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The production of knowledge related to body and beauty: implications for physical education

La producción de conocimiento que trata de cuerpo y belleza: implicaciones para la educación física

A produção do conhecimento que trata do corpo e da beleza: implicações para a educação física

Abstracts

The text it is a part of a research Masters, held at the Graduate Program in Education of UFRN. To this end, we considered the relationship between the meanings of body and beauty products analyzed and identified in the models of beauty in Physical Education. This research is qualitative in nature, and content analysis for data processing. The corpus of analysis consisted of eight papers in the area of Physical Education, published in the Bank of Capes Thesis from 2004 to 2008, selected from the subject body and beauty. It was observed that the understanding of body and beauty in the area has been re-signified, which represents the development that has occurred in the tract of the body of knowledge and beauty.

Body; beauty; culture; Physical Education


El texto es una parte de un máster de investigación que se celebró en el Programa de Posgrado en Educación UFRN. Para tal fin, considerar la relación entre los significados de los productos de belleza y wellness analizados y identificados en los modelos de belleza en Educación Física. Esta investigación es de naturaleza cualitativa y análisis de contenido para el procesamiento de datos. El corpus de análisis consistió en ocho artículos en el área de Educación Física, publicado en el Banco de Tesis Capes 2004 a 2008, seleccionados de entre el cuerpo sujeto y la belleza. Se observó que la comprensión del cuerpo y la belleza de la zona ha sido re-significado, lo que representa el desarrollo que ha ocurrido en la zona del cuerpo de conocimiento y belleza.

Cuerpo; belleza; cultura; Educación Física


O texto trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN. Para tanto, consideraremos a relação entre os significados do corpo e da beleza identificados nas produções analisadas e os modelos de beleza na Educação Física. Essa pesquisa é de natureza qualitativa, tendo a Análise de Conteúdo para tratamento dos dados. O corpus de análise foi composto por 8 dissertações da área de Educação Física, publicadas no Banco de Teses da Capes no período de 2004 a 2008, selecionados a partir da temática corpo e beleza. Foi possível observar que a compreensão do corpo e da beleza na área vem sendo ressignificada, ao tratar de outras concepções estéticas, que consideram as singularidades expressas no corpo humano e na cultura da qual o indivíduo faz parte.

Corpo; beleza; cultura; Educação Física


ARTIGOS ORIGINAIS

A produção do conhecimento que trata do corpo e da beleza: implicações para a educação física1 1 . Esse texto trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2011, sob financiamento da CAPES.

The production of knowledge related to body and beauty: implications for physical education

La producción de conocimiento que trata de cuerpo y belleza: implicaciones para la educación física

Ms. Liege Monique Filgueiras da SilvaI; Dra. Karenine de Oliveira PorpinoII

IMestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Grupo de Pesquisa Corpo, Fenomenologia e Movimento (ESTESIA) (Natal – Rio Grande do Norte – Brasil) E-mail: silvaliege@yahoo.com.br

IIDoutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Professora do Departamento de Artes e dos Programas de Pós-graduação em Educação e em Artes Cênicas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Grupo de Pesquisa em Corpo, Dança e Processos de Criação (CIRANDAR), Grupo de Pesquisa Corpo, Fenomenologia e Movimento (ESTESIA) (Natal – Rio Grande do Norte – Brasil) E-mail: karenine@supercabo.com.br

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Liege Monique Filgueiras da Silva Rua 25 de Março, 162, Quintas Natal - RN CEP: 59.035-310

RESUMO

O texto trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da UFRN. Para tanto, consideraremos a relação entre os significados do corpo e da beleza identificados nas produções analisadas e os modelos de beleza na Educação Física. Essa pesquisa é de natureza qualitativa, tendo a Análise de Conteúdo para tratamento dos dados. O corpus de análise foi composto por 8 dissertações da área de Educação Física, publicadas no Banco de Teses da Capes no período de 2004 a 2008, selecionados a partir da temática corpo e beleza. Foi possível observar que a compreensão do corpo e da beleza na área vem sendo ressignificada, ao tratar de outras concepções estéticas, que consideram as singularidades expressas no corpo humano e na cultura da qual o indivíduo faz parte.

Palavras-chave: Corpo; beleza; cultura; Educação Física.

ABSTRACT

The text it is a part of a research Masters, held at the Graduate Program in Education of UFRN. To this end, we considered the relationship between the meanings of body and beauty products analyzed and identified in the models of beauty in Physical Education. This research is qualitative in nature, and content analysis for data processing. The corpus of analysis consisted of eight papers in the area of Physical Education, published in the Bank of Capes Thesis from 2004 to 2008, selected from the subject body and beauty. It was observed that the understanding of body and beauty in the area has been re-signified, which represents the development that has occurred in the tract of the body of knowledge and beauty.

Keywords: Body; beauty; culture; Physical Education.

RESUMEN

El texto es una parte de un máster de investigación que se celebró en el Programa de Posgrado en Educación UFRN. Para tal fin, considerar la relación entre los significados de los productos de belleza y wellness analizados y identificados en los modelos de belleza en Educación Física. Esta investigación es de naturaleza cualitativa y análisis de contenido para el procesamiento de datos. El corpus de análisis consistió en ocho artículos en el área de Educación Física, publicado en el Banco de Tesis Capes 2004 a 2008, seleccionados de entre el cuerpo sujeto y la belleza. Se observó que la comprensión del cuerpo y la belleza de la zona ha sido re-significado, lo que representa el desarrollo que ha ocurrido en la zona del cuerpo de conocimiento y belleza.

Palabras clave: Cuerpo; belleza; cultura; Educación Física.

INTRODUÇÃO

Compreendemos que falar sobre o corpo e a beleza na Educação Física não é novidade. Como aponta Melo (2009), é comum ouvirmos em eventos da Educação Física que o corpo está inflacionado, fato de que o autor discorda. Concordamos com ele, haja vista as histórias contadas em torno desse fenômeno na área parecerem ser histórias sem corpo, pelo menos o corpo enquanto elemento essencial de nossa existência, em que ele não é um mero aparato mecânico, mas o esteio do ser no mundo.

Do mesmo modo, indaga Nóbrega (2008), há muitos escritos sobre o corpo; haveria ainda algo a ser dito? Talvez não, diz ela. No entanto, para a autora, paradoxalmente ainda há a impressão de que falta muito a ser realizado quando se trata de corpo, nas práticas educativas, especialmente como condição existencial.

Diante disso, compreendemos que a Educação Física continua sendo um espaço profícuo em que os sentidos e as concepções do corpo e da beleza vêm sendo discutidos e refletidos.

Falar sobre o corpo é trilhar caminhos que já foram percorridos e, portanto, trabalhar em um vasto e arriscado percurso diante das incontáveis formas de abordá-lo. Nessa perspectiva, compreendemos que os trabalhos dissertativos nos fornecem elementos significativos para perceber as concepções de corpo e de beleza que têm sido discutidas na produção científica na área de Educação Física.

Encontramos nos trabalhos de dissertações um campo empírico de investigação vasto e privilegiado para compreender quais são os conhecimentos abordados na produção científica. É certo que esta não possui uma verdade absoluta e inquestionável, mas busca refletir os saberes que são veiculados na vida social, neste trabalho especificamente na área de Educação Física.

Diante dessas reflexões, esta pesquisa busca dar continuidade a outras pesquisas que têm como enfoque o corpo e a beleza, contribuindo para o debate e conhecimento epistemológico da área.

Sendo assim, partindo da multiplicidade de sentidos que envolvem o corpo e a beleza, buscamos as implicações que essa discussão traz para a área da Educação Física a partir de alguns questionamentos: Quais concepções de corpo e beleza têm sido discutidas na produção acadêmica da Educação Física, em nível de mestrado? Qual a relação entre os significados do corpo e da beleza identificados nas produções analisadas e os modelos de beleza na Educação Física?

Imersos nesses questionamentos, temos como objetivos dessa investigação: identificar e analisar as concepções de corpo e de beleza na produção acadêmica da Educação Física, em nível de mestrado, considerando a frequência dos sentidos encontrados; discutir sobre os significados do corpo e da beleza encontrados nas dissertações defendidas na Educação Física, e a relação que estabelecem com o pensamento sobre corpo e beleza nessa área de conhecimento.

Entendemos que essa pesquisa mostra-se necessária, devido à grande recorrência2 2 . Fizemos uma busca geral, situados no período de 1998 a 2008, no Banco de Teses da Capes segundo o termo corpo e beleza. No levantamento realizado, houve intensa incidência para as áreas de Educação, Psicologia e Educação Física, com um total respectivamente de 26, 23, 16 dissertações produzidas entre os anos de 1998 a 2008. na produção do conhecimento que trata do corpo e da beleza. E, principalmente, porque há uma ausência de estudos que discutem as produções científicas já existentes em nível de mestrado. Assim, confirma-se a importância que essa proposta assume, haja vista a beleza necessitar ser continuamente indagada e refletida, especialmente nos espaços de formação e produção do conhecimento.

Este estudo, ao contribuir com a Educação Física na identificação e na análise das concepções de corpo e de beleza em sua produção científica, pretende fornecer elementos para reconhecer as transformações, avanços e lacunas ainda enfrentadas sobre o conhecimento do corpo e da beleza na área.

Para produção dos dados do nosso estudo, optamos pelo caráter metodológico a pesquisa de natureza qualitativa, tendo a Análise de Conteúdo proposta por Bardin (1977) para tratamento dos dados, privilegiando como técnica a proposta de análise temática.

A Análise de Conteúdo busca desvendar os sentidos escondidos e os significados latentes, que só podem surgir depois de uma observação crítica e criteriosa. Isto é, afastar-se dos perigos da compreensão espontânea, despistando impressões iniciais, desconfiando do que é familiar e, portanto, indo além das aparências. (BARDIN, 1977).

O corpus de análise foi composto por 8 dissertações3 3 . Ao longo do texto, as citações das dissertações estão destacadas e suas referências colocadas em notas de rodapé para diferenciar das referências teóricas usadas para nossas reflexões acerca da temática tratada. da área da Educação Física, publicadas no Banco de Teses da CAPES no período de 2004 a 2008, selecionadas a partir da temática corpo e beleza.

A escolha por analisar os trabalhos dissertativos produzidos na área de Educação Física foi motivada por ser uma das áreas em que se encontra uma maior produção científica sobre a temática, somente ultrapassada pela Educação e pela Psicologia.4 4 . Os números das produções científicas na área de Educação Física comprovam que há um aumento com o passar do tempo, especialmente nos últimos anos investigados. Encontramos nos anos de 1998 a 2008, quantativa e respectivamente, 2, 1, 0, 1, 0, 1, 2, 4, 2, 1, 2. Com um total de 16 dissertações nos referidos anos na área de Educação Física.

Já a escolha por investigar especialmente as dissertações publicadas entre os anos de 2004 e 2008 também teve seu motivo. Este foi determinado por esse período abranger os anos com maior recorrência nas produções.

Iniciamos com uma leitura flutuante, em que o pesquisador deixa-se invadir por percepções, ideias e impressões. Dessa maneira, estabelecemos os primeiros contatos com o material a ser analisado, tendo como foco de análise os resumos das dissertações.

Na sequência, passamos para a leitura integral do material disponível, buscando identificar em cada trabalho, quais eram as concepções de corpo e de beleza presentes, permitindo atingir uma representação mais significativa do material analisado.

Feito isso, extraímos as unidades de registro das dissertações, selecionando citações que revelavam as concepções de corpo e de beleza, que são base necessária à categorização ou eixos temáticos.

A etapa seguinte foi a produção dos núcleos de sentido, nas quais foi possível agrupar as unidades de registros e os núcleos de sentido pela articulação das reflexões que havia nos trabalhos.

Organizadas as unidades de registros e os núcleos de sentido, passamos à categorização, identificando o que os trabalhos têm em comum com outros. Assim, agrupamos os núcleos do sentido pela frequência de ideias, compondo as categorias temáticas da pesquisa, a saber: Corpo, Beleza e Cultura e Padrão Corporal e Transformações da Beleza.

Sendo assim, as linhas que seguem almejam refletir essas categorias temáticas, relativas às reflexões sobre o Corpo e à Beleza.

CORPO, BELEZA E CULTURA

A partir do corpus de análise, é possível configurar argumentos em torno das concepções de corpo e de beleza presentes na produção científica da Educação Física. Nesse contexto, apresentaremos essa concepção encontrada, na perspectiva de discutir os fenômenos corpo, natureza e cultura em sua relação com a beleza numa vivência sensível do humano.

Compreendemos o corpo enquanto território da humanidade, emblema da existência e materialidade da vida. Ele revela experiências, sentimentos, memórias e movimentos que o constitui enquanto elemento único e coletivo, singular e plural.

Ao ser marcado pelos valores e pelas relações sociais, o corpo é influenciado pelo contexto cultural em que está inserido. Sendo assim, é possível pensá-lo numa relação polissêmica e social, portanto cultural.

Embasados nisso, os fundamentos que alicerçam as compreensões de corpo e de beleza de algumas dissertações inserem-se nesse contexto de reflexões, compreendendo o corpo pela sua condição cultural.

Essas dissertações apresentam a cultura como um fator indispensável para a compreensão do corpo e da beleza, reconhecendo que o indivíduo é marcado pelo contexto cultural em que vive. Um exemplo desse discurso pode ser dado nas citações a seguir:

Os códigos culturais estão inscritos no corpo, que, por sua vez, sinalizam o conjunto de regras, normas e valores do grupo, fornecendo uma via de acesso à estrutura social [...] a cultura pode ser comparada a um mapa que, como tal, necessita ser decifrado, servindo de orientação para a vida social (FERNNADES, 2004, p. 53).

Os aparatos de um gesto podem ser mecânicos, anatômicos, mas o que ele representa é simbólico e, portanto, cultural [...] Nossas gestualidades mais simples e comuns são dotadas de significados culturais (RIGONI, 2008, p. 55-118).

Nesse sentido, nosso corpo e todas as formas de representação humana são constituídos de preceitos culturais e sociais, o que nos faz entender que o corpo traz os registros da cultura de que faz parte.

De acordo com Le Breton (2009), tudo no homem faz parte de um sistema de valores que são próprios de um grupo social, aspectos biológicos que se declinam social e culturalmente, implicando na condição humana diferenças tanto coletiva, quanto individual.

Pensamos o corpo nas relações entre o biológico e o cultural, pautado por saberes socialmente construídos. Diante disso, entendemos que toda modificação corporal é permeada por um imenso leque de significações biológicas, culturais e sociais, como acrescenta Nóbrega (2005, p. 77): "o corpo expressa a história individual e a história acumulada de uma sociedade".

Sendo assim, há que se considerar as diversas ideias de beleza existentes em nosso planeta, assim como as singularidades pessoais, culturais e históricas, haja vista os valores sociais, históricos e culturais serem fundamentais para compreendermos que o modo como cada ser humano percebe a beleza é eminentemente variável e reconstruído a partir do local e da época em que ele está inserido.

Compreendemos que, de fato, o corpo constrói sua história mediante suas experiências de vida, os valores concebidos e os sentidos atribuídos pela sociedade, como podemos perceber nesta citação:

[...] mesmo as carnes que constituem nossos corpos são permeadas de histórias, carregam o passado, nossas vivências. Nosso corpo é marcado pela história; constituímo-nos homens e mulheres pela história, desejos, angústias, e prazeres são forjados no tempo [...] o passado marca, presentifica e também constitui (SILVA, 2008, p. 24).

No mesmo pensamento, observamos que algumas das dissertações analisadas apontam para a problematização e reflexão acerca das especificidades culturais, reconhecendo que os padrões de beleza são determinados culturalmente. Um exemplo desse discurso pode ser dado na citação a seguir:

Se o corpo é o local privilegiado de impressão das possibilidades, das regras e restrições de uma sociedade, é o próprio corpo que transforma e é transformado dentro desse contexto, através de uma educação dos gestos, das posturas dentro de cada grupo social. A própria forma como é concebido, os padrões de beleza, os cuidados com o corpo são extremamente distintos entre as culturas (FERNANDES, 2004, p.52).

De acordo com Merleau-Ponty (2006), tudo nos é acessível através do corpo; o mundo nos é revelado pelos nossos sentidos e pela experiência de vida. Já dizia o filósofo que tudo o que sabemos do mundo, sabemos a partir de nossas experiências pessoais.

Esse pensamento aponta para o corpo em suas relações com o mundo, a partir de suas experiências vividas, para além de uma propriedade física, anatômica ou fisiológica, como a própria definição do ser humano.

Assim, sendo a beleza vivenciada nas múltiplas relações que envolvem o homem e o mundo, é necessário pensá-la como fonte inesgotável de significações e campo aberto aos sentidos, superando os valores e os padrões corporais.

Nesse contexto, sem necessariamente referenciar o filósofo Maurice Merleau-Ponty, alguns trabalhos trazem essa compreensão do corpo numa relação de inerência com o mundo, a exemplo da seguinte citação: "O corpo é também o resultado de uma história pessoal e coletiva, integrado com a natureza, o meio ambiente e o corpo de outras pessoas" (CORREA, 2005, p. 33)

A partir disso, pensamos que não há apenas uma concepção, um conjunto de coisas ou uma configuração padrão para a beleza. A concepção de beleza pode ser diversa em uma mesma representação, em um mesmo corpo ou numa mesma situação perceptiva.

Diante do processo de "normalização" e padronização do corpo, as dissertações analisadas alertam para a necessidade da crítica e da relatividade dos dados da ciência, criticando a universalização das formas, atentando para as histórias e cultura do corpo, que lhe fornecem o substrato de sua existência.

Corroborando esse pensamento, na crítica à padronização do corpo, enfocada pelas tabelas de mensuração e avaliação corporal, destacamos o discurso a seguir:

Basicamente, as tabelas de base utilizadas apresentam poucas possibilidades: estar dentro de um padrão considerado "normal", "acima do peso" ou "abaixo do peso". Esses procedimentos acabam desconsiderando as especificidades biológicas, geográficas e culturais dos indivíduos [...] Padrões de beleza que, no entanto, podem nem ser alcançados (FERNANDES, 2004, p. 40-43).

É certo que o discurso sobre o corpo na área de Educação Física avançou para além do aspecto instrumentalista e puramente biológico, compreendendo-o como uma construção biocultural. E isso pode ser evidenciado nos trabalhos dissertativos, como nos mostra o discurso a seguir:

É território biológico e simbólico que pode revelar e, ao mesmo tempo, esconder traços de sua subjetividade e de sua fisiologia [...] torna-se inviável separá-lo tanto da natureza quanto de seu contexto histórico e cultural. Por ser finito, pois acompanha o indivíduo desde seu nascimento até a sua morte (VASCONCELOS, 2002, p. 2).

Dessa forma, não podemos definir qual cultura seja "melhor" ou "pior", "normal" ou "anormal". É certo que cada sociedade, classe social e cultura possuem compreensões sobre o corpo e a beleza que, não sendo semelhantes, instituem maneiras próprias que vão identificar o povo à sua cultura.

O Antropólogo Lévi-Strauss (1976, 1996), ao rejeitar o relativismo cultural, tece críticas à hierarquização das culturas, afirmando que, apesar de existir uma comunicação entre elas, não se pode dizer qual seja melhor ou pior. Como esclarece: "[...] as outras sociedades talvez não sejam melhores do que a nossa; mesmo se somos propensos a acreditar, não temos à nossa disposição nenhum método para prová-lo." (LÉVI-STRAUSS, 1996, p. 371).

Pensar nesse entrelaçamento indistinguível entre o orgânico e o cultural que abarca e constitui a existência humana, faz-nos compreender que o homem tem atada em si uma natureza e uma cultura que autoriza e endossa esses opostos complementares em sua vida.

Nessa perspectiva, observamos, nas produções do conhecimento de Educação Física analisadas, que essa relação entre natureza e cultura é uma compreensão recorrente no trato do conhecimento da área e do corpo.

Isso contribui para compreendermos que, mesmo que por vezes a Educação Física apresente uma visão do corpo atrelada apenas aos aspectos biológicos, outros referenciais, no intuito de superar essa compreensão, têm sido apresentados.

Percebemos que as produções analisadas afastam-se das discussões nas quais o corpo é visto prioritariamente sob o aspecto biológico e das antinomias entre o orgânico e o cultural, reconhecendo o corpo humano a partir da união de ambos. Um conhecimento sobre o corpo que ultrapassa a racionalidade instrumental e os determinismos humanos, configurando possibilidades de novas formas de ser, de viver e de vivenciar o belo.

PADRÃO CORPORAL E TRANSFORMAÇÕES DA BELEZA

Os discursos sobre o corpo visualizados no corpus de análise permitem-nos apresentar algumas reflexões a partir das ideias encontradas nas dissertações, a saber: a efemeridade e diversidade dos padrões corpóreos; as relações de poder-saber no corpo; e o entendimento da Educação Física que tem o corpo como sua referência específica.

O corpo como campo de reflexões, discursos e intervenções sociais, possui múltiplos significados que variam ao longo do tempo, fazendo com que um indivíduo nunca seja considerado totalmente belo, ou seja, belo em absoluto, mas de forma relativa, já que esse conceito varia ao longo do tempo e das culturas. Ele é passageiro e mutável, renovando-se e nos surpreendendo a cada instante.

Percebemos que as dissertações analisadas apontam uma compreensão da beleza a partir de sua transitoriedade no tempo e no espaço, ou seja, durante os séculos e as diversas culturas existentes.

Em cada sociedade há a demarcação e uma representação de corpo que traduz sentidos para os indivíduos, e, como confirma um dos trabalhos analisados, "É importante lembrarmos que os padrões estéticos mudam de tempos em tempos, ficando as mudanças submetidas aos novos posicionamentos da cultura local (CALABRESI, 2004, p. 110).

Sendo assim, não existe uma concepção universal e preconcebida de belo, pois durante os anos que se passam e com as culturas espalhadas pelo planeta, muitas são as coisas que os seres humanos já consideram como belas. A compreensão da beleza, a partir de um dito "ideal", é sempre transitória; o belo pode se tornar inadequado, feio ou fora dos padrões estéticos a partir das contínuas mudanças de tendências em uma cultura ou sociedade, conforme o tempo.

Como afirma Porpino (2003), os modelos de beleza em evidência divergem em épocas distintas pelas necessidades humanas. Dessa maneira, compreendemos que os ideais estéticos não são imutáveis. Cada época tem seu ícone, e talvez mais de um, assim como diversos ideais de beleza podem coexistir em uma mesma cultura.

Esse mesmo pensamento está presente nas dissertações, a exemplo da citação que segue: "Em cada época um modelo define o perfil corporal, de acordo com os valores, as exigência, as crenças, e os interesses (CORREA, 2005, p. 49).

Certamente, novas formas de controle sobre os corpos se impuseram, considerando-se, especialmente, os padrões de estética corporal dos séculos XX e XXI, como pode ser confirmado nos discursos sobre o corpo na atualidade, principalmente pelos novos avanços da biotecnologia:

Há uma tendência de reconstrução do corpo a partir de diversas práticas de intervenção, possibilitadas pelos avanços científicos e tecnológicos. Esse processo de reconstrução corporal promete "liberar" o corpo de antigos vínculos culturais e genéticos, mas o que se observa é a sujeição deste corpo a novas amarras: tecnológicas, culturais, políticas, econômicas e biológicas (VASCONCELOS, 2005, p. 19).

Sobre isso, Silva (2001a) esclarece que o cuidado com o corpo transformou-se numa ditadura, valendo utilizar-se de todos os aparatos científicos e tecnológicos que o mercado dispõe para que, de fato, as pessoas possam se enquadrar no modelo dito ideal.

No entanto, compreendemos que, embora tenhamos um arquétipo de corpo visto como ideal de beleza, não é possível se admitir a construção do corpo a partir de um único modelo, sobretudo diante de toda a diversidade e multiplicidade culturais espalhadas pelo planeta. Como acrescenta Silva (2001b), o integral domínio biológico e cultural do corpo humano lhe confere sua singularidade no mundo.

Nesse cenário de problematização, essas dissertações apontam não somente para a singularidade do corpo humano, mas também para a necessidade de reconhecer que os padrões de beleza são, em sua maioria, inalcançáveis. Sobre isso, destacamos:

Deve-se ter claro que o peso ideal é irreal, pois os indivíduos possuem constituições orgânicas diferentes, as medidas não podem ser padronizadas por escalas exatas, pois estaríamos desconsiderando toda a individualidade (CALABRESI, 2004, p. 86).

Vivemos em um momento de corpos arquitetados e construídos pelos desejos humanos. O corpo e a beleza são fontes inesgotáveis de modificações e restaurações, e uma nova ordem é estabelecida padronizadamente pelos modelos de beleza.

Alguns trabalhos dissertativos analisados apontam para a problematização acerca dessa compreensão de corpo, pautados na relação de poder-saber, considerando a diversidade de intervenções para modificação corporal e aperfeiçoamento da aparência, tão característicos no mundo contemporâneo.

Na nossa compreensão, as concepções de corpo e de beleza são envolvidas por relações de poder, pois os discursos não são "soltos", mas estão amarrados em sentidos, em uma história social.

Sobre isso Foucault (2002) explica que, em qualquer sociedade, o corpo está preso a poderes que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações. Sendo assim, podemos pensar que o corpo não é apenas uma mera herança biológica ou um anexo do humano, que pode ser modificado em sua forma. Mas está situado no mundo dos sentidos, das significações, das relações e da história.

De fato, embora sejamos constantemente influenciados pelos discursos normatizadores que nos cercam, é preciso reconhecer que o ser humano, ao mesmo tempo em que é submetido aos valores que lhe são impostos, é capaz de criar e recriar saberes diversos para as verdades já instituídas.

Essas nuances podem ser expressas em Foucault (2006), como o poder que, ao mesmo tempo em que se exerce, cria mecanismos de fuga. Nesse processo, não somos meros receptores ou simplesmente passivos. Nós interagimos com o meio constantemente, possibilitando que inventemos e reinventemos aquilo que nos é proposto.

No que se refere aos padrões estéticos, apesar de ser imposta uma maneira de perceber a beleza, entendemos que nossa concepção sobre o belo irá depender, entre outras coisas, de tudo aquilo que experienciamos ao longo da vida. Portanto essas imposições não são mão única, mas, ao contrário, são ressignificadas pelas particularidades do sujeito e pelos filtros de seus valores e concepções.

Sabe-se que a Educação Física, ao longo da história, sempre esteve ligada ao objetivo de transformar os corpos, de modelá-los e enquadrar os indivíduos nas concepções estéticas preconizadas em cada época, perpassando pelos modelos tecnicistas, higienista e militarista que estão presentes na história da área.

Compreendemos que, independentemente da vertente, os modelos que marcam a história da Educação Física sempre expressaram o desejo de transformação dos corpos, bem como a modelagem de suas formas.

Desse modo, a Educação Física como área relacionada às práticas corporais, é vista como uma atividade formadora dos corpos, quer no sentido da saúde, quer no sentido estético.

Conforme observado nas dissertações, cabe destacar que o profissional de Educação Física é propendido nessa relação corpo e beleza, sobretudo em sua profissão, a exemplo do discurso a seguir:

[...] Numa sociedade em que a imagem desempenha um papel potencializador [...] cabe ao professor de Educação Física interessado em trabalhar com personal trainer decidir se está preparado para atender a essa exigência do meio das academias (ALMEIDA, 2005, p.143).

Nessa direção, a competência profissional na área parece estar imbricada à aparência física. Como acrescenta Chaves (2009), é na exaltação do professor saradão, grandão, forte e bonito que os indivíduos na Educação física gozam de um passaporte que lhes agrega status e ampliação da circulação social.

Portanto podemos dizer que a Educação Física, por vezes, ainda parece imbuída da fantasia da imagem perfeita, principalmente como potencializadora a enredar esse imaginário do corpo perfeito. Não obstante, a produção analisada considera que a linguagem sensível do corpo configura possibilidade de outro arranjo da beleza, expresso nas imperfeições, deficiências, desordens e discrepâncias.

Essa perspectiva estética aponta outro olhar para o corpo, ao ampliar a compreensão de beleza para além da padronização das formas corporais, enxergando-a nos gestos simples, nas formas distorcidas, no corpo imperfeito, e no imbricar do sensível com o sentido.

REFLEXÕES FINAIS: O CORPO E A BELEZA NA EDUCAÇÃO FÍSICA

Compreendemos que, embora a produção analisada não represente a área como um todo, os discursos sobre o corpo e a beleza presentes nela nos fornecem elementos significativos para perceber que elas imputam a compreensão de que o conhecimento sobre o corpo avançou5 5 . O termo aqui empregado, trata-se do entendimento de uma ressignificação do corpo na área da Educação Física, avançando da concepção de objeto para a de sujeito. na Educação Física. E que os discursos outrora pautados na objetivação e no determinismo humano aparecem como referenciais históricos da área, que podem ser amplamente questionados e redimensionados.

Com base nas dissertações analisadas, constatamos que a produção acadêmica da Educação Física apresenta e reconhece a cultura como via de acesso necessária para o conhecimento humano.

Os trabalhos investigados afirmam que as concepções de beleza são determinadas pelos valores e códigos de um grupo social, embora os sujeitos apresentem possibilidades diversas para o belo, advindas de experiências já vividas.

Percebemos, também, nas dissertações analisadas, que o corpo humano é reconhecido por sua inscrição biológica e cultural, e que suas escolhas, além de serem pautadas por contextos sociais, expressam sentidos diferenciados.

O entrelaçamento entre os códigos biológicos e culturais são evidenciados nas discussões como próprios da dimensão corpórea. Sendo o corpo humano biocultural, em que natureza e cultura constituem a existência humana num processo imanente e ininterrupto, pois ambos são codependentes.

A partir disso, a beleza é apresentada como ideia inacabada, inesgotável e indefinida, numa dialética entre o sensível e aquele que vê.

Na produção analisada, foi possível perceber que as dissertações apontam para a necessidade e a efemeridade dos padrões corpóreos. Devendo-se considerar que a visão da beleza não pode ser reduzida ao clássico como única referência.

Percebemos nos trabalhos o pensamento e a compreensão da beleza em múltiplas possibilidades de sentido na apreciação estética do corpo, que, certamente, não comungam com uma ideia unilateral.

Ainda no que se refere aos textos, outra concepção de corpo e beleza é encontrada, e esta se refere aos mecanismos de poder-saber que são inscritos no corpo, como forma de controle e também de subversão.

Esse conhecimento apresentado nos trabalhos demonstra que o corpo transcende e experimenta diversas belezas para além das normas pré-estabelecidas de concebê-lo, subvertendo as convenções, nutrindo e mergulhando em recintos nunca antes experimentados, fazendo e refazendo-se sem findar.

A análise mostra ainda que o profissional de Educação Física tem sua capacidade profissional relacionada às formas corporais que possui, além de serem vistos como responsáveis na obtenção e manutenção da lógica social do corpo belo.

Nesse sentido, reconhecem que os profissionais de Educação Física parecem impelidos a enquadrar-se no modelo de corpo idealizado e difundido.

Diante do exposto, foi possível observar que a compreensão do corpo e da beleza na área vem sendo ressignificada ao admitir outras concepções estéticas de belo, sobretudo relacionadas às singularidades expressas no corpo humano e na cultura em que o indivíduo está inserido, o que representa o avanço ocorrido na área, no trato do conhecimento do corpo e da beleza.

Recebido em: 14 jan. 2012

Aprovado em: 27 nov. 2012

  • ALMEIDA, S. F. O primado da visualidade: a estética como critério de escolha do personal trainer por alunos homossexuais. 2005. 267 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade Gama Filho, Rio de Janeiro, 2005.
  • BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.
  • CALABRESI, C. A. M. Com que corpo eu vou? A beleza e a performance na construção do corpo midiático. 2004. 186 f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) Universidade Estadual Paulista, Rio Claro, 2004.
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  • Endereço para correspondência:
    Liege Monique Filgueiras da Silva
    Rua 25 de Março, 162, Quintas
    Natal - RN
    CEP: 59.035-310
  • 1
    . Esse texto trata-se de um recorte de uma pesquisa de mestrado, defendida no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 2011, sob financiamento da CAPES.
  • 2
    . Fizemos uma busca geral, situados no período de 1998 a 2008, no Banco de Teses da Capes segundo o termo
    corpo e beleza. No levantamento realizado, houve intensa incidência para as áreas de Educação, Psicologia e Educação Física, com um total respectivamente de 26, 23, 16 dissertações produzidas entre os anos de 1998 a 2008.
  • 3
    . Ao longo do texto, as citações das dissertações estão destacadas e suas referências colocadas em notas de rodapé para diferenciar das referências teóricas usadas para nossas reflexões acerca da temática tratada.
  • 4
    . Os números das produções científicas na área de Educação Física comprovam que há um aumento com o passar do tempo, especialmente nos últimos anos investigados. Encontramos nos anos de 1998 a 2008, quantativa e respectivamente, 2, 1, 0, 1, 0, 1, 2, 4, 2, 1, 2. Com um total de 16 dissertações nos referidos anos na área de Educação Física.
  • 5
    . O termo aqui empregado, trata-se do entendimento de uma ressignificação do corpo na área da Educação Física, avançando da concepção de objeto para a de sujeito.
  • Publication Dates

    • Publication in this collection
      13 Aug 2013
    • Date of issue
      June 2013

    History

    • Received
      14 Jan 2012
    • Accepted
      27 Nov 2012
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