Acessibilidade / Reportar erro

Platão e o pensamento grego

Plato and the greek thought

Resumos

O Pensamento de Platão tem o encanto das estátuas de Dédalo: esvai-se pelos meandros do discurso, tão logo se pretenda travar com ele uma relação de domínio. A sua correta interpretação exige que se assuma a Polis como o lugar natural no qual emerge, como a limitação que ele se propõe superar remontando à Fysis e ao Ser. Fazê-lo importa em captar o movimento que lhe é próprio, partindo da questão sobre o ente e visualizando a resposta como o enunciado de sua essência, isto é, do eidos, e de seu fundamento, isto é, do Bem como nome próprio do Ser. Determinando o ente em sua essência, o eidos é a medida de toda a adequação, da episteme à Polis.

Platão; Aristóteles; Pré-Socráticos; Homero; Hesíodo; ser; ente; eidos; forma; episteme; ciência; logos; mythos; mitologia; teologia; idealismo; racionalismo; polis; política; fysis; natureza; metafísica; física


Plato's thought is as charming as the statues of Dedalus: it disappears into the meanders of the discourse, as soon as one proposes to establish with it a dominance relationship. The correct interpretation of Plato's thought demands the assumption of the Polis as the natural place from which it emerges, as the limitation which he proposes to surpass remounting to the Fysis and to the Being. In order to do it, it is important to catch its peculiar movement, starting from the question about the being and visualizing the answer as the statement of its essence, i.e., of the eidos, and of its foundation, i.e., of Good as the proper name of Being. As it determines the being in its essence, the eidos is the measure of the whole adequacy, from the episteme to the Polis.

Plato; Aristotle; Pre-Socratics; Homer; Hesiodo; being; creature; eidos; form; episteme; science; logos; myth; mythology; theology; idealism; racionalism; polis; politics; fysis; nature; metaphysics; physics


ARTIGOS ORIGINAIS

Platão e o pensamento grego* * Comunicação pronunciada pelo autor na mesa de debates sobre "Antiguidade Clássica: Os impasses do Historiador", durante a VI Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas na UNESP - Campus de Marília, no dia 23/09/81.

Plato and the greek thought

Francisco Benjamin de Souza Netto

Departamento de Filosofia - Faculdade de Educação, Filosofia, Ciências Sociais e da Documentação - UNESP - 17.500 - Marília - SP

RESUMO

O Pensamento de Platão tem o encanto das estátuas de Dédalo: esvai-se pelos meandros do discurso, tão logo se pretenda travar com ele uma relação de domínio. A sua correta interpretação exige que se assuma a Polis como o lugar natural no qual emerge, como a limitação que ele se propõe superar remontando à Fysis e ao Ser. Fazê-lo importa em captar o movimento que lhe é próprio, partindo da questão sobre o ente e visualizando a resposta como o enunciado de sua essência, isto é, do eidos, e de seu fundamento, isto é, do Bem como nome próprio do Ser. Determinando o ente em sua essência, o eidos é a medida de toda a adequação, da episteme à Polis.

Unitermos: Platão; Aristóteles; Pré-Socráticos; Homero; Hesíodo; ser; ente; eidos; forma; episteme; ciência; logos; mythos; mitologia; teologia; idealismo; racionalismo; polis; política; fysis; natureza; metafísica; física.

ABSTRACT

Plato's thought is as charming as the statues of Dedalus: it disappears into the meanders of the discourse, as soon as one proposes to establish with it a dominance relationship. The correct interpretation of Plato's thought demands the assumption of the Polis as the natural place from which it emerges, as the limitation which he proposes to surpass remounting to the Fysis and to the Being. In order to do it, it is important to catch its peculiar movement, starting from the question about the being and visualizing the answer as the statement of its essence, i.e., of the eidos, and of its foundation, i.e., of Good as the proper name of Being. As it determines the being in its essence, the eidos is the measure of the whole adequacy, from the episteme to the Polis.

Key-words: Plato; Aristotle; Pre-Socratics; Homer; Hesiodo; being; creature; eidos; form; episteme; science; logos; myth; mythology; theology; idealism; racionalism; polis; politics; fysis; nature; metaphysics; physics.

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

  • 1. ARISTÓTELES - Metafísica A, 9990 a 3-991 a8; M 1078 B 32 - 1079 b10
  • 2. ARISTÓTELES - Metafísica Z, 1032 b 1-2
  • 3. ARISTÓTELES - Física A, 1, 184 a 16-26
  • 4. ARON, R. - La philosophie critique de l'histoire. Paris, Vrin, 1969.
  • 5. GOLDSCHIMIDT, V. - Les dialogues de Platon. Paris, PUF, 1947.
  • 6. JOLY, H. - Le renversement platonicien. Paris, Vrin, 1980.
  • 7. PLATÃO - Eutifron, 6 d 1 - e 9
  • 8. PLATÃO - Eutifron, 6 e 4-5
  • 9. PLATÃO - Fedon, 99 d 4 - 100 a 8
  • 10. PLATÃO - Fedro, 257 c 1 - 259 d 10; 273 b 3 - 277 a 5
  • 11. PLATÃO - Leis, 694 a 3 - 698 a 6
  • 12. PLATÃO - Menon, 81 c9- d 5
  • 13. PLATÃO - Menon, 81 e 6 - 85 b 7
  • 14. PLATÃO - Parmênides, 130 a 4 -137 c 3
  • 15. PLATÃO - Parmênides, 135 c 8 - 137 c 3
  • 16. PLATÃO - Político, 303 a 1 - b 5 cf. República, 555 b 3 - 562 a 3
  • 17. PLATÃO - República, II, III, X
  • 18. PLATÃO - República, 367 e 6 - 369 a 10
  • 19. PLATÃO - República, 376 e 3 - 378 e 4
  • 20. PLATÃO - República, 521 e 1 - 535 a 1
  • 21. PLATÃO - República, 532 b 7 - 535 a 1
  • 22. PLATÃO - República, 533 b 1 - 535 a 1
  • 23. PLATÃO - Sofista, 241 d 3 - 242 b 10
  • 24. RODIER, G. - Sur l'évolution de la dialectique de Platon en études de philosophie grecque. Paris, Vrin, 1951. p. 49-53.
  • 25. SCHUHL, P. M. - La fabulation platonicienne. Paris, Vrin, 1968.
  • 26. SINCLAIR, T. A. - Histoire de la pensée politique grecque. Paris, Payot, 1953.
  • 27. VEINE, P. - Comment on écrit l'histoire. Paris, Ed. du Seuil, 1971.
  • *
    Comunicação pronunciada pelo autor na mesa de debates sobre "Antiguidade Clássica: Os impasses do Historiador", durante a VI Jornada de Filosofia e Teoria das Ciências Humanas na UNESP - Campus de Marília, no dia 23/09/81.
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      06 Dez 2011
    • Data do Fascículo
      Dez 1982
    Universidade Estadual Paulista, Departamento de Filosofia Av.Hygino Muzzi Filho, 737, 17525-900 Marília-São Paulo/Brasil, Tel.: 55 (14) 3402-1306, Fax: 55 (14) 3402-1302 - Marília - SP - Brazil
    E-mail: transformacao@marilia.unesp.br