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Editorial

Editorial

É com grande alegria que este fascículo está sendo distribuído dentro do prazo, ou seja, no final do segundo semestre de 2010. Desde que assumi a função de Editora-Chefe da RBB, em janeiro de 2009, tenho me empenhado, juntamente com os demais membros do Corpo Editorial, para colocar a revista novamente em dia, respeitando as demais exigências editoriais no que diz respeito à pertinência e à qualidade dos temas publicados. Além disso, procuramos solucionar casos de artigos pendentes de anos anteriores, dos quais três submetidos em 2007 e seis de 2008 estão sendo publicados neste fascículo. No total, são 15 Artigos completos, 02 Notas Científicas e 01 Coluna Opinião, originários de nove estados (Amazonas, Goiás, Paraná e Rondônia com um, Bahia e Mato Grosso com dois, Minas Gerais e Rio de Janeiro com três e São Paulo com quatro). Destes, 03 artigos e 01 nota científica são de Ficologia, 01 de Briologia e os demais de Angiospermas, abrangendo as áreas de Biologia Floral, Taxonomia, Morfologia e Anatomia, Genética de Populações e Fisiologia. A maioria dos artigos está redigido em português, com apenas 05 em inglês, o que não foge à média dos dois últimos anos de cerca de 30%. Embora nossa preocupação com o idioma seja constante, tanto no português como no inglês, ainda surgem problemas em ambos e, especialmente, no inglês. Salientamos que a redação dos artigos é responsabilidade dos autores, tanto pelo conteúdo como pela linguagem. O corpo editorial e os assessores fazem análise dos conteúdos e, quando possível, também corrigem ou fazem observações sobre a linguagem, porém, esta última tarefa não faz parte de nossas atribuições. Existem profissionais habilitados e qualificados para essa tarefa; porém, pelo que temos observado, poucos são os que os consultam. Outro problema se refere ao atendimento das normas editoriais da revista. O problema se inicia com a presença das normas em alguns sites de eventos antigos, além do próprio site da Sociedade Botânica de São Paulo (tenho que reconhecer) conter normas que já foram modificadas. As mais corretas e recentes são as que se encontram nas páginas finais de cada fascículo, onde inclusive se sugere aos autores que consultem sempre o último fascículo distribuído na oportunidade, evitando-se o uso de sites que não sejam os oficiais da RBB. Outra possibilidade é a submissão online, pelo site:http://submission.scielo.br/index.php/rbb/index. Esperamos que em breve a maioria dos artigos seja submetida através desse sistema, mas assim mesmo continuaremos a receber os manuscritos na forma impressa, mesmo com as falhas eventuais que têm ocorrido, até que o Corpo Editorial comunique a obrigatoriedade da submissão exclusivamente eletrônica.

Em meio à nossa alegria pela publicação em dia da nossa revista, tivemos, em maio, a triste notícia de um incêndio ocorrido no Instituto Butantã, que destruiu praticamente toda a coleção de cobras, outros répteis e aracnídeos mantidos em álcool ou formol. Apesar da divulgação do fato pela mídia, poucos foram os comentários feitos na mídia sobre a enorme importância científica dessa coleção, considerada a maior do mundo para a Herpetologia. Destaca-se o artigo de Reuben Brandão, publicado no O Estado de São Paulo em 18 de maio, que mostra o quanto uma coleção museológica expressa o conhecimento, a pesquisa científica e o desenvolvimento tecnológico. Mostra, também, o quanto essas coleções têm sido desdenhadas e descuidadas pelas autoridades responsáveis, colocando em risco esses importantes patrimônios da humanidade. Essa situação se aplica, também, a outros tipos de coleções e deve preocupar não apenas zoólogos, mas botânicos e naturalistas em geral, curadores e bibliotecários, demais encarregados e usuários de coleções públicas, sujeitas a incêndios e a tantos outros perigos, como alagamento, vandalismo, além da falta de consciência pública. Como Botânicos, preocupa-nos a situação dos herbários que, pela natureza dos materiais inflamáveis que armazenam, representam um perigo constante de incêndio, se não forem acondicionados e mantidos adequadamente. A Fapesp, há alguns anos atrás, desenvolveu um programa de apoio a coleções, porém o tempo passou, o número e as dimensões das coleções cresceram e não sabemos qual a situação atual dessas e de tantas outras coleções. O incêndio no Butantã, além da enorme perda irreparável do acervo, é um alerta aos responsáveis diretos e indiretos por todas as coleções de grande utilidade pública e que representam valiosos produtos da atividade humana. Esperamos que as Sociedades Científicas se unam aos institutos e universidades na busca pela conscientização da importância das Coleções Científicas e na luta constante para sua manutenção e preservação.

São Paulo 10 de junho de 2010

Sonia M.C. Dietrich

Editora-Chefe da Revista Brasileira de Botânica

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    01 Set 2010
  • Data do Fascículo
    Jun 2010
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