A vida não é a que a gente viveu e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la. Gabriel García Marquez (Viver para contar)
Em um mundo imenso e enigmático
os caminhos se cruzam,
as relações se instituem...
E marcam a (H)história.
História pessoal,
de natureza social...
História humana.
História que produz o homem,
homem que produz história,
história que movimenta o mundo.
Natureza que transforma o homem,
homem que transforma a natureza...
Cultura e História.
Nas/pelas relações sociais,
tangíveis, se constitui o homem.
E assim se rompe o silêncio, inefável, emblemático.
Na história, um dia, conheci um homem...
No homem vi a fortaleza e a sensibilidade
ao dizer da infância e da guerra.
No homem vi o afeto
ao dizer da esposa: notável mulher,
ao dizer da filha: pequena estrela,
ao dizer do filho: segurança e autonomia,
ao dizer dos netos: fascinação.
No brilho do olhar e na expressão
desenhada na face do homem, vi a felicidade.
No homem vi a amizade e a sinceridade
ao dizer de uma grande companheira de trajetória
profissional e acadêmico-científica.
No homem vi o orgulho e a satisfação
ao dizer das conquistas daqueles que orientou
durante a produção do conhecimento.
No homem vi a erudição,
mas também a humildade e o ensinamento.
No homem vi a luta pela educação,
mas também o compromisso ético e político,
o inconformismo com a precarização do trabalho docente,
a revolta com as políticas neoliberais,
a indignação com a miséria humana.
No homem vi
o mestre,
o poeta,
o ser "humano".
Esse homem,
que um dia tive o privilégio de conhecer,
não permanece na morte,
mas através da história
se eterniza na vida.
Sheila Daniela Medeiros dos Santos 03/08/2014
PALAVRAS...
As palavras podem significar algo que não dizem.
Angel Pino (26/09/2003)
Sobre pesquisa...
A escolha de um objeto de pesquisa pode ser motivada por um fato banal, relativamente insignificante, mas que coloca uma questão importante, uma contradição, um paradoxo.
Angel Pino (05/08/2004)
É importante captar os fios de interpretação, que são vários, para ver quais são os aspectos mais relevantes de uma situação.
Angel Pino (05/08/2004)
É preciso procurar a parte visível daquilo que parece invisível.
Angel Pino (05/08/2004)
Um procedimento interessante é mostrar que existe uma trama por trás dos fatos... deixar explítico quais são os nós dessa trama, dar somente a informação necessária, mas deixar em suspense.
Angel Pino (28/02/2005)
Sobre a linguagem poética em pesquisa...
Toda metáfora é um chamado para uma realidade desconhecida.
Angel Pino (26/09/2003)
Sobre o respeito às outras teorias...
Eu posso negar um princípio, mas eu não posso negar a coerência lógica que esse princípio provoca.
Angel Pino (28/02/2005)
A estrutura é lógica, partindo do princípio do autor da teoria.
Angel Pino (28/02/2005)
Sobre o 'outro'...
O 'outro' é que vai dar sentido ao fundamento das relações sociais.
Angel Pino (26/09/2003)
Sobre o processo de constituição do homem...
Nós somos seres humanos em um movimento de produção contínua. Nós somos continuamente produzidos.
Angel Pino (30/03/2004)
Sobre o desejo...
O prisioneiro sonha com a liberdade porque não tem liberdade. Se deseja é porque não tem, se tem não deseja.
Angel Pino (21/12/2005)
Os desejos são expressão do imaginário.
Angel Pino (26/09/2003)
Sobre o imaginário...
O imaginário é uma atividade que está marcada pelos processos simbólicos.
Angel Pino (28/02/2005)
O jogo imaginário passa a instituir um trabalho de concretizar algo que pode ser inconcretizável. Esse é o drama.
Angel Pino (21/12/2005)
O imaginário recompõe a ausência.
Angel Pino (26/09/2003)
O imaginário trai a realidade.
Angel Pino (26/09/2003)
A sociedade não impede que as pessoas sonhem, mas impõe limites sociais ao imaginário.
Angel Pino (30/03/2004)
O que extrapola os limites estabelecidos simbolicamente é o imaginário.
Angel Pino (05/08/2004)
Sobre o conceito de trabalho...
O trabalho 'sela' a vida.
Angel Pino (14/11/2002)
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
Dez 2015
Histórico
-
Recebido
15 Jun 2015 -
Aceito
30 Jul 2015