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Uso da flunixina meglumina tópica no tratamento de uveítes em cães

Topical flunixin meglumine in the treatment of canine uveitis

Resumos

Este trabalho teve por objetivo comparar o efeito (uso tópico) da flunixina meglumina e da dexametasona no controle da uveíte anterior em cães, por meio de avaliação clínica e pela dosagem de proteínas no humor aquoso. Foram utilizados 17 cães portadores de uveíte anterior de diversas etiologias. Os animais, divididos em dois grupos, foram tratados durante 15 dias. Observou-se maior eficácia da flunixina meglumina na cura clínica das uveítes e na redução significativa da concentração de proteínas no humor aquoso em relação à dexametasona. Concluiu-se que a preparação comercial de uso parenteral pode ser utilizada como colírio no tratamento de doenças inflamatórias da úvea.

flunixina meglumina; dexametasona; humor aquoso; proteína; uveítes; cães


The purpose of this study was to compare the effects of flunixin meglumine and dexamethasone topically for control of uveitis in dogs. Clinical evaluation and assessment of aqueous protein concentration were performed. Seventeen dogs with anterior uveitis secondary to variable ethiologies were studied. The animals were allotted in two groups and treated during 15 days. The flunixin meglumine was more efficient for induction of decrease in aqueous protein concentration, and control of uveitis when compared to dexamethasone. Thus, a parenteral solution of flunixin meglumine can be employed for the treatment of inflamatory uveal diseases.

dog; flunixin meglumin; dexamethasone; aqueous humor; protein; uveitis


Uso da flunixina meglumina tópica no tratamento de uveítes em cães

Topical flunixin meglumine in the treatment of canine uveitis

A.L. AndradeI; T.A.C. CostaII; P.C. CiarliniI; F.R. EugênioI; S.H.V. PerriI

ICurso de Medicina Veterinária da Faculdade de Odontologia de Araçatuba - UNESP Campus de Araçatuba Rua Clóvis Pestana, 793, Jardim Dona Amélia 16050-680 – Araçatuba, SP

IIAcadêmico do Curso de Medicina Veterinária - Araçatuba

RESUMO

Este trabalho teve por objetivo comparar o efeito (uso tópico) da flunixina meglumina e da dexametasona no controle da uveíte anterior em cães, por meio de avaliação clínica e pela dosagem de proteínas no humor aquoso. Foram utilizados 17 cães portadores de uveíte anterior de diversas etiologias. Os animais, divididos em dois grupos, foram tratados durante 15 dias. Observou-se maior eficácia da flunixina meglumina na cura clínica das uveítes e na redução significativa da concentração de proteínas no humor aquoso em relação à dexametasona. Concluiu-se que a preparação comercial de uso parenteral pode ser utilizada como colírio no tratamento de doenças inflamatórias da úvea.

Palavras-chave: flunixina meglumina, dexametasona, humor aquoso, proteína, uveítes, cães

ABSTRACT

The purpose of this study was to compare the effects of flunixin meglumine and dexamethasone topically for control of uveitis in dogs. Clinical evaluation and assessment of aqueous protein concentration were performed. Seventeen dogs with anterior uveitis secondary to variable ethiologies were studied. The animals were allotted in two groups and treated during 15 days. The flunixin meglumine was more efficient for induction of decrease in aqueous protein concentration, and control of uveitis when compared to dexamethasone. Thus, a parenteral solution of flunixin meglumine can be employed for the treatment of inflamatory uveal diseases.

Keywords: dog, flunixin meglumin, dexamethasone, aqueous humor, protein, uveitis

INTRODUÇÃO

As uveítes constituem uma desordem oftálmica freqüente em pequenos animais. Em geral os estudos procuram conhecer os efeitos dos antiinflamatórios tópicos ou sistêmicos sobre a inflamação das estruturas constituintes do trato uveal. Esse processo inflamatório caracteriza-se por vasodilatação da vasculatura da íris e do corpo ciliar e aumento da permeabilidade da barreira hemato-aquosa, determinando a liberação de prostaglandinas e proteínas na câmara anterior que ocorre tanto nas uveítes clínicas, como na manipulação cirúrgica intra-ocular (Spinelli, Krohn, 1980; Gelatt, 1999). Em cães, valores de proteínas no humor aquoso entre 21 e 65 mg/dl são indicativos de "flare" e valores superiores são observados após cirurgias intra-oculares (Hazel et al., 1971; Blogg, Coles, 1971; Brightman et al., 1981; Regnier et al., 1984). A presença dessa proteína excedente pode causar complicações irreversíveis, incluindo a perda da visão (Krohne, Vestre, 1987).

O tratamento das uveítes, independente da causa, inclui a utilização de cicloplégicos, corticosteróides, anti-prostaglandínicos e drogas imunossupressoras, sendo os corticosteróides tópicos e/ou sistêmicos os mais empregados (Crispin, 1988). São também utilizados outros antiinflamatórios não esteróides, como aspirina, indometacina, fenilbutazona e flunixina meglumina (Neufeld et al., 1972; Miller et al., 1973; Zimmerman et al., 1975; Huang et al., 1977; Brightman et al., 1981; Van Haeringer et al., 1983; Regnier et al., 1984). Flunixina meglumina, composto antiinflamatório não esteróide, possui também atividades analgésica e antipirética. Seu mecanismo de ação consiste na prevenção da síntese de prostaglandinas durante o período em que ocorre a lesão celular (Benitz, Lichtenwalner, 1986), por inibição irreversível da degradação do ácido araquidônico pela via da cicloxigenase da cascata inflamatória (Krohne, Vestre, 1987).

Este trabalho teve o objetivo de comparar os efeitos da administração tópica da flunixina meglumina e da dexametasona no controle da uveíte anterior de cães, por meio da avaliação clínica e da dosagem de proteínas no humor aquoso e avaliar os efeitos do uso tópico ocular da preparação parenteral da flunixina meglumina.

MATERIAL E MÉTODOS

Utilizaram-se 17 cães com uveíte anterior, oito fêmeas e nove machos, com e sem raça definida, com médias de peso e idade de 8,5kg e 4 anos e 6 meses, respectivamente. Os animais foram atendidos no serviço de clínica cirúrgica de pequenos animais do Hospital Veterinário "Luis Quintiliano de Oliveira" da Unesp, campus de Araçatuba, SP. Todos foram encaminhados ao serviço por apresentarem sinais oculares.

Os animais foram submetidos a exame oftálmico de rotina que incluiu exame com lupa de pala e fonte de luz artificial dos segmentos oculares, biomicroscopia, oftalmoscopia binocular indireta, testes de Schirmer, fluoresceína, floculação da lágrima, ruptura do filme lacrimal e rosa bengala. Nos casos onde havia opacificação dos meios transparentes foi realizada avaliação ecográfica ocular na busca de alterações do segmento posterior do bulbo ocular. Previamente, foi realizado exame físico geral para aferição das características vitais na investigação de sinais clínicos que aventassem doença sistêmica.

No exame oftálmico investigaram-se os fenômenos de fotofobia/blefarospasmo, tipo de secreção ocular, epífora, injeção ciliar, edema corneano, edema de íris, ocorrência de miose, hifema, hipópio, sinéquias anterior e posterior e descolamento de retina, sinais comuns às uveítes (Gelatt, 1999).

As avaliações foram realizadas na data da apresentação e 15 dias depois de iniciados os tratamentos. Os animais foram avaliados por dois observadores que não tinham conhecimento prévio dos grupos.

Constituíram-se dois grupos experimentais GI e GII, para estudo clínico e dosagens da quantidade de proteínas no humor aquoso. Confirmado o diagnóstico de uveíte, os animais foram sorteados para serem incluídos nos grupos experimentais. Como critério de seleção para inclusão nos grupos adotou-se a presença dos sinais clínicos de uveíte anterior. Os animais do GI (n=9) receberam uma gota de flunixina meglumina (BanamineÒ injetável - 50mg/ml (Schering Plough Veterinária)) instilada sobre o olho a cada quatro horas. Os do GII (n=8) receberam colírio à base de dexametasona (MaxitrolÒ (Alcon)) também instilado a cada quatro horas. Todos os animais receberam terapia coadjuvante à base de colírio de atropina (Atropina 1% (Allergan)) a cada 12 horas. Ambos os tratamentos foram instituídos por 15 dias. Cinco animais apresentavam grande infestação por carrapatos e quadro sugestivo de uveíte secundária à erliquiose. Fez-se colheita de sangue para realização de hemograma completo e contagem de plaquetas. Após confirmação do diagnóstico, os animais receberam terapia adjuvante sistêmica à base de doxiciclina (Medicamento manipulado (Farmácia Centaurea – Araçatuba)) na dose de 10 mg/kg, uma vez ao dia, durante 21 dias (Morgan, 1991).

O humor aquoso foi colhido por meio de paracentese na porção límbica temporal com o auxílio de uma agulha de 15 x 4 coaptada a uma seringa de 1,0ml, nos momentos 1(M1), antes do tratamento, e 2(M2), após 15 dias de tratamento. O volume colhido variou entre 0,1 a 0,2ml (Gelatt, 1999). As amostras foram acondicionadas em tubos cônicos de 1,0ml e mantidas em freezer a -80°C para posterior análise das proteínas totais (Andrade et al., 2001).

Para maior conforto e segurança durante as colheitas, os animais foram tranqüilizados com clorpromazina (Acepran 0,2% (Laboratório Univet)), na dose de 0,2mg/kg, pela via intravenosa e receberam, ainda, uma gota de colírio anestésico (Anestalcon 0,5% (Alcon)) para dessensibilização da córnea. A concentração de proteínas de cada amostra de humor aquoso foi determinada pelo método Bradford modificado (Krohne, Vestre, 1987; Andrade et al., 2001), utilizando-se kit específico (MICROPROT (Doles Reagentes Ltda)).

O delineamento experimental foi em parcelas subdivididas. Os tratamentos representaram as parcelas e os momentos as subparcelas. Os dados foram analisados pelo Programa SAS (Statistical..., 1997)

Na análise da redução da concentração de proteínas no humor aquoso nos dois grupos, calcularam-se a percentagem média de redução em relação aos valores basais e a diferença entre os grupos.

RESULTADOS

Os sinais oculares comuns observados ao primeiro exame foram: blefarospasmo/fotofobia, miose, diminuição da pressão intra-ocular (PIO), edema de íris e injeção ciliar. Seis animais apresentavam "flare" e quatro leucoma da córnea. Todos os sinais eram indicativos de uveíte anterior. A Tab. 1 reúne os dados da resenha e os sinais oculares e sistêmicos apresentados.

Cinco animais (números 2, 7, 9, 13 e 14) apresentaram sinais sistêmicos, e além de avaliados pelo exame físico, foram submetidos a exames complementares. Neles o hemograma apresentou trombocitopenia sugestiva de erliquiose, concluindo-se que a uveíte anterior foi secundária à doença sistêmica. No animal 5, baseado em histórico de briga recente e presença de ferida lacerativa periocular, concluiu-se por uveíte traumática. Os animais que apresentaram leucocoria tinham catarata madura, sendo o diagnóstico, nestes casos, de uveíte facogênica (Fig. 1).


A Tab. 2 reúne os dados relativos aos achados oculares na data da apresentação, diagnóstico e tratamentos instituídos a cada animal.

Depois de iniciados os tratamentos, a evolução clínica oftálmica variou entre os grupos estudados. Segundo os proprietários dos animais do GI, houve manifestações de fotofobia/blefarospasmo e leve acentuação do quadro de olho vermelho durante o três primeiros dias de tratamento. Ao exame clínico sete dias após o início do tratamento, tais fenômenos reduziram-se significativamente, desaparecendo ao longo da observação (Fig. 2). Os animais do GII apresentaram redução progressiva dos sinais clínicos com persistência discreta do quadro inflamatório em três deles (números 8, 9, 13) após 15 dias de tratamento (Fig. 3).



A secreção ocular, do tipo mucóide em todos os animais, desapareceu gradativamente em ambos os grupos, e não mais existiu a partir do sétimo dia. Quanto aos outros sinais de uveíte, observou-se menor intensidade na manifestação dos quadros de epífora, hiperemia conjuntival e hifema nos animais do GI do que nos do GII. Outros sinais como hipópio, sinéquia anterior ou posterior e descolamento de retina não foram observados.

Os valores basais médios de proteína na câmara anterior foram semelhantes nos dois grupos (P>0,05) e diferentes (P<0,05) após 15 dias (Tab. 3) de tratamento. Dentro de cada grupo houve diferença (P<0,05) entre o nível basal e o nível após 15 dias de tratamento. No M2 observou-se diminuição da quantidade de proteína na câmara anterior, mais nos animais do GI do que nos do GII (Tab.1). Não foi observada interação significativa entre grupo e tempo, mas houve diferença entre os grupos e entre os tempos.

Observou-se que a flunixina meglumina foi capaz de reduzir em 60%, em média, a quantidade de proteínas no humor aquoso após 15 dias, e a dexametasona reduziu em 50%. A diferença de 10% entre os grupos foi considerada expressiva (P<0,05).

DISCUSSÃO E CONCLUSÕES

As razões que motivaram estudar os efeitos da flunixina meglumina no tratamento das uveítes incluíram o fato de que a administração dessa droga sob a forma de colírio não havia sido relatada, além de se tratar de medicamento seguro e eficaz no controle de processos inflamatórios (Benitz, Lichtenwalner, 1986). Optou-se também em comparar os seus efeitos com outro fármaco usualmente empregado no controle das afecções inflamatórias da úvea (Gelatt, 1999; Collins, Moore, 1991). Ainda que a aplicação subconjuntival ou sub-tenoniana apresentem resultados superiores, por atingirem concentrações mais elevadas intra-oculares se comparada à administração tópica e/ou sistêmica (Mathis, 1999), acredita-se que a busca de novos protocolos menos invasivos, seguros e eficazes mereça novas e originais investigações.

Estudo dessa natureza, no qual se optou por dosar o nível de proteínas como indicador da severidade do processo inflamatório, serve como avaliador do sucesso terapêutico. Outras investigações já foram realizadas e concluíram pela eficácia do exame (Hazel et al., 1971; Blogg, Coles, 1971; Brightman et al., 1981; Regnier et al., 1984; Andrade et al., 2001). O blefarospasmo/fotofobia se intensificou nos animais do GI nos primeiros três dias, reduzindo-se nos períodos subseqüentes. Acredita-se que isso ocorreu pelo fato do veículo ou o fármaco utilizado na preparação comercial da flunixina meglumina ter atuado como irritante da superfície ocular. Este quadro irritativo foi passageiro, não incorrendo em distúrbios mais graves. Ao contrário, três dos nove animais tratados apresentaram melhora do quadro de leucoma corneano, com retorno à transparência após 15 dias. No entanto, com base neste estudo não foi possível afirmar que o uso prolongado dessa droga não possa gerar alterações graves da superfície ocular. Elas não foram observadas nos animais do GII que receberam um preparado oftálmico comercial apropriado.

A secreção ocular observada teve importância clínica nos primeiros sete dias de tratamento em ambos os grupos, quando então tornou-se discreta, demonstrando eficácia dos dois fármacos utilizados.

O edema da íris foi observado em todos os animais em igual proporção. Eles apresentaram redução dos outros sinais próprios da uveíte, como epífora, congestão episcleral e diminuição da PIO ao longo da avaliação. O desaparecimento desses sinais oftálmicos foram visíveis nos animais do GI, a favor da flunixina meglumina no controle da uveíte em cães. Embora a dexametasona tenha eficácia comprovada (Krohne, Vestre, 1987; Gelatt, 1999) no combate dessa afecção, três animais do GII, ao final da observação, apresentavam sinais brandos de uveíte, caracterizados por discreta congestão episcleral, hipotonia ocular e hifema (Fig. 3).

A redução do nível de proteínas no humor aquoso foi mais marcante com o uso da flunixina meglumina. Resultado semelhante foi relatado na avaliação pós-operatória de uveítes experimentalmente induzidas (Andrade et al., 2001). Acredita-se que a droga, mesmo sendo utilizada por via tópica, tenha sido capaz de reduzir a vasodilatação uveal, diminuindo assim a quebra da barreira hemato-aquosa. Isso indica que o fármaco, como colírio, possivelmente teve penetração ao menos na câmara anterior.

É possível que a associação das duas drogas utilizadas seja capaz de reduzir ainda mais os valores de proteína no humor aquoso. A combinação de terapia antiinflamatória com drogas esteróides e não-esteróides é indicada em face do sinergismo e dos bons resultados obtidos no controle da inflamação intra-ocular pós-operatória (Krohne, Vestre, 1987b; Laus et al., 2001). Estudos clínicos da mesma natureza demonstraram eficácia da associação no controle da uveíte em 82% dos olhos submetidos à facoemulsificação (Laus et al., 2001). Assim, é possível que pesquisas futuras demonstrem estes achados no tratamento de uveítes clínicas, onde se adotem, inclusive, períodos mais longos de observação.

Pode-se concluir que a preparação comercial da flunixina meglumina para uso parenteral pode ser utilizada como colírio no tratamento das uveítes anteriores, quando a utilização de antiinflamatório não-esteróide estiver indicada. Pode-se considerar, também, que esse fármaco, na forma como foi utilizado, é mais eficaz como agente antiinflamatório quando comparado à dexametasona.

Recebido para publicação em 8 de outubro de 2001

Recebido para publicação, após modificações, em 29 de novembro de 2002

E-mail: landrade@fmva.unesp.br

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    15 Jul 2003
  • Data do Fascículo
    Abr 2003

Histórico

  • Aceito
    29 Nov 2002
  • Recebido
    08 Out 2001
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