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O campo da Educação Física visto a partir da produção acadêmica sobre voleibol

The physical education field as seen from the academic production on volleyball

El campo de la educación física analizado desde la producción académica sobre vóleibol

Resumo

Neste artigo, investigamos o conhecimento científico produzido sobre o voleibol. O objetivo foi analisar os artigos acadêmicos a respeito desse esporte. Para isso, foram usados como fonte de análise quatro periódicos científicos: Motriz, Movimento, Pensar a Prática e Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE). A metodologia selecionada foi a pesquisa documental. Os resultados foram classificados a partir da divisão do campo da Educação Física em três subáreas: biodinâmica, sociocultural e pedagógica. Identificamos que mais de 70% da produção analisada fazem parte da subárea biodinâmica e abordam apenas uma forma de expressão do voleibol, qual seja, a de rendimento.

PALAVRAS-CHAVE
Voleibol; Produção acadêmica; Ciência; Educação Física

Abstract

In the present article we investigate the scientific knowledge on volleyball. The goal of the present work was to analyze the academic articles on the forementioned sport. To achieve the objective four scientific journals were used as analysis source: Motriz, Movimento, Pensar Prática and Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE). The methodology employed was the documental research. Results were classified having the Physical Education field divided into three subfields: Biodynamics, Sociocultural and Pedagogic. We have identified that more than 70% of the publications analyzed belongs to the subfield of Biodynamics and relate to only one expression of volleyball, that of performance.

KEYWORDS
Volleyball; Academic production; Science; Physical education

Resumen

En este artículo se investigó el conocimiento científico producido acerca del vóleibol. El objetivo fue analizar los artículos académicos respecto a este deporte en cuatro revistas: Motriz, Movimento, Pensar a Prática y Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE). La metodología seleccionada fue de carácter documental. Los resultados fueron clasificados a partir de la división del campo de la Educación Física en las siguientes subáreas: biodinámica, sociocultural y pedagógica. Así, se constató que más del 70% de la producción analizada formaba parte de la subárea de biodinámica y trataba sólo sobre el rendimiento en el vóleibol.

PALABRAS CLAVE
Vóleibol; Producción académica; Ciencia; Educación física

Introdução

"Abandonamos os dogmas da fé e seus cardeais (...) para colocar em seu lugar a verdade científica com seus especialistas" (Fensterseifer, 2001Fensterseifer PE. A educação física na crise da modernidade. Ijui: Ed. Unijuí, 2001., p.19). A ciência, conforme a citação, pode ser considerada um dos pilares da modernidade e também da crise da modernidade1 1 Entendemos crise da modernidade a partir de distintas perspectivas de intelectuais sobre o momento atual em que vivemos. Ver, por exemplo, "neomodernidade" (Fensterseifer, 2001, p. 169); "alta modernidade" (Giddens, 2002, p. 17), "pós-modernidade" (Hall, 2005, p. 3), "modernidade líquida" (Bauman, 2001, p. 3), entre outras. (Fensterseifer, 2001Fensterseifer PE. A educação física na crise da modernidade. Ijui: Ed. Unijuí, 2001.). É inegável que a ciência tem um grande prestígio na sociedade atual. Tendemos a confiar mais em suas teorias e explicações do que em outros ramos do saber. Contudo, cabe nos perguntar: de que ciência estamos falando? Que objetos essa ciência escolhe para interpelar? De que forma esses objetos são interpelados por essa ciência? Essas são questões que nos provocaram a elaborar este artigo.

Focamos nosso olhar em uma esfera dessa ciência: a publicação científica no campo da Educação Física brasileira. Mais especificamente, optamos por pesquisar o que foi produzido academicamente a respeito do voleibol. A escolha desse esporte foi embasada tanto pelo destaque que tem na sociedade, quanto pelo fato de ser considerado um esporte popular no Brasil (Junior, 2004Marchi Júnior W. "Sacando" o voleibol. São Paulo: Hucitec; Ijuí, RS: Unijuí, 2004.). Essa modalidade vem ganhando muitos praticantes e admiradores, além de um grande mercado financeiro ao seu redor. A divulgação do voleibol através de sua transmissão televisiva foi uma alavanca para sua expansão para as diversas camadas sociais (Junior, 2005Junior WM. O processo de ressignificação do voleibol a partir da inserção da televisão no campo esportivo. Rev Bras Ciênc Esporte. 2005;26:49-62.).

Neste trabalho, procuramos identificar como o voleibol é abordado em artigos científicos. Para isso, as produções acadêmicas escolhidas para análise foram os artigos publicados nos periódicos Motriz, Movimento, Pensar a Prática e Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE). Nossos passos foram primeiramente mapear a produção de artigos sobre o voleibol durante toda a existência das quatro revistas; em seguida, identificar em que subárea do conhecimento os artigos que tematizam o voleibol foram mais publicados; e, por fim, problematizar, a partir dos dados encontrados, questões referentes aos conhecimentos produzidos sobre o esporte em estudo.

Caminhos metodológicos percorridos

Tendo como dados empíricos os artigos científicos, consideramos a pesquisa documental como metodologia adequada para esta investigação. Esse tipo de método preconiza o uso de documentos como busca de informações para possibilitar a ampliação do entendimento de objetos que necessitam de contextualização histórica e sociocultural (Sá-Silva et al., 2009Sá-Silva J, Almeida C, Guindani J. Pesquisa documental: pistas teóricas e metodológicas. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. 2009;1:1-15.), como é o caso do nosso objeto de estudo. Nessa perspectiva, usamos como documentos para análise todos os artigos já publicados com a temática "voleibol" em quatro periódicos acadêmicos da educação física. O período analisado foi desde a origem de cada periódico até a última publicação de 2011.

A escolha dos periódicos se deu em vista da relevância que têm no meio acadêmico da Educação Física brasileira. Uma forma de perceber tal relevância é visualizar o estrato WebQualis que eles têm: Motriz – A2, Movimento – A2, Pensar a Prática – B2 e RBCE – B1. Outro critério para a escolha foi o escopo dos periódicos, que deveriam ser amplos o suficiente para abarcar publicações de voleibol a partir de diversos referenciais teóricos e metodológicos. Pudemos perceber que os quatro periódicos selecionados trazem em seus escopos uma diversidade de assuntos em subáreas distintas dentro do campo da Educação Física.

Após a escolha dos periódicos, estabelecemos critérios para a seleção dos artigos. A busca foi feita a partir da leitura dos títulos e palavras-chave, foram selecionados os artigos que apresentavam a palavra "vôlei" ou "voleibol" nesses itens. Logo após essa seleção, os artigos foram lidos na íntegra para o processo analítico.

O campo da educação física e suas subáreas: uma opção de análise

O conceito de campo científico foi cunhado por Bourdieu para compreender "a lógica própria do mundo científico" (Bourdieu, 2004Bourdieu P. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia do campo científico. Unesp: São Paulo; 2004., p. 17) e permite visualizar a ciência enquanto um universo social que tem leis próprias, posições estruturantes e propriedades estabelecidas a partir do grau de autonomia frente às intervenções externas. Bourdieu, ao inserir esse conceito na sociologia da ciência, provoca um olhar atento para as disputas que ocorrem no universo acadêmico, mostra que "é o campo científico que determina, a cada pesquisador, os seus problemas (políticos e científicos), com seus métodos e suas estratégias" (Stigger et al., 2010Stigger MP, Freitas MV, Rydz S, Myskiw M. Análise dos sentidos e da repercussão de um periódico que se faz no campo da educação física brasileira. Movimento. 2010;16:113-54., p. 118).

Alguns pesquisadores apropriaram-se do conceito de campo de Bourdieu para compreender o fazer científico da Educação Física. Paiva (2004)Paiva FSL. Notas para pensar a educação física a partir do conceito de campo. Perspectiva. 2004;22:51-82. abordou o conceito para olhar a Educação Física a partir de uma perspectiva histórica e problematiza as identidades que ela assume conforme o contexto. Lazzarotti Filho (2011)Lazzarotti Filho A. O modus operandi do campo acadêmico-científico da educação física. 1; 2011, 155f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física, UFSC, Florianópolis, 2011. buscou compreender "como o campo da educação física vem operando e se desenvolvendo na última década" (Lazzarotti Filho, 2011Lazzarotti Filho A. O modus operandi do campo acadêmico-científico da educação física. 1; 2011, 155f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física, UFSC, Florianópolis, 2011., p. 9). Na pesquisa, o autor identifica o marco dos anos 2000 como o momento em que há 'incorporação definitiva e definidora das práticas científicas trazendo para a educação física novas conformações" (Lazzarotti Filho, 2011Lazzarotti Filho A. O modus operandi do campo acadêmico-científico da educação física. 1; 2011, 155f. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em Educação Física, UFSC, Florianópolis, 2011., p. 111 e 112). Já a pesquisa feita por Stigger et al. (2010, p. 115)Stigger MP, Freitas MV, Rydz S, Myskiw M. Análise dos sentidos e da repercussão de um periódico que se faz no campo da educação física brasileira. Movimento. 2010;16:113-54., que tem como base o conceito de campo, enfoca a discussão sobre o "lugar dos periódicos" nas ciências e, em especial, dos periódicos científicos no campo da Educação Física. Os autores mostram como são atribuídos significados a esse tipo de publicação, os quais vão além da difusão do conhecimento, já que os periódicos são vistos como instrumentos de avaliação dos pesquisadores e da produção de conhecimento feita por eles.

Há outras duas pesquisas que nos chamam atenção frente às questões das disputas que se estabelecem na Educação Física. Rigo et al. (2011)Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2011;16:339-45. buscaram "diagnosticar e analisar a situação da pós-graduação [da educação física] de 2007 a 2011" (Rigo et al., 2011Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2011;16:339-45., p. 339) e destacaram as disparidades existentes entre as subáreas "ciências sociais e humanas e as ciências biológicas e da saúde" (Rigo et al., 2011Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2011;16:339-45., p. 344), que compõem o campo da educação física. Já Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406., com preocupações similares às da pesquisa anterior, identificaram três subáreas que compõem a Educação Física: "biodinâmica, sociocultural e pedagógica" (Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406., p. 389). Segundo esses autores, os dados dos programas de pós-graduação no campo da Educação Física brasileira, tais como área de concentração, linhas de pesquisa, número de docentes, publicações em periódicos nacionais e internacionais e número de vagas para mestrandos e doutorandos nesses programas, mostram que "a biodinâmica é hegemônica na pós-graduação" (Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406., p. 399). Um exemplo que explicita essa afirmação é a diferença entre as linhas de pesquisa das pós-graduações em Educação Física no Brasil: "De 135 linhas de pesquisa identificadas em todos os programas, 50% estão vinculadas à biodinâmica (...). A subárea sociocultural tem 33%, enquanto a subárea pedagógica tem 17%" (p. 398). Portanto, a classificação dos autores, muito mais que somente dividir o campo acadêmico da Educação Física, mostra as desigualdades que esse apresenta.

Com base nos trabalhos citados anteriormente, consideramos que a Educação Física pode ser compreendida como um campo científico, em que grande parte das disputas que nele são travadas começa na divisão de subáreas do conhecimento. Assim, nesta pesquisa, optamos por guiar nossa análise dos artigos sobre voleibol publicados nas revistas Motriz, Movimento, Pensar a Prática e RBCE a partir das três subáreas de conhecimento destacadas por Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406.. Importante esclarecer que essa escolha de análise não é aleatória, mas pertinente para o campo da Educação Física neste momento de desigualdades entre as subáreas, já que provoca vários desconfortos entre os membros da comunidade acadêmica da Educação Física brasileira.

A produção acadêmica sobre voleibol e suas relações com as subáreas da Educação Física

Foram identificados 27 artigos referentes à temática do voleibol nas revistas Motriz, Movimento, Pensar a Prática e RBCE. Dos artigos encontrados, 10 são da Motriz, 13 da RBCE, três da Pensar a Prática e um da Movimento. Esse material foi analisado a partir das subáreas abordadas por Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406., descritas no tópico acima.

A subárea da biodinâmica e o voleibol... de rendimento

A produção acadêmica do voleibol nos periódicos analisados, em sua grande maioria, pertence à subárea biodinâmica. Dos 27 artigos encontrados, 20 são referentes a essa subárea (sete na Motriz, 10 na RBCE e três na Pensar a Prática), o que representa 74% da produção. Os artigos aqui analisados retratam pesquisas que envolvem a melhoria das capacidades técnicas e táticas na modalidade do voleibol. Chama atenção nesses artigos a exclusividade dada ao voleibol voltado para o rendimento esportivo, o que pode ser observado principalmente nas nomenclaturas usadas, as quais se referem a "atletas", "técnicos" e "treinadores". Abaixo, apresentamos uma tabela com os títulos e edições em que os artigos foram publicados.

Os artigos n° 1 (Junior, 2003Junior C. Validação de uma lista de checagem para análise qualitativa do saque do voleibol. Motriz. 2003;9:153-60.) e n° 3 (Junior e Deprá, 2010Junior L, Deprá P. Validação de lista para análise qualitativa da recepção no voleibol. Motriz. 2010;16:571-9.) (tabela 1) usam uma lista de checagem para verificar a execução correta de alguns fundamentos do voleibol, executados por um grupo de jogadores. O primeiro vai tratar especificamente de uma análise qualitativa da técnica do saque do voleibol e o segundo da análise qualitativa da recepção. Ambos concluem que a lista de checagem é válida, pois apresentam validade de conteúdo e fácil compreensão. Já os artigos n° 2 (Sonno, 2010Sonoo C. Ansiedade e desempenho: um estudo com uma equipe infantil de voleibol feminino. Motriz. 2010;16:629-37.) e n° 4 (Ferreira et al., 2010Ferreira J, Leite L, Nascimento C. Relação entre níveis de ansiedade-traço competitiva e idade de atletas de voleibol e análise destes níveis pré e pós-competição. Motriz. 2010;16:853-7.) abordam questões referentes à ansiedade no voleibol. Esse assunto, segundo os próprios artigos, é comum em pesquisas que envolvem atletas que disputam competições, já que a ansiedade em excesso geralmente é prejudicial ao desempenho dos atletas. No n° 2, foram escolhidas jogadoras pertencentes a uma categoria infantil para verificar a influência da ansiedade das atletas em campeonatos. Os autores concluem que atletas jovens são mais ansiosas e que essa ansiedade pode estar relacionada à inexperiência das jogadoras. No n°4, o objetivo é verificar o efeito da ansiedade pré e pós competição, relacioná-lo com a idade das jogadoras investigadas. Nesse artigo, apesar de não ter sido escolhida uma equipe infantil, como no anterior, os autores também constataram que atletas mais novas apresentavam níveis maiores de ansiedade.

Tabela 1
Artigos da área biodinâmica

Métodos na aprendizagem do saque no voleibol foram os assuntos abordados nos artigos n°5 (Ugrinowitsch, 2011Ugrinowitsch H. Efeitos de faixas de amplitude de CP na aprendizagem do saque tipo tênis do voleibol. Motriz. 2011;17:82-92.) e n°8 (Jesus, 1988Jesus JF. O efeito do feedback extrínseco fornecido através do viodeotape na aprendizagem de uma habilidade motora do voleibol. Rev Bras Ciênc Esporte. 1988;9:50-4.). O primeiro investiga os efeitos de duas faixas de amplitude de conhecimento de performance (CP) na aprendizagem do saque tipo tênis no voleibol. Já o n°8 tem como objetivo avaliar o efeito do feedback extrínseco, fornecido através de videotapes dos treinos, na aprendizagem do saque por baixo no voleibol. O artigo n° 6 (Costa et al., 2011Costa GCT, Mesquita I, Greco PJ, Ferreira NN, Moraes JC. Relação saque, recepção e ataque no voleibol juvenil masculino. Motriz. 2011;17:11-8.) também envolve o fundamento saque, mas, diferentemente dos anteriores, pretendeu avaliar a relação do saque, recepção e ataque no voleibol juvenil masculino a partir da observação de jogos.

Outros artigos, como o n°7 (Marques et al., 2011Marques MC, Casimiro FLM, Marinho DA, Costa AFMMC. Efeitos do treino e do destreino sobre indicadores de força em jovens voleibolistas: implicações da distribuição do volume. Motriz. 2011;17:235-43.) e o n°10 (Nunes et al., 2000Nunes N, Amaral SL, Proença JE, Alves MJNN, Negrão CE, Forjaz CLM. Efeito do treinamento físico, baseado em avaliação ergoespirométrica, na capacidade aeróbica de atletas de voleibol. Rev Bras Ciênc Esporte. 2000;21:11-5.), detiveram-se no efeito do treinamento físico tanto para ganho de força quanto para a melhoria na capacidade aeróbica de atletas de voleibol. Já o n° 9 (Pellegrinotti e Guimarães, 1989Pellegrinotti IL, Guimarães A. Análise da atividade da creatinafosfoquinase (CPK) na saliva e no soro de indivíduos treinados (em atletismo, futebol e voleibol) e não-treinados submetidos ao teste de Cooper. Rev Bras Ciênc Esporte. 1989;10:14-21.) e o n°14 (Locatelli et al., 2010Locatelli J, Mendes EL, Silva RP, Paula SO, Natali AJ. Cafeína não altera os níveis de imunoglobulina a salivar (IGA-S) em jogadores de voleibol. Rev Bras Ciênc Esporte. 2010;31:193-203.) referem-se às influências de substâncias químicas produzidas ou ingeridas pelos atletas sobre seus rendimentos. Também preocupado com o melhor desempenho esportivo, o artigo n° 19 (Matias e Greco, 2009Matias CJAS, Greco PJ. Análise de jogo nos jogos esportivos coletivos: o exemplo do voleibol. Pensar a Prática. 2009;12:1-16.) detém-se na análise de jogos de voleibol para o desenvolvimento da metodologia de treinamento.

Em outros dois artigos, n°11 (Galdi e Bankoff, 2001Galdi E, Bankoff A. Eficiência de saltos verticais de atletas de voleibol, analisada no teste de 60 segundos, em quatro intervalos de tempo. Rev Bras Ciênc Esporte. 2001;22:85-97.) e n°12 (Silva, 2004Silva L. Evolução da altura de salto: da potência anaeróbia e da capacidade anaeróbia em jogadoras de voleibol de alto nível. Rev Bras Ciênc Esporte. 2004;26:99-109.), há referências a métodos que auxiliam no desenvolvimento da altura do salto no voleibol. Já os artigos n°13 (Mesquita e Teixeira, 2004Mesquita I, Teixeira J. Caracterização do processo ofensivo no voleibol de praia masculino de elite mundial, de acordo com o tipo de ataque, a eficácia e o momento do jogo. Rev Bras Ciênc Esporte. 2004;26:33-49.) e n°17 (Matias e Greco, 2011Matias C, Greco P. Análise da organização ofensiva dos levantadores campeões da Superliga de Voleibol. Rev Bras Ciênc Esporte. 2011;33:1007-28.) discorrem sobre o processo ofensivo no voleibol. O primeiro usou testes para verificar a eficiência de saltos verticais em quatro intervalos de tempo em um minuto e o segundo teve como propósito "verificar a evolução do desempenho do salto, da potência de pico e da potência média em uma temporada de voleibol e relacioná-lo ao tipo de periodização adotada" (Silva, 2004Silva L. Evolução da altura de salto: da potência anaeróbia e da capacidade anaeróbia em jogadoras de voleibol de alto nível. Rev Bras Ciênc Esporte. 2004;26:99-109., p.100).

Assuntos como fatores motivacionais de jovens atletas de voleibol e fatores determinantes na seleção e no treinamento de jogadores desse esporte foram abordados nos artigos n°15 (Campos et al., 2011Campos L, Vigário P, Lüdorf S. Fatores motivacionais de jovens atletas de vôlei. Rev Bras Ciênc Esporte. 2011;33:303-17.), n°16 (Cabral et al., 2011Cabral BGAT, Cabral SAT, Toledo IVRG, Dantas PMS, Miranda HF, Knakcfuss MI. Antropometria e somatotipo: fatores determinantes na seleção de atletas no voleibol brasileiro. Rev Bras Ciênc Esporte. 2011;33:733-46.) e n°20 (Zanatta et al., 2010Zanatta WA, Sousa JC, Nascimento JV. Processo de seleção e treinamento de levantadores no voleibol catarinense infanto-juvenil masculino. Pensar a Prática. 2010;13:1-18.). Por fim, o artigo n°18 (Guimarães et al., 2009Guimarães GL, Mourão L, Oliveira AP, Santos RF. Treinamento de equipes mirins e infantis femininas: a concepção dos treinadores de voleibol do estado do Rio de Janeiro. Pensar a Prática. 2009;12:1-11.) tematiza a concepção dos treinadores na execução de treinamentos de equipes mirins e infantis femininas.

Após essa explanação, podemos perceber que os artigos publicados na subárea da biodinâmica se preocupam exclusivamente com voleibol referente ao rendimento. Todos os artigos têm em suas problematizações a melhoria da performance de atletas. Até mesmo aqueles artigos que têm crianças e adolescentes como objeto de estudo objetivam melhorar as capacidades técnicas desses(as) jogadores(as) em equipes competitivas, com a perspectiva de que se tornem atletas profissionais em equipes adultas. A especificidade do voleibol também é uma característica marcante nessas produções; os(as) jovens atletas são selecionados(as) em faixas etárias cada vez menores e com especialização de suas posições. Isso demonstra que a produção científica dessa subárea privilegia apenas um tipo de vivência do voleibol, qual seja, aquela que busca o melhor desempenho esportivo e a formação de atletas. Conforme já referido anteriormente, essa é a subárea que conta com a maior parte da produção do voleibol da Educação Física brasileira, o que indica o tipo de conhecimento que está sendo privilegiado atualmente nessa prática esportiva.

A subárea sociocultural e as diferentes preocupações com o voleibol

A subárea sociocultural apresenta seis artigos sobre voleibol nos periódicos pesquisados, o que representa apenas 22% da produção analisada. Essa pequena produção vem ao encontro do que Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406. identificaram: a área sociocultural ainda tem pouca visibilidade no campo da Educação Física e o desequilíbrio das produções, decorrente do número superior de artigos produzidos na biodinâmica, causa uma desvalorização de investimentos na área sociocultural. Na tabela 2 podemos ver os artigos encontrados.

Tabela 2
Artigos da área sociocultural

O 1° artigo (Pereira e Hunger, 2003Pereira J, Hunger D. Formação e atuação profissional no voleibol: opinião de técnicos da cidade de São José dos Campos, SP. Motriz. 2003;9:89-96.) analisa a formação e a atuação profissional dos técnicos responsáveis pelas equipes de voleibol de São José dos Campos, SP. A metodologia de estudo usada foi entrevista com os técnicos para investigar sua opinião a respeito do curso de Educação Física e se a graduação foi suficiente para atuação como técnico. Todos os entrevistados concordaram que somente o curso de graduação não foi suficiente para trabalhar como técnico e consideraram que é preciso buscar cursos de especialização específicos na área para um melhor desempenho como treinadores. Ainda acrescentaram que a experiência como ex-jogadores da modalidade havia sido fundamental para uma melhor atuação profissional.

O artigo n°2 (Oliveira et al., 2010Oliveira L, Mourão L, Costa VL. Mulher e vôlei de Praia: memórias de Tia Leah. Motriz. 2010;16:300-10.) consiste em um resgate histórico sobre os pioneiros do voleibol de praia e a inserção das primeiras mulheres praticantes dessa modalidade. O estudo desenvolveu-se a partir da memória de ex-jogadores que frequentavam a rede da Tia Leah, em Copacabana, no Rio de Janeiro. Ao longo do texto, os autores relatam a importância desse espaço para expansão do voleibol de praia, além de destacar a igualdade presente entre os homens e as mulheres praticantes desse esporte naquele contexto.

O texto n°3 (Matthlesen, 1994Matthlesen S. Um estudo sobre o voleibol: em busca de elementos para sua compreensão. Rev Bras Ciênc Esporte. 1994;15:194-9.) tem como objetivo investigar a trajetória histórica do voleibol desde sua origem, em 1895, até os primeiros anos da década de 90 do século XX. Além disso, procura identificar as modificações ocorridas nesse esporte, em que contexto foi criado e de que forma a sua chegada ao Brasil foi influenciada por aspectos econômicos, políticos e sociais vigentes na época. A autora afirma que, no Brasil, o voleibol teve grandes investimentos no período da ditadura militar, com o intuito de ocupar o tempo livre da classe trabalhadora, o que fez com que esse esporte se disseminasse. Outro fator que contribuiu para sua expansão foi a transmissão televisiva. No fim do artigo, a autora conclui que é preciso tratar o voleibol de maneira crítica, principalmente na escola, cabe aos professores proporcionar aulas que instiguem os alunos a pensar o esporte de uma forma plural.

Os artigos n°4 (Junior, 2005Junior WM. O processo de ressignificação do voleibol a partir da inserção da televisão no campo esportivo. Rev Bras Ciênc Esporte. 2005;26:49-62.) e n°5 (Vlastuin et al., 2008Vlastuin J, Almeida B, Marchi Júnior W. O marketing esportivo na gestão do voleibol brasileiro: fragmentos teóricos referentes ao processo de espetacularização da modalidade. Rev Bras Ciênc Esporte. 2008;29:9-24.) apresentam conteúdos muitos semelhantes: falam sobre a influência dos meios de comunicação na construção da imagem do voleibol. O texto n°4 deteve-se na influência que a transmissão televisiva do voleibol exerce na modalidade; exemplo disso foram as modificações das regras no que se refere ao tempo de duração da partida, já que as antigas faziam com que o jogo demorasse muito, o eu dificultava sua transmissão pela televisão. Além disso, o autor considera que a transmissão televisiva fez com que o voleibol se expandisse para diferentes camadas sociais, tornou-o uma preferência nacional. O texto n°5 aborda a relação do marketing esportivo na gestão do voleibol. Os autores levantam a questão da interdependência existente entre o marketing e o voleibol. Essa interdependência pode ser percebida no interesse mútuo de benefícios: as equipes de voleibol competitivas lucram com seus patrocinadores, podem investir em material e melhores condições de treinamento; os patrocinadores investem em propaganda e na divulgação de suas marcas, em amplitude mundial, mediante a imagem de jogadores, o que causa um retorno expressivo de capital.

O último texto aponta um debate sobre a inserção da mulher no voleibol gaúcho nos anos 1950 e 60 (Dalsin e Goellner, 2006Dalsin K, Goellner SV. O elegante esporte da rede: o protagonismo feminino no voleibol gaúcho dos anos 50 e 60. Movimento. 2006;12:153-71.). Traz discussões a respeito da forte influência da mídia sobre a feminilidade das jogadoras, como, por exemplo, a ideia de vincular os campeonatos femininos de voleibol a concursos de beleza na época. Outro exemplo é o foco dado à associação que ocorria entre casamento e filhos e o fim da carreira das mulheres no esporte.

Podemos perceber que nessa área houve uma maior diversidade de assuntos que envolviam o voleibol. Estiveram presentes diversos contextos em que ele acontece: no lazer, no esporte de rendimento, na escola e em diferentes contextos históricos. Isso demonstra que, nessa subárea do conhecimento, não se privilegia apenas uma forma de vivência do objeto analisado, conforme acontece na subárea da biodinâmica.

A carência da produção sobre voleibol na subárea pedagógica

Na área pedagógica, somente um artigo foi encontrado, publicado na revista Motriz. Consideramos o artigo pertencente à subárea pedagógica pelo fato de problematizar o processo de ensino e aprendizagem do voleibol, apesar de não se referir especificamente à escola (tabela 3).

Tabela 3
Artigos da área pedagógica

O artigo tem como objetivo investigar a organização pedagógica do processo de ensino, aprendizagem e treinamento da categoria mirim de três clubes catarinenses de voleibol (Collet et al., 2009Collet C, Donegá A, Nascimento J. A organização pedagógica do treinamento de voleibol: um estudo de casos em equipes mirins masculinas catarinenses. Motriz. 2009;15:209-18.). Os autores concluíram que a maioria dos técnicos prioriza treinos que retratem situações de jogo e teoriza a técnica correta de cada movimento. Foi detectada nessa pesquisa uma similaridade na conduta dos treinadores: todos eles buscaram corrigir a execução dos fundamentos técnicos e o aprimoramento das ações táticas, fornecendo feedbacks aos atletas.

Constatamos que há uma escassez de produção voltada para os professores que trabalham com voleibol nas escolas, pois não foram encontrados artigos que se preocupem com questões relacionadas com a forma como esse esporte pode ser trabalhado em tal ambiente. Consideramos que isso se constitui em um alerta ao campo da Educação Física, uma vez que está sendo deixado de lado um importante universo em que o voleibol acontece. Esse dado também nos faz pensar, portanto, que as disputas presentes no campo da Educação Física estão provocando efeitos, como, por exemplo, a inexistência da abordagem de objetos de pesquisa importantes para a sociedade. De acordo com Rigo et al. (2011, p. 344)Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2011;16:339-45., está acontecendo um "efeito migratório" dos pesquisadores da subárea pedagógica para fora da Educação Física.

Concluindo nossa análise, é possível afirmar que a produção acadêmica do voleibol, nos periódicos em estudo, apresenta predominância na área biodinâmica. Como alertam Manoel e Carvalho (2011)Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406., a predominância dessa subárea no âmbito "geral" da Educação Física não é algo por acaso; segundo eles, isso ocorre pelo fato de que os investimentos do governo em pesquisas nesse viés de conhecimento são muito maiores em relação aos demais. Além disso, conforme destacam Rigo et al., (2011)Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2011;16:339-45., outro fator determinante é o valor no conceito WebQualis das revistas dedicadas à área biodinâmica. Segundo eles, os critérios de avaliação da produção científica favorecem a área das ciências naturais, o que faz com que as revistas – e os artigos, por consequência – das áreas sociocultural e pedagógica acabem sendo menos valorizados. Os dados encontrados neste trabalho fazem-nos concordar: esse tipo de divisão leva a uma produção desigual do conhecimento, o qual muitas vezes é irrelevante para a sociedade e para o meio educacional escolar, aumenta a distância entre o que se pesquisa nas universidades e os interesses e as necessidades da sociedade (Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406.).

Considerações finais

Em que pesem os limites deste trabalho, com base neste estudo inicial, tivemos a intenção de trazer alguns elementos que, somados a outras investigaçõe, possam contribuir para as discussões contemporâneas relativas a algumas dinâmicas que pautam a Educação Física brasileira, em especial no que se refere à pesquisa e à pós-graduação. Diferentemente das análises epistemológicas que buscam saber como se constitui "cognitivamente" o conhecimento científico, analisamos o universo acadêmico e o identificamos como um "universo social". A partir desse "olhar", tivemos como objeto de estudo o contexto particular da pesquisa sobre o voleibol.

Problematizando os conhecimentos que, nesse contexto, são hoje produzidos, propusemos-nos a compreender como se dá a produção sobre voleibol nos periódicos acadêmicos Motriz, Movimento, Pensar a Prática e RBCE. Usamos como metodologia de pesquisa a análise documental, o que nos possibilitou apreender a produção acadêmica encontrada com profundidade. Identificamos 27 artigos que tematizam o voleibol desde o início da existência até o último número de 2011 dos quatro periódicos investigados. Para analisar esses artigos, optamos por categorizá-los a partir da divisão do campo acadêmico da Educação Física brasileira feita por Manoel e Carvalho (2011)Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406., em três subáreas: biodinâmica, sociocultural e pedagógica.

Dos 27 artigos encontrados, 20 foram classificados na área biodinâmica, seis foram classificados na área sociocultural e apenas um foi classificado na área pedagógica. Isso nos faz concordar com os trabalhos de Manoel e Carvalho (2011)Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37:389-406. e de Rigo et al. (2011)Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde. 2011;16:339-45., que afirmam que a subárea biodinâmica, ou das ciências biológicas e da saúde, é hegemônica em diversos aspectos relacionados à produção de conhecimento na Educação Física brasileira. Se, nas pesquisas feitas por esses autores a predominância dessa subárea é mostrada a partir de dados das pós-graduações em Educação Física, nosso trabalho aponta que essa predominância também acontece quando olhamos a produção referente a um objeto de estudo do campo da Educação Física.

A distribuição desigual entre as subáreas na produção do voleibol demonstrou que esse conteúdo é olhado não só mais enfaticamente pela subárea biodinâmica como também a partir de um único modo de expressão desse esporte, que é voleibol de rendimento. Ao chegar a essa constatação, não afirmamos que o voleibol não está presente nas preocupações de pesquisadores das outras subáreas que compõem a Educação Física, mas sim que o campo está desequilibrado em suas produções acadêmicas frente a essas três formas de compreender os objetos de estudo que compõem a Educação Física brasileira.

Apesar de termos nos detido em apenas quatro revistas acadêmicas e, ainda, em apenas um objeto de estudo, pudemos perceber o quanto o campo científico da Educação Física tem peculiaridades nas suas formas de operar. Essas formas provocam efeitos desiguais frente ao fazer científico dos pesquisadores das diferentes subáreas. Além disso, o voleibol acaba diminuído em sua pluralidade de significados frente ao olhar dos cientistas, já que, além de a subárea biodinâmica concentrar mais de 70% da produção sobre voleibol analisada, ela aborda apenas uma das formas de esse esporte ser vivenciado, qual seja, a de rendimento.

  • 1
    Entendemos crise da modernidade a partir de distintas perspectivas de intelectuais sobre o momento atual em que vivemos. Ver, por exemplo, "neomodernidade" (Fensterseifer, 2001Fensterseifer PE. A educação física na crise da modernidade. Ijui: Ed. Unijuí, 2001., p. 169); "alta modernidade" (Giddens, 2002Giddens A. Modernidade e identidade. Tradução: Plínio Dentzier. Zahar: Rio de Janeiro; 2002., p. 17), "pós-modernidade" (Hall, 2005Hall S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva. In: Guacira Lopes Louro. Rio de Janeiro: DP&A;2005., p. 3), "modernidade líquida" (Bauman, 2001Bauman Z. Modernidade líquida. Zahar: Rio de Janeiro; 2001., p. 3), entre outras.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2016

Histórico

  • Recebido
    16 Fev 2013
  • Aceito
    5 Set 2013
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