Acessibilidade / Reportar erro

A ginástica como tema de investigação nos programas de pós-graduação em educação física no Brasil (1980-2020)

Gymnastics as a research topic in Brazilian physical education postgraduate programs (1980-2020)

La gimnasia como tema de investigación en los programas de posgrado en educación física en Brasil (1980-2020)

RESUMO

Esta pesquisa de característica documental buscou mapear a produção de conhecimento sobre ginástica no período de 1980 a 2020 em teses e dissertações dos programas de pós-graduação stricto sensu em educação física no Brasil e identificar os professores orientadores e Instituições de Ensino Superior (IES) com maior representatividade no tema. Ao todo foram identificadas 20 teses e 109 dissertações. A UNICAMP é a IES responsável por 31% das produções e entre os professores destacam-se Nunomura, M., Nista-Piccolo, V. L. e Souza, E. P. M. A ginástica artística, ginástica rítmica e ginástica para todos são predominantes e perspectivadas, sobretudo, nas áreas sociocultural e pedagógica. Este panorama destaca que outras modalidades e áreas ainda são carentes de estudo.

Palavras-chave:
Educação física e treinamento; Ginástica; Educação de pós-graduação; Bibliometria

ABSTRACT

This documental study aimed to characterize the knowledge production about gymnastics over the period 1980 to 2020 in theses and dissertations of stricto sensu postgraduate programs in physical education in Brazil and to identify the advisors and Higher Education Institutions (HEI) with greater representation in gymnastics through their productions. In total, 20 theses and 109 dissertations were identified. UNICAMP is the HEI responsible for 31% of the productions and among the professors stand out Nunomura, M., Nista-Piccolo, V.L. and Souza, E.P.M. Artistic gymnastics, rhythmic gymnastics, and gymnastics for all are predominant and prospected, mainly in the sociocultural and pedagogical areas. This panorama shows that other modalities and areas still need to be studied.

Keywords:
Physical education and training; Gymnastics; Graduate education; Bibliometrics

RESUMEN

Este estudio documental tuvo como objetivo caracterizar la producción de conocimiento sobre gimnasia en el período 1980 a 2020 en tesis y disertaciones de posgrados stricto sensu en educación física en Brasil e identificar a los profesores asesores e Instituciones de Educación Superior (IES) con mayor representación en gimnasia mediante sus producciones. Se identificaron 20 tesis y 109 disertaciones. UNICAMP es la IES responsable por 31% de las producciones y entre los professores asesores destacan Nunomura, M., Nista-Piccolo, V.L. y Souza, E.P.M. La gimnasia artística, la gimnasia rítmica y la gimnasia para todos son predominantes y considerados, sobre todo, en los ámbitos socioculturales y pedagógicos. Este panorama destaca que aún quedan por estudiar otras modalidades y áreas.

Palabras-clave:
Educación y entrenamiento físico; Gimnasia; Educación de postgrado; Bibliometría

INTRODUÇÃO

A expansão dos programas de pós-graduação em educação física (EF) no Brasil dada a partir dos anos 1980 resultou em um rápido desenvolvimento do conhecimento científico e do campo de estudos que abarca a área (Lüdorf, 2002Lüdorf SMA. Panorama da pesquisa em educação física da década de 90: análise dos resumos de dissertações e teses. J Phys Educ. 2002;13:19-25. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfisv13n2p19-25.
http://dx.doi.org/10.4025/reveducfisv13n...
; Rosa e Leta, 2011Rosa S, Leta J. Tendências atuais da pesquisa brasileira em Educação Física. Parte 2: a heterogeneidade epistemológica nos programas de pós-graduação. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2011;25(1):7-18. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092011000100002.
http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092011...
; Teixeira et al., 2019Teixeira FC, Broch C, Kravchychyn C, Barbosa-Rinaldi IP. Formação de professores universitários na pós-graduação stricto sensu em Educação Física no Brasil: uma revisão sistemática. Motrivivência. 2019;31(59):1-21. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2019e57566.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2019...
). Ao considerarmos o recente crescimento desses programas, é necessário um constante acompanhamento que se paute em diagnósticos e avaliações (Rigo et al., 2011Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2011;16(4):339-45. http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p339-345.
http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p...
). Bracht et al. (2012)Bracht V, Faria B, Moraes C, et al. A educação física escolar como tema da produção do conhecimento nos periódicos da área no Brasil (1980-2010): Parte II. Movimento. 2012;18(2):11. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.30158.
http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.301...
, Pizani (2016)Pizani J. Educação física e a educação integral e de tempo integral no Brasil [tese]. Maringá: Programa de Pós-graduação Associado em Educação Física, Universidade Estadual de Maringá; 2016. e Teixeira et al. (2019)Teixeira FC, Broch C, Kravchychyn C, Barbosa-Rinaldi IP. Formação de professores universitários na pós-graduação stricto sensu em Educação Física no Brasil: uma revisão sistemática. Motrivivência. 2019;31(59):1-21. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2019e57566.
http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2019...
chamam a atenção para esse processo ao ponderarem a lógica de produtivismo acadêmico da EF emergente na pós-graduação brasileira. Como refletem os mesmos autores, cada tema dentro da referida área necessita contextualizar a sua produção, de modo que seja possível identificar e entender quais lacunas teóricas que persistem nos diferentes campos de atuação e nortear o seu próprio desenvolvimento.

No contexto dos programas de pós-graduação, o percurso da produção científica é guiado também pelo professor orientador. Ferreira et al. (2009)Ferreira LM, Furtado F, Silveira TS. Relação orientador-orientando: o conhecimento multiplicador. Acta Cir Bras. 2009;24(3):170-2. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-86502009000300001. PMid:19503996.
http://dx.doi.org/10.1590/S0102-86502009...
descreve que a relação entre orientador e orientando pode ser configurada como parte integrante do processo e desempenho de uma pós-graduação. Entre os desafios que surgem nessa relação, os orientadores preocupam-se com a dificuldade do orientando em escolher um tema que esteja afinado com a sua linha de pesquisa, além do desenvolvimento metodológico e da manutenção do compromisso de pesquisador com o papel social da investigação (Viana e Veiga, 2010Viana CMQQ, Veiga IPA. O diálogo acadêmico entre orientadores e orientandos. Educação. 2010;33:222-6.). É pertinente, portanto, refletir sobre como as experiências e preferências do professor orientador poderão influenciar na escolha temática da produção científica. Nesse ponto, Rigo et al. (2011)Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2011;16(4):339-45. http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p339-345.
http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p...
pontuam que, em 2011, nos programas de pós-graduação em EF havia 260 pesquisadores atuando na área relacionada com as ciências biológicas e da saúde e 142 na área relacionada com as ciências sociais e humanas.

Em complemento a essas configurações e relações, a pós-graduação em EF abarca uma amplitude de temas passíveis de serem explorados (Rigo et al., 2011Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2011;16(4):339-45. http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p339-345.
http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p...
). Não obstante disso e com afinidade direta com a abrangência de conhecimentos da EF, encontra-se a ginástica, considerada um conteúdo clássico da EF e com possibilidades de atuação em diversos campos como o de competição, de demonstração, de condicionamento físico, de conscientização corporal e o fisioterápico (Souza, 1997Souza EPM. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 1997.). Assim, a ginástica pode ser desenvolvida em diversos contextos como escolas, clubes, academias, empresas, hospitais, projetos sociais e comunitários, centros de treinamento, universidades etc.

Compreendemos que a intervenção profissional em ginástica e a produção de conhecimento científico devem caminhar juntas, de modo que lacunas preenchidas no campo da ciência estejam atreladas às necessidades de subsídios evidenciadas na prática. Portanto, a caracterização do trato com o conhecimento ginástico em programas de pós-graduação no Brasil representa um esforço necessário para elucidar o caminho percorrido e as perspectivas futuras para a constituição de um arcabouço científico sólido e significativo sobre a ginástica.

Embora a produção científica em ginástica tenha sido explorada em alguns estudos (Oliveira et al., 2009Oliveira MS, Bortoleto MAC, Souza CM, Lima HCF, Tanan DL, Antualpa KF. Pesquisa em ginástica: a produção da pós-gradução da faculdade de educação física da Unicamp. Conexões. 2009;7(1):41-60. http://dx.doi.org/10.20396/conex.v7i1.8637785.
http://dx.doi.org/10.20396/conex.v7i1.86...
, 2020Oliveira LM, Barbosa-Rinaldi IP, Pizani J. Produção de conhecimento sobre ginástica na escola: uma análise de artigos, teses e dissertações. Mov. 2020;26:e26017. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.95122.
http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.951...
; Pereira et al., 2012Pereira AM, Andrade TN, Cesário M. A produção do conhecimento científico em ginástica. Conexões. 2012;10:56-79. http://dx.doi.org/10.20396/conex.v10i0.8637662.
http://dx.doi.org/10.20396/conex.v10i0.8...
; Simões et al., 2016Simões R, Moreira WW, Chaves AD, Santos SP, Coelho AL, Carbinatto MV. A produção acadêmica sobre ginástica: estado da arte dos artigos científicos. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2016;30(1):183-98. http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092016000100183.
http://dx.doi.org/10.1590/1807-550920160...
; Carbinatto et al., 2016aCarbinatto MV, Chaves AD, Moreira WW, Coelho ALSC, Simões RMR. Produção do conhecimento em ginástica: uma análise a partir dos periódicos brasileiros. Mov. 2016a;22(4):1293. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.61223.
http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.612...
), essas produções não propõem uma análise ampliada e atualizada da produção de conhecimento sobre ginástica, em seus diferentes campos de atuação e subáreas de pesquisa, nos programas de pós-graduação stricto sensu em EF no Brasil. Assim, este estudo avança em buscar uma compreensão acerca do que vem sendo pesquisado, nas últimas quatro décadas, sobre ginástica, bem como aventa um importante registro na identificação dos principais professores orientadores e das IES com maiores contribuições nessa temática na pós-graduação brasileira. Desse modo, o presente estudo teve os seguintes objetivos: (1) caracterizar a produção de conhecimento sobre ginástica no período de 1980 a 2020 em teses e dissertações dos programas de pós-graduação stricto sensu em educação física no Brasil e (2) identificar os professores orientadores e IES com maior representatividade em ginástica mediante suas produções.

MÉTODO

A fim de caracterizar a produção científica sobre ginástica nos programas de pós-graduação em EF no Brasil recorremos à pesquisa do tipo documental. A amostra foi composta por teses e dissertações produzidas no período de 1980 até 2020. Esse recorte temporal é justificado pela consolidação dos programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil a partir da década de 1980 (Bracht et al., 2012Bracht V, Faria B, Moraes C, et al. A educação física escolar como tema da produção do conhecimento nos periódicos da área no Brasil (1980-2010): Parte II. Movimento. 2012;18(2):11. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.30158.
http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.301...
) e para termos uma representação atualizada de como ginástica é perspectivada como uma temática nesse contexto.

O percurso para a constituição da amostra seguiu diferentes etapas, em que inicialmente localizamos todas as produções dos programas de pós-graduação em EF no Brasil para posteriormente selecionar apenas as que tivessem a ginástica como objeto de estudo (síntese do processo na Figura 1). Ao percebermos que as bases de dados que disponibilizam de forma coletiva as teses e dissertações produzidas nacionalmente apresentam um déficit na atualização, decidimos por realizar uma busca nos seguintes bancos de dados: Portal Domínio Público, Catálogo de Teses e Dissertações da CAPES e nas Bibliotecas Digitais das instituições de ensino superior responsáveis pela oferta dos programas de pós-graduação stricto sensu. Embora existam no Brasil 36 instituições que oferecem cursos de pós-graduação em EF em nível de mestrado e doutorado (CAPES, 2021Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Cursos recomendados e reconhecidos [Internet]. 2021 [citado 2021 Nov 11]. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/programa/listaPrograma
https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/p...
), em doze delas não foi possível realizar a coleta das teses e dissertações em função da criação do programa ser recente e não ter resultado em nenhuma produção até o momento ou não haver disponibilidade dos arquivos para download.

Figura 1
Síntese das etapas de constituição da amostra. Fonte: Elaborado pelos autores mediante dados da pesquisa.

Uma vez que nem todas as Bibliotecas Digitais das instituições de ensino superior apresentam um mecanismo de busca por palavras-chave, optamos por elaborar um banco de dados organizado com auxílio do software Microsoft Excel no qual constam informações sobre: autor da produção, ano de defesa, título, programa de pós-graduação em EF vinculado e professor orientador. A partir desse documento constando todas as teses e dissertações da EF, selecionamos a amostra por meio da ferramenta “localizar” do próprio software, buscando pelas palavras-chave: “ginástica”, “ginásticas”, “gímnica”, “gímnicas”, “gímnico”, “gímnicos”, “ginasta”, “ginastas”, “ginástico” e “ginásticos”. Nesse momento foram selecionadas 19 teses e 95 dissertações.

Essa primeira etapa abrangeu as produções defendidas até o ano de 2019. Para atualizar os dados e incluir os estudos sobre ginásticas até 2020, na etapa seguinte, realizamos novamente uma busca no Catálogo de Teses e Dissertação da CAPES, Google e Portal Domínio Público a partir das mesmas palavras-chave utilizadas anteriormente1 1 A construção do banco de dados contendo as produções em programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil é resultado de um projeto maior que investiga o corpo de conhecimento da área da Educação Física. Nesse banco de dados constam as teses e dissertações produzidas no período de 1980 a 2019. Entretanto, para viabilizar a construção do presente artigo com a devida representatividade e atualização sobre a temática proposta, optamos por buscar no ano de 2020 apenas as produções específicas da ginástica considerando as demandas temporais do processo de alimentação dos repositórios institucionais e coleta de dados. . A partir dessa atualização, foram incluídas mais 1 tese e 5 dissertações.

A terceira etapa abrangeu uma análise do currículo lattes dos professores orientadores das produções selecionadas nas etapas anteriores. Esse procedimento foi necessário para garantir que todas as orientações dos principais orientadores em ginástica estivessem presentes na listagem, uma vez que as fontes de pesquisa poderiam não ser atualizadas na mesma velocidade em que as teses e dissertações fossem defendidas. Identificadas as novas produções nos currículos e coletadas via busca na internet, aplicamos o mesmo critério das palavras-chave no título da produção final disponibilizada, considerando que o mesmo descrito no currículo lattes poderia ter sido alterado no documento final. Nessa etapa foram incluídas 3 teses e 9 dissertações. Além disso, na análise dos currículos identificamos o quantitativo total de orientações concluídas por cada professor para estabelecermos uma relação de proporcionalidade entre o número total de orientações em EF e o número de orientações específicas sobre ginástica.

Destacamos, por fim, que a constituição da amostra considerou apenas as produções em que a ginástica era o principal objeto de estudo e não estivesse associada a outras manifestações ou temáticas da EF, como por exemplo, outras modalidades esportivas. Ao todo, o estudo foi composto por 20 teses e 109 dissertações.

A análise dos estudos ocorreu por meio da técnica de análise de conteúdo (Bardin, 2016Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.). A caracterização das teses e dissertações considerou os seguintes aspectos: (1) IES de origem, (2) professores orientadores das pesquisas, (3) classificação de acordo com os campos de atuação sugeridos por Souza (1997)Souza EPM. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 1997.; (4) modalidades ginásticas e (5) subáreas de pesquisa em que a ginástica foi investigada. Para as subáreas de pesquisa, a categorização foi realizada a posteriori, resultando nas categorias: biodinâmica, atividade física e saúde, estudos socioculturais, estudos pedagógicos, estudos psicológicos, gestão e políticas do esporte e lazer, aprendizagem e controle motor e formação profissional. Cada categoria foi composta por unidades de significado (US) representativas do tema dos estudos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Dentre as 129 teses e dissertações que foram identificadas com a temática da ginástica, observamos a presença de 17 programas de pós-graduação stricto sensu em EF (Tabela 1). A maioria (n=14) dos programas de pós-graduação responsáveis pela produção em ginástica encontra-se nas regiões Sul e Sudeste do país. A centralização do conhecimento nessas regiões também é evidenciada no percentual de grupos de pesquisa destinados a investigar a ginástica (Marinho e Barbosa-Rinaldi, 2010Marinho A, Barbosa-Rinaldi IP. Ginástica: reflexões sobre os grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq. Rev Educ Fis UEM. 2010;21:633-44. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21i4.8522.
http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21...
). De acordo com Tani (2000)Tani G. Os desafios da pós-graduação em educação física. Rev Bras Ciênc Esporte. 2000;22:79-90. e Corrêa et al. (2019)Corrêa MRD, Corrêa LQ, Rigo LC. A pós-graduação na educação física brasileira: condições e possibilidades das subáreas sociocultural e pedagógica. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019;41(4):359-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.009.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03...
a concentração regional é um desafio da EF brasileira, uma vez que em algumas regiões a presença de programas de pós-graduação é inócua ou com a presença apenas de cursos de mestrado, tornando-as dependentes de outras regiões para a formação de doutores.

Tabela 1
Quantitativo de orientadores e produções em ginástica por IES.

A UNICAMP obteve a maior representatividade na área, sendo responsável por 31% das teses e dissertações sobre ginástica no Brasil, seguida da USP (14%) e UFRGS (10,1%). Em relação ao número de docentes responsáveis por orientar as pesquisas nessa temática, a UNICAMP também apresenta a maior quantidade com 15 docentes. Contudo, se analisarmos a relação entre produções e docentes, a UNICAMP ainda figura entre as primeiras posições, com 2,66 produções por docente, precedida da UNIMEP com 5 produções por docente e USP, com 3 produções por docente. Compreendemos assim que, quanto mais alta a relação entre produções por docente, em teoria, maior é o engajamento do orientador com a área da ginástica.

De fato, a relação da UNICAMP com a ginástica possui um histórico sólido e reforçado constantemente pela matriz curricular da graduação e da pós-graduação, dos grupos de pesquisa existentes, dos projetos de extensão, da realização de festivais e fóruns científicos, além do fomento aos intercâmbios internacionais com escolas especializadas em ginástica (Oliveira et al., 2009Oliveira MS, Bortoleto MAC, Souza CM, Lima HCF, Tanan DL, Antualpa KF. Pesquisa em ginástica: a produção da pós-gradução da faculdade de educação física da Unicamp. Conexões. 2009;7(1):41-60. http://dx.doi.org/10.20396/conex.v7i1.8637785.
http://dx.doi.org/10.20396/conex.v7i1.86...
; Lima et al., 2016Lima LBQ, Murbach MA, Bortoleto MAC, Nunomura M, Schiavon LM. A Produção Acadêmica em Ginástica na Pós-Graduação em Educação Física das Universidades Estaduais de São Paulo. Rev Bras Ciência e Mov. 2016;24(1):52-68. http://dx.doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v24n1p52-68.
http://dx.doi.org/10.18511/0103-1716/rbc...
). Ademais, devemos destacar a importância do engajamento docente na área da ginástica está em dar voz e contribuir com a escolha de tema do orientando. Caso contrário, a temática ginástica pode ser negligenciada, uma vez que conforme Leite e Martins (2006)Leite Filho GA, Martins GA. Relação orientador-orientando e suas influências na elaboração de teses e dissertações. Rev Adm Empres. 2006;46(spe):99-109. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902006000500008.
http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902006...
, os orientadores tendem a direcionar o esforço da pesquisa dos orientandos para seus próprios interesses de pesquisa. Vale destacar que esse possível direcionamento também contribui para a manutenção de orientações que visam a qualidade dos estudos, respeitando e aproveitando a expertises dos professores orientadores sobre os assuntos tratados.

Ao analisarmos o quantitativo de produções por docentes, consideramos apresentar apenas aqueles que tivessem concluído três ou mais orientações, com vistas à identificação dos nomes de maior representatividade nacional na área da ginástica. A Tabela 2 destaca esses docentes e o quantitativo de orientações realizadas.

Tabela 2
Quantitativo de orientações concluídas com temática em ginástica por docente.

No que se refere ao volume total, Myrian Nunomura tem o maior volume de orientações relacionadas à temática da ginástica (n=10), seguida por Vilma Leni Nista-Piccolo (n=9) e Elizabeth Paoliello Machado de Souza (n=7). Contudo, quando analisamos a atuação dos docentes na veiculação da ginástica nos programa de pós-graduação, consideramos também a proporção em relação ao total de orientações associadas a outros temas da EF (Tabela 3).

Tabela 3
Relação entre orientações em EF e específicas em ginástica por docente.

Sob a ótica das proporções, a docente Laurita Marconi Schiavon é a que possui o maior percentual de orientações com temática em ginástica com relação ao total de orientações prestadas no programa de pós-graduação, sendo que todas as suas orientações são relacionadas ao tema (n=6). Ao evidenciarmos os professores orientadores com maior proximidade com os temas da ginástica, seja pelo quantitativo total de orientações realizadas ou pelas proporções, intentamos reforçar a importância do engajamento com esse tema.

É interessante verificarmos que parte dos docentes salientados em nosso estudo como orientadores que possuem relação com a área da ginástica também são mencionados como assíduos produtores de conhecimento a partir da disseminação em periódicos nacionais indexados no Web-qualis CAPES, conforme evidenciado por Simões et al. (2016)Simões R, Moreira WW, Chaves AD, Santos SP, Coelho AL, Carbinatto MV. A produção acadêmica sobre ginástica: estado da arte dos artigos científicos. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2016;30(1):183-98. http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092016000100183.
http://dx.doi.org/10.1590/1807-550920160...
. Em seu estudo, os autores destacam nomes como Myrian Nunomura, com 10 publicações, Laurita Marconi Schiavon, com quatro publicações e Ieda Parra Barbosa-Rinaldi, com três publicações. É importante mencionar que para o manuscrito de Simões et al. (2016)Simões R, Moreira WW, Chaves AD, Santos SP, Coelho AL, Carbinatto MV. A produção acadêmica sobre ginástica: estado da arte dos artigos científicos. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2016;30(1):183-98. http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092016000100183.
http://dx.doi.org/10.1590/1807-550920160...
, foram selecionados os estudos em que esses nomes aparecem como autor principal, sendo que, no papel de orientadores, em que geralmente o nome é inserido ao final, os autores sugerem que outras produções poderiam ser localizadas.

Com relação aos campos de atuação, optamos por considerar apenas quatro, retirando as ginásticas fisioterápicas, uma vez que, de acordo com Souza (1997)Souza EPM. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 1997., esse campo está fora da jurisprudência da EF. Ademais, incluímos a categoria “não se aplica” para estudos que não tratassem de uma modalidade específica e sim perspectivassem a área da ginástica como um todo. A Tabela 4 apresenta o quantitativo de teses e dissertações em cada campo de atuação.

Tabela 4
Quantitativo de estudos de acordo com os campos de atuação de Souza (1997)Souza EPM. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 1997..

Entre os campos de atuação, percebemos que mais da metade das teses e dissertações incluídas nesses estudos tematizam as ginásticas de competição (51,2%), seguidas pelas ginásticas de demonstração (16,3%). A categoria não se aplica (14%) contempla os estudos que investigaram a área da ginástica como um todo e não uma manifestação específica que fosse passível de se enquadrar em algum campo de atuação de Souza (1997)Souza EPM. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 1997.. Compreendemos a partir desses dados que o entendimento sobre ginástica que é veiculado nos programas de pós-graduação, notadamente sobre ginásticas de competição, ainda é muito próximo do que se ganha destaque na mídia em função da instrumentalização do esporte (Bracht, 2005Bracht V. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3. ed. Ijuí: Unijuí; 2005.; Pizani e Barbosa-Rinaldi, 2010Pizani J, Barbosa-Rinaldi IP. Cotidiano escolar: a presença de elementos gímnicos nas brincadeiras infantis. Rev Educ Fis UEM. 2010;21:115-26. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21i1.7732.
http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21...
).

Com relação as modalidades ginásticas e subáreas de pesquisa em que foram tematizadas, encontramos 13 modalidades e 8 subáreas (Figura 2).

Figura 2
Modalidades ginásticas investigadas de acordo com as subáreas de pesquisa. Legenda: GA = ginástica artística; GR = ginástica rítmica; GPT = ginástica para todos; GAcad = ginásticas de academia; GLab = ginástica laboral; GAcro = ginástica acrobática; GAer = ginástica aeróbica; GLoc = ginástica localizada. Fonte: Dados da pesquisa.

A GA (n=31), GR (n=28) e GPT (n=22) são as modalidades com o maior número de estudos. Em complemento, a GA e a GR foram investigadas de forma combinada em 3 pesquisas. Destacamos também o volume de estudos que perspectivaram a área de ginástica (n=18), isto é, teses e dissertações que não tratem de uma modalidade específica e sim dessa área como um todo, como por exemplo estudos históricos ou sobre fundamentos das ginásticas. Com relação às ginásticas de academia (n=15), acreditamos que o universo de produções acadêmicas seja ainda maior, todavia, em virtude da maneira com que as teses e dissertação foram selecionadas por meio de palavras-chave podemos ter limitado a abrangência dessa manifestação.

Quando comparado aos resultados encontrados por Carbinatto et al. (2016b)Carbinatto MV, Moreira WW, Chaves AD, Santos SP, Simões RR. Campos de atuação em ginástica: estado da arte nos periódicos brasileiros. Mov. 2016b;22(3):917-28. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.61648.
http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.616...
em relação às publicações em periódicos nacionais indexados no Web-qualis CAPES, verificamos que as ginásticas de condicionamento físico se destacam como o campo de atuação com o maior número de produções, seguido pelos campos das ginásticas competitivas e demonstrativas. Na referida pesquisa, os campos de atuação, apresentaram maior relação com as áreas de pesquisa relacionadas à saúde, pedagogia, fisiologia, história, psicologia e formação/atuação profissional.

Em nosso estudo as subáreas de pesquisa parecem variar de acordo com a modalidade, contudo, existe um predomínio em estudos pedagógicos (n=39), estudos socioculturais (n=27), biodinâmica (n=18), formação profissional (n=16) e estudos psicológicos (n=12). Na categoria de estudos pedagógicos, entre as US estão: “educação física escolar”, “formação de atletas” e “metodologia de ensino das ginásticas”. A categoria de estudos socioculturais contemplou US como “história da ginástica”, “corpo e estética”, “gênero” e “mídia”. A biodinâmica foi fortemente representada pelas US “efeitos de protocolos de treinamento”, “análises biomecânicas, fisiológicas e antropométricas” e “incidência e mecanismos de lesões”. A categoria de formação profissional foi caracterizada pelas US “formação inicial em educação física (bacharelado e licenciatura)”, “aprendizagem e desenvolvimento profissional de treinadores” e “extensão universitária”. Por fim, os estudos psicológicos incluíram as US “aderência e motivação em programas de treinamento”, “variáveis psicológicas e desempenho” e “imagem corporal”.

Ao contrário do que se observou em outros estudos que caracterizam as produções dos programas de pós-graduação em EF no Brasil, em que a biodinâmica teve predomínio (Manoel e Carvalho, 2011Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37(2):389-406. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022011000200012.
http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022011...
; Corrêa et al., 2019Corrêa MRD, Corrêa LQ, Rigo LC. A pós-graduação na educação física brasileira: condições e possibilidades das subáreas sociocultural e pedagógica. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019;41(4):359-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.009.
http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03...
), o presente estudo indica maior destaque para as subáreas pedagógica e sociocultural relacionadas à ginástica. Compreendemos aqui uma quebra de paradigma em que por vezes se observava a ginástica como carente de discussões pautadas na pedagogia e nas ciências sociais e humanas. Podemos inferir que as discussões de ordem técnico-instrumental, pautadas na biodinâmica, devem estar equilibradas com as demais subáreas de modo que seja viável o desenvolvimento de um trabalho sustentado pelo arcabouço teórico-crítico necessário para a formação humana, mas sem se distanciar daquilo que caracteriza área e mais especificamente, as próprias manifestações ginásticas.

A prevalência de estudos pedagógicos e socioculturais direciona também para reflexões sobre quais subsídios práticos têm emergido, uma vez alguns autores já discutem a falta de estudos propositivos nessas subáreas. A revisão conduzida por Oliveira et al. (2020)Oliveira LM, Barbosa-Rinaldi IP, Pizani J. Produção de conhecimento sobre ginástica na escola: uma análise de artigos, teses e dissertações. Mov. 2020;26:e26017. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.95122.
http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.951...
destaca um número pequeno de propostas em teses e dissertações que tematizaram a ginástica no contexto escolar, da mesma forma que o estudo Pizani et al. (2019)Pizani J, Teixeira FC, Oliveira AAB, Barbosa-Rinaldi IP. A produção de conhecimento sobre formação inicial e currículo em Educação Física no Brasil. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2019;33(2):241-54. http://dx.doi.org/10.11606/1807-5509201900020241.
http://dx.doi.org/10.11606/1807-55092019...
aponta uma realidade de poucas proposições em teses e dissertações sobre formação inicial e currículo em EF.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo buscou caracterizar a produção de conhecimento sobre ginástica nos programas de pós-graduação stricto sensu em Educação Física no Brasil e identificar os principais professores orientadores nessa temática e IES de vinculação. A partir disso foi possível avaliar de que forma a ginástica é perspectivada no ambiente acadêmico e quais novos olhares podem ser lançados no futuro. Os achados demonstram que as IES do estado de São Paulo têm maior representatividade para a ginástica, onde encontram-se os professores orientadores com maior volume de orientação nessa temática. Observamos que os estudos que tematizaram as ginásticas de competição, nomeadamente, ginástica artística e ginástica rítmica aparecem em maior proporção entre as produções. Outro campo de atuação que ganha destaque é a ginástica de demonstração representada pela ginástica para todos. Com relação às linhas de pesquisa que são articuladas, identificamos que há prevalência de estudos nas subáreas de pesquisa pedagógica, sociocultural e biodinâmica.

A partir disso, elucidamos alguns direcionamentos para pesquisas futuras em ginástica. Existem modalidades que ainda são pouco ou até mesmo inexploradas nesse ambiente, como é o caso da ginástica acrobática, ginástica de trampolim e ginástica aeróbica esportiva entre o campo de atuação competitivo. De modo geral, a produção em ginástica ainda é incipiente do ponto de vista das diferentes subáreas de pesquisa. Investigações que abarquem temáticas sobre gestão e políticas do esporte e lazer, aprendizagem e controle motor e atividade física e saúde podem contribuir para o desenvolvimento dos diferentes campos de atuação da ginástica. Além disso, a necessidade de maiores proposições dentro das subáreas pedagógica e sociocultural deve ser considerada a fim de aproximar a comunidade científica da prática profissional.

Destarte, a restrição da busca por termos amplos pode vir a ser considerada uma limitação do estudo, contudo, nessa pesquisa não intentamos abarcar as especificidades no momento do mapeamento das produções e sim durante a mineração dos dados. Indicamos ainda a necessidade de pesquisas que objetivem traçar relações sobre o engajamento dos orientadores com outros meios de veiculação de conhecimento, validando que seu envolvimento com a área se dá para além da atuação como orientador vinculado à pós-graduação. Mesmo entendendo que se trata de um sistema que se retroalimenta, em que a relação orientador-orientando é peça fundamental, intuímos que uma pesquisa futura com tais intencionalidades pode demonstrar que um professor com alta representatividade numa área específica dentro da pós-graduação também venha a apresentar significativo engajamento com esta área por meio de produções de artigos científicos, livros etc., reafirmando o papel da pós-graduação para o avanço científico.

FINANCIAMENTO

  • 1
    A construção do banco de dados contendo as produções em programas de pós-graduação stricto sensu no Brasil é resultado de um projeto maior que investiga o corpo de conhecimento da área da Educação Física. Nesse banco de dados constam as teses e dissertações produzidas no período de 1980 a 2019. Entretanto, para viabilizar a construção do presente artigo com a devida representatividade e atualização sobre a temática proposta, optamos por buscar no ano de 2020 apenas as produções específicas da ginástica considerando as demandas temporais do processo de alimentação dos repositórios institucionais e coleta de dados.
  • O presente trabalho não contou com apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realização.

REFERÊNCIAS

  • Bardin L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70; 2016.
  • Bracht V. Sociologia crítica do esporte: uma introdução. 3. ed. Ijuí: Unijuí; 2005.
  • Bracht V, Faria B, Moraes C, et al. A educação física escolar como tema da produção do conhecimento nos periódicos da área no Brasil (1980-2010): Parte II. Movimento. 2012;18(2):11. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.30158
    » http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.30158
  • Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. Cursos recomendados e reconhecidos [Internet]. 2021 [citado 2021 Nov 11]. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/programa/listaPrograma
    » https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/programa/listaPrograma
  • Carbinatto MV, Chaves AD, Moreira WW, Coelho ALSC, Simões RMR. Produção do conhecimento em ginástica: uma análise a partir dos periódicos brasileiros. Mov. 2016a;22(4):1293. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.61223
    » http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.61223
  • Carbinatto MV, Moreira WW, Chaves AD, Santos SP, Simões RR. Campos de atuação em ginástica: estado da arte nos periódicos brasileiros. Mov. 2016b;22(3):917-28. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.61648
    » http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.61648
  • Corrêa MRD, Corrêa LQ, Rigo LC. A pós-graduação na educação física brasileira: condições e possibilidades das subáreas sociocultural e pedagógica. Rev Bras Ciênc Esporte. 2019;41(4):359-66. http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.009
    » http://dx.doi.org/10.1016/j.rbce.2018.03.009
  • Ferreira LM, Furtado F, Silveira TS. Relação orientador-orientando: o conhecimento multiplicador. Acta Cir Bras. 2009;24(3):170-2. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-86502009000300001 PMid:19503996.
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0102-86502009000300001
  • Leite Filho GA, Martins GA. Relação orientador-orientando e suas influências na elaboração de teses e dissertações. Rev Adm Empres. 2006;46(spe):99-109. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902006000500008
    » http://dx.doi.org/10.1590/S0034-75902006000500008
  • Lima LBQ, Murbach MA, Bortoleto MAC, Nunomura M, Schiavon LM. A Produção Acadêmica em Ginástica na Pós-Graduação em Educação Física das Universidades Estaduais de São Paulo. Rev Bras Ciência e Mov. 2016;24(1):52-68. http://dx.doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v24n1p52-68
    » http://dx.doi.org/10.18511/0103-1716/rbcm.v24n1p52-68
  • Lüdorf SMA. Panorama da pesquisa em educação física da década de 90: análise dos resumos de dissertações e teses. J Phys Educ. 2002;13:19-25. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfisv13n2p19-25
    » http://dx.doi.org/10.4025/reveducfisv13n2p19-25
  • Manoel EJ, Carvalho YM. Pós-graduação na educação física brasileira: a atração (fatal) para a biodinâmica. Educ Pesqui. 2011;37(2):389-406. http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022011000200012
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1517-97022011000200012
  • Marinho A, Barbosa-Rinaldi IP. Ginástica: reflexões sobre os grupos de pesquisa cadastrados no diretório do CNPq. Rev Educ Fis UEM. 2010;21:633-44. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21i4.8522
    » http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21i4.8522
  • Oliveira LM, Barbosa-Rinaldi IP, Pizani J. Produção de conhecimento sobre ginástica na escola: uma análise de artigos, teses e dissertações. Mov. 2020;26:e26017. http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.95122
    » http://dx.doi.org/10.22456/1982-8918.95122
  • Oliveira MS, Bortoleto MAC, Souza CM, Lima HCF, Tanan DL, Antualpa KF. Pesquisa em ginástica: a produção da pós-gradução da faculdade de educação física da Unicamp. Conexões. 2009;7(1):41-60. http://dx.doi.org/10.20396/conex.v7i1.8637785
    » http://dx.doi.org/10.20396/conex.v7i1.8637785
  • Pereira AM, Andrade TN, Cesário M. A produção do conhecimento científico em ginástica. Conexões. 2012;10:56-79. http://dx.doi.org/10.20396/conex.v10i0.8637662
    » http://dx.doi.org/10.20396/conex.v10i0.8637662
  • Pizani J, Barbosa-Rinaldi IP. Cotidiano escolar: a presença de elementos gímnicos nas brincadeiras infantis. Rev Educ Fis UEM. 2010;21:115-26. http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21i1.7732
    » http://dx.doi.org/10.4025/reveducfis.v21i1.7732
  • Pizani J. Educação física e a educação integral e de tempo integral no Brasil [tese]. Maringá: Programa de Pós-graduação Associado em Educação Física, Universidade Estadual de Maringá; 2016.
  • Pizani J, Teixeira FC, Oliveira AAB, Barbosa-Rinaldi IP. A produção de conhecimento sobre formação inicial e currículo em Educação Física no Brasil. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2019;33(2):241-54. http://dx.doi.org/10.11606/1807-5509201900020241
    » http://dx.doi.org/10.11606/1807-5509201900020241
  • Rigo LC, Ribeiro GM, Hallal PC. Unidade na diversidade: desafios para a educação física no século XXI. Rev Bras Atividade Física Saúde. 2011;16(4):339-45. http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p339-345
    » http://dx.doi.org/10.12820/rbafs.v.16n4p339-345
  • Rosa S, Leta J. Tendências atuais da pesquisa brasileira em Educação Física. Parte 2: a heterogeneidade epistemológica nos programas de pós-graduação. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2011;25(1):7-18. http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092011000100002
    » http://dx.doi.org/10.1590/S1807-55092011000100002
  • Simões R, Moreira WW, Chaves AD, Santos SP, Coelho AL, Carbinatto MV. A produção acadêmica sobre ginástica: estado da arte dos artigos científicos. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2016;30(1):183-98. http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092016000100183
    » http://dx.doi.org/10.1590/1807-55092016000100183
  • Souza EPM. Ginástica geral: uma área do conhecimento da Educação Física [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, 1997.
  • Tani G. Os desafios da pós-graduação em educação física. Rev Bras Ciênc Esporte. 2000;22:79-90.
  • Teixeira FC, Broch C, Kravchychyn C, Barbosa-Rinaldi IP. Formação de professores universitários na pós-graduação stricto sensu em Educação Física no Brasil: uma revisão sistemática. Motrivivência. 2019;31(59):1-21. http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2019e57566
    » http://dx.doi.org/10.5007/2175-8042.2019e57566
  • Viana CMQQ, Veiga IPA. O diálogo acadêmico entre orientadores e orientandos. Educação. 2010;33:222-6.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Dez 2021
  • Data do Fascículo
    2021

Histórico

  • Recebido
    28 Set 2021
  • Aceito
    28 Out 2021
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte Universidade de Brasilia - Campus Universitário Darcy Ribeiro, Faculdade de Educação Física, Asa Norte - CEP 70910-970 - Brasilia, DF - Brasil, Telefone: +55 (61) 3107-2542 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: rbceonline@gmail.com