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Resiliência do Sistema Único de Saúde no contexto da pandemia de COVID-19: como se fortalecer?

Resiliencia del Sistema Único de Salud brasileño en el contexto de la pandemia del COVID-19: ¿cómo fortalecerse?

Os frequentes impactos causados por diversas epidemias fizeram crescer o interesse sobre a resiliência dos sistemas de saúde 11. Barasa EW, Cloete K, Gilson L. From bouncing back, to nurturing emergence: reframing the concept of resilience in health systems strengthening. Health Policy Plan 2017; 32 Suppl 3:iii91-4.. Com a pandemia da COVID-19, ampliou-se a compreensão da necessidade de tornar os sistemas de saúde mais resilientes 22. Haldane V, Foo CD, Abdalla SM, Jung A-S, Tan M, Wu S, et al. Health systems resilience in managing the COVID-19 pandemic: lessons from 28 countries. Nat Med 2021; 27:964-80.. Embora este debate tenha assumido um papel central no discurso global da saúde, existe uma falta de clareza do que resiliência realmente significa 33. Kruk ME, Myers M, Varpilah ST, Dahn BT. What is a resilient health system? Lessons from Ebola. Lancet 2015; 385:1910-2.. Assim, é necessária a ampliação do debate sobre o tema, com a identificação das ações capazes de fortalecer os sistemas de saúde.

No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a resiliência tem sido pouco analisada. Diante da pandemia, o discurso sobre a necessidade de fortalecimento do sistema de saúde brasileiro ganhou notoriedade nos meios sociais, acadêmicos e políticos 44. Bispo Júnior JP, Morais MB. Participação comunitária no enfrentamento da COVID-19: entre o utilitarismo e a justiça social. Cad Saúde Pública 2020; 36:e00151620.. Todavia, são escassas as análises que se debruçam sobre os caminhos da resiliência do SUS perante os diversos tipos de ameaça. O presente artigo tem por objetivo discutir a resiliência do SUS no contexto da pandemia da COVID-19.

O entendimento de choque para o alcance da resiliência

Choques significam tensões e desafios extremos causados por fatores externos ao sistema 55. Hanefeld J, Mayhew S, Legido-Quigley H, Martineau F, Karanikolos M, Blanchet K, et al. Towards an understanding of resilience: responding to health systems shocks. Health Policy Plan 2018; 33:1144.. São, portanto, fatores estressores capazes de desajustar a dinâmica do sistema de saúde e afetar os cuidados ofertados. Os choques ampliam as vulnerabilidades existentes e ao mesmo tempo produzem novas fragilidades, tanto para os sistemas de saúde como para as condições de vida da população de uma forma geral.

A ocorrência de choques foi relacionada ao surgimento de epidemias de doenças infecciosas como Ebola, Zika e, mais recentemente, COVID-19. Posteriormente, passou também a ser associado a outras ocorrências, como desastres naturais ou eventos climáticos 66. Fridell M, Edwin S, Schreeb JV, Saulnier DD. Health system resilience: what are we talking about? A scoping review mapping characteristics and keywords. Int J Health Policy Manag 2020; 9:6-16..

Para fins de sistematização, considero que os choques nos sistemas de saúde podem ser categorizados em três tipos: agudo; crônico; e político de natureza intencional. O primeiro diz respeito ao choque como evento repentino e de grande impacto 55. Hanefeld J, Mayhew S, Legido-Quigley H, Martineau F, Karanikolos M, Blanchet K, et al. Towards an understanding of resilience: responding to health systems shocks. Health Policy Plan 2018; 33:1144.. Os exemplos clássicos são as epidemias surgidas nos últimos anos e os desastres naturais e ambientais, como tsunamis, terremotos e rompimentos de barragens.

O segundo caracteriza-se pelos desafios cotidianos vivenciados nos sistemas de saúde 66. Fridell M, Edwin S, Schreeb JV, Saulnier DD. Health system resilience: what are we talking about? A scoping review mapping characteristics and keywords. Int J Health Policy Manag 2020; 9:6-16.. Dificuldades estruturais, subfinanciamento contínuo, frágil capacidade técnica e carência de pessoal são alguns exemplos de choques crônicos que perpetuam as vulnerabilidades dos sistemas de saúde.

A terceira tipologia consiste em tensões desencadeadas pela implementação de novas políticas ou reformas de caráter restritivo. Esse tipo é denominado de choque por escolha intencional 77. Topp SM. Power and politics: the case for linking resilience to health system governance. BMJ Glob Health 2020; 5:e002891. e tem grande potencial de gerar instabilidades no sistema 11. Barasa EW, Cloete K, Gilson L. From bouncing back, to nurturing emergence: reframing the concept of resilience in health systems strengthening. Health Policy Plan 2017; 32 Suppl 3:iii91-4.. Novos modos de governança, mecanismos de financiamento e modelos de prestação de serviços podem gerar perturbações e afetar o desempenho dos sistemas sanitários 55. Hanefeld J, Mayhew S, Legido-Quigley H, Martineau F, Karanikolos M, Blanchet K, et al. Towards an understanding of resilience: responding to health systems shocks. Health Policy Plan 2018; 33:1144..

Importante considerar que o risco e a frequência dos choques estão aumentando globalmente, seja pelo aquecimento global, pelas novas epidemias ou pelas mudanças geopolíticas 88. Thomas S, Sagan A, Larkin J, Cylus J, Figueras J, Karanikolos M. Strengthening health systems resilience: key concepts and strategies. Copenhagen: European Observatory on Health Systems and Policies; 2020.. Desse modo, a resiliência é fator fundamental para fortalecer os sistemas de saúde diante dos desafios cotidianos e emergentes.

Resiliência nos sistemas de saúde

O conceito de resiliência advém da engenharia com o sentido de retorno ao estado original 11. Barasa EW, Cloete K, Gilson L. From bouncing back, to nurturing emergence: reframing the concept of resilience in health systems strengthening. Health Policy Plan 2017; 32 Suppl 3:iii91-4.. Tal perspectiva, quando utilizada no âmbito dos sistemas de saúde, restringe o entendimento à capacidade de recuperação de um choque abrupto, a exemplo de um surto de doença infecciosa. Fridell et al. 66. Fridell M, Edwin S, Schreeb JV, Saulnier DD. Health system resilience: what are we talking about? A scoping review mapping characteristics and keywords. Int J Health Policy Manag 2020; 9:6-16. ressaltam a limitação dessa abordagem por considerar um sistema como um processo estritamente linear e por supor que o contexto antes do choque é de estado ótimo ao qual se deve retornar. Desse modo, a resiliência se apresenta apenas como capacidade de absorver os impactos do choque e continuar a prestar os serviços como anteriormente.

Definições mais abrangentes consideram que a resiliência deve ir muito além da capacidade de absorver distúrbios ou buscar retornar ao estado original. Kruk et al. 33. Kruk ME, Myers M, Varpilah ST, Dahn BT. What is a resilient health system? Lessons from Ebola. Lancet 2015; 385:1910-2. ressaltam que a resiliência de um sistema de saúde envolve a capacidade de se transformar de maneira a melhorar a função perante as condições adversas. Diante dessa perspectiva, resiliência é muito mais do que retorno, significa, antes de tudo, evolução.

Capacidades adaptativas e transformadoras foram incorporadas nas interpretações sobre resiliência, no sentido de tornar o sistema mais preparado para os desafios presentes e futuros. Blanchet et al. 99. Blanchet K, Nam SL, Ramalingam B, Pozo-Martin F. Governance and capacity to manage resilience of health systems: towards a new conceptual framework. Int J Health Policy Manag 2017; 6:431-5. consideram que a resiliência deve envolver as capacidades de absorção, adaptação e transformação, e ainda manter o controle sobre a sua estrutura e funções.

Outra definição amplamente utilizada considera a resiliência como a capacidade dos atores, instituições e populações de se preparar e responder às crises, manter as funções do sistema de saúde e, a partir das lições aprendidas, remodelar a estrutura e organização do sistema 33. Kruk ME, Myers M, Varpilah ST, Dahn BT. What is a resilient health system? Lessons from Ebola. Lancet 2015; 385:1910-2.. Assim, um elemento relevante para a formação da resiliência é a possibilidade de aprendizado com os choques. Hanefeld et al. 55. Hanefeld J, Mayhew S, Legido-Quigley H, Martineau F, Karanikolos M, Blanchet K, et al. Towards an understanding of resilience: responding to health systems shocks. Health Policy Plan 2018; 33:1144. destacam que resiliência deve envolver o aprendizado com o passado e a preparação para o futuro.

Diante desse contexto, não se pode prescindir da reflexão que os sistemas de saúde serão mais ou menos resilientes a depender das escolhas dos atores políticos, dos modelos de proteção social estabelecidos e da mobilização da sociedade civil na defesa da saúde. Topp 77. Topp SM. Power and politics: the case for linking resilience to health system governance. BMJ Glob Health 2020; 5:e002891. destaca que a resiliência não deve ser vista como um resultado apolítico, sinônimo de um processo natural e consensual. Ressalta ainda que a resiliência é sempre determinada pelo contexto dos interesses e intenções dos atores e das maneiras pelas quais estes mobilizam os recursos do poder. Assim, a abrangência e robustez das funções de um sistema de saúde é determinada, sobretudo, pelas relações de poder estabelecidas.

Resiliência no SUS no contexto da pandemia da COVID-19

Pensar a resiliência no SUS é antes de tudo pensar na sustentabilidade e ampliação do sistema. Não é aceitável referir-se à resiliência apenas no sentido de retorno, visto que voltar à forma de prestação de cuidados e de vigilância à saúde do período pré-pandêmico não é mais possível. Novas necessidades surgiram e as doenças prevalentes se intensificaram 1010. Bispo Júnior JP, Santos DB. COVID-19 como sindemia: modelo teórico e fundamentos para a abordagem abrangente em saúde. Cad Saúde Pública 2021; 37:e00119021.. É preciso que a resiliência no SUS seja compreendida no sentido de transformação do sistema para um estado ampliado e melhorado.

A COVID-19 não pode ser analisada unicamente como choque agudo e intenso. Antes da pandemia, o SUS vivenciava situações características dos outros dois tipos de choques. Situações de subfinanciamento, ausência de uma política de pessoal e suscetibilidade às conveniências políticas momentâneas, dentre outros aspectos, expressam o estado de choque crônico que acompanha o SUS desde a sua gênese. Como agravante, a partir de 2017 o sistema passou também a enfrentar o choque político intencional. Programas de ajustes macroestruturais e reformas no âmbito da saúde 1111. Silva HPD, Lima LD. Política, economia e saúde: lições da COVID-19. Cad Saúde Pública 2021; 37:e00200221. se constituem em fatores estressores que geram grandes impactos.

Desse modo, é possível afirmar que a pandemia da COVID-19 no Brasil se constitui em um choque que se somou a outros. Evidencia-se assim a gravidade da situação atual e as ameaças sociais e à saúde em larga escala. Tal situação expõe o grandioso desafio de como prover resiliência ao SUS no contexto da pandemia.

As análises sobre a resiliência no SUS diante da pandemia demonstram situações de relativa competência de absorção de impactos e falhas relevantes. Para Massuda et al. 1212. Massuda A, Malik AM, Vecina-Neto G, Tasca R, Ferreira-Júnior WC. A resiliência do Sistema Único de Saúde frente à COVID-19. Cadernos EBAPE.BR 2021; 19 spe:735-44., o amplo sistema de vigilância em saúde, a capilaridade da rede assistencial e a ampliação dos serviços de emergência expressam a capacidade de resiliência do SUS. Por sua vez, a frágil governança, a atuação omissa do Governo Federal e o subfinanciamento, dentre outros fatores, constituem-se em entraves para o seu alcance.

Em estudo sobre a manutenção dos serviços de saúde não relacionados à COVID-19, evidenciou-se a redução expressiva dos serviços prestados pelo SUS em 2020, a exemplo das consultas médicas (-42,5%), das cirurgias de baixa e média complexidade (-59,7%), e dos transplantes (-44,7%) 1313. Bigoni A, Malik AM, Tasca R, Carrera MBM, Schiesari LMC, Gambardella DD, et al. Brazil's health system functionality amidst of the COVID-19 pandemic: an analysis of resilience. Lancet Reg Health Am 2022; 10:100222.. A descontinuidade da oferta de serviços sinaliza a frágil resiliência do sistema. Por sua vez, o SUS também demonstrou elementos positivos da resiliência ao atingir, ao final de 2021, mais de 70% da população completamente vacinada mesmo diante da retórica do presidente da república contra a vacinação 1313. Bigoni A, Malik AM, Tasca R, Carrera MBM, Schiesari LMC, Gambardella DD, et al. Brazil's health system functionality amidst of the COVID-19 pandemic: an analysis of resilience. Lancet Reg Health Am 2022; 10:100222..

Mesmo com os avanços alcançados, é possível constatar que o Brasil enfrentou a pandemia com o SUS fragilizado e com menor resiliência do que poderia 1212. Massuda A, Malik AM, Vecina-Neto G, Tasca R, Ferreira-Júnior WC. A resiliência do Sistema Único de Saúde frente à COVID-19. Cadernos EBAPE.BR 2021; 19 spe:735-44.. Para Bigoni et al. 1313. Bigoni A, Malik AM, Tasca R, Carrera MBM, Schiesari LMC, Gambardella DD, et al. Brazil's health system functionality amidst of the COVID-19 pandemic: an analysis of resilience. Lancet Reg Health Am 2022; 10:100222., o desfinanciamento e o rompimento da gestão colaborativa entre os níveis de governo prejudicaram a funcionalidade do SUS e enfraqueceram a resiliência histórica do país para lidar com novas pandemias.

Diante deste cenário, apresento algumas breves reflexões direcionadas a tornar o SUS resiliente e responsivo no contexto da pandemia e do pós-pandemia. Utilizo como referência o modelo dos blocos estruturantes dos sistemas de saúde proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS) 1414. World Health Organization. Monitoring the building blocks of health systems: a handbook of indicators and their measurement strategies. Geneva: World Health Organization; 2010.. Esse modelo tem sido amplamente utilizado para a análise da resiliência em diversos países 22. Haldane V, Foo CD, Abdalla SM, Jung A-S, Tan M, Wu S, et al. Health systems resilience in managing the COVID-19 pandemic: lessons from 28 countries. Nat Med 2021; 27:964-80. e pode também orientar o desenvolvimento da resiliência no âmbito do SUS. Trata-se de um quadro analítico abrangente composto por seis funções: prestação de serviços de saúde, força de trabalho, sistemas de informação, medicamentos e produtos estratégicos, financiamento, e liderança e governança.

A prestação de serviços de saúde deve assumir caráter abrangente e com foco na integralidade. A pandemia demonstrou que a adequada estruturação de serviços em todos os níveis é imprescindível para o enfrentamento das crises. Atenção primária à saúde, serviços secundários, atenção hospitalar e vigilância à saúde necessitam ter suas capacidades ampliadas e atuação integrada.

A força de trabalho constitui-se como um patrimônio do SUS. No entanto, na pandemia se reafirmaram as persistentes fragilidades da precarização do trabalho e do processo de formação em saúde. Estruturar a força de trabalho pressupõe a retomada da discussão sobre a carreira nacional do SUS e o restabelecimento da política nacional de educação permanente.

A identificação precoce do choque e o embasamento para a tomada de decisão política dependem de informações oportunas e confiáveis. Os sistemas de informação do SUS ainda apresentam problemas relativos à qualidade e baixa utilização. Superar a fragmentação dos sistemas de informação e melhorar a qualidade e disponibilidade das informações são elementos essenciais à resiliência do SUS.

Dispor de medicamentos, equipamentos e outros produtos é condição estratégica para a prestação adequada de serviços de saúde. A pandemia ensinou os riscos da dependência tecnológica e da manufatura de produtos essenciais à saúde. É necessário avançar na consolidação do complexo médico-industrial da saúde para garantir a provisão de insumos e equipamentos durante os períodos de crise e atuação regular do SUS.

Não se pode falar de resiliência sem a garantia de recursos financeiros estáveis e suficientes. O subfinanciamento crônico do SUS ameaça o desempenho de todas as outras funções e constitui-se em sério agravante em situações de crises. Amarras fiscais, como a Emenda Constitucional nº 95, precisam ser revogadas. Destaco a necessidade de formação de um grande pacto social para que se estabeleça o financiamento estável do sistema de saúde brasileiro como uma política de Estado.

Por fim, ressalto que os mecanismos de governança e liderança devem ser fortalecidos para o alcance da resiliência. Dentre outros aspectos, o SUS possui peculiaridades relativas ao pacto federativo brasileiro, às grandes desigualdades sociorregionais, à multiplicidade de prestadores e à forte ingerência sobre os mecanismos de gestão. É preciso avançar na profissionalização da gestão e no desenvolvimento de mecanismos de governança fundamentados na transparência, equidade e controle público com participação social.

Referências

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    World Health Organization. Monitoring the building blocks of health systems: a handbook of indicators and their measurement strategies. Geneva: World Health Organization; 2010.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Out 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    25 Maio 2022
  • Revisado
    04 Ago 2022
  • Aceito
    11 Ago 2022
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