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Atributos microbiológicos do solo e produtividade de rabanete influenciados pelo uso de espécies espontâneas

Soil microbiological attributes and productivity of radish influenced by the use of spontaneous species

Resumos

O uso de espécies espontâneas da Caatinga como adubos verdes é uma técnica de manejo alternativa para a produção de hortaliças no Nordeste do Brasil, mas ainda escassas são as informações. O presente trabalho foi realizado de outubro a dezembro de 2009 em Mossoró-RN com o objetivo de avaliar o efeito de três espécies espontâneas da Caatinga em diferentes doses de biomassa nos atributos microbiológicos do solo e na produtividade do rabanete. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com três repetições, sendo os tratamentos compostos de três espécies da Caatinga [jitirana (Merremia aegyptia); mata-pasto (Senna uniflora) e flor-de-seda (Calotropis procera)] utilizadas em cinco doses de massa seca (5,4; 8,8; 12,2; 15,6 e 21,0 t ha-1). As características microbiológicas avaliadas no solo foram o número de unidades formadoras de colônia (UFC) de actinomicetos, fungos e bactérias e no rabanete foram as produtividades total e comercial, massa seca de raízes, massa seca da parte aérea e percentagens de raízes comercial e refugo. O crescimento dos microorganismos no solo não foi influenciado pelas espécies estudadas, mas houve aumento no número de UFC de microrganismos com as doses aplicadas (1,025 x 10(4) para actinomicetos; 7,995 x 10² para fungos e 7,841 x 10(6) para bactérias). As maiores produtividades total e comercial e massa seca da parte aérea do rabanete foram obtidas com 21,0 t ha-1 de biomassa de jitirana. As maiores percentagens de raízes comercial e refugo do rabanete foram registradas nas espécies jitirana e mata-pasto. As percentagens máxima de raízes comercial e mínima de raízes refugo foram obtidas com a incorporação de 21,0 t ha-1 de biomassa dos adubos verdes.

Raphanus sativus; Merremia aegyptia; Senna uniflora; Calotropis procera; Caatinga; microbiologia do solo


The use of spontaneous species of the Caatinga as green manure is a management technique alternative to vegetable production in northeastern Brazil, but information are still scarce. This study was carried out during October-December 2009 in Mossoró, Rio Grande do Norte state, Brazil, in order to evaluate the effect of three spontaneous species of the Caatinga at different doses of biomass on the soil microbiological attributes and yield of radish. The experimental design was in randomized complete blocks with three replications and the treatments composed of three species of the Caatinga [hairy woodrose (Merremia aegyptia); oneleaf senna (Senna uniflora) and roostertree (Calotropis procera)] used in five doses of dry mass (5.4, 8.8 , 12.2, 15.6 and 21.0 t ha-1). The microbiological characteristics evaluated in soil were: the number of colony forming units (CFU) of actinomycetes, fungi and bacteria and in the radish were the total and marketable productivity, root dry mass, dry mass of shoots and percentages of marketable and disposal roots. The growth of microorganisms in the soil was not affected by the species, but there was an increase in the number of CFU of microorganisms with the doses applied (1.025 x 10(4) for actinomycetes, 7.995 x 10² for fungi and 7.841 x 10(6) for bacteria). The highest total and marketable yields and amount of dry mass of shoots of radish were obtained with 21.0 t ha-1 of biomass hairy woodrose. Higher percentages of marketable and disposal roots of radish were recorded in the hairy woodrose and oneleaf senna species. The maximum percentages of marketable roots and minimum percentage of disposal roots were obtained with the incorporation of 21.0 t ha-1 biomass of green manures.

Raphanus sativus; Merremia aegyptia; Senna uniflora; Calotropis procera; tropical thorn forest; soil microorganisms


PESQUISA RESEARCH

Atributos microbiológicos do solo e produtividade de rabanete influenciados pelo uso de espécies espontâneas

Soil microbiological attributes and productivity of radish influenced by the use of spontaneous species

Marcos AV BatistaI; Francisco Bezerra NetoII; Márcia MQ AmbrósioII; Louise MS GuimarãesII; João Paulo B SaraivaII; Maiele L da SilvaII

IInstituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, Iguatu-CE; batistamar@ig.com.br

IIUFERSA, C. Postal 137, 59625-900 Mossoró-RN; bezerra@ufersa.edu.br

RESUMO

O uso de espécies espontâneas da Caatinga como adubos verdes é uma técnica de manejo alternativa para a produção de hortaliças no Nordeste do Brasil, mas ainda escassas são as informações. O presente trabalho foi realizado de outubro a dezembro de 2009 em Mossoró-RN com o objetivo de avaliar o efeito de três espécies espontâneas da Caatinga em diferentes doses de biomassa nos atributos microbiológicos do solo e na produtividade do rabanete. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com três repetições, sendo os tratamentos compostos de três espécies da Caatinga [jitirana (Merremia aegyptia); mata-pasto (Senna uniflora) e flor-de-seda (Calotropis procera)] utilizadas em cinco doses de massa seca (5,4; 8,8; 12,2; 15,6 e 21,0 t ha-1). As características microbiológicas avaliadas no solo foram o número de unidades formadoras de colônia (UFC) de actinomicetos, fungos e bactérias e no rabanete foram as produtividades total e comercial, massa seca de raízes, massa seca da parte aérea e percentagens de raízes comercial e refugo. O crescimento dos microorganismos no solo não foi influenciado pelas espécies estudadas, mas houve aumento no número de UFC de microrganismos com as doses aplicadas (1,025 x 104 para actinomicetos; 7,995 x 102 para fungos e 7,841 x 106 para bactérias). As maiores produtividades total e comercial e massa seca da parte aérea do rabanete foram obtidas com 21,0 t ha-1 de biomassa de jitirana. As maiores percentagens de raízes comercial e refugo do rabanete foram registradas nas espécies jitirana e mata-pasto. As percentagens máxima de raízes comercial e mínima de raízes refugo foram obtidas com a incorporação de 21,0 t ha-1 de biomassa dos adubos verdes.

Palavras-chave:Raphanus sativus, Merremia aegyptia, Senna uniflora, Calotropis procera, Caatinga, microbiologia do solo.

ABSTRACT

The use of spontaneous species of the Caatinga as green manure is a management technique alternative to vegetable production in northeastern Brazil, but information are still scarce. This study was carried out during October-December 2009 in Mossoró, Rio Grande do Norte state, Brazil, in order to evaluate the effect of three spontaneous species of the Caatinga at different doses of biomass on the soil microbiological attributes and yield of radish. The experimental design was in randomized complete blocks with three replications and the treatments composed of three species of the Caatinga [hairy woodrose (Merremia aegyptia); oneleaf senna (Senna uniflora) and roostertree (Calotropis procera)] used in five doses of dry mass (5.4, 8.8 , 12.2, 15.6 and 21.0 t ha-1). The microbiological characteristics evaluated in soil were: the number of colony forming units (CFU) of actinomycetes, fungi and bacteria and in the radish were the total and marketable productivity, root dry mass, dry mass of shoots and percentages of marketable and disposal roots. The growth of microorganisms in the soil was not affected by the species, but there was an increase in the number of CFU of microorganisms with the doses applied (1.025 x 104 for actinomycetes, 7.995 x 102 for fungi and 7.841 x 106 for bacteria). The highest total and marketable yields and amount of dry mass of shoots of radish were obtained with 21.0 t ha-1 of biomass hairy woodrose. Higher percentages of marketable and disposal roots of radish were recorded in the hairy woodrose and oneleaf senna species. The maximum percentages of marketable roots and minimum percentage of disposal roots were obtained with the incorporation of 21.0 t ha-1 biomass of green manures.

Keywords:Raphanus sativus, Merremia aegyptia, Senna uniflora, Calotropis procera, tropical thorn forest, soil microorganisms.

A produção brasileira de rabanete está estimada em 9.140 toneladas, sendo a maior parte proveniente de propriedades com área de 2 a 5 ha (Ferreira & Zambon, 2004). No Brasil, há 7,3 mil unidades de produção, sendo que, do total de 352 unidades na região Nordeste, aproximadamente 11 unidades estão localizadas no estado do Rio Grande do Norte (IBGE, 2006). O uso de fertilizantes minerais é uma opção onerosa para alguns produtores.

Uma das alternativas ao suprimento da demanda de nutrientes no rabanete é a utilização da adubação verde, onde se incorpora ao solo a massa vegetal não decomposta de plantas cultivadas no local, ou importadas, para preservar e/ou restaurar a fertilidade dos solos e, consequentemente, a produtividade das terras agricultáveis (Calegari et al., 1993). Essa prática melhora as características físicas do solo, favorecendo a sua agregação e maior retenção de água e prevenindo contra a erosão (Batista et al., 2012). Aliado a isso, a biomassa dos adubos verdes pode melhorar também as características microbiológicas do solo (Graham & Haynes, 2006). Sabe-se, no entanto, que quanto maior a quantidade de material orgânico, maior será a biomassa microbiana. Ela é um dos componentes que controla as funções chaves no solo, como a decomposição e o acúmulo de matéria orgânica, ou transformações envolvendo os nutrientes minerais. Ela representa uma reserva considerável de nutrientes, os quais são continuamente assimilados durante os ciclos de crescimento dos diferentes organismos que compõem o ecossistema (Araújo & Monteiro, 2007). Os solos que mantêm um alto conteúdo de biomassa são capazes não somente de estocar, mas também de ciclar mais nutrientes no sistema (Gregorich et al., 1994).

As espécies utilizadas como adubo verde devem produzir grandes quantidades de matéria seca, serem resistentes à ocorrência de pragas e doenças, possuir sementes uniformes e de bom poder germinativo, apresentar exigências relativamente baixas quanto ao preparo e fertilidade do solo e possuir rápido crescimento e sistema radicular profundo (Penteado, 2007). Plantas da vegetação espontânea da região Nordeste apresentam muitas dessas características. A coleta dessas espécies utilizadas como adubo verde é realizada de forma sustentável e racional, pois suas características (rápido crescimento, alta capacidade de rebrota e alto poder germinativo), aliadas à forma de coleta realizada em períodos em que as plantas se encontram em estádio de maturação, evitam que as mesmas possam ser extintas da vegetação da Caatinga. Essas espécies da Caatinga vêm sendo estudadas como adubo verde em várias hortaliças (Linhares et al., 2011; Bezerra Neto et al., 2011). Entre essas estão à jitirana, o mata-pasto e a flor-de-seda. Linhares et al. (2009a), trabalhando com o mata-pasto em rúcula, observaram incremento na altura de plantas, no número de folhas e rendimento de massa verde e seca. A adição de jitirana proporcionou 33% de aumento na produtividade comercial de cenoura (Oliveira et al., 2011). Aliado a isso, beterraba adubada com doses de jitirana teve sua produtividade aumentada para 66% (Silva et al., 2011). Entretanto, mais estudos são necessários para outras espécies de hortaliças.

Posto isso, o objetivo do presente trabalho foi avaliar o efeito de três espécies espontâneas da Caatinga em diferentes doses de biomassa nos atributos microbiológicos do solo e na produtividade do rabanete.

MATERIAL E MÉTODOS

O trabalho foi conduzido de outubro a dezembro de 2009, em campo da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, distrito de Alagoinha, distante 20 km da sede do município de Mossoró (5º11'S e 37º20'O, 18 m de altitude). O clima de Mossoró é do grupo BsWh, tropical, semiárido muito quente e com estação chuvosa no verão atrasando-se para o outono, apresentando durante o período do experimento, temperatura média máxima de 33,90C e média mínima de 23,90C e umidade relativa média do ar de 68,9%. O solo da área experimental foi classificado como Latossolo Vermelho Amarelo Distrófico (EMBRAPA, 2006). Amostras de solo dessa área foram retiradas para determinação de seus atributos químicos (Tabela 1).

O delineamento experimental usado foi em blocos completos casualizados com os tratamentos arranjados em esquema fatorial 3x5 com três repetições. Os tratamentos consistiram da combinação de três espécies espontâneas (jitirana, mata-pasto e flor-de-seda) com cinco quantidades de biomassa incorporadas ao solo (5,4; 8,8; 12,2; 15,6 e 21,0 t ha-1 em base seca). A área total da parcela foi de 1,44 m2, com área útil de 0,80 m2. A cultivar de rabanete utilizada foi a Crimson Gigante, recomendada para as condições semiáridas do Nordeste brasileiro.

Os adubos verdes foram coletados da vegetação nativa, triturados em pedaços de 2-3 cm e colocados para secar em temperatura ambiente até atingirem ponto de fenação (em torno de quatro a cinco dias). Amostras de cada espécie foram levadas à estufa com circulação de ar a 65ºC para determinação do teor de umidade e, após moagem, foram feitas análises químicas de nutrientes, conforme Malavolta (2006) (Tabela 2).

O preparo do solo da área experimental consistiu de uma gradagem seguida de levantamento dos canteiros. A incorporação dos adubos verdes nas parcelas foi realizada no dia 28 de outubro de 2009, vinte e um dias antes da semeadura (Linhares et al., 2009b). A semeadura do rabanete foi direta nos canteiros, em covas de 3 cm de profundidade. Foram colocadas quatro sementes por cova, fazendo-se o desbaste 9 dias após a semeadura, deixando uma planta por cova no espaçamento de 20 cm entre fileiras e 5 cm entre plantas.

As irrigações foram efetuadas diariamente por micro-aspersão, em dois turnos de rega de manhã e tarde, fornecendo-se uma lâmina de água de 8 mm dia-1. Como tratos culturais foram realizados uma capina manual e uma amontoa.

Em cada parcela, foram coletadas 30 folhas recém-maduras na metade do ciclo da cultura do rabanete (01/12/2009) para a determinação dos macronutrientes nas plantas pela digestão sulfúrica e nítrico-perclórica (Malavolta et al.,1997).

A colheita do rabanete foi realizada aos 28 dias após a semeadura (15/12/2009), sendo avaliado a produtividade total (massa da matéria fresca das raízes das plantas da área útil, expressa em t ha-1), a produtividade comercial (massa da matéria fresca das raízes das plantas da área útil livres de rachaduras, não isoporizadas com diâmetro ≥20 mm (Cardoso & Hiraki, 2001), expressa em t ha-1), massa seca de raízes e massa seca da parte aérea (tomadas em amostra de quinze plantas, expressa em t ha-1). A porcentagem de raízes comercial (%RC) e porcentagem de raízes refugo (%RR) foram obtidas pelas expressões: %RC = (PCR/PTR)*100 e %RR = (PRR/PTR)*100, onde PCR, PTR e PRR são respectivamente a produtividade comercial de raízes, produtividade total de raízes e produtividade de raízes refugo.

Após o término do experimento foram coletadas amostras de terra (0-20 cm) para determinação de S, P, K, Ca, Mg e Na na matéria orgânica e pH (Tabela 1), conforme Cavalcanti (1998) e para quantificação dos microrganismos através de diluição seriada e plaqueamento em meios seletivos, através da técnica da contagem em placas de Petri (Martin, 1950). Para o isolamento de bactérias foi empregado o meio de cultura Nutriente ágar (NA) e as diluições de 10-5 e 10-6. Para o isolamento de actinomicetes foi empregado o meio Amido caseína (AC) (Kuster & Williams, 1964) e as diluições 10-3 e 10-4 e, para o isolamento de fungos, foi empregado o Meio de Martin (Martin, 1950) e as diluições 10-1 e 10-2. Foram feitas três repetições para cada combinação meio-diluição e as placas foram mantidas a 32ºC±3 até o crescimento das colônias. Colônias por placa foram contadas após dois, três e cinco dias, para bactéria, actinomicetes e fungos, respectivamente.

Análise de variância foi realizada nas características avaliadas. Nos resultados obtidos foi aplicado o teste de Tukey para comparar as espécies espontâneas estudadas. Análise de regressão também foi realizada para avaliar as doses utilizadas, com o procedimento de ajustamento de curvas de resposta feito para as doses de biomassa dos adubos incorporadas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Análises químicas das folhas, diagnose do rabanete e do solo - Durante o ciclo do rabanete, os teores dos macronutrientes nas folhas diagnose proporcionados pela adubação com as espécies espontâneas (Tabela 2) estiveram dentro das faixas adequadas recomendadas para o rabanete que são de 30-60 g kg-1 para N; 3-7 g kg-1 para P e de 5-12 g kg-1 para Mg. Não se encontrou informação para o enxofre na literatura. Os teores dos nutrientes K (19-23 g kg-1) e Ca (20-23 g kg-1) estiveram abaixo dos teores mínimos recomendados de 40-75 g kg-1 para K e 30-75 g kg-1 para Ca (Silva, 1999).

Ao final do cultivo do rabanete, os teores de P, K, Ca, Mg e Na no solo (Tabela 1) estiveram dentro da faixa ótima desses elementos, que são de 18,8-25,2 mg dm-3 para N; 1,9-2,6 para K; 42,9-45,6 para Ca; 15,8-19,5 para Mg e de 2,66-2,98 mmolc dm-3 para Na (Cavalcanti, 1998). Com relação ao pH no solo, obteve-se um valor entre 7,4 e 7,5, valor esse registrado antes da cultura do rabanete. Diante disso, pode-se registrar que a adubação do solo com as espécies espontâneas melhorou a fertilidade do mesmo, com elevação dos teores dos nutrientes P, K, Ca, Mg e Na (Tabela 1).

Quantificação dos microorganismos do solo - Não houve interação significativa entre as espécies espontâneas e as doses de biomassa utilizadas no número de unidades formadoras de colônia (UFC) de actinomicetos, fungos e de bactérias (Tabela 3 e Figuras 1A e 1B). Independentemente das doses, não foi observada diferença entre as espécies quanto ao número de UFC dos microorganismos (Tabela 3), o que pode estar associado à mesma quantidade de nutrientes das espécies. Barroti & Narras (2000) também não observaram diferenças na população microbiana total em função da espécie (gramínea ou leguminosa), fontes de fósforo e calagem.


Por outro lado, houve aumento ascendente no número de UFC de actinomicetos, fungos e de bactérias com as doses de biomassa incorporadas ao solo. Para cada aumento de 1,0 t ha-1 dos adubos verdes, ocorreu um incremento no número de UFC de actinomicetos e de fungos de 0,066 x 104 e 0,512 102 (Figuras 1A e 1B). O número máximo de UFC de actinomicetos (2,386 x 104) e de fungos (15,285 x 102) foi obtido na dose de adubo de 21 t ha-1. Para as bactérias, o aumento no número de sua UFC foi da ordem de 7,841 x 106 entre a menor e a maior dose de adubo verde incorporada ao solo (Figura 1B). A decomposição de material vegetal no solo induz, inicialmente, à atividade de alguns microrganismos, como os actinomicetos, uma vez que a decomposição dos materiais serve como fonte de macronutrientes e micronutrientes, hormônios, aminoácidos e outros (Berttiol & Ghini, 2005).

O aumento desse grupo de microorganismos no solo apresenta grande importância para agricultura, pois as actinobactérias (actinomicetos) são encontradas em muitos habitats e têm sido identificadas como um dos principais grupos de microorganismos nos solos (Satheeja & Jebakumar, 2011). Esses desempenham um papel importante como promotores de crescimento de plantas, pela ação direta por meio da solubilização de nutrientes do substrato, produção de substâncias reguladoras de crescimento de plantas e pela ação indireta, por meio do controle de patógenos que limitam o crescimento das plantas. Esses microorganismos também apresentam a capacidade de sequestrar ou degradar moléculas tóxicas às plantas, tornando-se possível a recuperação de áreas contaminadas, permitindo o desenvolvimento de culturas de importância econômica nestes ambientes (Oliveira et al., 2003).

As doses de biomassa incorporadas ao solo aumentaram também fungos e bactérias. No geral, o aumento destes microorganismos no solo, seja quantitativa ou qualitativamente pode apresentar grande importância, pois os mesmos contribuem para o crescimento das plantas e para o controle de fitopatógenos (Peixoto Neto et al., 2002).

Castro & Prado (1993), avaliando a atividade de microorganismos do solo em diferentes sistemas de manejo, encontraram para bactérias valores médios de UFC de 1,4 x 106 no plantio direto e de 9,0 x 106 no plantio convencional, valores similares aos encontrados nesse trabalho.

Produtividade e massa seca da parte aérea do rabanete - Houve interação significativa entre as espécies e doses de adubos verdes na produtividade total e comercial de raízes e na massa seca da parte aérea do rabanete (Tabela 4 e Figuras 2A, 2B e 2C).


Desdobrando-se as doses dos adubos verdes dentro de cada espécie espontânea, observou-se um aumento entre a menor e a maior dose de jitirana, mata-pasto e flor-de-seda incorporada ao solo na produtividade total (8,03; 3,83 e 2,64 t ha-1) e comercial (7,68; 3,80 e 2,30 t ha-1) de raízes (Figuras 2A e 2B). Para a massa seca da parte aérea foi registrado um aumento de 0,82 g planta-1 entre a menor e a maior dose de jitirana adicionada ao solo (Figura 2C). No entanto, para as doses de mata-pasto e de flor-de-seda não foi possível ajustar nenhuma equação de regressão para esta variável (Figura 2C).

Por outro lado, desdobrando-se as espécies dentro de cada dose de adubo incorporada, foram registradas diferenças significativas na produtividade total de raízes entre as espécies apenas nas doses de adubo de 12,2 t ha-1 e 21,0 t ha-1 respectivamente, com a produtividade total do rabanete (7,90 t ha-1) adubado na dose de 12,2 t ha-1 de flor-de-seda, sobressaindo-se das produtividades quando o rabanete fora adubado com jitirana (6,83 t ha-1) e mata-pasto (5,61 t ha-1) (Tabela 4). Quando o rabanete foi fertilizado na dose de adubo de 21,0 t ha-1, a produtividade do rabanete adubado com jitirana (13,19 t ha-1) destacou-se daquelas quando a hortaliça fora adubada com mata-pasto (7,90 t ha-1) e com a flor-de-seda (7,83 t ha-1) (Tabela 4). Não se observou diferenças significativas entre as produtividades de raízes comerciais e as massas secas da parte aérea do rabanete entre as espécies espontâneas nas doses de 5,4; 8,8; 12,2 e 15,6 t ha-1 dos adubos verdes. Tanto a produtividade de raízes comerciais (12,04 t ha-1) como a massa seca da parte aérea (1,37 g planta-1) do rabanete adubado na dose de 21,0 t ha-1 de jitirana, sobressaíram-se daquelas quando a hortaliça foi adubada com as espécies mata-pasto (7,04 t ha-1 e 0,75 g planta-1) e flor-de-seda (6,56 t ha-1 e 0,88 g planta-1) (Tabela 4).

Para as variáveis de produção estudadas, o melhor desempenho do rabanete ocorreu quando foi adubado com jitirana na dose de 21,0 t ha-1. A possível explicação para esse desempenho, está no fato da jitirana apresentar valores altos dos nutrientes N, K e Mg (19,76 g kg-1 de N; 34,28 g kg-1 de K e 5,0 g kg-1 de Mg) na sua composição (Tabela 1), além de ter sido a espécie que proporcionou maior teor de nitrogênio (33,92 g kg-1) e potássio (23,00 g kg-1) nas folhas do rabanete (Tabela 1). Outro fator importante para o bom desempenho da jitirana foi a sua relação C:N de 25:1, que facilitou a sua rápida decomposição e liberação dos nutrientes.

O comportamento crescente na maioria das características de produção estudadas pode ser explicado também pelo aumento da quantificação de microorganismos com as crescentes doses dos adubos verdes (Figuras 1A e 1B) além de aumento nos teores de fósforo (34,04 mg dm-3) no solo, correspondente a 5,54 vezes em relação ao da menor dose dos adubos verdes incorporada (Figura 3A). Na folha, o fósforo também apresentou um comportamento linear crescente com as crescentes doses dos adubos verdes, correspondendo a um aumento de 27,55% em relação à menor dose de biomassa dos adubos aplicada (Figura 3B). De acordo com Narloch et al. (2002), a cultura do rabanete, mesmo não sendo muito exigente em nutrientes, responde bem à adubação mineral, principalmente aos fosfatados.


O potássio na folha diagnose é outro nutriente que pode também explicar o comportamento da maioria das características da produção do rabanete, pois apresentou um comportamento linear crescente com as crescentes doses de biomassa dos adubos verdes, com um teor máximo de 24,8 g kg-1, equivalendo a um aumento de 24,15% em relação à dose mínima de biomassa utilizada (Figura 3C).

As produtividades observadas nesse estudo foram superiores às produtividades encontradas em outros trabalhos (Cecilio Filho et al., 2007; Álvarez et al., 2008). Com relação à massa seca da parte aérea e massa seca de raízes, Vitti et al. (2007), estudando a resposta do rabanete à adubação orgânica em ambiente protegido, encontraram para massa seca da parte aérea valores variando de 1,88 a 2,58 g plantas-1 e para massa seca das raízes, valores entre 0,58 e 1,1 g plantas-1, valores semelhantes aos encontrados nesse trabalho. Moura et al. (2008) encontraram para massa seca de folha e massa seca de raízes do rabanete, respectivamente valores variando de 1,24 a 1,35 g e de 1,22 a 1,30 g, semelhantes aos obtidos no trabalho.

Massa seca de raízes e percentagens de raízes comerciais e refugo - Para as variáveis, massa seca de raízes por planta e percentagens de raízes comerciais e refugo não foi observada interação significativa entre os fatores-tratamentos espécies espontâneas e doses de biomassa dos adubos verdes (Tabela 3 e Figuras 2D, 2E e 2F). No entanto, não se observou diferença significativa entre os valores médios de massa seca de raízes entre as espécies estudadas (Tabela 3). Porém, diferenças significativas entre os valores médios dessas espécies foram observadas nas percentagens de raízes comerciais e refugo, com os maiores valores obtidos nas espécies jitirana e mata-pasto, destacando-se dos valores da flor-de-seda (Tabela 3).

A massa seca de raízes de rabanete por planta aumentou com as doses de biomassa dos adubos verdes (em um modelo quadrático) até a dose de 17,30 t ha-1, onde fora registrado o valor máximo dessa variável (1,07 g planta-1), decrescendo, em seguida, até a maior dose dos adubos verdes incorporada ao solo (Figura 2D). Também foi observado um aumento na percentagem de raízes comerciais de 21,45% entre a menor e a maior dose de biomassa dos adubos verdes adicionados ao solo, com a percentagem máxima de raízes de 70,64% registrada na maior dose dos adubos verdes (21,00 t ha-1) (Figura 2E). Por outro lado, um decréscimo de 21,45% na percentagem de raízes refugo foi observado com as crescentes doses de biomassa dos adubos verdes, com a percentagem máxima registrada na menor dose (5,4 t ha-1) (Figura 2F).

O crescimento dos microorganismos no solo não foi influenciado pelas espécies estudadas, mas houve aumento no número de UFC de microrganismos com as doses aplicadas (1,025 x 104 para actinomicetos; 7,995 x 102 para fungos e 7,841 x 106 para bactérias). As maiores produtividades total e comercial e massa seca da parte aérea do rabanete foram obtidas com 21,0 t ha-1 de biomassa de jitirana. As maiores percentagens de raízes comerciais e refugo do rabanete foram registradas nas espécies jitirana e mata-pasto. As percentagens de raízes comerciais máximas e de raízes refugo mínimas foram obtidas com a incorporação de 21,0 t ha-1 de biomassa dos adubos verdes.

REFERÊNCIAS

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(Recebido para publicação em 25 de outubro de 2012; aceito em 28 de outubro de 2013)

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    08 Jan 2014
  • Data do Fascículo
    Dez 2013

Histórico

  • Recebido
    25 Out 2012
  • Aceito
    28 Out 2013
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