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Proposta de classificação das práticas corporais de aventura para o ensino na educação física escolar

Proposal of classification of the adventure bodily practices for teaching in physical education at school

Propuesta de clasificación de prácticas corporales de aventura para la docencia en educación física en la escuela

RESUMO

Este texto apresenta uma proposta de classificação das Práticas Corporais de Aventura voltada para seu ensino na Educação Física Escolar. Argumenta acerca da necessidade de classificar estas práticas com base em seus elementos constituintes, quais sejam: Deslocamento, Sentido do deslocamento, Formas de deslocamento, Impulso motriz, Risco e Aventura. Pretende com isso superar uma reprodução irrefletida dessas práticas corporais nas aulas de Educação Física, nos mesmos moldes e lógica com que se desenvolvem nos âmbitos do lazer, do esporte e do turismo, projetando estratégias para que este conteúdo de circunscreva no campo das pedagogias progressistas.

Palavras-chave:
Aventura; Educação física escolar; Metodologia de ensino; Classificação

ABSTRACT

This text presents a proposal for to rank the adventure bodily practices aimed at their teaching in school Physical Education. It argues the need to classify these practices based on their constituent elements, which are: Displacement, Direction of displacement, Forms of displacement, Driving impulse, Risk and Adventure. This intends to overcome the simplistic reproduction of these bodily practices in Physical Education classes along the same lines and logic with which they are developed in the areas of leisure, sport and tourism, designing implemented so that this content will be circumscribed in the field of progressive pedagogies.

Keywords:
Adventure; School physical education; Teaching methodology; Classification

RESUMEN

Este texto presenta una propuesta para la clasificación de las prácticas corporales de aventura orientadas a la enseñanza en la Educación Física Escolar. Se plantea la necesidad de clasificar estas prácticas en función de sus elementos constitutivos, a saber: Desplazamiento, Dirección del desplazamiento, Formas de desplazamiento, Impulso motriz, Riesgo y Aventura. Con ello se pretende superar la reproducción simplista de estas prácticas corporales en las clases de Educación Física con la misma línea y lógica con las que se desarrollan en los ámbitos del ocio, el deporte y el turismo, diseñando estrategias para que estos contenidos se circunscriban en el campo de las pedagogías progresistas.

Palabras-clave:
Aventura; Educación física escolar; Metodología de la enseñanza; Clasificación

INTRODUÇÃO

Desde a publicação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) pelo Ministério da Educação (Brasil, 2018Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular [Internet]. Brasília; 2018 [citado em 2021 Abr 2]. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abas...
), as Práticas Corporais de Aventura (PCAs) passaram a fazer parte, oficialmente, do rol de conteúdos a serem ministrados nas aulas de Educação Física (EF) nas redes de ensino de todo o país, sejam públicas ou privadas.

A BNCC determina legalmente os conteúdos e objetivos da Educação Fundamental, e nela aparece de maneira inovadora o conteúdo das ‘Práticas Corporais de Aventura’, sendo indicado para a EF desde o 6º. ano até o fim do Ensino Médio. Segundo o documento,

[...] na unidade temática Práticas corporais de aventura, exploram-se expressões e formas de experimentação corporal centradas nas perícias e proezas provocadas pelas situações de imprevisibilidade que se apresentam quando o praticante interage com um ambiente desafiador. Algumas dessas práticas costumam receber outras denominações, como esportes de risco, esportes alternativos e esportes extremos. Assim como as demais práticas, elas são objeto também de diferentes classificações, conforme o critério que se utilize. Neste documento, optou-se por diferenciá-las com base no ambiente de que necessitam para ser realizadas: na natureza e urbanas. As práticas de aventura na natureza se caracterizam por explorar as incertezas que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem e do risco controlado, como em corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arborismo etc. Já as práticas de aventura urbanas exploram a “paisagem de cimento” para produzir essas condições (vertigem e risco controlado) durante a prática de parkour, skate, patins, bike etc. (Brasil, 2018Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular [Internet]. Brasília; 2018 [citado em 2021 Abr 2]. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
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, s/p).

Uma indicação interessante da BNCC é que as PCAs sejam diferenciadas em ‘na natureza’ e ‘urbanas’, de acordo com o ambiente onde são realizadas; mas isto é apenas uma referência, não uma regra; afinal, como indicado no documento, uma corrida de orientação ou de aventura pode ser desenvolvida no meio urbano ou na natureza.

De qualquer forma, estas indicações da BNCC nos ajudam a refletir sobre as possibilidades das PCAs no ambiente escolar e em seu entorno. Cada escola tem seu próprio desenho, seu pátio, seus edifícios, seus espaços abertos e/ou fechados; e também cada uma tem seu entrono específico: algumas estão em pleno centro das cidades, cercadas de cimento, outras mais periféricas estão ao lado de praças, parques, terrenos baldios; sem falar em escolas de áreas rurais, com entorno natural privilegiado, mas sem a opção do ambiente artificial urbano... Ou seja, o planejamento de inserção das PCAs na EF será tanto um resultado dos interesses (de professores/as e alunos/as), quanto das condições ambientais – às quais acrescentamos as condições físico-estruturais.

Por outro lado, frisamos que já havia uma expansão significativa dos estudos nesta temática mesmo antes da BNCC (Darido e Tahara, 2016Darido SC, Tahara AK. Práticas corporais de aventura em aulas de educação física na escola. Conexões. 2016;14(2):113-36.; França, 2016França DL. Práticas corporais de aventura nas aulas de educação física: as possibilidades pedagógicas no 5º ano do ensino fundamental [dissertação]. Curitiba: Programa de Pós-graduação em Educação, Universidade Federal do Paraná; 2016 [citado em 2021 Mar 25]. Disponível em: https://hdl.handle.net/1884/45271
https://hdl.handle.net/1884/45271...
; Inácio et al., 2016Inácio HLD, Cauper DAC, Silva LAP, Morais GG. Práticas corporais de aventura na escola: possibilidades e desafios: reflexões para além da Base Nacional Comum Curricular. Motrivivência. 2016;28(48):168-87. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p168.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2016...
; Maldonado et al., 2014Maldonado DT, Bocchini D, Barreto A, Rodrigues GMR. As dimensões atitudinais e conceituais dos conteúdos na educação física escolar. Pensar Prát. 2014;17(2):546-59. http://dx.doi.org/10.5216/rpp.v17i2.23825.
http://dx.doi.org/10.5216/rpp.v17i2.2382...
; Pereira, 2013Pereira DW. Slackline: vivências acadêmicas na educação física. Motrivivência. 2013;41:223-33.; Darido, 2012Darido SC. Educação física e temas transversais na escola. Campinas: Papirus; 2012. 240 p. (vol. 1).; Pereira e Armbrust, 2010Pereira DW, Armbrust I. Pedagogia da aventura: os esportes radicais, de aventura e ação na escola. Jundiaí: Fontoura; 2010; Armbrust e Lauro, 2010Armbrust I, Lauro FAA. O Skate e suas possibilidades educacionais. Motriz Rev Educ Fis. 2010;16(3):799-807.), mas ainda em número insuficiente para atribuir a este conteúdo o devido valor pedagógico que aqui reforçamos, o que agiganta a necessidade de produzir conhecimento específico para esta dinâmica.

Uma estratégia metodológica importante no processo de ensino-aprendizagem é classificar os conteúdos que se objetiva ministrar em grupos – por similaridade e/ou por distanciamento, caracterizando-os e diferenciando-os.

Neste sentido, vários autores têm apresentado, no âmbito de suas publicações, algum quadro ou listagem para classificar as PCAs. Nosso objetivo aqui é discutir estas classificações e sintetizá-las para então apresentar uma nova classificação, e que atenda especialmente às necessidades do ensino das PCAs na educação básica.

CLASSIFICAÇÃO DAS PCAS: UMA PROPOSTA COM BASE EM SEUS ‘ELEMENTOS CONSTITUINTES’

No mundo científico, a classificação tem muitos objetivos, mas geralmente pode ser definida como uma reunião de objetos ou de seres com características semelhantes e a separação de outros que não têm nada a ver. Fazemos isto para melhor compreender suas características, sua maneira de ser e de viver, e as relações entre eles. Enfim, é uma maneira de tentar compreender o mundo: estabelecer classes de objetos/seres vivos/atividades com características ou elementos comuns, e compará-los eles entre si e com outras classes.

No caso das PCAs, a primeira classificação sistematizada publicizada no Brasil foi a de Betrán e Betrán (1995)Betrán JO, Betrán AO. Propuesta de una clasificación taxonómica de las actividades físicas de aventura en la naturaleza. Marco conceptual y análisis de los criterios elegidos. Apunts. Educ Fis Deporte. 1995;41(3):108-23.. Estes autores, justo em uma época na qual os estudos sobre esse tipo de prática corporal estavam começando a se difundir, ganharam notoriedade; um deles inclusive, Javier Olivera Betrán, foi convidado ao Brasil na segunda metade dos anos 1990, pela Professora Heloisa Bruhns, da Unicamp, notória estudiosa do tema.

A taxonomia apresentada por estes autores não tinha como objeto ser uma ferramenta para o ensino das PCAs na escola, mas sim de ser tão ampla e útil quanto possível, não só no campo da Educação Física, mas também para a Sociologia, a Economia, o Turismo etc. É uma classificação tão complexa que exige, por si só, um estudo aprofundado. Contudo, para o campo escolar, acaba por apresentar-se como uma ferramenta de pouca utilidade, e é raro encontrar alguma publicação que indique seu uso para a EF escolar.

Betrán e Betrán nos comunicam que, para realizar a classificação, partiram de uma seleção de critérios englobados em cinco grupos: 1) o entorno físico, 2) o entorno pessoal, 3) as atividades em si, 4) uma qualificação meio ambiental e 5) o entorno social.

No entorno físico, apresentam o Ar, a Terra e a Água como os meios em que a prática acontece, e ainda que estes meios podem estar nos planos horizontal ou vertical, e serem estáveis ou incertos.

Em entorno pessoal indicam a presença de uma dimensão emocional, de uma sensação e de artefatos tecnológicos usados nas práticas, sendo que neste último também está o ‘corpo’ como único artefato necessário às práticas.

Em atividades, listam as práticas até então conhecidas e amplamente difundidas, desde patins, rapel e até mesmo cruzeiros.

Na qualificação meio ambiental, sugerem uma classificação em termos do impacto ambiental produzido pela PCA: alto, médio ou baixo.

E no entorno social nos apontam que as PCAs podem ser realizadas individualmente ou em grupos, com ou sem colaboração.

Levar todas estas características em conta para um planejamento escolar seria exigir um profundo esforço do/a professor/a, bem como complexificaria sobremaneira a dinâmica docente em termos de acompanhar processualmente a apropriação dos conteúdos pelas turmas e para uma avaliação formal.

Talvez seja por isso que encontramos pouquíssimas produções acadêmicas voltadas ao ensino das PCAs na EF escolar sustentadas nesta classificação1.

Mas importa ressaltar que sim, a taxonomia de Betrán e Betrán é relevante e pode ser utilizada para o ensino da EF na escola, mas, talvez, em projetos multidisciplinares nos quais as Ciências, a Geografia, as Artes, a Física, entre outras, pudessem compartilhar seu desenvolvimento.

Estes mesmos autores elaboraram 21 anos depois uma revisão de seu quadro com as classificações (Betrán e Betrán, 2016Betrán JO, Betrán AO. Las actividades físicas de aventura en la naturaleza (AFAN): revisión de la taxonomía (1995-2015) y tablas de clasificación e identificación de las prácticas. Apunts. Educ Fis Deporte. 2016;124(2):53-88.), e parece-nos que as classificações seguintes seguiram a proposta destes autores, com algumas modificações e/ou adaptações.

Em Franco et al. (2014)Franco LCP, Cavasini R, Darido SC. Práticas corporais de aventura. In: González FJ, Darido SC, Oliveira AAB, editores. Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura: práticas corporais e a organização do conhecimento. Maringá: Eduem; 2014. p. 101-35., encontramos uma classificação derivada dali, na qual se mostra um eixo principal de classificação, qual seja, o meio onde a PCA é realizada: Terra, Água ou Ar, sendo este eixo um elemento determinante na classificação.

Em um segundo eixo, os autores apresentam uma descrição de várias PCAs, e encontramos ali alguns elementos que se repetem: deslocamento, desafios, habilidades corporais, rodas, deslizamento, entre outros, levando-nos a refletir que há elementos constituintes das PCAs, os quais podem servir a algum tipo de classificação (Quadro 1).

Quadro 1
Classificação das práticas corporais de aventura segundo o meio.

É uma classificação simples e de fácil acesso. Estes autores ainda destacam que

Esses exemplos de práticas corporais de aventura e suas classificações dão a dimensão das possibilidades e da amplitude desse tema. Salienta-se que não foram citadas, nos exemplos anteriores, as práticas de aventura motorizadas, por julgar não serem adequados para uma abordagem em iniciativas educacionais escolares […]. (Franco et al., 2014Franco LCP, Cavasini R, Darido SC. Práticas corporais de aventura. In: González FJ, Darido SC, Oliveira AAB, editores. Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura: práticas corporais e a organização do conhecimento. Maringá: Eduem; 2014. p. 101-35., p. 105).

Todavia, ao contrário da classificação de Betrán e Betrán apresentada mais acima, esta última deixa de apresentar às/aos professoras/es de EF algumas particularidades das PCAs, que as definiriam em função de elementos comuns ou diferenciadores.

Em outros estudos (Marinho, 2008; Uvinha, 2001Uvinha RR. Juventude, lazer e esportes radicais. Barueri: Manole; 2001.) encontramos alguma variação nas classificações apresentadas (por exemplo, a distinção entre serem desenvolvidas ‘na natureza’ ou ‘no meio urbano’), o que nos leva a asseverar que tal classificação das PCAs baseadas no meio onde acontecem e em suas descrições têm sido a síntese aceita e acatada no meio acadêmico. Pimentel (2013Pimentel G. Esportes na natureza e atividades de aventura: uma terminologia aporética. Rev Bras Ciênc Esporte. 2013;35(3):687-700., p. 695) comunga desta assertiva ao apontar que

O eixo espacial é uma das articulações mais fortes nas publicações, pois a referência a ar, água e terra está presente em muitas das diferentes nomenclaturas (Parlebas, 1988; Uvinha, 2001; Marinho, 2008). Enfim, essa tríade é uma questão pretensamente pacífica1 entre os estudiosos, pois a aventura se dá na interação não-usual com um ou mais desses tipos de ambiente.

A Base Nacional Comum Curricular – BNCC (Brasil, 2018Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular [Internet]. Brasília; 2018 [citado em 2021 Abr 2]. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
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) não se dedica a ao tema da classificação das PCAs, apesar de ser documento inovador ao indicar este conteúdo para a EF escolar, apresentando apenas os aspectos do risco/imprevisibilidade e do meio onde ocorrem:

As práticas de aventura na natureza se caracterizam por explorar as incertezas que o ambiente físico cria para o praticante na geração da vertigem e do risco controlado, como em corrida orientada, corrida de aventura, corridas de mountain bike, rapel, tirolesa, arborismo etc. Já as práticas de aventura urbanas exploram a “paisagem de cimento” para produzir essas condições (vertigem e risco controlado) durante a prática de parkour, skate, patins, bike etc. (Brasil, 2018Brasil. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular [Internet]. Brasília; 2018 [citado em 2021 Abr 2]. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/abase/
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, s/p).

Temos então um acervo importante de propostas de classificação das PCAs, sustentadas nos eixos ‘Meio’ (ar, terra e água) e ‘Atividades’, que repetem uma lista de PCAs por suas nomenclaturas conhecidas (p.ex. rapel, surfe, skate).

Uma análise preliminar disto nos faz pensar que tais classificações, ao listarem as PCAs em seus formatos mais conhecidos, mais afastam do que aproximam as PCAs da EF escolar, uma vez que tais práticas corporais carregam em si um ‘risco’ à saúde do/a praticante, e isto é visto como um dos muitos obstáculos à sua inserção no meio escolar (Inácio et al., 2016Inácio HLD, Cauper DAC, Silva LAP, Morais GG. Práticas corporais de aventura na escola: possibilidades e desafios: reflexões para além da Base Nacional Comum Curricular. Motrivivência. 2016;28(48):168-87. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2016v28n48p168.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2016...
) além da forte presença de tal risco no imaginário social, o que leva a uma resistência de pais/mães, professores/as, membros da gestão escolar etc.

Em pesquisa desenvolvida recentemente por Morais (2020)Morais GG. Práticas corporais de aventura na educação física escolar: uma proposta de ensino com base na metodologia crítico-superadora [dissertação]. Goiânia: Programa de Mestrado em Educação Física em Rede, Universidade Federal de Goiás; 2020., foi possível diagnosticar que alunos e alunas têm dificuldade em interpretar o meio no qual algumas PCAs são realizadas, como, por exemplo, a patinação no gelo (terra ou água?), o slackline (terra ou ar?), entre outras. Disto deriva que uma proposta de classificar as PCAs deva levar em conta todo o tipo de mescla de caracterizações que seja possível observar.

O slackline, por exemplo, nem sequer aparece na classificação de Betrán e Betrán de 1995, mas na revisão realizada em 2016, sim, e é apresentado como uma prática de ‘Terra’; no entanto, é desenvolvido sobre uma fita esticada acima do solo, em alguns casos a muitos metros de altura, quando fixado entre montanhas ou edifícios (modalidade do slackline chamada de highline). Então, não seria uma prática de ‘Ar’? Por isso indicamos a necessidade de criar categorias de modalidades mistas, quando o ambiente não está exatamente definido.

Neste sentido, o que faremos aqui é apresentar outra forma de classificar as PCAs, aceitando o fato de que também tem suas limitações, pois entendemos que, ao buscar agrupar características de fenômenos tão complexos quanto as PCAs, acaba por resumir e/ou simplificar alguns de seus sentidos e significados. Nossa classificação está baseada no que estamos chamando de ‘Elementos Constituintes’.

O primeiro passo é ‘esquecer’ as práticas tal e qual são conhecidas: rapel, tirolesa, rafting, slackline etc., e olhar para as modalidades por seus elementos comuns, como também o faz a Pedagogia do Esporte (González e Bracht, 2012González FJ, Bracht V. Metodologia do ensino dos esportes coletivos. Vitória: UFES, Núcleo de Educação Aberta e à Distância; 2012. 126 p.) ao agrupar as modalidades em esportes com Relações de colaboração, Relações de oposição, Esportes dentro do conjunto SEM interação entre adversários, Esportes dentro do conjunto COM interação entre adversários, de rede, de marca, esportes de invasão, de campo e taco, de combate, sem citarem nominalmente cada modalidade esportiva.

Continuando então este processo – e acatando que as PCAs ocorrem nos meios aquático, terrestre e aéreo –, ou em uma conjunção deles, precisamos definir quais são os grupos de elementos comuns que as constituem; neste sentido, observamos que nas PCAs há sempre um ‘DESLOCAMENTO’, ou seja, a pessoa se move de um lugar para outro, digamos de um ponto A para um ponto B, ou para vários outros pontos em sequência, retornando ou não ao ponto de partida (Figura 1 e 2).

Figura 1 e 2
Tirolesa e Arvorismo. Na tirolesa observa-se um deslocamento apenas entre dois pontos; já no Arvorismo observam-se vários pontos intermediários entre o inicial e o final. Fonte: Imagens públicas extraídas da internet.

Tal deslocamento nos leva à segunda característica ou elemento constituinte das PCAs: o SENTIDO do deslocamento, o qual pode ser vertical, horizontal, diagonal e até misto, como no surfe, onde o/a surfista está se deslocando sobre uma onda, geralmente da parte funda da praia para a parte mais rasa, fazendo um deslocamento quase horizontal, mas acrescido de uma série de outros deslocamentos na onda surfada, chamados de ‘manobras’, pelos quais o/a surfista sobe, desce, volta, avança, gira, salta, de acordo com suas próprias capacidades e desejos (Figura 3).

Figura 3
Surfe. Diversos sentidos de deslocamentos no surfe. Fonte: Imagem pública extraída da internet.

Estes deslocamentos, que apresentam sentido(s), se dão de alguma forma, ou seja, o/a praticante está andando, ou deslizando, ou sobre rodas, ou caindo, ou saltando para cima etc. Então temos a terceira característica das PCAs: a ‘FORMA DO DESLOCAMENTO’.

Como há várias ‘formas’ de deslocamento, indicamos que estas sejam consideradas como subelementos constituintes das PCAs; são elas o ‘DESLIZAMENTO’, as ‘HABILIDADES CORPORAIS’2, o ‘ROLAMENTO’, a ‘QUEDA LIVRE’ e, finalmente, o ‘BALANÇO’.

O deslizamento se caracteriza pelo deslocamento em que o praticante está em contato com o meio no qual realiza a PCA e escorrega sobre este, com o próprio corpo ou com a mediação de algum artefato/equipamento.

Aqui, como nos outros elementos, apontamos algumas situações conflitantes sobre a definição do tipo de deslocamento; usamos para isto o rafting como exemplo: esta PCA trata de uma balsa, inflável ou não, que navega – quase sempre em rios de correnteza forte. A aventura consiste em atravessar tais correntezas em segurança. Mas será que temos aqui um deslocamento por deslizamento? A resposta é sim; no entanto, este deslizamento está associado a empurrões dados pelas ‘marolas’, quando então o bote pode se deslocar por saltos, arrastes etc. Um exercício paciente de reflexão provavelmente nos mostrará que quase sempre temos dois ou mais tipos destes associados durante as PCAs.

As habilidades corporais são a caminhada, a corrida, os saltos, as piruetas etc., empreendidas pelo próprio praticante; neste caso, ele pode estar em contato com algum dos meios em certos momentos e em outros não. Um ótimo exemplo de PCA contemporânea, realizada por meio das habilidades corporais, e que já vem sendo, inclusive, significativamente utilizada em aulas de EF é o Le Parkour.

Quando utilizamos algum equipamento que tenha rodas, e é o movimento destas, rodando, que promove o deslocamento, chamamos de Rolamento. Sabemos que a expressão rolamento também é utilizada nas ginásticas, no Le Parkour, em algumas lutas marciais etc. Poderíamos chamar de rodízio, de Rodagem ou outra palavra; todavia, decidimos manter Rolamento pela familiaridade com ela.

Uma PCA bastante conhecida, a tirolesa, acontece, via de regra, com uma roldana que gira sobre uma corda ou cabo esticado. Entretanto, em algumas situações, quando não há a roldana, o deslocamento acontece pelo deslizamento de algum equipamento sobre a corda ou cabo; pode ser um mosquetão, um gancho ou mesmo um laço feito de corda.

Continuamos destacando situações nas quais nossa própria proposta de classificação se vê em conflito, para reforçar que a consideramos relevante para o ensino das PCAs na EF escolar, mas que cada contexto educacional deve dela se apropriar de acordo com suas condições.

A queda livre está presente em PCAs nas quais o praticante se solta, sem amarras, sem freios, no meio ‘ar’, o que lhe imprime um deslocamento de cima para baixo. Esta pode ser a forma de deslocamento mais difícil de ser realizada em aulas de EF, mas é possível a partir de algumas estratégias de amortecimento da queda.

Finalmente, o balanço é uma forma de deslocamento distinta das demais, pois recebe influência da queda livre e das habilidades corporais, e não há presença de deslizamento ou rolamento.

Em termos de PCAs, é mais comum observarmos balanços compridos, chamados então de pêndulos. Mas a lógica é a mesma de um balanço pequeno.

Seguindo a identificação de elementos constituintes comuns a todas as PCAs, chegamos ao ‘IMPULSO’ ou força motriz, que imprime o movimento/deslocamento na/da PCA. Temos então nesta categoria de elementos constituintes das PCAs a ‘GRAVIDADE’, o ‘VENTO’, e a força ‘HUMANA’. É possível pensar em uma série de sobreposições destes impulsos em situações das mais diversas nas PCAs, como também se dá nos deslocamentos.

Outro elemento que constitui tacitamente estas práticas é o ‘RISCO CONTROLADO’. Isto quer dizer que quem está desenvolvendo algumas das PCAs cumpriu, ou deveria ter cumprido, o que podia ser feito em termos de planejamento, de organização, de orientação, de equipamentos e materiais, foi feito; e que, com isso, a possibilidade de acontecer algum acidente danoso é reduzida quase a zero. Nas PCAs, a ideia é que haja de fato tal risco, para produzir as emoções que são sempre referenciadas a elas, costumeiramente (e equivocadamente) chamadas de ‘adrenalina’.

É importante compreender que um aspecto destes riscos pode ser real, mas que pode ser também subjetivo, pois há muitas situações nas quais muitas pessoas nem sequer se motivam a realizar, por entendê-las como muito simples, enquanto outras pessoas se amedrontam a ponto de se recusarem a praticá-la.

Finalmente, há a expressão que acompanha estas práticas corporais, seja como adjetivo, seja como o próprio significado intrínseco da prática e que está na própria denominação: a ‘AVENTURA’! Aqui, entendida como o enfrentamento dos riscos (controlados), e que gera emoções e sentimentos de diversas ordens: medo, euforia, ansiedade, alegria etc. (Inácio, 2014Inácio HLD. Práticas corporais de aventura na natureza. In: González FJ, Fensterseifer P, editores. Dicionário crítico de educação física. 3. ed. Ijuí: Unijuí; 2014. p. 531-5. (vol. 1).).

Pereira et al. (2020Pereira DW, Romão SP, Camargo AAS. A aventura como desafio aos professores de educação física. Corpoconsciência. 2020;24(3):36-46., p. 37) propõem que o substantivo ‘aventura’ seja a própria denominação das PCAs: “[…] o substantivo aventura para identificar as práticas ou atividades, sejam elas esportivas, educacionais ou de lazer que contém o risco e a vertigem como elemento central de suas intencionalidades”.

Todavia, reforçamos: aqui identificamos a aventura como um dos elementos que constituem as PCAs, e não como a prática em si.

Resumindo, estamos propondo que, para o ensino das PCAs na EF escolar, sejam levados em conta que tais práticas são constituídas por um DESLOCAMENTO, o qual acontece em várias DIREÇÕES e/ou SENTIDOS, como horizontal, vertical, misto (Figura 4, 5, 6 e 7).

Figura 4
Deslocamentos. Deslocamento e seus sentidos. Fonte: A autoria.
Figura 5
Formas de deslocamento. Podem ser desenvolvidos de várias FORMAS, como rolamento, deslizamento, queda livre ou controlada, pelas habilidades corporais etc. Fonte: A autoria.
Figura 6
Impulso. Recebendo um ou mais tipos de IMPULSO para que o movimento aconteça: empurrão, gravidade, salto com as pernas, entre outras. Fonte: A autoria.
Figura 7
Aventura x Risco. Nas PCAs ‘sempre’ há um RISCO, o qual deve ser planejado e gerido de maneira que a probabilidade de acidente seja próxima de zero (CONTROLADO), e a AVENTURA, que caracteriza estas práticas corporais pelo ineditismo e por seu distanciamento com/no cotidiano escolar. Fonte: A autoria.

Finalmente, importa dizer que há outros elementos presentes nas PCAs, mas que não são, exatamente, constituintes destas: a possibilidade de realizá-las individualmente ou em grupo; com ou sem cooperação; a superação, ou não, de relações de poder entre os praticantes (tão comuns nos esportes tradicionais), entre outros, que o/a professor/a pode tematizar/planejar/inserir em suas aulas, de acordo com suas expectativas e objetivos.

APLICANDO ESTA CLASSIFICAÇÃO EM AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

O estudo de Morais (2020)Morais GG. Práticas corporais de aventura na educação física escolar: uma proposta de ensino com base na metodologia crítico-superadora [dissertação]. Goiânia: Programa de Mestrado em Educação Física em Rede, Universidade Federal de Goiás; 2020.3 foi uma das diversas investigações que vêm sendo empreendidas com o uso, ainda rascunhado, desta proposta de classificação da PCAs. Este autor, objetivando elaborar uma Unidade Didática para o ensino das PCAs para turmas de 6º. Ano, o primeiro com este conteúdo previsto na BNCC, desenvolveu uma série de aulas sem se ater às PCAs mais conhecidas e já presentes no imaginário da turma; diferentemente disso, Morais apresentou os elementos constituintes das PCAs, e seus/suas alunos/as criaram algumas PCAs, as quais foram experimentadas e avaliadas, pela própria turma, como um conteúdo relevante e motivante para as aulas de EF.

A seguir apresentamos uma dessas práticas corporais de aventura:

  • PCA: Deslizamento com garrafas PET adaptadas como artefato de deslize, colocado sob os pés.

  • Deslocamento: basicamente horizontal

  • Forma de deslocamento: Deslizamento – entre um artefato e uma superfície

  • Impulso: força humana

  • Aventura: deslizar em permanente conflito entre equilíbrio-desequilíbrio

  • Risco controlado: possibilidade de queda atenuada com o uso de uma corda de equilíbrio e o apoio de colegas

Após uma aula na qual as experimentações de Deslizamento foram realizadas na quadra da escola, a turma propôs buscar outra superfície mais lisa, portanto mais deslizante; na aula seguinte, então, a PCA foi experimentada sobre grama seca e, logo em seguida, em grama molhada, o que propiciou um deslizamento bastante fácil e rápido, elevando as sensações de aventura e de risco. (Figura 8 e 9)

Figura 8
Aparato de deslizamento.
Figura 9
Aluna experenciando. Aparato de deslizamento usado sob os pés, com auxílio da corda para manter-se de pé. Fonte: A autoria.

Evidentemente, houve uma associação deste artefato construído pela turma ao equipamento conhecido como patins – de roda ou de lâmina (para gelo) –, mas o professor chamava à atenção, sempre que necessário, para o fato de que estavam vivenciando uma PCA de deslizamento, com a presença de todos os elementos constituintes, tais como listado acima.

À GUISA DE CONCLUSÃO

Sabemos que não há classificação perfeita, que abranja todos os aspectos de seu objeto. Por isso mesmo, apontamos mais acima que esta proposta também apresenta suas limitações.

Todavia, partimos da premissa de que as classificações até aqui compartilhadas com a comunidade acadêmica – e, mais importante, com a categoria de professoras e professores de EF das diversas redes públicas e privadas do ensino básico – não contribuíram significativamente para o avanço da inserção deste conteúdo na EF escolar, seja por sua complexidade ou, ao revés, por sua singeleza – o que, repetimos, não lhes restringe méritos nem importância para o desenvolvimento do campo.

Nesta direção, trazemos uma classificação baseada não nas práticas em si, esperando que isto diminua as oportunidades de uma reprodução acrítica de atividades típicas dos âmbitos do lazer e do esporte; iniciar o ensino deste conteúdo partindo de PCAs tradicionais pode gerar uma expectativa irrefletida de que alunas e alunos realizem as PCAs seguindo a mesma lógica destas atividades quando se dão fora da escola.

Assim, pretendemos que este trabalho possa balizar uma situação de ensino-aprendizagem crítica, que busca autonomia do alunado, que enxerga a aquisição do conhecimento como um processo espiralado, que reflete sobre os contextos todos envolvidos em cada PCA – sociais, culturais, econômicos, históricos etc. (Coletivo de Autores, 1992Coletivo de Autores. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez; 1992.).

Entendemos que a classificação aqui apresentada pode contribuir na direção de uma EF crítica, uma vez que propõe reflexões e decisões coletivas (professor/a + alunos/as) sobre as PCAs que serão desenvolvidas em aula, ao invés de uma pedagogia que apenas reproduz na escola a mesma lógica desenvolvida nestas PCAs enquanto conteúdos do Lazer e/ou do Esporte.

Não iniciar o processo de ensino-aprendizagem apontando PCAs já conhecidas deve permitir uma construção própria e mesmo singular deste conteúdo.

Importa ainda acrescentar que esta classificação foi elaborada ao longo de estudos baseados da Metodologia Crítico-superadora (Coletivo de Autores, 1992Coletivo de Autores. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo: Cortez; 1992.), e que esta se apresentou viável para desenvolver os elementos daquela metodologia: relevância social do conteúdo (conteúdos da cultura corporal brasileira que tenham relevância social); a contemporaneidade do conteúdo (temas atuais) e as características sociocognitivas dos alunos (conteúdos que se adaptam ao nível de crescimento e desenvolvimento do aluno); atendendo também o ‘Princípio da Espiralidade’ lá indicado.

Ao propormos a construção na própria escola das PCAs que serão desenvolvidas e apreendidas pelos/as alunos/as, comungamos com Kunz (1994)Kunz E. Transformações didático-pedagógica do esporte. 5. ed. Ijui: UNIJUI; 1994. 152 p. (vol. 1). quando fala do esporte ‘na’ e do esporte ‘da’ escola, utilizando a mesma argumentação para que haja uma PCA ‘da escola’ e não ‘na escola’.

Tal proposta não marginalizava, absolutamente, que se chegue, em algum momento, às PCAs mais tradicionais; mas entendemos que isto deva se dar de forma planejada, após a apropriação/construção de todo um conhecimento sobre elas, desde seus elementos constituintes, passando por PCAs mais simples e de fácil desenvolvimento até outras, mais complexas, requerentes de técnicas e até de equipamentos mais apurados.

  • FINANCIAMENTO

    Declaro não ter havido apoio financeiro para o desenvolvimento desta pesquisa.
  • 1E afirmamos isto não apenas para o cenário brasileiro, como também para o contexto espanhol, o qual conhecemos bem por dois Pós-doutorados lá realizados e de onde os autores são originários.
  • 2Neste texto usamos a expressão ‘habilidades corporais’, em outros estudos, como de Morais (2019), este elemento foi denominado como ‘correr, andar’.
  • 3O estudo foi autorizado pelo Comitê de Ética da UFG, sob número CAEE 10398019.3.0000.5083.

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    13 Ago 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    19 Abr 2021
  • Aceito
    20 Maio 2021
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