com área de 800 ha sobre mancha de Cambissolo Háplico Ta Eutrófico, textura média/média pouco cascalhenta fase pedregosa, em relevo ondulado (com 20% a 40% de inclinação). O terceiro remanescente foi selecionado no Taquaral, com aproximadamente 3.400 ha, sendo uma floresta de terras baixas dentro de um assentamento, sobre Vertissolo Ebânico Carbonático chernossólico, textura argilosa, relevo plano. O quarto remanescente, Fronteira, com cerca de 25 ha, é uma floresta de terras baixas, na fronteira com a Bolívia, sobre Chernossolo Argilúvico Órtico abrúptico (= Brunizém avermelhado), textura média, associado com Vertissolo Ebânico Sódico, textura argilosa, em relevo plano. Atualmente, os dois últimos remanescentes são áreas de cultivo e pastagem, respectivamente.


A amostragem foi feita em 1992, utilizando o método de quadrantes (Brower & Zar 1984), tomando-se 10 pontos em duas linhas distantes cerca de 300 m. Os pontos foram iniciados a aproximadamente 5 m da borda da mata, distanciados 15 m entre si, totalizando 20 pontos amostrados em três das áreas estudadas, exceto na área do remanescente Taquaral onde foram levantados 50 pontos dispostos em três linhas (duas com 20 pontos e uma com 10). Foram incluídas árvores com CAP (circunferência à altura do peito) igual ou superior a nove centímetros e foi coletado material para identificação. As estimativas das alturas dos indivíduos amostrados foram utilizadas para a confecção de um diagrama, sendo representadas a amplitude e a mediana para as espécies com mais de três indivíduos. O material botânico coletado foi depositado no herbário da Embrapa Pantanal, (CPAP). A identificação foi realizada por comparação com material já existente no herbário CPAP, por consulta à literatura, à coleção do herbário de Edimburgo e a especialistas.

Os parâmetros fitossociológicos (freqüência, densidade relativa, dominância e índice sintético de importância), de acordo com Martins (1991), foram calculados com o programa Fitopac (Shepherd 1988). As distâncias médias entre indivíduos, densidades totais e absolutas, erro padrão e intervalo de confiança foram obtidos pelo programa Krebs (1998), com as fórmulas apresentadas por Krebs (1989).

A comparação florística entre os remanescentes de floresta decidual foi efetuada pelo índice de Jaccard, baseada na presença e ausência de espécies. A comparação da estrutura foi feita pelo índice de Czekanowski, baseada na densidade relativa das espécies (Pielou 1984). Para que a comparação fosse possível entre as quatro áreas, utilizou-se 20 pontos de quadrantes para o remanescente Taquaral, considerados os 10 primeiros pontos das duas primeiras linhas amostradas.

Resultados e Discussão

No total, foram amostradas 79 espécies, distribuídas em 62 gêneros e 30 famílias (tabela 1), apresentadas em ordem alfabética de família, de acordo com Angiosperm Phylogeny Group (2003). A riqueza de espécies e famílias total está próxima a observada por Araújo et al. (1997) e Carvalho et al. (1999) em florestas decíduas em Uberlândia (66 espécies, 30 famílias) e em Santa Vitória (60 espécies, 30 famílias), em Minas Gerais, com a ressalva de que os critérios de inclusão e amostragem das árvores diferiram um pouco (CAP &gt 5 cm e CAS > 15,7 cm, respectivamente). Entretanto, Pinard & Hufman (1997) observaram uma riqueza maior, cerca de 140 espécies, em floresta decídua da Bolívia que consideram uma floresta diferente, por estar situada geograficamente na transição entre a vegetação da Amazônia, do Cerrado e do Chaco, mas que, segundo Prado & Gibbs (1993), tem afinidade florística com a caatinga. Werneck et al. (2000) também obtiveram riqueza maior, 114 espécies, numa floresta decídua do Triângulo Mineiro, devido provavelmente à fase de sucessão que a área se encontra.

A família Fabaceae destacou-se como a mais rica, com sete espécies, em três remanescentes (Taquaral, Lagoa e Morro Jacadigo). Euphorbiaceae e Rubiaceae ocorreram com quatro espécies nos remanescentes Taquaral e Fronteira, respectivamente. Esses valores encontrados por família são próximos aos observados por Ratter et al. (1988) e Carvalho et al. (1999) em floresta decídua em Corumbá, MS e Santa Vitória, MG, respectivamente. Segundo Araújo et al. (1997) e Carvalho et al. (1999) as florestas decíduas apresentam uma menor riqueza de espécies lenhosas e a ocorrência de espécies com alta dominância, com um grupo de espécies típicas muito fiel, mencionadas por Ratter et al. (1988) como indicadoras de solos mesotróficos. Neste trabalho foram observadas seis dessas espécies indicadoras de solos mesotróficos que estão assinaladas na tabela 1.

No remanescente Lagoa Jacadigo, foram encontradas 32 espécies (tabelas 1, 2), onde a palmeira Attalea phalerata Mart. ex Spreng. foi uma das mais importantes e o principal componente do sub-bosque (figura 2). No entanto, cabe ressaltar que o valor da dominância absoluta (área basal) deste táxon está superestimado por causa da impossibilidade de se medir o perímetro do estipe excluindo-se as bainhas persistentes (tabela 2). Aspidosperma australe Müll. Arg., principal componente do dossel, destacou-se no remanescente, ocorrendo com grande número de indivíduos. Este remanescente apresentou a menor similaridade florística e estrutural em relação aos demais, sendo o único onde foram observadas três espécies de palmeiras, duas das quais ocorreram com vários indivíduos: Attalea phalerata, freqüente em locais bem drenado e com disponibilidade de cálcio (Pott & Pott 1994) e Copernicia alba Morong ex Morong & Britton, típica da formação chaquenha, comum em áreas alagáveis, indicadora de solos alcalinos ou salinos (Pott & Pott 1994).


No Morro Jacadigo foram amostradas 24 espécies (tabela 1 e 3 ), onde se destacaram Acosmium cardenasii H.S Irwin & Arroyo, como principal componente do dossel, Albizia niopoides (Spruce ex Benth.) Burkart, como emergente, e Capparis retusa Griseb., como principal espécie do sub-bosque (figura 2). Essa mata apresentou número de espécies e densidade total de árvores (tabela 7) semelhante ao encontrado por Ratter et al. (1988) usando metodologia semelhante com amostragem em 25 pontos e inclusão de árvores com PAP > 10cm, numa floresta decídua de morro em Corumbá (19º59' S e 56º39' W), sendo relatada a presença de 29 espécies e 1188 árvores por hectare. No entanto, a composição florística e as espécies dominantes das duas matas submontanas são muito diferentes, possivelmente devido aos diferentes tipos de solo.

Na floresta decídua do Morro Jacadigo foram observados indivíduos de grande porte de Cnidosculus cnicodendron Griseb., com 28 cm de diâmetro e até 12 m de altura. Pott e Pott (1986) consideram esta espécie como pioneira, pois apresenta capacidade de colonização e regeneração em áreas sujeitas a perturbações recorrentes, como margens de estradas, onde geralmente é encontrada com porte arbustivo. Lorenzi (1998) menciona também outras duas espécies do mesmo gênero como pioneiras, apresentando madeira leve e crescimento rápido, ambas ocorrentes na região da caatinga nordestina. Assim, a presença de C. cnicodendron, com porte arbóreo sugere que este trecho da mata submontana do Jacadigo tenha sofrido perturbação (remoção ou queda natural de árvores) há vários anos.

Nos dois remanescentes de Terras Baixas (Taquaral e Fronteira) foram amostrados 47 e 25 espécies, respectivamente, sendo Sebastiania discolor (Spreng.) Müll.Arg. e Phyllostylon rhamnoides (J. Poiss.) Taub. (tabelas 1, 4, 5), os principais componentes da estrutura vertical da mata (figura 2). Estes remanescentes apresentam dois estratos muito evidentes, um sub-bosque com indivíduos entre 3 e 6 m de altura, composto principalmente por S. discolor, arvoreta com tronco muito ramificado, e um dossel com 7 a 12 m, composto por P. rhamnoides. Na mata do Taquaral aparece ainda, Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum., compondo o dossel, e Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul como emergente, com até 18 m de altura. No remanescente Fronteira não foram observados indivíduos emergentes.

Os remanescentes Fronteira e Taquaral foram os remanescentes mais similares, em torno de 30 e 50%, nas comparações florística e de abundância de espécies, respectivamente (tabela 6). Ambos os remanescentes ocorrem no mesmo tipo de relevo, com o mesmo tipo de formação vegetal (Floresta Estacional Decidual de Terras Baixas) e, apesar de apresentarem os solos predominantes diferentes, a amostragem de vegetação do remanescente Fronteira pode ter sido feita sobre uma mancha de Vertissolo Ebânico Sódico, solo que aparece associado ao Chernossolo Argilúvico Órtico, que não é muito distinto química e fisicamente do Vertissolo Ebânico Carbonático da área do Taquaral. Isto poderia explicar a maior semelhança entre as duas matas. No remanescente Fronteira foi notada a ausência de indivíduos de Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan var. cebil (Griseb.) Altschul e Myracrodruon urundeuva Allemão, espécies típicas e muito freqüentes neste tipo de formação (Ratter et al. 1988, Prado & Gibbs 1993, Pott et al. 1997, Oliveira Filho et al. 1998 e Salis et al. 1999), sugerindo o corte seletivo de madeira, pois são muito utilizadas na atividade pecuária da região (Pott & Pott 1994).

No remanescente Fronteira, para as espécies amostradas com apenas um indivíduo, foram observados elevados valores de densidades absolutas (37 indivíduos.ha-1). Este valor se deve a uma característica do método de quadrantes utilizado para a amostragem, ou seja, a área amostrada é estimada a partir da distância média entre os indivíduos. Numa floresta em que as distâncias entre os indivíduos são pequenas e as espécies apresentam uma distribuição espacial tendendo a uniforme, a amostragem de poucos indivíduos por espécie, superestima as densidades daquelas espécies menos freqüentes (Brower & Zar 1984). Os valores foram superestimados na mata da Fronteira para as espécies amostradas com poucos indivíduos, por causa da menor amostragem (20 pontos). No entanto, apesar da mata do Taquaral apresentar distribuição espacial semelhante (tendendo a uniforme), com distância média entre árvores similar a da mata da Fronteira, os valores de densidade absoluta não foram superestimados porque a amostragem maior, com 50 pontos minimizou o efeito do método de quadrantes. Nas demais florestas decíduas (Aluvial e Submontana), os 20 pontos amostrados foram suficientes para evidenciar as espécies que ocorreram com maior dominância nessas matas. Esses resultados estão de acordo com o observado por Araújo et al. (1997), que as comunidades decíduas situadas em solos rasos com alta fertilidade natural, apresentam menor riqueza e diversidade e a ocorrência de espécies com alta dominância.

Assim, para as florestas decíduas com alta densidade de indivíduos e distância uniforme entre as árvores, aconselha-se uma amostragem por quadrantes de pelo menos 50 pontos, para uma estimativa mais confiável da densidade absoluta e para um levantamento florístico mais completo. O aumento do número de pontos em florestas decíduas com distribuição espacial das árvores ao acaso (não uniforme) também possibilitará a inclusão de espécies que ocorrem com menor freqüência, sem, no entanto, alterar as espécies dominantes levantadas com os 20 pontos iniciais, devido à alta dominância observada neste tipo de formação (Araújo et al. 1997).

As densidades totais de árvores estimadas para as quatro florestas estão dentro do intervalo de confiança de 95% (tabela 7) e o erro padrão foi um pouco maior nas florestas decíduas de Terras Baixas quando amostradas com apenas 20 pontos de quadrantes.

Considerando as densidades totais das árvores, o resultado no remanescente da Fronteira foi semelhante à mata do assentamento Taquaral; ambos apresentaram densidade total mais elevada que as demais áreas (tabela 7), com muitos indivíduos de menor porte e perfilhados, como Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. Já os fragmentos florestais Aluvial e Submontana Jacadigo apresentaram uma densidade de árvores menor, com mais de indivíduos de grande porte, pertencentes a Acosmium cardenasii H.S. Irwin & Arroyo e Aspidosperma australe Müll. Arg., respectivamente. Esta variação no porte e na densidade total das árvores pode estar relacionada às distintas características de relevo e textura do solo (Spera et al. 1997), que afetam de forma diferenciada o escoamento, a penetração e o armazenamento de água no solo. As florestas de Terras Baixas estariam mais sujeitas ao encharcamento do solo no período chuvoso que os remanescentes de Floresta Aluvial e Submontana que apresentam um relevo favorável à drenagem. Sampaio et al. (1981) observaram, em áreas de caatingas, que a profundidade e a permeabilidade do solo, juntas, explicaram significativamente parte da variação encontrada na altura e densidade das plantas em vários locais estudados.

Das 67 espécies identificadas até o nível específico nas matas decíduas, a maioria também ocorre em outras formações, principalmente no chaco (27 espécies) e na caatinga (12 espécies), segundo consulta aos trabalhos de Ratter et al. (1988), Prado & Gibbs (1993) e Pott & Pott (1994). Outras espécies (9%) ocorrem em savanas e florestas da Bolívia (Killen et al. 1993). Cerca de 39% das espécies amostradas são de ampla ocorrência (Pott & Pott 1994, Lorenzi 1992) e mesmo entre essas, sete são mencionadas por Ratter et al. (1988), Prado & Gibbs (1993) e Pott & Pott (1994) como freqüentes na caatinga (Aspidosperma subincanum Mart., Coutarea hexandra (Jacq.) K. Schum., Celtis pubescens Spreng. e Maclura tinctoria (L.) D. Don ex Steud.) ou no chaco (Acacia paniculata Willd., Pterogyne nitens Tul. e Tabebuia heptaphylla (Vell.) Toledo. Estes resultados confirmam o observado por Prado & Gibbs (1993), que mencionam a vegetação decídua de Corumbá como integrante das formações residuais de climas secos do Pleistoceno, da qual também fazem parte a Caatinga Nordestina e uma faixa entre Santa Cruz, na Bolívia, e Corrientes, na Argentina.

No presente estudo foram encontrados novos registros de espécies para a região, como Sebastiania discolor (Spreng.) Müll. Arg. e Erythroxylum patentissimum O.E. Schulz que foram observados nos remanescentes de mata decídua de Terras Baixas e Achatocarpus praecox Griseb., na mata Aluvial do Jacadigo. Estas espécies são comuns nas áreas de chaco do Paraguai e da Argentina, mas somente agora foram coletadas e registradas para a região de Corumbá e para o estado de Mato Grosso do Sul. Isto evidencia a necessidade de coletas e de estudos, tanto do ponto de vista botânico como ecológico, devido á escassez de informações em literatura e também pela sua estrutura e composição florística peculiar, com muitos elementos da caatinga e do chaco.

Sugere-se a criação urgente de áreas de conservação nas três formações estacionais deciduais (Aluvial, Terras Baixas e Submontanas) da região, em especial nas Florestas de Terras Baixas que estão mais fortemente ameaçadas pela urbanização e pela implantação de assentamentos por se localizarem em relevo plano.

Agradecimentos – Ao laboratorista Antonio, pela sua dedicação no preparo das exsicatas; aos colegas de apoio, Oslain, Denis, Moacir, Haroldo e Waldomiro que, com boa vontade, nos auxiliaram nas idas ao campo; à Rosilene, do laboratório de sensoriamento remoto, pela estimativa das áreas dos remanescentes e auxílio na confecção da figura; à Rosilene R. Silva, bolsista de iniciação RHAE-CNPq, pela digitação dos dados; ao colega e pesquisador Guilherme M. Mourão, pelas sugestões ao manuscrito; aos botânicos dos herbários de Corrientes (CTES), A. Schinini (Achatocarpaceae), C.L. Cristóbal (Sterculiaceae) e M. S. Ferruci (Sapindaceae), Edimburgo (E), J.A. Ratter (Apocynaceae, Boraginaceae, Fabaceae, Mimosaceae e Sapotaceae), HUEFS, E. Mello (Polygonaceae), ICN, M. Sobral (Myrtaceae), Museu Botânico Municipal de Curitiba (MBM), G. Hatschbach (Rutaceae) e Universidade Estadual de Campinas (UEC), J. Semir (Bombacaceae), por identificações.

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(recebido: 28 de agosto de 2003; aceito: 22 de julho de 2004)

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    Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Jul 2005
    • Data do Fascículo
      Out 2004

    Histórico

    • Aceito
      22 Jun 2004
    • Recebido
      28 Ago 2003
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