Acessibilidade / Reportar erro

Fitoplâncton (exceto Chlorophyceae) de um lago artificial urbano no Sul do Brasil

Phytoplankton (except Chlorophyceae) from an artificial urban pond in Southern Brazil

Resumos

O presente estudo tem como objetivo conhecer a composição do fitoplâncton no Lago das Tartarugas, situado no Jardim Botânico da cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. As amostragens foram realizadas mensalmente, no período de junho de 2007 a maio de 2008, em uma estação em três diferentes níveis de profundidade, na zona pelágica. Um total de 49 táxons específicos e infraespecíficos pertencentes a sete classes foram registrados. Cyanobacteria apresentou maior número de táxons (35% dos táxons identificados) seguida de Bacillariophyceae (33%) e Euglenophyceae (16,3%). São apresentadas descrições, medidas e ilustrações dos táxons, assim como a distribuição dos mesmos durante o ciclo anual.

clima subtropical; composição florística; sistema lêntico hipereutrófico


This study aims to the knowledge of phytoplankton composition of the Tartarugas pond, located at the Botanical Garden, Porto Alegre city in Rio Grande do Sul State. The samplings were carried out monthly, from June 2007 to May 2008, at one station in three different depths in the pelagic zone. Forty-nine specific and infraspecific taxa belonging to seven classes were recorded. Cyanobacteria presented the highest number of taxa (35% of recorded taxa), followed by Bacillariophyceae (33%) and Euglenophyceae (16.3%). Descriptions, measurements and illustrations of the taxa are presented as well as their distribution during the annual cycle.

floristic composition; hypereutrophic lentic system; subtropical climate


ARTIGOS

Fitoplâncton (exceto Chlorophyceae) de um lago artificial urbano no Sul do Brasil1 1 Parte da dissertação de mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, Brasil.

Phytoplankton (except Chlorophyceae) from an artificial urban pond in Southern Brazil

Carolina Davila Domingues; Lezilda Carvalho Torgan* * Autor para correspondência: lezilda.torgan@fzb.rs.gov.br

Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - Museu de Ciências Naturais. Av. Salvador França, 1427, 90690-000 Porto Alegre, RS, Brasil

RESUMO

O presente estudo tem como objetivo conhecer a composição do fitoplâncton no Lago das Tartarugas, situado no Jardim Botânico da cidade de Porto Alegre, Estado do Rio Grande do Sul. As amostragens foram realizadas mensalmente, no período de junho de 2007 a maio de 2008, em uma estação em três diferentes níveis de profundidade, na zona pelágica. Um total de 49 táxons específicos e infraespecíficos pertencentes a sete classes foram registrados. Cyanobacteria apresentou maior número de táxons (35% dos táxons identificados) seguida de Bacillariophyceae (33%) e Euglenophyceae (16,3%). São apresentadas descrições, medidas e ilustrações dos táxons, assim como a distribuição dos mesmos durante o ciclo anual.

Palavras-chave: clima subtropical, composição florística, sistema lêntico hipereutrófico

ABSTRACT

This study aims to the knowledge of phytoplankton composition of the Tartarugas pond, located at the Botanical Garden, Porto Alegre city in Rio Grande do Sul State. The samplings were carried out monthly, from June 2007 to May 2008, at one station in three different depths in the pelagic zone. Forty-nine specific and infraspecific taxa belonging to seven classes were recorded. Cyanobacteria presented the highest number of taxa (35% of recorded taxa), followed by Bacillariophyceae (33%) and Euglenophyceae (16.3%). Descriptions, measurements and illustrations of the taxa are presented as well as their distribution during the annual cycle.

Key words: floristic composition, hypereutrophic lentic system, subtropical climate

Introdução

Investigações sobre a comunidade fitoplanctônica em lagos rasos artificiais urbanos estão concentradas, principalmente, no Estado de São Paulo (Sant'Anna et al. 1989, Silva 1999, Ramírez & Bicudo 2002, Ferragut et al. 2005, Lopes et al. 2005, Ramírez & Bicudo 2005, Tucci et al. 2006, Crossetti et al. 2008a, b, c, Gentil et al. 2008). Nos demais estados brasileiros, referenciam-se os trabalhos de Cecy et al. (1976), Peixoto & Huszar (1983); Nogueira & Leandro-Rodrigues (1999); Martins & Fernandes (2006); Perbiche-Neves et al. (2007) e Nogueira et al. (2008). Podem-se citar os de Xavier (1989a, b, 1990, 1994) para Euglenophyceae; Castro et al. (1991) para Cryptophyceae; Sormus & Bicudo (1994, 1997), Araújo & Bicudo (2006), Bicudo et al. (2007), Moresco et al. (2009) para Zygnematophyceae; Azevedo et al. (2003), Sant'Anna et al. (2004) para Cyanophyceae; e Bicudo et al.(2006) para Xanthophyceae.

No Rio Grande do Sul, o conhecimento sobre algas planctônicas em lagos artificiais urbanos limitam-se a estudos nos parques da cidade de Porto Alegre (Rosa et al. 1974, Alves-da-Silva & Torgan 1981, Franceschini 1992) e Sapucaia do Sul (Aguiar & Martau 1979). Para o Lago das Tartarugas, foram realizadas investigações somente sobre Euglenophyceae por Alves-da-Silva & Torres (1992, 1994a, b) e Alves-da-Silva & Avila (1995). O presente estudo tem como objetivo conhecer a composição taxonômica do fitoplâncton no referido lago, bem como fornecer informações sobre sua distribuição ao longo de um ciclo anual. A classe Chlorophyceae, por ter sido a mais bem representada no Lago da Tartarugas, foi tratada separadamente e será objeto de uma próxima publicação.

Material e métodos

O Lago das Tartarugas (coordenadas 30°03'2,48"/ S e 51°10'46"/ O), localizado no Jardim Botânico de Porto Alegre (RS), é um lago artificial, construído em 1970 para fins de harmonia paisagística. Trata-se de um lago hipereutrófico, de pequena extensão, com área de 1.428,57/ m2 e profundidade máxima de 1,20/ m, mantido por vertente natural, precipitação pluviométrica e escoamento superficial. Encontra-se em região de clima subtropical úmido (Cfa), com variações médias anuais de 10-22/ °C de temperatura do ar e precipitação total anual de 1.322/ mm distribuídas ao longo do ano (Mota 1951).

As amostragens foram realizadas mensalmente, em zona pelágica, no período de junho/2007 a maio/2008, em profundidades correspondentes a 100%, 50% e 1% de luminosidade (Cole 1994), utilizando-se garrafa tipo van Dorn. Parte do material coletado foi preservado em lugol neutro e mantido sob refrigeração e parte foi mantida viva para análise em microscópio óptico (MO) trilocular Zeiss Axioplan. Sempre que possível, os espécimes foram registrados por meio de fotomicrografia. As amostras foram tombadas no Herbário Prof. Dr. Alarich R. H. Schultz (HAS) do Museu de Ciências Naturais da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul.

Para identificação de Bacillariophyceae, o material foi oxidado (Simonsen 1974) e preparado lâminas, utilizando Naphrax como meio de inclusão. Para observação ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) JSM 6060, o material foi disposto em lâmina de raio-X fixada com cimento de prata em stubs de alumínio e metalizado com platina. Para visualização e caracterização de mucilagem em espécimes de Cyanobacteria foi utilizada tinta nanquim. As medidas taxonômicas são apresentadas em diâmetro celular, comprimento versus largura, e relação comprimento/largura (R c/l).

O sistema de classificação adotado para classes foi o de Hoek et al. (2002). Foram utilizados, em nível de família, os trabalhos de Komárek & Anagnostids (1989, 1999, 2005), para Cyanobacteria; Bourrelly (1981), para Chrysophyceae e Xanthophyceae; Huber-Pestalozzi (1955), para Euglenophyceae; Huber-Pestalozzi (1968), para Cryptophyceae; Förster (1982), para Zygnematophyceae; e Round et al. (1990), para Bacillariophyceae.

Resultados

Foi registrado um total de 49 táxons específicos e infraespecíficos. Cyanobacteria foi a classe mais bem representada, com 17 espécies, seguido por Bacillariophyceae (14 espécies e duas variedades, sendo uma que não a típica), Euglenophyceae (seis espécies e duas variedades típicas), Xanthophyceae (quatro espécies), Zygnemaphyceae (uma espécie e uma variedade típica) e Chrysophyceae e Cryptophyceae com uma espécie cada. Apresentamos a seguir os táxons identificados.

CYANOBACTERIA

CHROOCOCCALES

SYNECHOCOCCACEAE

Cyanodictyon planctonicum Meyer, Algolog. Stud. 75: 184, fig. 5. 1994

Figura 1





Colônia tridimensional, alongada a irregular, reticulada. Células dispostas linearmente, unisseriada, formando pseudofilamentos. Mucilagem colonial incolor e difluente. Células ovais a oblongas. Aerótopos ausentes. Dimensões celulares: 1,1 (-1,9)/ ×/ 0,9-1,0/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107994).

Synechococcus nidulans (E. G. Pringsheim) Komárek, in P. C. Bourrelly, Les Algues d'Eau Douce 3: 690. 1970.

Figura 2

Células solitárias, cilíndricas, retas a levemente curvadas. Mucilagem ausente. Dimensões celulares: 2,3-4,1/ ×/ 0,8-1,8/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

MERISMOPEDIACEAE

Aphanocapsa delicatissima W. West & G. S. West, J. Linn. Soc., Lond. Bot. 40: 431, pl. 19, figs. 2-3. 1912.

Figura 3

Colônia esférica a irregular, não clatrada. Mucilagem colonial hialina e difluente. Células esféricas dispostas de forma irregular, às vezes aos pares, ocupando quase que totalmente a matriz mucilaginosa. Dimensões celulares: (0,7-)1,0-1,2/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, HAS107958, HAS107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962, HAS107963, HAS107964), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107968, HAS107969), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993, HAS107994), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Aphanocapsa conferta (W. West & G. S. West) Komárková-Legnerová & Cronberg, Algolog. Stud. 72: 21. 1994.

Figura 4

Colônia irregular com fina mucilagem hialina. Células esféricas, hemisféricas após divisão, irregularmente distribuídas na matriz mucilaginosa. Dimensões celulares: 1,5-1,9/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107979), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Aphanocapsa incerta (Lemmermman) Cronberg & Komárek, Algolog. Stud. 75: 327. 1994.

Colônia esférica a irregular, não clatrada, com mucilagem colonial hialina e difluente. Células esféricas densamente agregadas no centro da colônia. Dimensões celulares: 1,0-1,5/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS 107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, 107958, 107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962, 107964), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107974), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107984).

Merismopedia tenuissima Lemmermman, Bot. Zbl. 76: 154. 1898.

Figura 5

Colônia tabular e plana com mucilagem colonial hialina e difluente. Células esféricas, hemisféricas após divisão. Dimensões celulares: 1,0-2,2/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, HAS107958, HAS107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962, HAS107963, HAS107964), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107968, HAS107969), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993, HAS107994), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107997, HAS107998, HAS107999), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Merismopedia punctata Meyen, Neues Syst. Pfl. Physiol. 3: 440. 1839.

Figura 6

Colônia tabular e plana, formada por grupos de 8-64 células dispostas em fileiras regulares. Mucilagem colonial hialina e difluente. Células esféricas a amplamente ovais, hemisféricas após a divisão. Dimensões celulares: 1,8-3,5/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107958), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107968, HAS107969), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107994), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Synechocystis aquatilis Sauvageau, Bull. Soc. Bot. France 39: 121. 1892

Figura 7

Células solitárias ou aos pares, esféricas. Aerótopos ausentes. Mucilagem individual algumas vezes presente. Dimensões celulares: 6-7,5/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992).

MICROCYSTACEAE

Microcystis aeruginosa (Kützing) Kützing, Tab. Phycol. 1: 6. 1846.

Figura 8

Colônia arredondada quando jovem, tornando-se alongada, clatrada ou lobada quando adulta. Células mais ou menos agregadas, dispostas irregularmente no centro da colônia, com numerosos aerótopos. Mucilagem colonial hialina e difluente. Dimensões celulares: 5-6/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108009).

Microcystis protocystis Crow, New Phytol. 22: 62. 1923.

Figura 9





Colônia alongada a irregular, não clatrada. Mucilagem colonial hialina e difluente. Células distribuídas de forma esparsa na colônia. Células esféricas, com numerosos aerótopos, envoltas por um envelope mucilaginoso individual. Dimensões celulares: 5,8-6 (-7)/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108004).

Microcystis wesenbergii (Komárek) Komárek in Kondrateva, Cvetenie vody, p. 13-42. 1968.

Figura 10

Colônia esférica quando jovem, tornando-se alongada, lobada, podendo formar sub-colônias. Mucilagem colonial refringente, hialina e não difluente. Células esféricas, com numerosos aerótopos. Dimensões celulares: 4,5-7/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS107954), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962, HAS107964), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107978), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107984).

CHROOCOCCACEAE

Chroococcus dispersus (Keissler) Lemmermann, Ark. Bot. 2(2): 102. 1904.

Figura 11

Colônias compostas por 4-16 células dispostas no centro da colônia. Mucilagem hialina e difluente. Células esféricas, conteúdo celular homogêneo, sem aerótopos. Dimensões celulares: 2,3-4,5/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107964), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107993), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107998, HAS107999), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

Chroococcus limneticus Lemmermann, Forschungsber. Biol. Stat. Plön 7: 132. 1898.

Figura 12

Colônias compostas por 4-32 células, agrupadas aos pares ou em quatro, dispostas de forma irregular na mucilagem. Mucilagem hialina e difluente. Células esféricas ou hemisféricas, conteúdo celular

homogêneo, sem aerótopos. Dimensões celulares:

(4-)7,1-12,4/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

OSCILLATORIALES

PSEUDANABAENACEAE

Planktolyngbya circumcreta (G. S. West) Anagnostidis & Komárek, Algolog. Stud. 50-53: 394. 1988.

Figura 13

Tricoma solitário, não constrito, não atenuado, forma regularmente espiralada, com (1,5-) 2-9 voltas. Bainha firme, hialina, contornando o tricoma. Células mais ou menos isodiamétricas, sendo as apicais arredondadas. Dimensões celulares: 1-2(-3,5)/ ×/ 1,8/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, HAS107958, HAS107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962, HAS107963, HAS107964), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107968, HAS107969), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993, HAS107994), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107997, HAS107998, HAS107999), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

PHORMIDIACEAE

Planktothrix isothrix (Skuja) Komárek & Komárková, Czech Phycol. 4: 14. 2004.

Tricoma solitário, homocitado, reto, não constrito e não atenuado. Células quadráticas, um pouco mais curtas do que largas, sendo as apicais arredondadas. Numerosos aerótopos. Dimensões celulares: 4-5,5/ ×/ 9-9,5/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107954), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107999).

NOSTOCALES

NOSTOCACEAE

Cylindrospermopsis raciborskii (Wolosynska) Seenayya & Subba Raju, in Desikachary, Tax. and Biol. of Blue-green Algae: 55. 1972.

Figura 14

Tricoma solitário, reto ou levemente curvado, podendo ser constrito. Células cilíndricas, mais longas do que largas, com aerótopos. Presença de heterocito terminal, cônico. Dimensões celulares: 4,5-12,5/ ×/ 2,5-3,2/ µm; heterocito 8,9-10,5/ ×/ 2-3,2/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

CHRYSOPHYCEAE

STYLOCOCCALES

STYLOCOCCACEAE

Lagynion infundibuliforme Starmach, in Starmach, Crysophyceae, p. 432-434, fig. 833. 1968.

Figura 15

Lórica em forma de garrafa, porção basal achatada, colarinho quase ½ do comprimento total da lórica. Um cromoplastídio pardo. Dimensões celulares: 9/ ×/ 7/ µm; colarinho 4,2/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

XANTHOPHYCEAE

RHIZOCHLORIDALES

PLEUROCHLORIDACEAE

Goniochloris mutica (A. Braum) Foot, Preslia 32: 146. 1960.

Figura 16

Célula solitária, triangular; ângulos amplamente arredondados; parede celular lisa. Dois a três cromoplastídios discóides de posição parietal. Dimensão celular: 9/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107953), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, HAS107958, HAS107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107993, HAS107994), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107998, HAS107999), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108009).

Tetraedriella jovetii (Bourrelly) Bourrelly, Algues d'Eau Douce 1: 186. 1968.

Figura 17

Célula solitária, tetraédrica, ângulos amplamente arredondados, faces laterais côncavas, parede ornamentada com pequenas pontuações. Três a quatro cromoplastídios discóides de posição parietal. Distância entre os ápices: 7,8-14,2/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107968), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107983, HAS107984).

Pseudogoniochloris tripus (Pascher) Krienitz, Hegewald, Reymond & Peschke, Algolog. Stud. 69: 78, fig, 1-11. 1993.

Figura 18

Célula solitária, triangular, ângulos prolongados em processos, extremidades arredondadas com pequenas ornamentações nos ápices. Cromoplastídio não se estende até as extremidades. Distância entre ápices: 15-21/ µm.

Comentário: a variação da distância entre os ápices encontrada no material é um pouco menor que a registrada em literatura (21-36/ µm) por Krienitz et al.(1993).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982).

Tetraplektron torsum (Skuja) Dedusenko-ŠČegoleva, Opred. Presnov. Vodor. SSR 5: 271. 1962.

Figura 19








Célula solitária, em vista frontal tetraédrica ou triangular, com os ângulos prolongados e torcidos, podendo um sobrepor o outro. Extremidades com ângulos fracamente convertidos, portando curtos espinhos nos ápices. Parede celular espessa e lisa, numerosos cromoplastídios discóides. Dimensões celulares: 14,2-17,7/ µm; distância entre ápices (19,5)-24,5-46/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107963), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107973), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107994), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002).

BACILLARIOPHYCEAE

THALASSIOSIRALES

STEPHANODISCACEAE

Discostella stelligera (Cleve & Grunow) Houk & Klee, Diatom. Res. 19(2): 208-220, fig. 23-99. 2004.

Figuras 20, 21

Valvas circulares, heteromórficas. Costas marginais radiadas, ocupando cerca de 1/4 a 2/5 do raio da valva. Em vista externa, área central convexa com alvéolos circulares a alongados em disposição radial. Em vista interna, área central côncava lisa ou com alvéolos em disposição radial. Fultoportulae marginais, localizadas entre as costas. Rimoportula presente entre duas costas. Dimensões celulares: 4,4-18/ µm; 8-15 costas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107959), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107968), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993, HAS107994), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107998), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004).

AULACOSEIRALES

AULACOSEIRACEAE

Aulacoseira ambigua (Grunow) Simonsen, Bacillaria 2: 56. 1979.

Figuras 22, 23

Frústulas cilíndricas, unidas em filamentos por curtos espinhos de ligação. Manto com estrias de disposição oblíqua em relação ao eixo pervalvar. Sulco em forma de "U". Dimensões celulares: 12-13,5/ ×/ 5,3-10/ µm; 15-16 estrias em 10/ µm; 15-16 aréolas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107958), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107963), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107969), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107974), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993, HAS107994), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107998), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Aulacoseira granulata (Ehrenberg) Simonsen var. angustissima (O. Müller) Simonsen, Bacillaria 2: 58. 1979.

Figuras 24, 25

Frústulas cilíndricas, unidas em filamentos por curtos espinhos de ligação e por pelo menos um longo espinho intercalar. Manto com estrias oblíquas em relação ao eixo pervalvar. Sulco em forma de "V". Dimensões celulares: (8,5)-12-14,3/ ×/ 3-4/ µm; 10 estrias em 10/ µm; 20 aréolas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107953), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, HAS107958), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107973), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107988, 107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993, HAS107994), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

CYMBELLALES

CYMBELLACEAE

Encyonema vulgare var. vulgare Krammer, Bibl. Diatomol. 36: 167, pl. 36, fig. 4-10, pl. 38, fig. 1-3, 9-10, pl. 39, fig. 1-5, pl. 42, fig. 1-5, pl. 50, fig. 3-8. 1997.

Figura 26

Valvas com margem dorsal amplamente convexa, margem ventral reta, podendo apresentar leve intumescimento na região mediana. Ápices arredondados, não afilados. Área central ausente. Estrias dorsais levemente radiadas, ventrais radiadas, convergentes em direção aos ápices. Rafe filiforme, próxima à margem ventral, com extremidades proximais voltadas para a margem dorsal. Não apresenta estigmóide.

Dimensões celulares: 28,3-38,9/ ×/ 8,9-12,4/ µm; 10 estrias em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952).

ACHNANTHALES

ACHNANTHIDIACEAE

Achnanthidium microcephalum Kützing, Bacillarien 75, pl. 3. fig. 13-19. 1844.

Figuras 27-30

Valvas linear-lanceoladas, extremidades nitidamente capitadas. Rafe linear, sternum estreito-lanceolado. Área central circular na valva rafídia e ausente na arrafídea. Estrias radiadas, formadas por uma série de 3-5 aréolas circulares, tornando retangulares quando próximas às margens. Manto ornamentado por aréolas retangulares. Dimensões celulares: 11-19,5/ ×/ 2,6-6/ µm (R c/L/ =/ 3,1-4,8); 17-36 estrias em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107963), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107968), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Achnantidium minutissimum (Kützing) Czarnecki, Proc. Int. Diatom. Symp. 11: 157. 1994.

Figuras 31-33

Valvas linear-lanceoladas, extremidades levemente rostradas. Sternum estreito-lanceolado. Área central transversalmente expandida na valva rafídea e ausente na valva arrafídea. Estrias radiadas, formadas por uma série de 4-5 aréolas, circulares, tornado-se retangulares quando próximas às margens. Manto ornamentado por aréolas retangulares. Dimensões celulares: (10-)14-17,2/ ×/ (2-)3-3,1/ µm (R c/l/ =/ 3,3-5,7); 30 estrias em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107963), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107968, HAS107969), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108009).

Planothidium rostratum (Østrup) Lange-Bertalot, Iconogr. Diatomol. 6: 285. 1999.

Figuras 34-35

Valvas elípticas, extremidades rostradas, estrias radiadas. Sternum linear-estreito. Área central transversalmente expandida na valva rafídea. Região hialina unilateral em forma de ferradura na valva arrafídea. Estrias com três series de aréolas. Dimensões celulares: 10,5-11,2/ ×/ 4,1-5,2/ µm (Rc/L/ =/ 2,2-2,6); 17 estrias em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

NAVICULALES

PINNULARIACEAE

Pinnularia angustistriata Metzeltin & Krammer, Iconogr. Diatomol. 5: 164, fig. 190-6-8. 1998.

Figuras 36-37

Valvas lanceoladas, extremidades obtuso-arredondadas. Área axial ampla, lanceolada, alcançando até 2/3 da largura da valva. Área central rômbica. Estrias radiadas, convergentes em direção às extremidades valvares. Dimensões celulares: 90-101/ ×/ 12-18/ µm; 10 estrias em 10/ µm.

Comentário: Difere do material tipo oriundo de um córrego em Porto Alegre, RS, Brasil (Metzeltin & Lange Bertalot 1998), por esse apresentar extremidades mais alongadas e cuneadas.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107959), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977).

Surirella engleri O. Müller, Bot. Jahrb. Syst. 34: 28, pl. 1, fig. 4. 1903.

Figuras 38-39

Valvas isopolares, lineares, pólos cuneado-obtusos. Área axial linear-estreita. Costas paralelas na região central, divergentes nos pólos, estendendo-se em direção à área axial. Canais alares próximo às margens. Dimensões celulares: 95,5-100/ ×/ 26,3-40/ µm; 17-20 canais alares em 100/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107959), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

Surirella tenera Gregory, Quart. Jour. Micr. Sc. 4: 11. 1856.

Figura 40

Valvas heteropolares, porção superior arredondada e inferior cuneado-arredondada. Área axial linear-estreito. Costas paralelas na região mediana estendendo em direção à área axial. Canais alares nítidos, próximos às margens. Dimensões celulares: 50-170/ ×/ 13-45/ µm; 14-25 canais alares em 100/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108004).

BACILLARIALES

BACILLARIACEAE

Nitzschia acicularis (Kützing) W. Smith, Syn. Brit. Diat. 1: 43, pl. 15, fig. 122. 1853.

Figura 41

Valvas lineares, fusiformes e margens convexas. Extremidades alongadas e ápices capitados. Estrias inconspícuas. Fíbulas equidistantes. Dimensões celulares: 60,8-82,5/ ×/ 3,2-4,5/ µm; 18 fíbulas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002).

Nitzschia capitellata Hustedt, in Simonsen, Atlas and Catalogue of the Diatom Types of Friedrich Hustedt 1: 78, pl. 103: 6-13.1987.

Figuras 42-44

Valvas linear-lanceoladas, levemente constritas na região central. Extremidades cuneado-capitadas. Estrias conspícuas, fíbulas dispostas de forma irregular com espaçamento na região central. Dimensões celulares: (26-)37,5-80/ ×/ (3-)4,5-5/ µm; 10-14 fíbulas em 10/ µm; 26-33 estrias em 10/ µm; 17 aréolas por estria.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107958), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107978, HAS107979), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107994), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107999), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

Nitzschia palea (Kützing) W. Smith, Syn. Brit. Diat. 2: 89. 1856.

Figura 45

Valvas linear-lanceoladas, extremidades cuneadas subcapitado-rostradas. Estrias inconspícuas, fíbulas equidistantes podendo apresentar espaçamento na região central. Dimensões celulares: 25-29,6/ ×/ 2,3-3,9/ µm.; 13-16 fíbulas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107953), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002).

Nitzschia paleacea (Grunow) Grunow, in Van Heurck, Syn. Diat. Belg pl. 31-77, Anvers. pl. 68, figs 9-10. 1881.

Figura 46

Valvas linear-lanceoladas, extremidades cuneado-subrostradas. Estrias inconspícuas, fíbulas equidistantes. Dimensões celulares: 18,6-24,8/ ×/ 1,6-3,2; 15 fíbulas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107954), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107968), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108004).

Tryblionella victoriae Grunow, Verh. Zool.-Bot. Ges. Wien. 12: 553, pl. 12, fig 34. 1862.

Figura 47

Valvas elípticas, levemente constritas na região mediana, extremidades cuneado-obtusas. Estrias grosseiras, paralelas, imbricadas ao longo do eixo longitudinal. Fíbulas marginais conspícuas, eqüidistantes. Dimensões celulares: 34,5-36/ ×/ 15-17/ µm; 6-10 fíbulas em 10/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107959), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108009).

EUGLENOPHYCEAE

EUGLENALES

EUGLENACEAE

Euglena acus Ehrenberg, Infusions. Organismen. 112, pl. 7, fig. 15. 1838.

Figura 48




Célula estreitamente fusiforme. Pólo anterior truncado e posterior afilado gradualmente em um processo cônico hialino. Periplasto com estrias longitudinais paralelas a levemente espiraladas. Numerosos cloroplastídios discóides, presença de 4-8 bastonetes de paramido. Estigma granuloso e alongado. Dimensões celulares: 80-97,5/ ×/ 7,5-9,5/ µm (R c/l = 8,4-13).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107997), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108009).

Lepocinclis salina Fritsch, New Phytol. 13: 351, fig. 3a-b, e. 1914.

Célula ovado-elíptica. Pólo anterior atenuado e posterior amplamente arredondado. Periplasto com estrias dextrógiras. Numerosos cloroplastídios discóides, grãos de paramido arredondados. Estigma granuloso e arredondado. Dimensões celulares: 24-46,5/ ×/ 16,5-39,4/ µm (R c/l/ =/ 1,1-1,5)

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108009).

Monomorphina pyrum (Ehrenberg) Mereschkowsky emend. Kosmala & Zakrýs, J. Phycol. 43: 177, 179, fig. 1-11, 13-15, 17. 2007.

Figura 49

Célula piriforme-alongada. Pólo anterior arredondado, levemente truncado, posterior alongado, afilando-se em um processo caudal cônico. Periplasto com 5-6 costelas espiraladas. Numerosos cloroplastídios discóides; dois grãos de paramido cilíndricos laterais e opostos entre si. Estigma alongado. Dimensões celulares: 16,5-21/ ×/ 10,5-12/ µm (R c/l = 1,6-1,75).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107983, HAS107984), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107993), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS 107998, HAS107999).

Phacus longicauda var. longicauda (Ehrenberg) Dujardin, Hist. nat. Zoophytes: 337, pl 5., fig. 6. 1841.

Figura 50

Célula ovóide. Pólo anterior arredondado e posterior alongado, afilando gradualmente em um processo cônico hialino. Periplasto estriado longitudinalmente. Numerosos cloroplastídios discóides. Dimensões celulares: 88,5-99/ ×/ 28,5-33/ µm (R c/l= 3,0-3,1).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007).

Strombomonas deflandrei (Roll) Deflandre, Arch. Protistenk. 69(3): 575, fig. 37. 1930.

Figura 51

Lórica amplamente elíptica a ovada. Pólo anterior alargado com um colo curto de bordo liso, oblíquo em relação à lórica. Pólo posterior acuminado em um processo caudal cônico, curto. Parede celular rugosa. Numerosos cloroplastídios discóides. Estigma alongado. Dimensões celulares: 24-32/ ×/ 20-21/ µm (R c/l/ =/ 1,2-1,5).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107973), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107989), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108004).

Strombomonas fluviatilis (Lemmermann) Deflandre, Arch. Protistenk. 69(3): 580, fig. 52-53. 1930.

Figura 52

Lórica elíptica, pólo anterior gradativamente atenuado, colo reto de bordo liso ou crenulado; pólo posterior atenuado em processo caudal cônico, curto e afilado. Parede celular rugosa. Numerosos cloroplastídios discóides. Numerosos grãos de paramidos, bastoniformes. Estigma alongado. Dimensões celulares: 22-33,6/ ×/ (10,5-)13-14,2/ µm (R c/l/ =/ 1,6-2,5).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107973), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992).

Strombomonas rotunda (Playfair) Deflandre, Arch. Protistenk. 69(3): 593, fig. 88. 1930.

Figura 53

Lórica transversalmente elíptica, pólo anterior terminado em um colo de bordo levemente oblíquo, crenulado, pólo posterior abruptamente atenuado em processo caudal afilado. Parede celular rugosa, numerosos cloroplastídios discóides. Estigma arredondado. Dimensões celulares: 23,5/ ×/ 12/ µm (R c/l/ =/ 1,9).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992).

Trachelomonas volvocinopsis var. volvocinopsis Swirenko, Arch. Hydrobiol. Planktonk. 9: 33, pl. 19, fig. 1-3. 1914.

Figura 54

Lórica esférica desprovida de colo ou de processo caudal. Parede lisa, poro com espessamento anelar. Oito ou mais cloroplastídios discóides, parietais. Dimensões celulares 16/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107989).

CRYPTOPHYCEAE

CRYPTOMONADALES

CRYPTOMONADACEAE

Cryptomonas brasiliensis Castro, Bicudo & Bicudo, Hoehnea 18(1): 90, fig. 8-18. 1991.

Figura 55

Célula sigmoidal em vista lateral. Margem dorsal assimétrica, amplamente convexa nos 2/3 anteriores, margem ventral convexa. Pólo anterior truncado, podendo formar um pequeno rostro; posterior afilado, voltado para a face dorsal. Dois cromoplastídios laterais com dois pirenóides que se sobrepõem em vista lateral. Dimensões celulares: 10,6-21,6/ ×/ 6-10,5/ µm (R/ c/l = 1,4-2,1).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-VI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107952, HAS107953, HAS107954), 17-VII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107957, HAS107958, HAS107959), 21-VIII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107962, HAS107963, HAS107964), 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107968), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977, HAS107978, HAS107979), 18-XII-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107982, HAS107983, HAS107984), 08-I-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107987, HAS107988, HAS107989), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992, HAS107993), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107997, HAS107999); idem, 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

ZYGNEMATOPHYCEAE

ZYGNEMATALES

CLOSTERIACEAE

Closterium acutum Ehrenberg var. variabile (Lemmermann) Kreiger, Kryptog.-Flora: 262, pl. 13; figs. 18-22. 1935.

Células delgadas, simétricas, arqueadas, frequentemente sigmóides. Presença de 4-6 pirenóides. Dimensões celulares: (40-)54-61,5 × (2-)3-3,2/ µm (R c/l/ =/ 15,5-20,5).

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 11-IX-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107967, HAS107969), 29-X-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107972, HAS107973, HAS107974), 20-XI-2007, C.D. Domingues s.n. (HAS107977), 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107992), 25-III-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107998), 22-IV-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108002, HAS108003, HAS108004), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108007, HAS108008, HAS108009).

Staurastrum volans W. West & G.S. West, Trans. Linn. Soc. Lond., Bot. 5: 79, pl. 9, fig. 10-11. 1895.

Figura 56

Célula 1,6-1,8(-2,0) vezes mais longas do que largas com contrição mediana profunda. Semicélula globosa com margem apical convexa. Processos divergentes, ondulados com ápice bidentados. Parede celular lisa. Dimensões das células sem processos: 14,7-18/ ×/ 8,8-10/ µm; istmo 4,5-6/ µm.

Material examinado: BRASIL. RIO GRANDE DO SUL: Porto Alegre, 19-II-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS107993), 27-V-2008, C.D. Domingues s.n. (HAS108009).

Discussão

Cyanobacteria foi a classe mais bem representada (35% dos táxons identificados), seguida de Bacillariophyceae (33%) e Euglenophyceae (16,3%). Essas três classes também são referidas como as mais bem representadas em outros estudos realizados sobre comunidade fitoplanctônica em lagos rasos artificiais urbanos no Brasil (Cecy et al. 1976, Peixoto & Huszar 1983, Sant'Anna et al. 1989, Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999, Silva 1999, Ferragut et al. 2005, Lopes et al. 2005, Tucci et al. 2006, Perbiche-Neves et al. 2007, Gentil et al. 2008, Nogueira et al. 2008). Ao contrário dos demais lagos, Dinophyceae não foi registrada no lago das Tartarugas.

Das espécies identificadas para o Lago das Tartarugas, 40,8% já foram observadas em lagos artificiais urbanos localizados nas regiões centro-oeste e sudeste do país (Sant'Anna et al. 1989, Xavier 1989a, b, 1990, 1994, Castro et al. 1991, Nogueira & Leandro-Rodrigues 1999, Ferragut et al. 2005, Bicudo et al. 2006, Tucci et al. 2006), demonstrando serem de ampla distribuição no território brasileiro. São elas: Achnanthidium minutissimum, Aphanocapsa delicatissima, Aphanocapsa incerta, Cryptomonas brasilientis, Cylindrospermopsis raciborskii, Discostella stelligera, Euglena acus, Goniochloris mutica, Lepocinclis salina, Merismopedia tenuissima, Microcsystis aeruginosa, Microcystis protocystis, Microscystis wesenbergii, Phacus longicauda, Staurastrum volans, Strombomonas fluviatilis, Synechocystis aquatilis, Trachelomonas volvocinopsis, Tetraedriella jovetii e Tetraplektron trosun.

Cryptomonas brasiliensis, Goniochloris mutica, Merismopedia tenuissima, M. punctata e Planktolyngbya circumcreta ocorreram em todos os meses ao longo da coluna d'água. Aulacoseira ambigua também ocorreu no ciclo anual de estudo, com exceção do mês de novembro (meados do verão), enquanto Aphanocapsa delicatissima e Aulacoseira granulata var. angustissima, do mês de março (fim do verão).

Cylindrospermopsis raciborskii e Synechococcus nidulans ocorreram somente no outono ao longo da coluna d'água. Chroococcus limneticus, Encyonema vulgare var. vulgare, Lagynion infundibiliforme, Lepocinclis salina, Microcystis aeruginosa, M. protocystis, Nitzschia acicularis, N. palea e Surirella tenera também foram registradas somente no outono. Chroococcus limneticus, Encyonema vulgare var. vulgare e Lagynion infundibuliforme ocorreram somente na superfície (100% de luminosidade). Strombomonas rotunda e Trachelomonas volvocinopsis foram registradas somente no verão, na superfície da água e a 50% de luminosidade, respectivamente.

Euglena acus, Lepocinclis salina, Phacus longicauda, Pseudogoniochloris tripus, Synechocystis aquatilis, ocorreram somente na superfície, enquanto que Microcystis protocystis, Planktothrix istorhrix e Triblyonella victorae, a 1% de luminosidade. Monomorphina pyrum e Staurastrum volans forma registradas a 50% e 1% de luminosidade.

Com base nos catálogos de Torgan et al. (1999, 2003), Alves-da-Silva & Hahn (2001) e trabalhos recentemente publicados (Alves-da-Silva & Bridi 2004a, b, Alves-da-Silva & Hahn 2004, Alves-da-Silva & Fortuna 2006, Alves-da-Silva & Schüler-da-Silva 2007, Rodrigues et al. 2007, Alves-da-Silva et al. 2008), são registradas oito novas citações para o Estado: Cryptomonas brasiliensis, Encyonema vulgare var. vulgare, Lagynion infundibuliforme, Nitzschia capitellata, Pinnularia angustistriata, Pseudogoniochloris tripus, Staurastrum volans e Tetraëdriella jovetii. Dentre estas, apenas C. brasiliensis, S. volans e T. jovetii já foram registradas em outros trabalhos realizados em ambientes artificiais urbanos da região tropical do país.

Com base nos trabalhos publicados sobre Euglenophyceae para o Lago das Tartarugas (Alves-da-Silva & Torres 1992, 1994a, b, Alves-da-Silva & Avila 1995), Monomorphina pyrum, Phacus longicauda var longicauda, Strombomonas deflandrei e Strombomonas fluviatilis são referidos pioneiramente para o lago.

Agradecimentos - Ao Museu de Ciências Naturais (MCN) e ao Jardim Botânico, instituições integrantes da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul pelo apoio e logística à execução do projeto. Ao acadêmico de biologia Emanuel Bruno Neuhaus pelo auxílio na editoração das imagens. Às pesquisadoras Sandra Alves da Silva, Vera Regina Werner e Daniela Bes pelas importantes contribuições quanto à taxonomia de Euglenophyceae, Cyanobacteria e Bacillariophyceae, respectivamente. Ao biólogo Ricardo Aranha do Centro de Geoprocessamento da Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul pelo apoio prestado.

(recebido: 16 de setembro de 2010; aceito: 19 de agosto de 2011)

  • AGUIAR, L.W. & MARTAU, L. 1979. Diatomáceas de lagos do Parque Zoológico, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 25:27-110.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & AVILA, I.R. 1995. O gênero Trachelomonas Ehr. emend. Defl. (Euglenaceae) do Parque Zoológico de Sapucaia do Sul e do Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 46:27-56.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & BRIDI, F.C. 2004a. Estudo de Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Brasil. 2. Os gêneros Phacus Dujardin e Hyalophacus (Pringsheim) Pochmann. Iheringia, Série Botânica 59:75-96.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & BRIDI, F.C. 2004b. Euglenophyta no Parque Estadual Delta do Jacuí, Rio Grande do Sul, Sul do Brasil. 3. Gênero Strombomonas Defl. Acta Botanica Brasilica 18:555-572.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & FORTUNA, J.R. 2006. Euglenophyceae de ambientes lênticos na planície costeira do Rio Grande do Sul, Sul do Brasil: gêneros Euglena Ehr. e Lepocinclis Perty. Acta Botanica Brasilica 20:411-422.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & HAHN, A.T. 2001. Lista das Euglenophyta registradas em ambientes de águas continentais e costeiras do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 55:171-188.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & HAHN, A.T. 2004. Study of Euglenophyta in the Jacuí Delta State Park, Rio Grande do Sul, Brazil. 1. Euglena Ehr., Lepocinclis Pertyv. Acta Botanica Brasilica 18:123-140.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M., JULIANO, V.B. & FERRAZ, G.C. 2008. Euglenophyceae pigmentadas em lagoa ácida rasa, Parque Estadual de Itapuã, sul do Brasil. Iheringia, Série Botânica 63:15-36.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & SCHÜLER-DA-SILVA, A. 2007. Novos registros do gênero Trachelomonas Ehr. (Euglenophyceae) no Parque Estadual Delta do Jacuí e no Rio Grande do Sul, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21:401-409.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & TORGAN, L.C. 1981. Nota sobre Euglenofíceas (Euglenaceae) de um açude no Morro Santana, Porto Alegre, RS, Brasil. Iheringia, Série Botânica, 28:95-106.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & TORRES, J.R. 1992. Estudo taxonômico do gênero Lepocinclis Perty (Euglenaceae) no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul e no Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 42:87-104.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & TORRES, J.R. 1994a. O gênero Strombomonas (Euglenacea) no Parque Zoológico, Sapucaia do Sul e no Jardim Botânico de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 44:15-32.
  • ALVES-DA-SILVA, S.M. & TORRES, J.R. 1994b. O gênero Euglena Ehr. de sistemas lênticos do Parque Zoológico e Jardim Botânico, Rio Grande do Sul, Brasil. Revista Brasileira de Biologia 54:345-363.
  • ARAÚJO, A. & BICUDO, C.E.M. 2006. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 22: Zygnemaphyceae (gêneros Actinotaenium, Cosmarium e Heimansia). Hoehnea 33:219-237.
  • AZEVEDO, M.T.P., SANT'ANNA, C.L., SENNA, P.A.C., KOMÁREK, J. & KOMÁRKOVÁ, J. 2003. Contribution to the microflora of chroococcalean cyanoprokaryotes from São Paulo State, Southeast Brazil. Hoehnea 30:285-295.
  • BICUDO, D.C., BICUDO, C.E.M., OLIVEIRA, A.M., FERRAGUT, C., FONSECA, B.M., LOPES, M.R.M. & LIMA, I.R.N. 2006. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 21: Xanthophyceae. Hoehnea 33:291-316.
  • BICUDO, D.C., FAUSTINO, S.M.M., GODINHO, L.R. & OLIVEIRA, M. 2007. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 24: Zygnemaphyceae (Desmidiales: Octacanthium, Staurastrum e Staurodesmus). Hoehnea 34:497-517.
  • BOURRELLY, P.C. 1981. Les algues d'eau douce: initiation à la systématique. Les algues jaunes et brunes, Chrysophycées, Paheophycées, Xanthophycées et Diatomées. Éditions N. Boubée é Cie, Paris, v.2.
  • CASTRO, A.A.J., BICUDO, C.E.M. & BICUDO, D.C. 1991. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 2: Cryptophyceae. Hoehnea 18:87-106.
  • CECY, I.I.T., MOREIRA, I.M.V. & HOHMANN, E. 1976. Estudo ficológico e químico-bacteriológico da água do tanque do passeio público de Curitiba, Estado do Paraná - Brasil. Boletim do Museu Botânico Municipal 25:1-37.
  • COLE, G.A. 1994. Textbook of Limnology. Waveland Press Inc., Illinois.
  • CROSSETTI, L.O., BICUDO, D.C. & BICUDO, C.E.M. 2008a. Adaptations in phytoplankton life strategies to imposed change in a shallow urban tropical eutrophic reservoir, Garças Reservoir, over 8 years. Hydrobiologia 614:91-105.
  • CROSSETTI, L.O., BICUDO, D.C. & BICUDO, C.E.M. 2008b. Phytoplankton as a monitoring tool in a tropical urban shallow reservoir (Garças Pond): the assemblage index application. Hydrobiologia 610:161-173.
  • CROSSETTI, L.O., BICUDO, D.C., BICUDO, C.E.M. & BINI, L. M. 2008c. Phytoplankton biodiversity changes in a shallow tropical reservoir during the hypertrophication process. Brazilian Journal of Biology 68:1061-1067.
  • FERRAGUT, C., LOPES, M.R.M., BICUDO, D.C., BICUDO, C.E.M. & VERCELLINO, I.S. 2005. Ficoflórula perifítica e planctônica (exceto Bacillariophyceae) de um reservatório oligotrófico raso (lago do IAG, São Paulo). Hoehnea 32:137-184.
  • FÖRSTER, K. 1982. Conjugatophyceae: Zygnematales und Desmidiales (excl. Zygnemataceae). In Das Phytoplankton des Sübwassers: Systematik und Biologie (G. Huber-Pestalozzi, ed.). E. Schweizerbart'sche Verlagsbuchhandlung, Stuttgart, p.1-543.
  • FRANCESCHINI, I.M. 1992. Algues d'eau douce de Porto Alegre, Brésil (les Diatomophycées exclues). Bibliotheca Phycologica 92:1-128.
  • GENTIL, R.C., TUCCI, A. & SANT'ANNA, C.L. 2008. Dinâmica da comunidade fitoplanctônica e aspectos sanitários de um lago urbano eutrófico em São Paulo, SP. Hoehnea 35:265-280.
  • HOECK, C. VAN DEN, MANN, D.G. & JAHNS, H.M. 2002. Algae: an introduction to phycology. Cambridge University Press, Cambridge.
  • HUBER-PESTALOZZI, G. 1955. Euglenophyceen. In Das phytoplankton des Susswässers: Systematik und Biologie. (G. Huber-Pestalozzi, ed.). E. Schweizerbart'sche Verlangsbuchhandlug, Stuttgart, v.4, p.1-605.
  • HUBER-PESTALOZZI, G. 1968. Cryptophyceae, Chloromonadophyceae, Dinophyceae. In Das phytoplankton des Susswässers: Systematik und Biologie (G. Huber-Pestalozzi, ed.). E. Schweizerbart'sche Verlangsbuchhandlug, Stuttgart, v.16, p.1-322.
  • KOMÁREK, J. & ANAGNOSTIDIS, K. 1989. Modern approach to the classification system of cyanophytes, 4: Nostocales. Algological Studies 56:247-345.
  • KOMÁREK, J. & ANAGNOSTIDIS, K. 1999. Cyanoprokaryota, 1: Chroococcales. In Süsswasserflora von Mitteleuropa (H. Ettl, G. Gardner, H. Heynig & D. Mollenheuer, eds.). Gustav Fischer, Jena, p.1-548.
  • KOMÁREK, J. & ANAGNOSTIDIS, K. 2005. Cyanoprokaryota, 2: Oscillatoriales. In Süsswasserflora von Mitteleuropa (B. Büdel, L. Krienitz, G. Gärdner & M. Schagerl, eds.). Elsevier, München, p.1-759.
  • KRIENITZ, L., HEGEWALG, E., REYMOND, O. & PESCHKE, T. 1993. Variability of LM, TEM and SEM, characteristics of Pseudogoniochloris tripu gen. et. comb. nov. (Xanthophyceae). Algological Studies 69:67-82.
  • LOPES, M.R.M., BICUDO, C.E.M. & FERRAGUT, M.C. 2005. Short term spatial and temporal variation of phytoplankton in a shallow tropical oligotrophic reservoir, southeast Brazil. Hydrobiologia 542:235-247.
  • MARTINS, F.C.O. & FERNANDES, V.O. 2006. Fitoplâncton da lagoa do campus universitário da UFES (Vitória, ES): Estrutura da comunidade e considerações ecológicas. Neotropical Biology and Conservation 1:101-109.
  • METZELTIN, D. & LANGE-BERTALOT, H. 1998. Iconographia diatomologica. Diversity, taxonomy, geobotany. Annotated diatom micrographs. Koeltz Scientific Books, Königstein, v.5.
  • MORESCO, C., BIOLO, S. & BUENO, N.C. 2009. O gênero Micrasterias Agardh ex Ralfs (Desmidiaceae, Zygnemaphyceae) em um lago artificial urbano, Paraná, Brasil. Hoehnea 36:349-358.
  • MOTA, F.S. 1951. Estudos do clima do estado do Rio Grande do Sul, segundo o sistema de W. Koeppen. Revista Brasileira de Geografia 13:107-116.
  • NOGUEIRA, I.S. & LEANDRO-RODRIGUES, N.C. 1999. Algas planctônicas de um lago artificial do Jardim Botânico Chico Mendes, Goiânia, Goiás: florística e algumas considerações ecológicas. Revista Brasileira de Biologia 59:377-395.
  • NOGUEIRA, I.S., NABOUT, J.C., OLIVEIRA, J.E. & SILVA, K.D. 2008. Diversidade (alfa, beta e gama) da comunidade fitoplanctônica de quatro lagos artificiais urbanos do município de Goiânia, GO. Hoehnea 35:219-233.
  • PEIXOTO, J.A. & HUSZAR, V.L.M. 1983. Algumas espécies de algas da Quinta da Boa Vista, Rio de Janeiro. Boletim do Museu Nacional do Rio de Janeiro 67:1-8.
  • PERBICHE-NEVES, G., FERRAREZE, M., GHIDINI, A.R., BRITO, L. & SHIRATA, M.T. 2007. Assembléias microfitoplanctônicas num lago urbano da cidade de Curitiba (Estado do Paraná). Estudos de Biologia 29:43-51.
  • RAMÍREZ, J.J. & BICUDO, C.E.M. 2002. Variation of climatic and physical co-determinants of phytoplankton community in four nictemeral sampling days in a shallow tropical reservoir, Southeastern Brazil. Brazilian Journal of Biology 62:1-14.
  • RAMÍREZ, J.J. & BICUDO, C.E.M. 2005. Diurnal and spacial (vertical) dynamics of nutrients (N, P, Si) in four sampling days (Summer, Fall, Winter and Spring) in a tropical shallow reservoir and their relationships with the phytoplankton community. Brazilian Journal of Biology 65:141-157.
  • RODRIGUES, S.C., TORGAN, L.C. & SCHWARZBOLD, A. 2007. Composição e varição sazonal da riqueza do fitoplâncton na foz de rios do delta do Jacuí, RS, Brasil. Acta Botanica Brasilica 21:707-721.
  • ROSA, Z.M., AGUIAR, L.W. & REAL, M.C. 1974. Nota sobre gêneros de algas continentais do município de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Série Botânica 19:53-62.
  • ROUND, F.E., CRAWFORD, R.M. & MANN, D.G. 1990. The diatoms. Biology and morphology of the genera. Cambridge University Press, Cambridge.
  • SANT'ANNA, C.L., AZEVEDO, M.T.P. & SORMUS, L. 1989. Fitoplâncton do lago das Garças, Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP, Brasil: Estudo taxonômico e aspectos ecológicos. Hoehnea 16:89-131.
  • SANT'ANNA, C.L., AZEVEDO, M.T.P., SENNA, P.A.C., KOMÁREK, J. & KOMARKOVÁ, J. 2004. Planktic Cyanobacteria from São Paulo State, Brazil: Chroococcales. Revista Brasileira de Botânica 27:213-227.
  • SIMONSEN, R. 1974. The diatom plankton of the Indian Ocean Expedition of R/V "Meteor", 1964-65 Meteor. Forschungsergebnisse Reihe D-Biologie 19:1-66.
  • SILVA, L.H.S. 1999. Fitoplâncton de um reservatório eutrófico (lago Monte Alegre), Ribeirão Preto, São Paulo, Brasil. Revista Brasileira de Biologia 59:281-303.
  • SORMUS, L. & BICUDO, C.E.M. 1994. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 6: Zygnemaphyceae (Closteriaceae). Hoehnea 21:75-92.
  • SORMUS, L. & BICUDO, C.E.M. 1997. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 10: Zygnemaphyceae (Desmidiaceae, Micrasterias). Hoehnea 24:75-87.
  • TORGAN, L.C., BARREDA, K.A. & SANTOS, C.B. 2003. Catálogo das algas Cryptophyta, Heterokontophyta, Dinophyta, Haptophyta e Rhodophyta de águas continentais e costeiras do Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Botânica 58:227-250.
  • TORGAN, L.C., BECKER, V. & PRATES, H.M. 1999. Checklist das diatomáceas (Bacillariophyta) de ambientes de águas continentais e costeiros do estado do Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Botânica 52:89-144.
  • TUCCI, A., SANT'ANNA, C.L., GENTIL, R.C. & AZEVEDO, M.T.P. 2006. Fitoplâncton do lago das Garças, São Paulo, Brasil: um reservatório urbano eutrófico. Hoehnea 33:147-175.
  • XAVIER, M.B. 1989a. O gênero Lepocinclis Petry de lagos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil. Hoehnea 16:133-147.
  • XAVIER, M.B. 1989b. O gênero Phacus Dujardin de lagos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil. Hoehnea 16:149-164.
  • XAVIER, M.B. 1990. O gênero Trachelomonas Ehrenberg de lagos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, Brasil. Hoehnea 17:99-112.
  • XAVIER, M.B. 1994. Criptógamos do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, São Paulo, SP. Algas, 5: Euglenophyceae (Euglenaceae pigmentadas). Hoehnea 21:47-73.
  • 1
    Parte da dissertação de mestrado da primeira autora, Programa de Pós-Graduação em Botânica, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, RS, Brasil.
  • *
    Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      28 Set 2011
    • Data do Fascículo
      Set 2011

    Histórico

    • Recebido
      16 Set 2010
    • Aceito
      19 Ago 2011
    Sociedade Botânica de São Paulo Caixa Postal 57088, 04089-972 São Paulo SP - Brasil, Tel.: (55 11) 5584-6300 - ext. 225, Fax: (55 11) 577.3678 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: brazbot@gmail.com