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Composição de ácidos graxos e teor de lipídios em cabeças de peixes: matrinxã (B. cephalus), Piraputanga (B. microlepis) e Piracanjuba (B. orbignyanus), criados em diferentes ambientes

Composition of fatty acid and lipid level in head fish species: matrinxã (B. cephalus), Piraputanga (B. microlepis) e Piracanjuba (B. orbignyanus), cultivated in different environments

Resumos

Neste trabalho, foram determinados os lipídios totais e a composição de ácidos graxos da cabeça in natura de três espécies de peixes do gênero Brycon, matrinxã (B. cephalus), piraputanga (B. microlepis) e piracanjuba (B. orbignyanus), criados em cativeiros (açudes e gaiolas) e, nativos coletados nos rios Cuiabá-Manso (piraputanga) e no rio Paraná (piracanjuba). Os teores de lipídios totais nas cabeças variaram de 14,26 a 22,00%. Com relação aos ácidos graxos, todas as espécies apresentaram como predominantes os ácidos oléico-C18:1ômega9 (40,21 a 44,41%), seguido dos ácidos palmítico-C16:0 (22,04 a 27,04%), esteárico-C18:0 (7,78 a 12,11%) e linoléico-18:2ômega6 (5,27 a 14,68%). O percentual dos ácidos alfa-linolênico (18:3ômega3), araquidônico (20:4ômega6), eicosapentaenóico (20:5ômega3) e docosahexaenóico (22:6ômega3) foram inferiores a 2,52%. A somatória dos ácidos graxos polinsaturados (AGPI) variou de 10,30 a 19,32%, e dos ácidos graxos saturados (AGS) de 32,42 a 39,41%. A espécie piraputanga nativa apresentou maior proporção de ácidos ômega3 (3,67%) e menor de ácidos ômega6 (6,02%).

peixes; lipídios; ácidos graxos; piracanjuba; piraputanga; matrinxã


This study was developed for evaluating the total lipid and fatty acid composition of in natura heads of Brazilian fishes. Brycon cephalus (matrinxã), B. microlepis (piraputanga) and B. orbignyanus (piracanjuba) were cultivated in fish farms (ponds and cages) and wild species were collected in Cuiabá-Manso river (B. microlepis) and in Paraná river (B. orbignyanus). The total lipid content of the head varied widely among the species (14.26 to 22.00%). In relation of fatty acid composition, all species presented the oleic acid, C18:1omega9, as the predominant acid (40.21 to 44.41%), followed by the palmitic acid-C16:0 (22.04 to 27.04%), stearic acid-C18:0 (7.78 to 12.11%) and linoleic acid-C18:2omega6 (5.27 to 14.68%). The levels of alpha-linolenic acid (C18:3omega3), arachidonic acid (C20:4omega6), eicosapentaenoic acid (C20:5omega3) and docosahexaenoic acid C22:6omega3 were lower than 2.52%. The sum of all polyunsaturated fatty acids (PUFA) varied from 10.30 to 19.32%, and the saturated fatty acids (SFA) from 32.42 to 39.41%. The wild specie B. microlepis (piraputanga) showed the highest amount of the omega-3 (3.67%) and the lowest amount of the omega-6 (6.02%) fatty acids.

fishes; lipids; fatty acids; piracanjuba; piraputanga; matrinxã


Composição de ácidos graxos e teor de lipídios em cabeças de peixes: matrinxã (B. cephalus), Piraputanga (B. microlepis) e Piracanjuba (B. orbignyanus), criados em diferentes ambientes

Composition of fatty acid and lipid level in head fish species: matrinxã (B. cephalus), Piraputanga (B. microlepis) e Piracanjuba (B. orbignyanus), cultivated in different environments

Altair B. Moreira; Nilson E. de Souza; Jesuí V. Visentainer; Makoto Matsushita* * A quem a correspondência deve ser enviada

Departamento de Química, Universidade Estadual de Maringá. Av. Colombo, 5790 - CEP 87020-900 - Maringá - Paraná

RESUMO

Neste trabalho, foram determinados os lipídios totais e a composição de ácidos graxos da cabeça in natura de três espécies de peixes do gênero Brycon, matrinxã (B. cephalus), piraputanga (B. microlepis) e piracanjuba (B. orbignyanus), criados em cativeiros (açudes e gaiolas) e, nativos coletados nos rios Cuiabá-Manso (piraputanga) e no rio Paraná (piracanjuba). Os teores de lipídios totais nas cabeças variaram de 14,26 a 22,00%. Com relação aos ácidos graxos, todas as espécies apresentaram como predominantes os ácidos oléico-C18:1w9 (40,21 a 44,41%), seguido dos ácidos palmítico-C16:0 (22,04 a 27,04%), esteárico-C18:0 (7,78 a 12,11%) e linoléico-18:2w6 (5,27 a 14,68%). O percentual dos ácidos a-linolênico (18:3w3), araquidônico (20:4w6), eicosapentaenóico (20:5w3) e docosahexaenóico (22:6w3) foram inferiores a 2,52%. A somatória dos ácidos graxos polinsaturados (AGPI) variou de 10,30 a 19,32%, e dos ácidos graxos saturados (AGS) de 32,42 a 39,41%. A espécie piraputanga nativa apresentou maior proporção de ácidos w3 (3,67%) e menor de ácidos w6 (6,02%).

Palavras-chave: peixes; lipídios; ácidos graxos; piracanjuba; piraputanga; matrinxã.

SUMMARY

This study was developed for evaluating the total lipid and fatty acid composition of in natura heads of Brazilian fishes. Brycon cephalus (matrinxã), B. microlepis (piraputanga) and B. orbignyanus (piracanjuba) were cultivated in fish farms (ponds and cages) and wild species were collected in Cuiabá-Manso river (B. microlepis) and in Paraná river (B. orbignyanus). The total lipid content of the head varied widely among the species (14.26 to 22.00%). In relation of fatty acid composition, all species presented the oleic acid, C18:1w9, as the predominant acid (40.21 to 44.41%), followed by the palmitic acid-C16:0 (22.04 to 27.04%), stearic acid-C18:0 (7.78 to 12.11%) and linoleic acid-C18:2w6 (5.27 to 14.68%). The levels of a-linolenic acid (C18:3w3), arachidonic acid (C20:4w6), eicosapentaenoic acid (C20:5w3) and docosahexaenoic acid C22:6w3 were lower than 2.52%. The sum of all polyunsaturated fatty acids (PUFA) varied from 10.30 to 19.32%, and the saturated fatty acids (SFA) from 32.42 to 39.41%. The wild specie B. microlepis (piraputanga) showed the highest amount of the w-3 (3.67%) and the lowest amount of the w-6 (6.02%) fatty acids.

Keywords: fishes; lipids; fatty acids; piracanjuba; piraputanga; matrinxã.

1 - INTRODUÇÃO

O estudo da relação entre ácidos graxos polinsaturados (AGPI) de cadeia longa e saúde cardiovascular teve início a partir das observações pioneiras de pesquisadores realizadas durante a década dos anos 70 na população dos esquimós da Groelândia [6,10]. Uma análise estatística sobre a mortalidade por enfermidades do miocárdio na Groelândia, desde 1950 a 1974, revelou a existência de apenas três casos da totalidade de uma população de 1350 indivíduos [18].

Na comunidade científica encontra-se bem estabelecido que um aumento na ingestão de AGPI, principalmente ácido eicosapentaenóico (EPA), em uma dieta, reduz o risco de doenças cardíacas [5, 14, 19, 20]. Além disso, estudos realizados por WEAVER & HOLOB [25] e SIMOPOULOS [22] e SIGUEL [21], comprovaram que o consumo de AGPI reduz fatores bioquímicos associados à artrite, psoríase e câncer, atuam diretamente no processo de crescimento e desenvolvimento humano e possuem ações antitrombóticas e antinflamatórias exercidas através do metabolismo dos eicosanóides [18]. O ácido docosahexaenóico (DHA) é considerado fundamental na formação de tecidos nervosos e da visão. Seu requerimento associa-se principalmente com as primeiras etapas do desenvolvimento, tanto intra como extrauterino [9]. Os efeitos benéficos dos AGPI, na saúde cardiovascular, exercidos em vários níveis na regulação da homeostase vascular, podem ser obtidos através de uma alimentação equilibrada, que proporcione uma relação adequada de AGPI w6 e w3, e uma quantidade suficiente de AGPI w3 (0,8 a 0,9g/dia para uma dieta de 2000kcal) [23].

Os peixes de água doce têm a composição em ácidos graxos sensível ao tipo de alimentação de que dispõem, apresentando larga variação qualitativa e quantitativa em ácidos graxos. São necessários mais dados para que se tenha um panorama adequado do valor nutricional desses pescados [17].

As análises para avaliar a composição de ácidos graxos das cabeças de peixes são de grande importância, uma vez que estas são subprodutos das indústrias de processamento, onde normalmente são descartadas, sendo muito usadas na produção de ração animal mas raramente na alimentação humana. Desta forma, é importante avaliar a sua composição, tendo em vista que podem ser uma boa fonte de AGPI, visando a utilização destas na indústria farmacêutica, na alimentação humana, e também na suplementação de alimentos industrializados.

As espécies de Brycon (matrinxã, piraputanga e piracanjuba), oriundas de cativeiros, vêm conquistando muitos piscicultores em diversas regiões do país, e o aparecimento destas espécies em mercados e feiras-livres tem contribuído para um maior consumo destes peixes pelos brasileiros.

O objetivo deste trabalho foi avaliar o teor de lipídios totais e a composição de ácidos graxos das cabeças de três espécies de Brycon, criadas em cativeiros e nativas, uma vez que, estudos sobre a sua composição são inexistentes no Brasil.

2 - MATERIAL E MÉTODOS

2.1 - Amostragem

O experimento foi realizado utilizando-se três lotes com três exemplares de cada espécie de peixes do gênero Brycon, matrinxã (B. cephalus), piraputanga (B. microlepis) e piracanjuba (B. orbignyanus), criados em cativeiros (açudes e gaiolas) e nativos. Os de cativeiros foram fornecidos pelo pesqueiro do Pacu, criados em açudes (50m x 20m x 2m) e gaiolas (4m3). As gaiolas estão situadas na represa Capivari da CESP (Centrais Elétricas de São Paulo) no rio Paranapanema. As espécies nativas, piraputanga e piracanjuba, foram capturadas nos rios Cuiabá-Manso e Porto Primavera no rio Paraná, respectivamente (Figura1). Os peixes criados em cativeiro tiveram como alimentação rações comerciais. As coletas das amostras de peixes foram realizadas nos meses de setembro a dezembro de 1999, com pesos de captura variando de 650 a 850g. Após o abate e estabelecido o estado rigor mortis, os peixes foram pesados, onde as cabeças foram removidas e acondicionadas (atmosfera de N2) em embalagens de polietileno, e congeladas a -18ºC até o início das análises, quando então, foram descongeladas até a temperatura ambiente e em seguida, trituradas em multi-processador de alimentos e devidamente homogeneizadas em gral de porcelana. Todas as análises foram conduzidas em triplicata.


2.2 - Extração e teor de lipídios totais

Na extração dos lipídios totais foi empregado o método de BLIGH e DYER [7], considerando-se as proporções recomendadas entre os solventes: metanol, clorofórmio e água tissular.

A determinação dos lipídios totais foi realizada gravimetricamente, com modificações do método de MAIA [15], eliminando-se o clorofórmio (fração clorofórmio-lipídios) em evaporador rotatório à vácuo, com banho a 30ºC, e o resíduo remanescente de solventes eliminado com fluxo de nitrogênio gasoso,.

2.3 - Transesterificação dos lipídios totais

Na realização da transesterificação os lipídios totais foram submetidos ao processo de saponificação e metilação, conforme método 5509 da ISO [13]. A fase superior (n-heptano e ésteres metílicos de ácidos graxos) foi transferida para frascos de 5mL de capacidade, fechados hermeticamente e armazenados em congelador (-18ºC), para posterior análise cromatográfica.

2.4 - Análise cromatográfica dos ésteres metílicos de ácidos graxos

Os ésteres de ácidos graxos foram separados em um cromatógrafo gasoso 14-A (Shimadzu, Japão), equipado com coluna capilar de sílica fundida (50m de comprimento, 0,25mm de diâmetro interno e 0,20mm de Carbowax 20M) e detector de ionização de chama. Os fluxos dos gases foram de 1,2mL.min-1 para o gás de arraste H2, 30mL.min-1 para o gás auxiliar ("make-up") N2, e 30 e 300mL.min-1 para os gases da chama H2 e ar sintético, respectivamente. A razão de divisão ("split") da amostra foi de 1:100. A temperatura da coluna foi de 150ºC por 5 minutos, sendo então elevada para 240ºC a uma taxa de 2ºC.min-1. As temperaturas do injetor e detector foram 220ºC e 245ºC, respectivamente. As injeções foram realizadas em triplicatas e o volume de injeção foi de 1mL. As áreas dos picos foram determinadas pelo método da normalização, utilizando-se um Integrador-Processador CG-300 (Instrumentos Científicos CG), e a identificação dos picos foi feita por comparação dos tempos de retenção de padrões de ésteres metílicos de ácidos graxos.

3 - RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os teores encontrados de lipídios totais das cabeças de diferentes espécies de Brycon estão apresentados na Tabela 1.

Os resultados das análises do conteúdo de lipídios totais de uma determinada espécie, em relação ao ambiente de criação, não foram significativos para a espécie matrinxã, enquanto que para as espécies piraputanga e piracanjuba houveram diferenças significativas.

Os resultados das análises entre todas as espécies e dos diferentes ambientes de criação mostraram que os menores conteúdos em lipídios totais foram para as espécies piraputanga nativa (14,26%) e piracanjuba de gaiola (15,59%), não apresentando diferença entre si, porém apresentaram diferenças significativas (P<0,05) quando comparados com os demais resultados.

Médias com respectivos desvios padrão de análises em triplicata. Médias seguidas por diferentes letras (linhas e colunas) são significativamente diferentes entre si pelo teste de Tukey, a nível de 5% de probabilidade.

A Tabela 2 apresenta a composição de ácidos graxos da cabeça das espécies matrinxã, piraputanga e piracanjuba criadas em cativeiros e nativas.

Os ácidos graxos predominantes na fração lipídica das cabeças foram os ácidos palmítico (16:0), esteárico (18:0), oléico (18:1w9) e linoléico (18:2w6), com variações percentuais médias entre as espécies de 22,04 a 27,04%; 7,78 a 12,11%; 40,21 a 44,41% e 5,27 a 14,68%, respectivamente. Estes ácidos foram também predominantes no cérebro de duas espécies de piranhas estudadas por HENDERSON et al. [12], a herbívora (Mylossoma aureum) e a carnívora (Serrasalmus nattereri), com percentuais médios de 28,2% e 23,2%; 9,2% e 10,3%; 30,9% e 24,6% e 13,4% e 6,4%, respectivamente.

Para os ácidos graxos polinsaturados, a-linolênico (LNA, 18:3w3), araquidônico (AA, 20:4w6), eicosapentaenóico (EPA, 20:5w3) e docosahexaenóico (DHA, 22:6w3), foram verificados valores inferiores a 2,52% (Tabela 2). VISENTAINER et al. [24] observaram no olho de atum, 26,24% de DHA e 10,56% de EPA; e na espécie bonito, 16,25% de DHA e 9,48% de EPA. No cérebro de piranha carnívora (Serraasalmus nattereri) HENDERSON et al. [12] observaram 14,90% de DHA.

Em relação ao total de polinsaturados e saturados, os AGPI ficaram entre 10,30% para piraputanga nativa e 19,32% para piracanjuba de açude; e os ácidos graxos saturados (AGS), apresentaram variações entre 32,42% (piraputanga de açude) e 39,41% (piraputanga nativa). Henderson et al. [12] obtiveram 30,70% de AGPI no cérebro de piranhas carnívoras, enquanto para os AGS, esse valor foi 35,3%.

Quanto à questão nutricional, ENSER et al. [11], baseados em informações do Departamento de Saúde da Inglaterra para alimentos integrais, recomendam que a razão w6/w3 seja no máximo 4,0, e que a relação AGPI/AGS seja no mínimo de 0,45. Entretanto não há consenso entre os pesquisadores quanto a ingestão de ácidos graxos w6 e w3. SIMOPOULOS et al. [23] coloca intervalo entre 5 e 10 para razão de w6/w3.

Neste trabalho, a melhor razão w6/w3 foi verificada na espécie piraputanga nativa (1,64). Nas demais espécies, esses valores variaram de 5,05 (piracanjuba de gaiola) a 8,05 (matrinxã de açude). Esses valores estão acima dos obtidos por outros pesquisadores, em análises realizadas no tecido muscular de diversas espécies de peixes nativos de águas continentais. MAIA et al. [16] obtiveram a razão de 2,70 na espécie Small pacu. ANDRADE et al. [2] observaram as seguintes razões: 0,27 (barbado - Pinirampus pinirampu), 0,24 (corvina - Plagioscion squamosissimus) e 0,40 (dourado - Salminus maxillosus). ZENENBE et al. [27] observaram razões de 0,17 (Oreochromis niloticus), 0,45 (Barbus sp) e 0,62 (Clarias gariepinus). As razões w6/w3 encontradas em espécies marinhas foram de 0,05 para anchova (Anchovia clupeoides) e 0,08 para merluza (Merluccius hubbsi) [4]; 0,25 para Oncorhynchus kisutch e 0,39 para Thunnus alalunga [26]. Estes valores foram menores que os encontrados neste trabalho.

As razões de AGPI/AGS variaram de 0,26 (piraputanga nativo) a 0,60 (piracanjuba açude) sendo esta a melhor razão em termos nutricionais. Andrade et al. [3] determinaram esta relação no tecido muscular para vários peixes de água doce no Brasil, 0,86 (carpa - Cyprinus carpio), 0,61 (dourado - Salminus maxillosus), 0,52 (cascudo abacaxi - Megaloancistrus aculeatus), 0,27 (mandi - Pimelodus maculatus) e 0,18 (pacu - Colossoma mitrei).

4 - CONCLUSÕES

Os diferentes sistemas (ambientes) de criação influenciaram significativamente no conteúdo de lipídios totais das espécies piraputanga e piracanjuba.

Apesar das cabeças de Brycon não apresentarem altos níveis de ácidos graxos ômega-3, elas consistem em uma boa fonte destes ácidos, além do alto teor de lipídios totais. Desta forma, podem ser utilizadas na alimentação humana como uma excelente fonte calórica e barata. Entretanto, há necessidade de estudos de viabilidade econômica para utilização de cabeças de Brycon na produção de concentrados de ômega-3.

6 - AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem ao CNPq e Capes pelo aporte financeiro e ao Pesqueiro do Pacu pelo fornecimento de amostras de peixes criados em cativeiros.

5 - REFERÊNCIAS

Recebido para publicação em 06/07/2001. Aceito para publicação em 28/11/2002 (000691)

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  • *
    A quem a correspondência deve ser enviada
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      12 Abr 2004
    • Data do Fascículo
      Ago 2003

    Histórico

    • Aceito
      28 Nov 2002
    • Recebido
      06 Jul 2001
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