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Ingestão de concentrado e concentração plasmática de progesterona em vacas da raça Holandesa

Concentrate intake and plasmatic progesterone concentration in Holstein cows

Resumos

Vacas da raça Holandesa não-lactantes (n=7), que receberam 4kg/dia de concentrado durante 28 dias e pasto ad libitum, foram sincronizadas com protocolo Ovsynch. No dia 0 (segunda aplicação de GnRH), as vacas foram distribuídas em dois grupos: as do grupo 2kg receberam 2kg/dia, e as do grupo 8kg receberam 8kg/dia de concentrado, oferecido duas vezes/dia. Os animais foram sincronizados novamente na fase 2. Aqueles que receberam 2kg de concentrado na primeira fase passaram a receber 8kg na segunda fase e vice-versa. As estruturas ovarianas foram avaliadas diariamente por ultra-sonografia. Amostras de sangue para dosagem de progesterona (P4), por radioimunoensaio, foram colhidas diariamente, antes do fornecimento do concentrado e quatro horas depois, até o dia 16 do ciclo estral. Não houve diferença entre os grupos quanto ao diâmetro do folículo ovulatório no dia 0 e ao diâmetro do maior folículo no dia 16. O diâmetro do corpo lúteo foi maior (P<0,05) no dia 16 nos animais do grupo 8kg. Observou-se interação (P<0,05) da quantidade de concentrado fornecida versus dia da colheita das amostras quanto à concentração plasmática de P4. A concentração plasmática de P4, imediatamente antes do fornecimento do concentrado e quatro horas depois, foi menor no grupo 8kg, após o dia 9 do ciclo estral.

vaca de leite; progesterona; ingestão de concentrado


Non-lactating Holstein cows (n=7) fed 4kg/day of concentrate for 28 days and kept on pasture were synchronized by Ovsynch protocol. On day 0 (day of 2nd GnRH injection), the cows were distributed in two groups: Group2 = 2kg/day and Group8 = 8kg/day of concentrate, fed twice a day. One replicate was performed (phase 1 and 2). Animals were synchronized again at the beginning of phase-2 and those that fed 2kg of concentrate on phase-1, fed 8kg on phase-2 and vice-versa. The ovarian structures were daily evaluated by ultrasound. Blood samples for progesterone (P4)dosage by RIA were collected daily, just before feeding the concentrate and 4 hours afterwards, until day 16 of the estrous cycle. No difference was detected between the groups in ovulatory follicle diameter on day 0 and in diameter of the largest follicle on day 16. The CL diameter was higher (P<0.05) in Group 8 on day 16 of the estrous cycle. There was an interaction (P<0.05) between the amount of concentrate intake and the day of blood sampling regarding P4 plasma concentration. Cows from Group 8 showed lower P4 plasma concentration, just before feed intake and four hours afterwards, after day 9 of the estrous cycle.

dairy cow; progesterone; concentrate intake


ZOOTECNIA

Ingestão de concentrado e concentração plasmática de progesterona em vacas da raça Holandesa

Concentrate intake and plasmatic progesterone concentration in Holstein cows

R.M. SantosI, III; J.L.M. VasconcelosII, * * Autor para correspondência (corresponding author) E-mail: vasconcelos@fca.unesp.br

IAluna de pós-graduação-FCAV-UNESP – Jaboticabal, SP

IIFaculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia – UNESP Caixa Postal 560 18618-000 – Botucatu, SP

IIIBolsista da FAPESP

RESUMO

Vacas da raça Holandesa não-lactantes (n=7), que receberam 4kg/dia de concentrado durante 28 dias e pasto ad libitum, foram sincronizadas com protocolo Ovsynch. No dia 0 (segunda aplicação de GnRH), as vacas foram distribuídas em dois grupos: as do grupo 2kg receberam 2kg/dia, e as do grupo 8kg receberam 8kg/dia de concentrado, oferecido duas vezes/dia. Os animais foram sincronizados novamente na fase 2. Aqueles que receberam 2kg de concentrado na primeira fase passaram a receber 8kg na segunda fase e vice-versa. As estruturas ovarianas foram avaliadas diariamente por ultra-sonografia. Amostras de sangue para dosagem de progesterona (P4), por radioimunoensaio, foram colhidas diariamente, antes do fornecimento do concentrado e quatro horas depois, até o dia 16 do ciclo estral. Não houve diferença entre os grupos quanto ao diâmetro do folículo ovulatório no dia 0 e ao diâmetro do maior folículo no dia 16. O diâmetro do corpo lúteo foi maior (P<0,05) no dia 16 nos animais do grupo 8kg. Observou-se interação (P<0,05) da quantidade de concentrado fornecida versus dia da colheita das amostras quanto à concentração plasmática de P4. A concentração plasmática de P4, imediatamente antes do fornecimento do concentrado e quatro horas depois, foi menor no grupo 8kg, após o dia 9 do ciclo estral.

Palavras-chave: vaca de leite, progesterona, ingestão de concentrado

ABSTRACT

Non-lactating Holstein cows (n=7) fed 4kg/day of concentrate for 28 days and kept on pasture were synchronized by Ovsynch protocol. On day 0 (day of 2nd GnRH injection), the cows were distributed in two groups: Group2 = 2kg/day and Group8 = 8kg/day of concentrate, fed twice a day. One replicate was performed (phase 1 and 2). Animals were synchronized again at the beginning of phase-2 and those that fed 2kg of concentrate on phase-1, fed 8kg on phase-2 and vice-versa. The ovarian structures were daily evaluated by ultrasound. Blood samples for progesterone (P4)dosage by RIA were collected daily, just before feeding the concentrate and 4 hours afterwards, until day 16 of the estrous cycle. No difference was detected between the groups in ovulatory follicle diameter on day 0 and in diameter of the largest follicle on day 16. The CL diameter was higher (P<0.05) in Group 8 on day 16 of the estrous cycle. There was an interaction (P<0.05) between the amount of concentrate intake and the day of blood sampling regarding P4 plasma concentration. Cows from Group 8 showed lower P4 plasma concentration, just before feed intake and four hours afterwards, after day 9 of the estrous cycle.

Keywords: dairy cow, progesterone, concentrate intake

INTRODUÇÃO

A produção de leite por vaca tem aumentado nas últimas décadas devido à seleção genética para essa característica e ao melhor manejo nutricional oferecido aos animais. No entanto, tem-se observado declínio na eficiência reprodutiva de vacas leiteiras de alta produção (Butler, 1998; Washburn et al., 2002). Muitas podem ser as razões para essa redução da eficiência reprodutiva, incluindo diferenças no manejo reprodutivo e mudanças fisiológicas das vacas de alta produção (Lucy, 2001). Uma das características da vaca de alta produção é a maior ingestão de matéria seca (IMS), existindo uma relação (r=0,88) entre a IMS e a produção de leite (Harrison et al., 1990).

Efeitos deletérios da alta IMS na eficiência reprodutiva já foram citados por vários pesquisadores (Parr et al., 1987; Dunne et al., 1999). A redução da eficiência reprodutiva em animais com alta IMS pode ser atribuída às alterações na concentração dos hormônios circulantes. Sabe-se que há uma relação inversa entre IMS e concentração plasmática de progesterona (P4) em ovelhas (Parr et al., 1993a), vacas (Vasconcelos et al., 2003) e porcas (Miller et al., 1999) e já se observou que a maior IMS aumenta o fluxo sangüíneo para a veia porta hepática (Symonds e Prime, 1989; Parr et al., 1993b; Miller et al., 1999; Sangsritavong et al., 2002). Como o fígado é o local de maior metabolização de P4 e estradiol-17b (Parr et al., 1993a; Freetly e Ferrell, 1994), estima-se que o aumento da IMS aumente a taxa de metabolização desses hormônios esteróides, pelo aumento do fluxo sangüíneo para o fígado.

O objetivo deste experimento foi avaliar os efeitos da ingestão de diferentes quantidades de concentrado por dia sobre a concentração plasmática de progesterona nos primeiros 16 dias do ciclo estral, em vacas não-lactantes da raça Holandesa.

MATERIAL E MÉTODOS

Sete vacas da raça Holandesa, não-lactantes, submetidas a um período de adaptação de 28 dias, visando ao desenvolvimento das papilas do rúmen, foram alimentadas com 4kg de concentrado por dia, à base de farelo de milho (60%), farelo de soja (34,5%), uréia (1,2%) e premix mineral (4,2%) cuja composição foi: 73% de NDT; 22% de PB e 10,5% de FDN.

Mantidos o tempo todo no pasto (MS-51,3%; PB-4,6%; EE-2,6%; FB-37,4%; NDT-54,3%; FDN-78,6%; FDA-43,2%), os animais foram sincronizados, inicialmente, com o protocolo Ovsynch modificado, que consistiu na aplicação de 100mcg de gonadorelina1 1 Cystorelin ®, Merial Ltd., EUA via intramuscular (2ml), em dia aleatório do ciclo estral, seis dias depois da aplicação de duas doses de 25mg de PGF2a2 2 Lutalyse ®, Pfizer-Saúde Animal, Brasil via intramuscular (5ml), com 12 horas de intervalo entre elas, e aplicação de uma segunda dose de 100mcg de gonadorelina, 48 horas depois da primeira aplicação de PGF2a. Durante o período de sincronização inicial, todas as vacas receberam 4kg/dia de concentrado.

No dia 0 (dia da segunda aplicação de GnRH), os animais foram distribuídos em dois grupos, de acordo com a quantidade de concentrado a ser fornecida diariamente, até o dia 16 do ciclo estral (2 vs. 8kg/dia de concentrado, grupos 2kg e 8kg, respectivamente). Foi realizada uma réplica do experimento (fases 1 e 2), e, no início da segunda fase, os animais foram sincronizados novamente. Os animais que na fase 1 receberam 2kg de concentrado/dia receberam 8kg na fase 2, e os que na fase 1 receberam 8kg de concentrado/dia receberam 2kg na fase 2.

Foram retirados da análise os dados de duas vacas da fase 1, que apresentaram cio antes do dia 16, e de um animal da fase 2, que não ovulou ao protocolo inicial de sincronização. Portanto, na fase 1 foram utilizados os dados de cinco animais, e na fase 2 os de seis. Nos do grupo 2kg foram considerados os dados de quatro animais, e nos do grupo 8kg foram considerados os dados de sete animais.

Os exames ultra-sonográficos foram realizados para avaliar a ovulação ao protocolo de sincronização e para acompanhar a formação do corpo lúteo e o desenvolvimento folicular.

A partir do dia 0, foram colhidas duas amostras de sangue, diariamente, para dosagem de progesterona, uma pela manhã, antes do fornecimento do concentrado, e outra quatro horas depois. As amostras de sangue, colhidas da veia coccígea em tubos com vácuo e heparina, foram imediatamente colocadas no gelo em posição vertical. Após centrifugação a 1200g por 15 minutos e separação do plasma, procedeu-se a sua armazenagem a -20ºC, até a realização das dosagens de progesterona.

As concentrações plasmáticas de P4 foram determinadas com kit de radioimunoensaio em fase sólida3 3 Coat a Count ® - Diagnostic Products Corporation, Los Angeles, CA , validado para o uso em vacas, e as amostras processadas em dois ensaios, com coeficiente de variação intra-ensaio de 5,1 e 5,6% e CV interensaio de 5,1%.

Para cada variável, testaram-se os dados quanto à normalidade dos resíduos e quanto à homogeneidade das variâncias. Se eles não atendiam às premissas para a análise, os dados foram transformados por raiz quadrada e reanalisados. As médias ajustadas foram reexpressas na escala original.

Os diâmetros do folículo ovulatório no final do protocolo inicial de sincronização, do corpo lúteo e do maior folículo no dia 16 do ciclo estral foram analisados pelo procedimento GLM do SAS (User's..., 1988), sendo incluídos no modelo os efeitos de tratamento e fase e a interação tratamento x fase.

As concentrações plasmáticas diárias de P4, imediatamente antes do fornecimento do concentrado e quatro horas depois, foram analisadas pelo procedimento Mixed do SAS (User's..., 1988), sendo incluídos no modelo os efeitos fixos de quantidade de concentrado, fase e dia de colheita e as respectivas interações, além dos efeitos aleatórios de resíduo e de vaca, dentro de cada combinação de quantidade de concentrado e fase. Admitiu-se, para as medidas repetidas, um efeito auto-regressivo de primeira ordem. A variável concentração plasmática de P4 quatro horas após o fornecimento do concentrado foi analisada depois da transformação por raiz quadrada.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Não se verificou diferença entre os grupos quanto ao diâmetro do folículo ovulatório ao final do protocolo de sincronização da ovulação e quanto ao diâmetro do maior folículo no dia 16 do ciclo estral (Tab. 1). Nesse dia, o diâmetro do corpo lúteo foi maior (P<0,05) nos animais do grupo 8kg.

Detectou-se interação quantidade de concentrado fornecida versus dia da colheita das amostras quanto à concentração plasmática de P4 imediatamente antes do fornecimento do concentrado (P<0,05). Esta foi menor nos animais do grupo 8kg em relação aos do grupo 2kg nos dias 10 (3,84±0,48 vs. 2,68±0,32ng/ml; P<0,05), 11 (4,09±0,48 vs. 2,90±0,32ng/ml; P<0,05), 14 (4,92±0,48 vs. 3,66±0,32ng/ml; P<0,05) e 16 do ciclo estral (5,8±0,48 vs. 3,74±0,32ng/ml; P<0,001; Fig. 1).


Quatro horas após o fornecimento do concentrado, também foi observada interação quantidade de concentrado fornecida versus dia da colheita da amostra quanto à concentração plasmática de P4 (P<0,05). Nas vacas do grupo 8kg, a concentração plasmática de progesterona foi mais baixa nos dias 9 (3,98±0,49 vs. 2.51±0,33ng/ml; P<0,05), 10 (4,59±0,49 vs. 2,93±0,33ng/ml; P<0,05), 11 (4,44±0,49 vs. 3,19±0,33ng/ml; P<0,05), 14 (5,37±0,49 vs. 3,44±0,33ng/ml; P<0,01), 15 (6,05±0,49 vs. 3,65±0,33ng/ml; P<0,01) e 16 do ciclo estral (5,93±0,49 vs. 3,69±0,33ng/ml; P<0,01) do que nas do grupo 2kg (Fig. 2).


O diâmetro do folículo ovulatório ao final do protocolo de sincronização foi semelhante entre os grupos (Tab. 1), porém, nos animais do grupo 8kg, observou-se CL de maior diâmetro no dia 16 do ciclo estral. Green et al. (2005) verificaram correlação positiva (r=0,66) entre o peso do CL e a produção de P4, então, o esperado seria maior concentração plasmática de P4 nos animais do grupo 8kg, pois eles tinham CL de maior diâmetro no dia 16. Isso não foi observado. No grupo 8kg, a concentração plasmática de P4 imediatamente antes do fornecimento do concentrado foi menor, e quatro horas depois (Fig. 1 e 2), provavelmente devido ao aumento do fluxo sangüíneo para o sistema digestivo e à conseqüente maior metabolização da progesterona, foi semelhante aos resultados de Parr et al. (1993a), observados em ovelhas, e de Vasconcelos et al. (2003), que utilizaram vacas.

Parr et al. (1993b) e Sangsritavong et al. (2002) relataram que o fluxo sangüíneo para a veia porta hepática está diretamente relacionado à IMS e que o fígado apresenta eficiência de 96% na metabolização da progesterona. Concluíram que o aumento do fluxo sangüíneo para o sistema digestivo, associado à alta eficiência do fígado em metabolizar a progesterona, explica as menores concentrações de progesterona associadas à maior ingestão de concentrado.

O maior diâmetro do CL no grupo 8kg pode ser explicado pela redução na concentração plasmática de progesterona e conseqüente aumento da pulsatilidade do hormônio luteinizante (Rahe et al., 1980; Bergfeld et al., 1996), responsável pelo crescimento e função do CL no início do ciclo estral, entre os dias dois e 12 (Peters et al., 1994; Niswender et al., 2000). Esse efeito estimulatório do hormônio luteinizante no desenvolvimento inicial do CL, provavelmente foi o responsável pela não detecção da diferença na concentração plasmática de P4 entre os grupos 2kg e 8kg, nos primeiros oito dias do ciclo estral (Fig. 1 e 2). O aumento da metabolização da P4 nos animais que receberam 8kg de concentrado por dia foi, talvez, compensado pela maior produção de P4, atribuída ao aumento na pulsatilidade do hormônio luteinizante e conseqüente maior estimulação do CL na fase inicial de desenvolvimento (Peters et al., 1994; Niswender et al., 2000).

CONCLUSÃO

Os resultados confirmam os efeitos negativos da maior ingestão de concentrado na concentração plasmática de progesterona.

Recebido em 9 de setembro de 2005

Aceito em 31 de agosto de 2006

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  • *
    Autor para correspondência (corresponding author)
    E-mail:
  • 1
    Cystorelin
    ®, Merial Ltd., EUA
  • 2
    Lutalyse
    ®, Pfizer-Saúde Animal, Brasil
  • 3
    Coat a Count
    ® - Diagnostic Products Corporation, Los Angeles, CA
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      14 Mar 2007
    • Data do Fascículo
      Dez 2006

    Histórico

    • Recebido
      09 Set 2005
    • Aceito
      31 Ago 2006
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