EDITORIAL
A ideia de dedicarmos um número da revista ao Serviço Social internacional é cultivada, desde há muito, por nosso Conselho Editorial.
O amadurecimento da produção intelectual acadêmica, a consolidação do Serviço Social como área de conhecimento, o fortalecimento do intercâmbio internacional das entidades profissionais brasileiras, especialmente CFESS, Alaets e ABEPSS, com suas congêneres no continente latino‑americano e na Europa, foram fatores decisivos para a concretização daquela ideia inicial.
De modo mais imediato, porém, o que nos levou a envidar todos os esforços para a realização desse número especial da Revista foi a proximidade da Conferência Internacional de Serviço Social em Estocolmo, Suécia, em julho de 2012, onde se espera uma boa delegação da América Latina.
Como fruto de um esforço coletivo da Editora e do Conselho Editorial, acionamos todos os nossos contatos com as entidades do Serviço Social brasileiro e do exterior, com nossos ex‑alunos, com companheiros de universidades e de outros eventos dos quais participamos e assim foi possível chegar ao expressivo conjunto de artigos que hoje trazemos a público.
Da Europa, temos artigos da Itália, Portugal e Espanha que abordam questões relativas à formação e ao exercício profissional, bem como às políticas e ao sistema público de serviços sociais, constrangidos por uma regulação liberal conservadora, hegemônica, a exemplo do que ocorre nos países industrializados centrais.
Em artigo enviado da Suíça, encontramos importante contribuição para conhecer o posicionamento do Assistente Social alemão Timm Kunstreich contra esse regressivo contexto conservador e a favor de uma teoria crítica do Serviço Social.
O artigo da Suécia é mais centrado em questões políticas da formação e exercício profissional, a partir de uma contextualização do Serviço Social naquele país.
Em relação ao nosso continente, temos um relato sobre o Serviço Social em Cuba e um balanço sobre a pós‑graduação e a pesquisa no Serviço Social latin-americano Do Brasil, as contribuições dos autores e das entidades do Serviço Social atendem ao objetivo de posicionar o debate sobre o processo de revisão da definição de trabalho social, aprovada pela Federação Internacional de Trabalho Social, em 2000, na Assembleia realizada no Canadá Expressam, ainda, de modo veemente, a defesa da formação profissional e do projeto ético‑político do contemporâneo Serviço Social brasileiro.
Estamos prevendo para 2012 um segundo número da Revista que pretende dar continuidade ao debate sobre o Serviço Social internacional, abordando mais amplamente as tendências e perspectivas da profissão na América Latina.
No momento em que encerrávamos esta edição tão significativa, recebemos, com muito pesar, a notícia do falecimento de Nadir Gouvêa Kfouri, figura emérita do Serviço Social brasileiro e que tanto enobreceu a profissão, a quem rendemos todas as nossas homenagens e dedicamos este número da revista.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
02 Dez 2011 -
Data do Fascículo
Dez 2011
