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Explorando o componente inflamatório da esquizofrenia

Resumos

A esquizofrenia é uma doença heterogênea caracterizada por um conjunto de manifestações clínicas. Um grande número de estudos ao longo dos últimos 20 anos apontou para anormalidades no sistema imune em pacientes que sofrem dessa condição. Em adição, tem sido mostrado que a psicose e a disfunção cognitiva associadas com a esquizofrenia estão ligadas a doenças autoimunes. Aqui, revisamos a evidência que sugere que um status pró-inflamatório do sistema imune induz sintomas psicopatológicos e pode estar envolvido na fisiopatologia dessa principal doença mental. Também propomos que futuros estudos pré-clínicos e clínicos deveriam levar em conta tais causas predefinidas e o status do componente inflamatório. Estratificação de pacientes e estratégias de medicina personalizadas baseadas no direcionamento ao componente inflamatório da doença poderiam ajudar na redução de sintomas e da progressão da doença. Por fim, isso poderia levar a novos conceitos na identificação de alvos moleculares em esquizofrenia e estratégias de descoberta de drogas.

Esquizofrenia; inflamação; sistema imune; biomarcadores


Schizophrenia is a heterogeneous disease characterised by an array of clinical manifestations. A large number of studies over the last 20 years have pointed towards immune system abnormalities in patients suffering from this condition. In addition, the psychosis and cognitive dysfunction associated with schizophrenia have been shown to be linked with autoimmune diseases. Here, we review the evidence, which suggests that a pro-inflammatory status of the immune system induces psychopathologic symptoms and may be involved in the pathophysiology of this major mental illness. We also propose that future preclinical and clinical studies should take such pre-defined causes and the dynamic status of the inflammatory component into account. Patient stratification and personalised medicine strategies based on targeting the inflammatory component of the disease could help in alleviation of symptoms and slowing disease progression. Ultimately, this could also lead to novel concepts in schizophrenia target/molecular identification and drug discovery strategies.

Schizophrenia; inflammation; immune system; biomarkers


Explorando o componente inflamatório da esquizofrenia

Hassan RahmouneI; Laura W. HarrisI; Paul C. GuestI; Sabine BahnI, II

IDepartamento de Engenharia Química e Biotecnologia, Universidade de Cambridge, Tennis Court Road, Cambridge, UK

IIDepartamento de Neurociências, Centro Médico Erasmus, Rotterdam, Holanda

Endereço para correspondência Endereço para correspondência: Hassan Rahmoune University of Cambridge Tennis Court Road Cambridge. CB2 1QT, UK Telephone: +44 1223 334 151 Fax: +44 1223 334 162 E-mail: hr288@cam.ac.uk

RESUMO

A esquizofrenia é uma doença heterogênea caracterizada por um conjunto de manifestações clínicas. Um grande número de estudos ao longo dos últimos 20 anos apontou para anormalidades no sistema imune em pacientes que sofrem dessa condição. Em adição, tem sido mostrado que a psicose e a disfunção cognitiva associadas com a esquizofrenia estão ligadas a doenças autoimunes. Aqui, revisamos a evidência que sugere que um status pró-inflamatório do sistema imune induz sintomas psicopatológicos e pode estar envolvido na fisiopatologia dessa principal doença mental. Também propomos que futuros estudos pré-clínicos e clínicos deveriam levar em conta tais causas predefinidas e o status do componente inflamatório. Estratificação de pacientes e estratégias de medicina personalizadas baseadas no direcionamento ao componente inflamatório da doença poderiam ajudar na redução de sintomas e da progressão da doença. Por fim, isso poderia levar a novos conceitos na identificação de alvos moleculares em esquizofrenia e estratégias de descoberta de drogas.

Palavras-chave: Esquizofrenia, inflamação, sistema imune, biomarcadores.

Introdução

A esquizofrenia é uma desordem psiquiátrica complexa que afeta aproximadamente 1% da população mundial. Embora considerável progresso tenha sido feito na busca por fatores contribuidores, a etiologia da doença está longe de ser compreendida. Heterogeneidade mediante o início e a progressão da esquizofrenia é um fator principal, diminuindo o progresso científico no campo. Outro fator complicador é a sobreposição de sintomas com outras desordens psiquiátricas e neurológicas e permanece obscuro se as diferentes manifestações refletem subtipos com diferentes etiologias ou se diversas síndromes clínicas podem possuir patologias que se sobrepõem. Esses fatores levaram a um alto número de diagnósticos errôneos usando o atual sistema subjetivo de classificação clínica1. Por essa razão, agora há intenso esforço para identificar medidas mais empíricas baseadas em impressões digitais moleculares que suportem a etiologia da doença. Um problema é a necessidade de identificar biomarcadores periféricos, os quais possam ser facilmente medidos clinicamente. Previamente, o principal foco da pesquisa em esquizofrenia foi identificar mudanças fisiopatológicas no cérebro, um biomaterial que é largamente inacessível aos clínicos para propósitos de diagnóstico. Então, aspectos da desordem que sejam refletidos nos tecidos periféricos são um importante foco para a descoberta de biomarcadores.

Aqui, revisamos os avanços feitos na elucidação e potencial uso do componente imunológico da esquizofrenia. Há considerável evidência indicando a significância da neuroinflamação e da imunogenética na esquizofrenia2. Isso tem sido caracterizado por aumentada concentração sérica de muitas citocinas pró-inflamatórias. As interações fisiológicas entre o cérebro e o sistema imune também têm sido bem estabelecidas3,4. Em resposta a insultos ambientais, indivíduos com esquizofrenia podem desenvolver um sistema imune comprometido5.

Há também uma contribuição genética para a esquizofrenia, com estimativas de herdabilidade variando de 30% a 85%4,6. Entretanto, a genética exata dessas desordens está longe de ser elucidada. Estudos prévios sugerem que diversos fatores genéticos, endógenos e ambientais estão envolvidos, e eles podem interagir para trazer à tona manifestações específicas da doença7. A interação precisa entre a vulnerabilidade genética para desenvolver esquizofrenia e os fatores ambientais ainda é desconhecida. Entretanto, estudos de ligação e associação têm sido conduzidos em uma tentativa de identificar genes de suscetibilidade candidatos para a esquizofrenia e outras desordens psiquiátricas8. Estudos genéticos identificaram uma associação de polimorfismos relacionados à inflamação. O cluster de gênico de interleucina 1 (IL-1) foi sugerido recentemente em esquizofrenia9. Entretanto, é improvável que o elevado risco de desenvolvimento da desordem seja devido a um único gene e é mais plausível que seja devido a uma combinação de diversos diferentes genes. Até mesmo para os polimorfismos gênicos mais promissores, tais como a neuregulina 1, o risco adicional é baixo, na razão de aproximadamente 2%, em vez de 1% de risco visto na população em geral10.

Estudos em sistema nervoso central

O status pró-inflamatório associado com doenças neuropsiquiátricas tem sido investigado extensivamente e bem estabelecido11. A ativação do sistema imune no cérebro foi sugerido pela observação de níveis aumentados de IL-1β no fluido cerebrospinal em pacientes em primeiro episódio de esquizofrenia12. O desenvolvimento cerebral é também conhecido por ser regulado por agentes pró-inflamatórios13,14. Infecção materna durante a gravidez pode aumentar o risco de desenvolver esquizofrenia, por impactar o estágio de neurodesenvolvimento no feto. Isso é devido ao fato de que o equilíbrio entre agentes pró e anti-inflamatórios pode influenciar o desenvolvimento do cérebro e o comportamento15.

O perfil transcriptômico de cérebros post-mortem ou tecidos periféricos pode prover úteis informações a respeito dos processos biológicos perturbados em desordens do sistema nervoso central (SNC). O nível de expressão gênica de citocinas pró-inflamatórias em modelos pré-clínicos de esquizofrenia e seres humanos mostrou ser aumentado na região do córtex cerebral pré-frontal16. Diversos estudos transcriptômicos mostraram que genes relacionados à inflamação, os quais têm seu nível de expressão aumentada em cérebros esquizofrênicos, também estão associados com oligodendrócitos e células endoteliais. Nessas células a transcrição pode ser induzida pelas citocinas inflamatórias fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interferon alfa (IFN-α) e interferon gama (IFN)-γ17-19. Entretanto, esses efeitos são provavelmente confundidos por tratamento com drogas antipsicóticas, dieta pobre ou estilo de vida pouco saudável, os quais são frequentemente associados a estágios crônicos da doença15.

A disponibilidade de tecidos, os quais sejam mais acessíveis, é necessária para aplicar essas abordagens clínicas. Um estudo recente realizou análise de dados de perfis transcriptômicos de 33.698 genes em 79 doenças humanas20. Os resultados sugerem que, enquanto células sanguíneas totais partilham significativa similaridade de expressão gênica com tecidos do SNC, a correlação entre transcritos presentes em ambos foi em torno de 0,5, a qual foi menor do que componentes do sistema imune (0,64) e comparável a tecidos somáticos (0,57). Os autores concluíram que a expressão gênica em células sanguíneas totais é somente parcialmente correlacionada com o visto em tecidos cerebrais.

Há também numerosos relatos de anormalidades imunes no SNC e sistema periférico de pacientes com esquizofrenia21-23. Níveis de citocina foram medidos em cérebro e fluido cerebrospinal (CSF) e soro sanguíneo de pacientes com esquizofrenia, e uma diminuída resposta inflamatória foi ligada a uma menor produção de citocinas T auxiliadoras (Th)-124. A glândula pituitária é conhecida por estar envolvida na regulação do SNC e dos tecidos periféricos por meio da liberação de hormônios envolvidos em funções corporais vitais. Dessa forma, a pituitária provê um elo regulatório entre o sangue e o cérebro. Além disso, a pituitária é controlada por estímulos inflamatórios, como a produção do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), hormônio de crescimento (GH) e hormônio estimulante da tireoide aparentemente regulados por IL-625. Uma das primeiras evidências diretas refletindo um status pró-inflamatório no cérebro no início da doença foi provido por Van Berckel et al.26. Usando técnica de imagem por tomografia de emissão pósitron, Van Berckel et al. mostraram ativação da micróglia nos cérebros de pacientes esquizofrênicos dentro dos cinco anos após o início da doença. Estudos pré-clínicos e clínicos posteriores são necessários para revelar a causalidade do status pró-inflamatório do sangue e cérebro em doenças neuropsiquiátricas tais como esquizofrenia. Entretanto, nas décadas passadas, cientistas estipularam que agentes infecciosos (por exemplo, vírus herpes simples, vírus Epstein-Barr e toxoplasma) podem ser uma possível causa para a esquizofrenia27 e tal fenômeno pode ser explicado por infecções crônicas ou um status imune comprometido. Finalmente, um grande conjunto de dados estipulou que fatores ambientais como estresse oxidativo desempenham um papel maior causando ou exacerbando o componente inflamatório da esquizofrenia28.

Estudos periféricos

A inflamação tem sido associada à esquizofrenia por décadas, e estudos de mudanças em moléculas inflamatórias podem levar a meios de estratificação de pacientes anteriormente ao tratamento antipsicótico29. Um estudo prévio que realizou uma metanálise revelou alterações em citocinas em sangue e fluido cerebrospinal de pacientes com esquizofrenia30. Numerosos estudos relataram que alterações pró-inflamatórias circulatórias e celulares estão associadas à esquizofrenia31. Análise do padrão do transcriptoma em monócitos circulantes isolados de pacientes que sofrem de esquizofrenia e desordem bipolar mostrou um status pró-inflamatório associado com monócitos e ativação de células T32. Entretanto, alguns desses estudos renderam um cenário inconsistente, o qual mais provavelmente é devido a diferenças no número ou tipo de citocinas medidas33,34 ou à presença de fatores que podem causar confusão, tais como diferentes subtipos da doença, comorbidade, duração da doença e o fato de que pacientes foram tratados com antipsicóticos. Em adição, muitos desses estudos foram realizados usando células mononucleares periféricas de sangue (PBMC), as quais podem levar a inconsistências relacionadas a diferenças nos procedimentos de isolamento utilizados. A "teoria de célula macrófago-T da depressão e esquizofrenia"35 postula um estado inflamatório aberrante de monócitos, macrófagos e células T em pacientes com desordem de humor ou esquizofrenia estão contribuindo para a doença. Níveis aberrantes de citocinas inflamatórias podem desestabilizar a função cerebral e o eixo hipotalâmico-pituitário-adrenal (HPA), o qual leva a mudanças de humor e comportamento. A maioria dos estudos focou nos níveis séricos de neopterina ou outras citocinas em abordagens direcionadas, e estas demonstraram a presença de um estado inflamatório aberrante em pacientes psiquiátricos. Entretanto, isso levou a resultados inconsistentes, já que determinações simples não são precisas ou robustas o suficiente para medir, de maneira consistente, alterações na função imune.

Em um estudo objetivando a identificação proteômica de assinaturas e vias moleculares fundamentais da esquizofrenia, realizamos uma análise por imunoensaio multiplexado de amostras de soro de pacientes esquizofrênicos no primeiro episódio que não haviam utilizado drogas, resultando em uma assinatura da doença36. Interessantemente, muitas dessas moléculas foram implicadas previamente em pacientes com doenças autoimunes37,38 ou metabólicas39. Estudos posteriores dessas vias podem resultar em importantes avanços na pesquisa de esquizofrenia, bem como poderiam levar à estratificação de pacientes anteriormente ao tratamento. Também poderiam levar ao desenvolvimento de novas terapias suplementares, as quais teriam como alvo aspectos inflamatórios da doença. Estudos recentes exploraram a possibilidade do uso de drogas imunomodulatórias, tais como inibidores de ciclo-oxigenase-2 (COX-2), e estes foram relatados como possuindo efeitos benéficos nos sintomas da esquizofrenia40,41. Em adição, compostos antidiabéticos, como agentes insulino-sensibilizantes, já foram utilizados tendo por objetivo os déficits cognitivos de pacientes com doença de Alzheimer e poderiam ser igualmente testados para melhorar sintomas similares em esquizofrenia42.

Doenças inflamatórias/autoimunes e esquizofrenia

A ativação de certas células do sistema imune em resposta a uma infecção ou a uma inflamação de baixo nível em andamento pode contribuir para doenças mentais. É sabido que o estresse psicossocial pode contribuir para o início de doenças autoimunes ou afetar seu curso mediante o dano na regulação da reatividade imune43. Eaton et al. sugeriram que a correlação entre diversas doenças autoimunes e alguns casos de esquizofrenia pode contribuir para o desenvolvimento da doença38. Além disso, outros estudos já ligaram um status imune disfuncional a algumas características clínicas da esquizofrenia44,45. Também foi hipotetizado que a esquizofrenia partilha características clínicas, epidemiológicas e genéticas com outras doenças autoimunes43,46,. Um estudo recente realizou uma análise de registros compreensíveis do sistema de saúde dinamarquês, o qual rastreou um grupo de dinamarqueses (n = 7.704) composto por indivíduos diagnosticados com esquizofrenia, entre 1981 e 199838. Os resultados mostraram que os indivíduos que desenvolveram qualquer uma de nove diferentes desordens autoimunes tinham um risco aumentado de 1,45 vez de desenvolver esquizofrenia. A ligação entre doenças inflamatórias, tais como lúpus sistêmico eritematoso (SLE), e condições psiquiátricas tem sido bem documentada. Por exemplo, disfunções cognitivas e psicoses, as quais são associadas com esquizofrenia, podem também ser encontradas em pacientes sofrendo de SLE47,48. Além disso, mecanismos autoimunes podem desempenhar um papel na etiologia da esquizofrenia, como mostrado pela presença de elevados níveis de anticorpos no sangue, fluido cerebrospinal e cérebro de pacientes esquizofrênicos49. Mais recentemente, relatamos que diversas moléculas pró-inflamatórias estão elevadas em pacientes com esquizofrenia de primeira ordem36. Interessantemente, essas mesmas moléculas estão elevadas em pacientes de SLE50.

É bem estabelecido que complicações obstétricas e trauma perinatal estão associados a uma aumentada chance de a prole desenvolver esquizofrenia mais tarde, embora de maneira geral essas associações sejam fatores contribuidores. Infecções virais durante a gravidez têm sido ligadas a aumentada chance de desenvolvimento de esquizofrenia na prole51. Estudos usando um modelo animal roedor de esquizofrenia levou à sugestão de que infecção maternal durante a embriogênese contribui para a ativação da micróglia na prole, o que pode representar um fator contribuidor para a patogênese da esquizofrenia52. Também, a ocorrência de esquizofrenia é mais comum naqueles nascidos do inverno ao início da primavera, quando as infecções são mais frequentes53.

Estudos de imagem do cérebro usando tomografia de emissão pósitron também sugeriram que a neuropatologia da esquizofrenia está associada à função alterada do sistema imune. Doorduin et al.54 usaram o ligante do receptor de benzodiazepina, isoquinolina (R)-N-11C-metil-N-(1-metilpropil)-1-(2-clorofenil), como um ligante para a imagem por tomografia de emissão pósitron (PET), e acharam que a neuroinflamação caracterizada por ativação de células da micróglia está associada com psicose esquizofrenia-relacionada. Além disso, as moderadas propriedades anti-inflamatórias de antipsicóticos são imaginadas como estando envolvidas objetivando o componente inflamatório da esquizofrenia, por atuarem como agentes anti-inflamatórios55. Além disso, agentes moduladores inflamatórios têm sido ligados ao dano do sistema vascular em esquizofrenia56,57, e pacientes com esquizofrenia têm expectativa de vida reduzida em aproximadamente 15 anos, o que pode estar relacionado ao desenvolvimento de condições cardiovasculares58.

Criando modelos do componente inflamatório da esquizofrenia

Embora se pense que desordens psiquiátricas se manifestam principalmente como uma disfunção do SNC, muitas alterações têm sido encontradas também em tecidos periféricos. Isso não é surpreendente considerando o papel que o sangue desempenha transportando fatores reguladores chave, tais como hormônios, nutrientes e moléculas imunorrelacionadas, as quais podem afetar a função cerebral. Por exemplo, diversas alterações do sistema imune têm sido relatadas em desordem depressiva maior e esquizofrenia59,60, incluindo uma mudança de resposta imune humoral (tipo 2) para celular (tipo 1). Conduzimos extensivos estudos na função celular em esquizofrenia, a qual sugere que mudanças no sistema imune podem também ser vistas em células T antígeno estimuladas de pacientes61. Mostramos que um desafio in vitro de células mononucleares periféricas do sangue (PBMC) de esquizofrênicos e indivíduos controle resultou na identificação de vias metabólicas e sinalização alterada62. As mudanças incluem uma alteração esquizofrenia-específica na taxa de proliferação, metabolismo de glicose e desequilíbrio de diferentes subpopulações de células T. Ainda, diferenças em enzimas glicolíticas em PBMC foram consistentes com estudos prévios de tecido cerebral post-mortem e amostras de fluido cerebrospinal com respeito a mudanças na glicorregulação e metabolismo energético63. Interessantemente, essas amostras não foram aparentes em células não estimuladas.

PBMC expressam o transportador de glicose 1 (GLUT1) e vários receptores de neurotransmissores, tais como dopamina D2, 5-hidroxitriptamina (HT) 2A, 5HT2C, 5HT1A e receptores de acetilcolina nicotínicos, os quais são similares àqueles encontrados em cérebro59. Isso torna a cultura dessas células um modelo potencialmente útil para a investigação de mecanismos envolvidos em anormalidades metabólicas em esquizofrenia e/ou ação de drogas antipsicóticas. Interessantemente, mudanças moleculares relacionadas à esquizofrenia parecem ser normalizadas em PBMC em resposta ao tratamento, e isso foi associado com remissão da doença64. Outros estudos mostraram que linfócitos periféricos de pacientes com esquizofrenia diminuíram a expressão do receptor de reelina, uma protease serínica associada com a patologia da esquizofrenia65. Em adição, anormalidades de ácidos graxos, incluindo elevados níveis de fosfolipase A2 e sinalização prejudicada de prostaglandinas, têm sido identificadas e ligadas à reduzida resposta na lavagem de pele com niacina em pacientes esquizofrênicos66.

Recentemente, aplicamos um imunoensaio multiplexado em combinação com um perfil proteômico por espectrometria de massas para prover leituras dinâmicas que provavelmente levem a perspectivas moleculares mais profundas sobre a disfunção celular associada com a esquizofrenia. Usamos um novo sistema ex vivo de sangue total (TruCultureTM) na presença ou ausência de um desafio imune para investigar a liberação diferencial de moléculas de células sanguíneas no início da doença67. Esse modelo celular se aproxima mais intimamente de condições in vivo da atividade de células imunes comparadas a modelos PBMC isolados. Nove moléculas mostraram um estado imunológico comprometido em esquizofrenia comparado àquele de controles e isso foi replicado em um grupo independente. Análise de vias in silico mostrou que essas moléculas possuíam papéis em função endotelial celular, inflamação, resposta de fase aguda e via de fibrinólise.

Ligações entre disfunção imune e metabólica em esquizofrenia

Há evidência de que existem associações funcionais entre os sistemas imune periférico e central4,68,69. Por exemplo, alterações na proteína ligadora de cálcio S100B associada à barreira hematoencefálica têm sido ligadas com esquizofrenia em ambos os níveis: central e periférico70,71. Um estudo recente mostrou que a secreção de S100B por células T CD8+ ativa monócitos e granulócitos, sugerindo uma comunicação cruzada entre células do sistema imune inato e adaptativo na mediação de tais respostas inflamatórias72.

Estudos recentes sugerem que perturbações na função do sistema imune vistas em desordens psiquiátricas podem resultar da falha em montar uma resposta inflamatória apropriada e esta poderia estar relacionada a um metabolismo prejudicado61,73. É provável que respostas inflamatórias consumam grandes quantidades de energia74. Em apoio a isso, mostramos recentemente que a glicólise pode estar comprometida após estimulação de PBMC tomadas de pacientes esquizofrênicos75. Isso é consistente também com outros estudos mostrando que indivíduos esquizofrênicos não submetidos a drogas podem ter sinalização de insulina prejudicada, a qual regula a maior parte das vias metabólicas corporais76,77.

A observação de que desordens metabólicas eram associadas à baixa condição sistêmica inflamatória levou a estudos ligando essas duas vias. Por exemplo, o tecido adiposo excessivo frequentemente associado com síndrome metabólica produz elevados níveis de proteínas como adipocinas, as quais foram implicadas na patogênese de doenças metabólicas incluindo diabetes, hipertensão e doença cardiovascular78,79. No caso de desordens psiquiátricas, ainda não é claro se tais efeitos periféricos no metabolismo e na função imune são causa ou consequência de distúrbios no SNC. O SNC responde a processos inflamatórios por meio da ativação do eixo HPA e da produção do hormônio de estresse cortisol. De fato, o eixo HPA provê uma ligação funcional entre o controle central e periférico do metabolismo.

A maioria dos estudos identificou uma resposta anormal do eixo HPA na esquizofrenia80, incluindo elevados níveis basais de cortisol plasmático e uma resposta menos intensa do cortisol ao estresse psicológico81. O cortisol antagoniza o efeito da insulina, induzindo gliconeogênese. Níveis cronicamente elevados de cortisol podem, dessa forma, levar a sintomas de síndrome metabólica, incluindo hiperglicemia, resistência à insulina e maior deposição de gordura visceral. Alterações em cortisol em pacientes esquizofrênicos têm sido consideradas fatores de confusão em estudos de características metabólicas devido aos altos níveis de estresse psicossocial experimentado pelos pacientes. Entretanto, anormalidades na tolerância à glicose têm sido achadas independentemente de mudanças nos níveis de cortisol82. Além disso, disfunção do eixo HPA pode estar mecanisticamente ligada ao equilíbrio de distribuição de substrato energético entre os sistemas periférico e central.

Uma das principais contribuições à comorbidade da esquizofrenia que poderia levar a uma resposta inflamatória inclui um aumentado risco à síndrome metabólica, ganho de peso e diabetes tipo II. Esses efeitos têm sido atribuídos principalmente a efeitos colaterais de medicamentos antipsicóticos atípicos, tais como clozapina e olanzapina83. Entretanto, tolerância à glicose em jejum prejudicada foi relatada em casos de esquizofrenia de primeira ordem sem uso de antipsicóticos, sugerindo que anormalidades inerentes à doença em metabolismo de glicose já podem estar presentes nos estados iniciais da desordem77,84. Também, efeitos na mudança da resposta inflamatória foram relatados em pacientes de primeira ordem26. Interessantemente, nem todos os indivíduos esquizofrênicos desenvolvem tais efeitos, sugerindo que um meio empírico de prever respostas ao tratamento seria de grande benefício.

Recentemente, desenvolvemos um sistema de análise biológica combinando uma busca de biomarcadores, disponíveis na literatura e de um grande banco de dados próprio, associados com esquizofrenia85. Essa análise mostrou categoricamente que "doença imunológica" e "resposta inflamatória" são as principais doenças associadas com essas listas moleculares e significativamente associadas com esquizofrenia. Além disso, a análise das principais vias canônicas dos estudos de biomarcadores do proteoma de soro em esquizofrenia proveu posterior evidência de alterada sinalização imunológica e/ou inflamatória em esquizofrenia85.

Necessidade clínica

Há acordo agora de que há uma fundamental falta de entendimento das anormalidades biológicas associadas a doenças mentais severas, as quais ainda são definidas por vagas descrições de sintomas que não remetem à etiológica heterogeneidade dessas condições. Os regimes terapêuticos disponíveis são largamente destinados a aliviar os sintomas e podem apenas parar ou diminuir a progressão da doença em um estágio inicial. Então o diagnóstico precoce e preciso é essencial.

Muitos pacientes com doenças neuropsiquiátricas tais como esquizofrenia permanecem sem reconhecimento ou recebem um diagnóstico tardio ou errôneo. A taxa de reconhecimento de esquizofrenia em cuidados de saúde primários é menor que 50%. A principal razão para isso é que o atual diagnóstico de esquizofrenia é subjetivo. Isso é um resultado do complexo espectro de sintomas, a sobreposição desses sintomas com aqueles presentes em outras desordens mentais e a atual falta de marcadores empíricos para essas doenças. Além disso, menos do que 50% de pacientes esquizofrênicos respondem favoravelmente a um tratamento inicial com medicação antipsicótica86,87. Isso é mais, provavelmente, um resultado de insuficiente compreensão dos fundamentos fisiopatológicos da esquizofrenia para prover informação ao diagnóstico ou guiar a seleção de um tratamento. Ademais, a farmacoterapia tradicional para a esquizofrenia usando drogas de "sucesso geral" normalmente leva à administração e à troca de fármacos múltiplas vezes até que uma resposta adequada seja alcançada. Talvez não seja surpreendente que haja uma baixa taxa na resposta ao tratamento e a recidiva seja algo comum88.

A ideia das abordagens de medicamentos personalizados em psiquiatria poderia ser realizada mediante a utilização de biomarcadores moleculares que apontem subgrupos de pacientes baseando-se, para isso, no status inflamatório, metabólico e do eixo HPA. Um teste metabólico que reconheça tais subtipos pode também ser usado para identificar aqueles pacientes que mais provavelmente respondam a um particular tratamento89. O desenvolvimento de marcadores empíricos imuno e neuroendócrinos e testes sanguíneos prognósticos e diagnósticos objetivos para desordens psiquiátricas, baseados em uma abordagem integral de análise proteômica, seria um grande avanço no campo da esquizofrenia. A descoberta de novos biomarcadores úteis no diagnóstico ou terapêutica envolve a realização do perfil de amostras biológicas na busca por mudanças moleculares qualitativas e quantitativas relacionadas à doença. Biomarcadores que apontem alterações no sistema imune, por exemplo, poderiam formar a base de novos testes empíricos para estratificação de pacientes no início e ao longo da progressão da doença. Isso, em último caso, pavimentará o caminho para a busca de novas estratégias medicinais com um foco no componente inflamatório da doença. Entretanto, efeitos ambientais (doenças sazonais) e comorbidades (diabetes e síndrome metabólica) associadas à esquizofrenia devem ser considerados quando essas estratégias são aplicadas.

A maioria dos estudos "ômicos" conduzidos nos sistemas periféricos e central documenta apenas uma associação entre o status pró-inflamatório e a esquizofrenia, e não uma causa ou efeito. Utilizamos de maneira bem-sucedida plataformas de identificação molecular para reconhecer assinaturas específicas de esquizofrenia em cérebro e soro relacionadas à função imune/inflamação23,36. Esses e estudos de outros pesquisadores proveram perspectivas únicas a respeito de vias moleculares por trás da fisiopatologia da doença. No caso da esquizofrenia, os estudos agora avançaram ao estágio em que se pode distinguir indivíduos esquizofrênicos de controle com alta sensibilidade e especificidade e, parcialmente, pacientes com esquizofrenia de outros com outras desordens neuropsiquiátricas90. Em particular, identificamos uma assinatura sanguínea da doença compreendida de um refinado painel de imunoensaio 51-plex, o qual foi validado por meio de teste em um grande grupo independente de indivíduos com esquizofrenia (n = 577) e controles (n = 229). As 51 moléculas estão envolvidas em vias inflamatórias, hormonais e metabólicas, as quais são conhecidas por serem afetadas em esquizofrenia.

Há necessidade de os clínicos empregarem múltiplas estratégias para minimizar o risco inflamatório em pacientes esquizofrênicos em todos os estágios da doença. Estratégias alternativas de tratamento também têm sido tentadas para desordens do SNC associadas a perturbações metabólicas91. Por exemplo, agonistas do receptor ativado por proliferador de peroxissomo gama (PPAR-g) com propriedades anti-inflamatórias e antidiabéticas têm sido usados para tratar sintomas comportamentais em autismo92 e déficits cognitivos associados a desordens neurodegenerativas93. Em adição, essa abordagem também tem sido empregada como agente anti-inflamatório e neuroprotetor94. Isso inclui o uso de antidiabéticos tais como inibidores de dipeptidil peptidase IV (DPP-IV) ou agonistas de PPAR-g95.

O componente inflamatório da doença poderia ser visado por agentes anti-inflamatórios novos ou já existentes, como terapias únicas ou conjuntas, para aliviar os sintomas ou contribuir ao tratamento da esquizofrenia. Estudos recentes já testaram o potencial do uso de agentes anti-inflamatórios para objetivar o componente inflamatório da esquizofrenia e melhorar a classificação clínica96. Mais recentemente, ácido acetilsalicílico dado como terapia adjuvante ao tratamento antipsicótico regular foi usada para reduzir sintomas associados com desordens do espectro da esquizofrenia97. Tal estratégia mostrou que esses agentes anti-inflamatórios foram benéficos no tratamento ou direcionamento de desordens mentais com esquizofrenia, já que a redução dos sintomas foi mais pronunciada naqueles indivíduos com alterações mais pronunciadas na função imune97. Isso poderia ser de maior importância já que recentes estudos encontraram que alterações na resposta inflamatória podem contribuir para o desenvolvimento precoce da esquizofrenia27, com a possibilidade de que certos agentes infecciosos possam contribuir para o início da doença98.

Um estudo de prova de conceito já foi conduzido em humanos, e inibidores de cox-2 foram testados como um tratamento alternativo à esquizofrenia11. Estratégias similares poderiam também ser aplicadas em terapias futuras por meio do uso de terapias monoclonais para humanos ou biofármacos em pacientes esquizofrênicos. Já foi achado que, visando a peptídeos amiloides oligoméricos mediante imunização passiva com um anticorpo monoclonal de conformação seletiva, melhoram-se o aprendizado e a memória em um modelo animal de doença de Alzheimer99. Também, um anticorpo monoclonal inibidor do receptor de IL-6, um anticorpo inibidor do fator de necrose tumoral alfa (TNF-α - infliximab) e etanercept (uma proteína de fusão solúvel TNF-receptor-Fc) já estão em uso clínico para tratamento de pacientes de artrite reumatoide100. Eles poderiam ser testados em pacientes sofrendo de desordens mentais como esquizofrenia, entretanto uma desvantagem dessa estratégia seria a ocorrência de potenciais efeitos colaterais como aumentados índices de infecção101. Isso poderia potencialmente contribuir, antes, para a exacerbação de sintomas que para o seu alívio. Dessa forma, testes clínicos bem desenhados são essenciais para futura pesquisa.

Um resultado bem-sucedido dos estudos baseados em biomarcadores deverá assistir clínicos na estratificação de pacientes esquizofrênicos para a seleção dos regimes terapêuticos mais apropriados. Isso reduzirá a incidência de efeitos inflamatórios, melhorará a aceitação dos pacientes e aumentará a proporção de pacientes que respondem favoravelmente à terapia no que se refere à psicopatologia.

Conclusão

É bem estabelecido que um status pró-inflamatório central e periférico é um componente significante da esquizofrenia. Como estudos correntes e futuros objetivam investigar a relação entre causa e efeito do componente inflamatório da esquizofrenia, avanços nas plataformas de identificação molecular têm permitido a possibilidade de entender a doença no seu nível mais fundamental. Isso deverá formar o caminho para o desenvolvimento de testes baseados em biomarcadores para a estratificação de pacientes com base em seus perfis moleculares em diferentes estágios da doença. Objetivar o componente inflamatório de uma doença multifatorial como a esquizofrenia requer estudos clínicos e pré-clínicos bem projetados para correlacionar dados moleculares com classificação clínica. Essa compreensiva estratégia (Figura 1) deverá permitir o entendimento da etiologia da esquizofrenia e, mais precisamente, o papel do componente inflamatório nessa doença. Também permitirá desenvolver uma estratégia medicamentosa flexível e progressivamente personalizada baseada na estratificação de pacientes desde o início ao último estágio da doença. A proposta da mudança de paradigma visando ao componente inflamatório da esquizofrenia em diferentes estágios da doença poderá levar ao aliviamento de alguns sintomas, prevenir o início da doença e/ou diminuir sua progressão. Posteriores estudos nessa área poderiam também levar ao desenvolvimento de uma nova estratégia de descoberta de alvos baseada na estratificação de pacientes no nível molecular. Mais importante, há relatos conflitantes a respeito da natureza de agentes pró-inflamatórios, bem como de suas mudanças direcionais que estão associadas com esquizofrenia85. Como o sistema imune é dinâmico e adaptável, o tratamento personalizado baseado em processos inflamatórios deve ser construído de maneira cautelosa de modo a manter o sistema imune do paciente finamente regulado durante todo o curso da doença.


Agradecimentos

Esta pesquisa foi apoiada pelo Instituto de Pesquisa Médica Stanley (SMRI), o programa de pesquisa da União Europeia FP7 SchizDX (referência do projeto 223427) e a Iniciativa de Medicamentos Inovadores NEWMEDS.

Recebido: 23/9/2012

Aceito: 7/11/2012

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  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      11 Dez 2012
    • Data do Fascículo
      2013

    Histórico

    • Recebido
      23 Set 2012
    • Aceito
      07 Nov 2012
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