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Museu Nacional / Universidade Federal do Rio de Janeiro - MN/UFRJ

TESES E DISSERTAÇÓES THESIS AND DISSERTATIONS

MUSEU NACIONAL/UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO - MN/UFRJ

TÍTULO: A interceptação e alterações na qualidade de água da chuva através do dossel florestal em floresta latifoliada tropical

AUTOR: Sebastião Fonseca Cesar

DATA: 25 de abril de 1988

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Luiz Emydgio de Mello Filho (orientador)

Wilma Teixeira Ormond

Alceu de Arruda Veiga

Dorothy Sue D. de Araújo

Leda Dau (suplente)

RESUMO - O presente trabalho refere-se ao estudo quantitativo e qualitativo da interceptação da chuva em Floresta Latifoliada Tropical, com aproximadamente 80 anos de idade, e diâmetro médio de 38,00 cm, localizada ao Norte da Cidade de São Paulo, na Reserva Estadual da Cantareira. Através de pluviómetros instalados em área aberta e embaixo das copas das árvores, quantificaram-se os dados da precipitação total (PT) e da precipitação interna (PI) para a determinação das perdas por interceptação, bem como coletaram-se amostras de água da chuva (PT) e da precipitação interna (PI) para a análise do pH, condutividade elétrica, turbidez, dureza, alcalinidade, cor e as concentrações de Cálcio, Magnésio, Nitrogênio Amoniacal e Fósforo. As medições prolongaram-se durante período de aproximadamente 17 meses, compreendidos de 16 de outubro de 1977 a 31 de março de 1979. A precipitação na área aberta foi medida logo após cada chuva, usando-se 8 (oito) pluviómetros plásticos, com área de captação de 165, 13 cm2. A precipitação interna, foi também, medida logo após cada chuva, utilizando-se 20 bacias plásticas com área total de captação de 934,82 cm2, sendo que ao lado de cada bacia foi colocado um pluviômetro com 165,13 cm2 de área de captação para a coleta das amostras a serem analisadas. Os pluviómetros foram constantemente mudados de locais no interior da floresta durante o período experimental. A cada 15 dias as amostras coletadas e armazenadas em câmara frigorífica eram reunidas em uma amostra composta, da qual era retirada a alíquota para as análises de laboratório, que incluiam as determinações dos parâmetros físicos e químicos da água. O valor médio da precipitação interna para o período experimental foi de 87,90% da precipitação medida no aberto. Não considerando o escoamento pelo tronco, isto equivale a uma perda média por interceptação de aproximadamente 12,10%, o que, em relação à precipitação total (2.715,66 mm) medida durante o período de 17 meses e 15 dias, corresponde a uma perda de cerca de 328,30 mm de água. A equação de regressão que possibilita a estimativa da precipitação interna (PI) a partir da precipitação total (PT), é dada por PI = 0,99482 PT = 1,56. Com relação aos parâmetros qualitativos estudados, os seguintes resultados médios foram encontrados para as amostras da precipitação no aberto e precipitação interna, respectivamente: pH: 5,03 e 5,06, Turbidez: 1,62 F.T.U. e 4,42 F.T.U.; Condutividade elétrica: 42,2 ohms e 116,22 ohms; Cor: 29,8 U.P.C, e 113,8 U.P.C.; Alcalinidade: 4,3 mg/l de CaCo3 e 4,4 mg/l de CaCo3; Dureza: 3,7 mg/l de CaCo3 e 11,0 mg/l de CaCo3; Nitrogênio Amoniacal: 1,4 mg/l e 1,45 mg/l; Magnésio (Mg): 0,34 mg/l e 0,96 mg/l; Cálcio (Ca): 0,9 mg/l e 2,8 mg/l; Fósforo (P): 0,034 mg/l e 0,064 mg/l. Em termos gerais, a seguinte lixiviação de nutrientes pela água das chuvas foi observada: Ca, Mg, N e P. Em termos totais para os 17 meses e 15 dias do período experimental, as seguintes quantidades foram lixiviadas: 33 kg/ha de Ca; 11 kg/ha de Mg; 1,65 kg/ha de Nitrogênio Amoniacal e 0,57 kg/ha de P. Este enriquecimento da água da chuva ao interagir com as copas das árvores deve-se ao processo de arrastamento de deposições secas nas copas, como também à lavagem de metabólitos das folhas.

TÍTULO: Taxinomia e morfologia das espécies do gênero Croton L., sec. Croton subsec. Lasiogyne (Klotzsch) Mull. Arg., ser. Gonocladium (Baill) Mull.Arg., ocorrentes em restingas do Estado do Rio de Janeiro

AUTORA: Bárbara de Sá Haiad

DATA: 25 de maio de 1988

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Margarete Emmerich (orientadora)

Graziela Maciel Barroso

Ariane Luna Peixoto

Raul Dodsworth Machado

Luiz Emygdio de Mello Filho (Suplente)

RESUMO - Neste trabalho é feito um estudo taxinômico, com o auxílio de dados morfológicos externos e de anatomia foliar, de Croton compressus Lam. e C. macrocalyx Mart. ex Baill., espécies da série Gonocladium (Baill.) Müll. Arg., subsecção Lasiogyne (Klotzsch) Müll. Arg., secção Croton, ocorrentes em restingas do Estado do Rio de Janeiro. As espécies apresentam caracteres reprodutivos e anatômicos bastante semelhantes para enquadrá-las sob a mesma série, embora a organização dos feixes vasculares, a localização dos idioblastos oleíferos, a presença de esclerócitos e os caracteres vegetativos mostrem-se suficientemente distintos para mantê-las como taxa diferentes. A posição de Müller Argoviensis de estabelecer a série Gonocladium e nela incluir estas espécies é discutida e aceita.

TÍTULO: Revisão taxonômica do gênero Bertolonia Raddi (Melastomataceae)

AUTOR: José Fernando Andrade Baumgratz

DATA: 27 de maio de 1988

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Graziela Maciel Barroso (orientadora)

Margarete Emmerich

Nuno Alvares Pereira

Jorge Fontella Pereira

Alvaro Xavier Moreira

RESUMO - Apresenta-se neste trabalho uma revisão taxonômica do gênero Bertolonia Raddi (Melastomataceae), o qual está constituído de 17 espécies e uma variedade. Tratase de um gênero praticamente endêmico do Brasil, uma vez que somente B. venezuelensis ocorre além dos limites do território brasileiro. No estudo da morfologia do gênero, analisam-se também, características relativas à nervação e epiderme foliar, bem como caracteres anatômicos das brácteas, bractéolas e peças florais. Analisam-se, hipoteticamente, os processos evolutivos das inflorescências e dos estames e interpretase, o desenvolvimento do fruto sob o ponto de vista da morfologia externa, com algumas considerações anatômicas. No tratamento taxonômico do gênero, apresenta-se uma chave dicotômica para a identificação de seus táxons, acompanhados de descrição, comentários, distribuição geográfica e ilustrações, com tabelas e figuras. Descrevem-se 4 espécies novas para o gênero, sendo duas ocorrentes no estado do Rio de Janeiro (B. grazielae e B. valenteana), uma no Espírito Santo (B. wurdackiana) e uma outra na Bahia (B. carmoí), acompanhadas de suas respectivas diagnoses. Eleva-se uma subespécie à categoria de espécie (B. paranaensis), rebaixa-se uma espécie à categoria de variedade (B. sanguínea var. santos-limae) e considera-se B. ovata um binômio duvidoso. Assinalamse 3 novos sinônimos, bem como as ocorrências, pela primeira vez, de B. mosenii e B. nympliaeifolia no estado de Minas Gerais e de B. paranaensis em São Paulo.

TÍTULO: Anatomia e Ultra-Estrutura da folha de Andradea floribunda Fr. Allem. (Nyctaginaceae)

AUTOR: Ricardo Pereira Louro

DATA: 21 de Março de 1989

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Cecília Gonçalves Costa (orientadora)

Léa de Jesus Neves

Thais Cristina B.S. Pachón

Antonio Valeliano P. dos Santos

Margarete Emmerich (suplente)

RESUMO - O presente trabalho compreende a análise anatômica e ultra-estrutural da folha de Andradea floribunda Fr. Aliem., (Nyctaginaceae), cuja ocorrência é restrita aos Estados do Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Minas Gerais. As observações anatômicas e ultra-estruturais foram realizadas em folhas jovens e em outras perfeitamente expandidas, com a finalidade de comparar diferentes etapas de desenvolvimento. Acompanhou-se a diferenciação dos estômatos e dos tricomas estrelados da lâmina foliar. Constatou-se que estes últimos apresentam variações morfológicas de acordo com sua localização e foram detectadas substâncias tânicas na célula distai do pedicelo nos tricomas ocorrentes em folhas jovens. A lâmina foliar adulta de A. floribunda apresenta estrutura dorsiventral, hipostomática, com predominância de estômatos do tipo paracítico. Os tricomas ocorrem apenas na epiderme abaxial desta folha. No mesofilo registraram-se 1-2 estratos de parênquima paliçádico, 2-4 de lacunoso e uma hipoderme nas imediações das nervuras. No que diz respeito à análise ultra-estrutural dos elementos celulares, foram descritas as diferentes organelas citoplasmáticas. Foi analisado o sistema vascular a nível do pecíolo e das nervuras primária, secundárias e de menor porte.

TÍTULO: Ficoflora Marinha Bentônica do Município de Paraty, Rio de Janeiro

AUTORA: Mareia Abreu de Oliveira Figueiredo

DATA: 15 de setembro de 1989

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Yocie Toneshigue (orientadora)

Marilza Cordeiro Marino

Noemi Tomita

Roberto Campos Villaça

Vera Lúcia de M. Huszar (suplente)

RESUMO - O município de Paraty, Estado do Rio de Janeiro, oferece diversas condições favoráveis à instalação das algas marinhas, no entanto sua flora ainda é pouco conhecida. As 5 estações coletadas no verão e 2 no inverno, tem um total de 121 táxons, 68 gêneros, sendo 23 clorofíceas, 28 feofíceas e 70 rodofíceas. Cada táxon inclui considerações ecológicas pontuais, fenologia, caracterização e comentários. Existem 2 comunidades algais, uma em mar aberto, rica em espécies e outra mais pobre, em locais protegidos, sujeita às águas fluviais. O maior número de táxons no inverno corresponde ao observado para os trópicos, sendo a fase esporofítica mais evidente no verão. A salinidade e o hidrodinamismo são os fatores mais importantes na distribuição das algas, provocando alterações nos talos. A Enseada da Trindade é indicada como área de preservação.

TÍTULO: Estudo Taxinômico e Morfológico de Pera glabrata (Schott.) Baill. (Euphorbiaceae)

AUTORA: Eliani Mezzalira Pena

DATA: 20 de setembro de 1989

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Margarete Emmerich (orientadora)

Luiz Emygdio de Mello Filho

Jorge Fontella Pereira

Emilia Albina A. dos Santos

Arline Souza de Oliveira (suplente)

RESUMO - A presente dissertação trata do estudo taxinômico e morfológico da espécie Pera glabrata (Schott) Baill. (Euphorbiaceae). Foram estudados, sob o aspecto da morfologia externa e anatomia foliar, indivíduos masculinos e femininos, de diferentes formações vegetais, a partir de material vivo e de herbário. Atribuiu-se o polimorfismo foliar e a distribuição dos tricomas ao resultado das variações ambientais. Devido a isso, mantivemos Pera ferruginea (Schott) Müll. Arg. como sinônimo da referida espécie. Constatou-se a presença de glândulas pateliformes na face abaxial da folha. Os caracteres anatômicos demonstraram diferenças na organização dos feixes vasculares, no pecíolo, entre indivíduos dos dois sexos.

TÍTULO: Estudo Palinológico das Espécies Brasileiras da Tribo Mutisiae (Compositae)

AUTORA: Grace Irene Imbiriba Pastana

DATA: 18 de outubro de 1989

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Graziela Maciel Barroso (orientadora)

Luiz Emygdio de Mello Filho

Ortrud Monika B. Schatzmayr

Therezinha Sant'Anna Melhem

Léa de Jesus Neves (suplente)

RESUMO - Neste trabalho, realizou-se o estudo polínico de 75 espécies, distribuídas nos 18 gêneros da tribo Mutisieae Cass. (Compositae) encontrados no Brasil. Foram criados 15 tipos e 7 subtipos polínicos, que são: tipo "Dasyphyllum", subtipos "D. brasiliense"D. candolleanum" e "D. cryptocephallum"; tipo "Schlechtendahlia"; tipo "Barnadesicitipo "Gochnatiasubtipos "G. amplexifoliq" e "G. blanchetiana"; tipo "Moquinia"; tipo "Onoseristipo " Stifftia tipo "Wunderlichiatipo Mutisia"\ tipo "Cephalopappus"; tipo "Holocheilustipo "Jungia"; tipo Pamphaleatipo "Perezia" e tipo "Trixis", subtipos "J. antimenohrroea" e "T". Lessingii". A análise dos grãos de pólen foi realizada a nível de espécie apontando para uma certa homogeneidade palinológica dentro dos gêneros e em geral, reforça o arranjo sistemático proposto por Cabrera (1976) com relação à divisão da tribo em 4 subtribos: Barnadesiinae Benth. & Hook., Gochnatiinae Benth. & Hook., Mutisiinae Less. e Nassauviinae Less. A relação entre os caracteres palinológicos e seus aspectos funcionais e evolutivos é estabelecida, demonstrando ser um forte subsídio para a organização de um sistema filogenético dentro da família.

TÍTULO: Estudo Taxonômico das Espécies Brasileiras do Gênero Norantea Aublet (Marcgraviaceae)

AUTORA: Geisa Lauro Ferreira

DATA: 19 de outubro de 1989

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Graziela Maciel Barroso (orientadora)

Margarete Emmerich

Luiz Emygdio de Mello Filho

Ariane Luna Peixoto

Wilma Teixeira Ormond (suplente)

RESUMO - Neste trabalho apresentamos um estudo taxinômico das espécies brasileiras do gênero Norantea Aublet (Marcgraviaceae). Para as 7 espécies e 2 variedades que ocorrem no Brasil, apresentamos descrições, ilustrações e distribuição geográfica, bem como discutimos o grau de afinidade entre as mesmas. No estudo da morfologia do gênero, analisamos, também, as características relativas à nervação foliar de algumas espécies visando interpretar os nectários à nível específico. Apresentamos uma chave dicotômica para a identificação dos táxons e um quadro comparativo dos principais caracteres que as diferenciam. Descrevemos pela primeira vez a espécie N. aurantiaca Spruce ex Ferreira confirmando sua ocorrência para o Brasil, no estado do Amazonas. Apesar de não termos examinado material coletado em território brasileiro de N. oxystylis Baill., aceitamos sua ocorrência no Brasil, baseando-nos nas citações de Wittmack (1878), Szyszylowicz (1894) e Gilg et Werdermann (192:5). Duas espécies foram consideradas como variedades de N. guianensis: N. guianensis var. japurensis e N. guianensis var. goyazensis.; subordinamos N. paraensis Mart. e duas variedades, N. paraensis var. latifolia Wittm. e N. guianensis var. gracilis Wittm. à sinonímia de N. guianensis Aublet var. guianensis e, ainda, N. goyazensis var. sessilis Wittm. à sinonímia de N. guianensis var. goyazensis. A maioria das espécies tem distribuição geográfica muito restrita e algumas ocorrem tanto em regiões montanhosas quanto em áreas alagadas. Apenas N. brasiliensis apresenta uma ampla ocorrência, desde o nordeste até o sul do Brasil, geralmente, em restingas, às vezes em matas litorâneas ou pluviais e também nas regiões paludosas.

TÍTULO: Comparação Morfológica do Corpo Aéreo e da Anatomia Foliar de duas populações de Marsypianthes chamaedrys (Vahl.) Kuntze.

AUTOR: Fernando Henrique Aguiar Vale

DATA: 10 de novembro de 1989

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Wilma Teixeira Ormond

Cecilia Gonçalves Costa

Dorothy Sue D. de Araújo

Luiz Emygdio de Mello Filho (suplente)

RESUMO - É feito um estudo comparativo da morfologia, externa e da anatomia, do corpo aéreo de duas populações de Marsypianthes chmaedrys (Vali.) Kuntze, localizadas nos município de Parintins-AM e Maricá-RJ. Poucas informações foram encontradas sobre esta espécie herbácea, sendo citada como planta invasora e ruderal, com potencialidades medicinais. Nossos resultados apontaram para uma grande plasticidade fenotípica acompanhada de pequenas alterações anatômicas. Dentre as variáveis ambientais que puderam ser avaliadas, a salinidade do solo de Maricá parece ser um fator com grande importância na definição final do nanismo apresentado pela população lá encontrada.

TÍTULO: Laelia Seção Cattleyodes (Orchidaceae) Taxonomia e Consevação"

AUTOR: Francisco Eduardo L. F. de Miranda

DATA: 7 de junho de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Jorge Pedro Carauta (orientador)

Luiz Emygdio de Mello Filho

Margarete Emmerich

Jorge Fontella Pereira

Emilia Albina A. dos Santos (suplente)

RESUMO - A seção Cattleyodes inclui representantes entre os mais ornamentais de toda a família Orchidaceae e isto tem sido explorado comercialmente desde os primórdios da orquidicultura. Atualmente algumas espécies da seção estão sendo propagadas artificialmente em grande quantidade. O sucesso em seu cultivo depende principalmente da observância aos fatores físicos. A seção Cattleyodes recebeu este nome por ser o grupo que se aproxima de ser uma transição para as espécies monofiladas do gênero Cattleya. As flores destacam-se por sua extrema beleza. Vegetativamente as espécies da Laelia pertencentes a seção Cattleyodes formam um grupo bastante homogêneo, exclusivamente brasileiro, distribuindo-se da Bahia ao Rio Grande do Sul. A seção Catlleyodes inclui 9 espécies: Laelia virens (rara), L. xanthina (em perigo), L. fidelensis (pouco conhecida), L. perrinii (em perigo), L. tenebrosa (em perigo), L. grandis (em perigo), L. crispa (fora de perigo), L. lobata (em perigo) e L. purpurata (fora de perigo). Quase todas elas apresentam preferências ecológicas definidas, sendo que Laelia Lobata, mostra ocorrência extremamente restrita no município do Rio de Janeiro e arredores. Todas as espécies foram estudadas na natureza e em cultivo, exceto Laelia tenebrosa, não encontrada em estado natural; talvez se trate de espécie já extinta. Nos tempos atuais, torna-se importante uma visão ecológica e conservacionista, já que a responsabilidade sobre a preservação destas plantas está quase que exclusivamente nas mãos dos orquidicultores.

TÍTULO: Levantamento Florístico e fitossociológico de uma área de restinga do estado do Espírito Santo

AUTOR: Oberdian José Pereira

DATA: 29 de setembro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Dorothy S. D. Araújo (orientadora)

Wilma Teixeira Ormond

Leda Dau

Ariane Luna Peixoto

Margarete Emmerich (suplente)

RESUMO - A vegetação que ocupa a região de entre moitas da Formação Aberta de Clusia, na restinga de Setiba, no Município de Guarapari, Estado do Espírito Santo, foi analisada sob o aspecto florístico e fitossociológico, tendo sido adotado os métodos dos quadrados e pontos, para obtenção de dados que foram utilizados nos cálculos dos diversos parâmetros fitossociológicos. Através do método dos quadrados, as principais espécies amostradas com relação ao IVI foram Syngonanthus imbricatus (Koern.) Ruhl, Chamaecrista ramosa (Vogel) Irwing & Barneby, Panicum trinii Kunth e Evolvulus genistoides V. Oostroom. sendo que o método de pontos essas espécies também são as mais importantes com relação ao IVI, ocorrendo apenas uma inversão nas duas primeiras posições. No levantamento florístico foram identificadas 28 espécies, pertencentes a 18 famílias, sendo Asteraceae e Caesalpinaceae as mais numerosas, cada uma com três espécies.

TÍTULO: Morfologia Polínica de Bignoniaceae da Flora de Santa Catarina

AUTORA: Cláudia Petean Bove

DATA: outubro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Monika B. Schatzmayr (orientadora)

Ariane Luna Peixoto

Raul Dodsworth Machado

Therezinha Sant'Anna Melhem

Vânia Gonçalves L. Esteves (suplente)

RESUMO - São analisados palinologicamente trinta e seis espécies da família Bignoniaceae autóctones no Estado de Santa Catarina. O material polinífero foi preparado segundo o método clássico da acetólise. Os resultados são apresentados de acordo com a seqüência padronizada por Ertman. O polén das espécies em estudo são classificados em oito tipos polínicos de acordo com o número de grãos associados, de aberturas e de ornamentação da superfície são eles: tipo polínico inaperturado de superfície macrorreticulada, tipo inaperturado de superfície reticulada, tipo triaperturado de superfície psilada tipo triaperturado de superfície microrreticulada, tipo triaperturado de superfície reticulada, tipo estefanocolpado de superfície macrorreticulada, tipo perissincolpado de superfície reticulada e tetrades de superfície microrreticulada. As características polínicas da família demonstraram ser de relevante interesse taxonômico principalmente na delimitação de gêneros.

TÍTULO: Contribuição ao conhecimento da Anatomia ecológica de Bauhinia radiata Vell.

AUTOR: Ricardo Cardoso Vieira

DATA: 5 de outubro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Berta Lange de Morretes (orientadora)

Luiz Emygdio de Mello Filho

Cecilia Gonçalves Costa

Léa de Jesus Neves

Margarete Emmerich (suplente)

RESUMO - São apresentados dados relativos a anatomia do caule e da folha de Bauhinia radiata Vell. em diferentes ambientes. O estudo foi realizado a partir da coleta de material botânico da planta de rebroto e de uma liana que ocorrem na Floresta da Tijuca (Mata Atlântica), Município do Rio de Janeiro e de um arbusto encontrado na vegetação de capoeira, em Búzios, Município de Cabo Frio, Estado do Rio de Janeiro. As folhas dos três indivíduos acima mencionados foram denominadas de folhas de sombra, intermediária e de sol, de acordo com os diferentes graus de luminosidade que atingem o órgão. Os dados climáticos coletados nas duas regiões revelaram que a precipitação é o fator que sofre maior variação, sendo a média anual acima de 2000 mm na Floresta da Tijuca e em torno de 700 mm para a região de Cabo Frio. A análise do diagrama ombrotérmico das duas regiões mostrou a existência de uma estação seca em Cabo Frio. Os resultados obtidos da análise do solo mostraram solos fortemente ácidos, com pouca disponibilidade de nutrientes minerais para as plantas. O exame da estrutura secundária do caule revelou a presença de 3 tipos de estruturas anômalas, cuja manifestação e maior no indivíduo que cresce na sombra. As curvaturas e inclinações exibidas pelo caule da liana são possíveis devido a presença do tipo de anomalia "dilatação de parênquima", que promove a fragmentação do tecido lenhoso, dando maior flexibilidade ao caule da liana. Alterações no tamanho e densidade dos elementos de transporte foram observados. Elementos de vasos pequenos e numerosos foram encontrados na planta da capoeira, que vive em ambiente com maior luminosidade e menor disponibilidade de água. A ocorrência de fibras gelatinosas em plantas de Bauhinia radiata, provavelmente, contribui para a flexibilidade do caule da liana e funcionam como estruturas armazenadoras de água na planta da capoeira. A análise da folha de invidíduos encontrados em diferentes ecossistemas, mostrou que os caracteres morfológicos e anatômicos podem ou não variar com o ambiente. Dentre os caracteres que não variam com o ambiente encontramos a forma e o grau de fusionamento da folha; o tipo e o arranjo da cêra; o arranjo do sistema vascular na região distai do pecíolo; a presença de células parenquimáticas com paredes espessadas junto aos feixes vasculares nos dois pulvinos e a ocorrência e o tipo de estômatos e tricomas. No que diz respeito aos caracteres que variam com o ambiente, podemos citar o tamanho, a espessura e a coloração da folha; a densidade das nervuras; o contorno das paredes anticlinais das células epidérmicas; o diâmetro e a concentração dos estômatos; a lacunosidade do mesofilo; o desenvolvimento da paliçada; o tamanho dos cloroplastídeos e a quantidade de tanino. A xeromorfia, cuja manifestação é mais acentuada na folha de sol, está intimamente relacionada com as altas intensidades luminosas, pouca disponibilidade de água e solos ácidos, pobres em nutrientes.

TITULO: Anatomia dos orgãos vegetativos em desenvolvimento de Sophora tomentosa L. subsp. littoralis (Schrader) Yakov (Leguminosae-Papilionoideae).

AUTORA: Cláudia Franca Barros

DATA: 7 de novembro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Cecília Gonçalves Costa (orientadora)

Margarete Emmerich

Léa de Jesus Neves

Raul Dodsworth Machado

Luiz Emygdio de Mello Filho (suplente)

RESUMO - Este trabalho tem por objetivo o estudo anatômico das raízes, caules e folhas de Sophora tomentosa L. subsp littoralis (Schrader) Yakov., traçando considerações sobre o desenvolvimento destes órgãos. As raízes apresentam meristema subapical do tipo aberto e estrutura primária diarca. A periderme radicular se diferencia no periciclo. A estrutura secundária da raiz principal e das laterais é semelhante. O caule, em estrutura primária, apresenta feixes vasculares colaterais isolados, dispostos em anel. O lenho se caracteriza pela ocorrência de elementos de vaso de diâmetro tangencial de muito pequeno a pequeno, com pontuações intervasculares guarnecidas, fibras gelatinosas e escasso parênquima axial. A diferenciação das folhas compostas foi acompanhada, traçando-se considerações sobre o desenvolvimento dos tricomas, dos estômatos, das células secretoras e do sistema vascular.

TÍTULO: Flora Algal da Lagoa de Araruama, R.J.

AUTORA: Renata Perpétuo Reis Santos

DATA: 17 de dezembro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Yocie Yoneshigue (orientadora)

Noemi Yamaguishi Tomita

Ricardo Coutinho

Roberto Campos Villaça

Maria Helena C. B. Neves (suplente)

RESUMO - A Lagoa de Araruama constitui um ecossistema de alto valor sócio econômico, devido aos seus recursos naturais. Até o presente foram divulgados dois trabalhos sobre as plantas marinhas da lagoa, um sobre as cianofíceas e outro sobre a fenerógama, Halodule wrightii Aschers. Este estudo trata da flora marinha bentônica da Lagoa de Araruama, abrangendo uma praia localizada na entrada desta laguna. Foram identificados 98 táxons, distribuidos em 35 Chlorophyta, 13 Phaeophyta e 50 Rhodophyta. Foram detectadas duas ocorrências novas para as águas brasileiras: Blidingia mínima var. mínima e Desbesia vaucheriaeformis. De acordo com o gradiente de salinidade as algas da lagoa se repartem em três áreas compostas por grupos de composição algal distinta. Na lagoa hiperhalina propriamente dita (área II e III), foram coletados 44 táxons, eurihalinos, sendo 26 Chlorophyta, 1 Phaeophyta e 17 Rhodophyta, esta porção caracteriza-se por um desenvolvimento expressivo de clorofíceas, a área II é tipicamente hiperhalina, a área I sofre influência oceânica sendo a área II de transição. Não foi observado uma destacada sazonalidade e fenolologia dos táxons encontrados, sendo os maiores percentuais encontrados no inverno e os menores no verão.

TÍTULO: Contribuição ao Estudo de Lippia alba (Mill.) N.E.Br. ex Britton & Wilson - Erva Cidreira.

AUTORA: Cristiana Borgerth Vial Corrêa

DATA: 18 de dezembro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Margarete Emmerich Cecilia

Gonçalves Costa

Nuno Alvares Pereira

Ariane Luna Peixoto (suplente)

RESUMO - Entre as plantas de valor medicinal cujo uso popular é consagrado foi escolhida para estudo Lippia alba (Mill.) N.E.Brown ex Britton & Wilson, uma das espécies conhecidas como erva-cidreira. Foi realizado o estudo anatômico, histoquímico e a análise do extrato aquoso das folhas. Estas apresentaram organização dorsivental, são anfiestomáticas e possuem pêlos tectores e glandulares nas duas facas. Os testes histoquímicos evidenciaram ámido, lipídice, óleo essencial e saponinas, as quais também foram identificadas no extrato aquoso. O presente trabalho visa também contribuir para a correta determinação da espécie, uma vez que L. alba é considerada espécie distinta de L. geminata HBK por certos autores. Para reforçar a validade do binômio L. alba e de L. gaminata como seu sinônimo científico, foi, feita a comparação anatômica entre folhas de material do Rio de Janeiro e material proveniente do Horto da Universidade Federal do Ceará, onde as duas são consideradas espécies distintas. Além das diferenças morfológicas, as principais variações anatômicas entre os exemplares do Ceará e o do Rio de Janeiro dizem respeito ao formato das células epidérmicas, ao número de estômatos da face ventral e à organização do mesofilo. A plasticidade fenotípica constatada é considerada resultante da adaptação às condições ambientais predominantes nas regiões de onde procedem os exemplares estudados.

TITULO: Desenvolvimento de Sargassum furcatum Kuetzing "in vitro" e significância ecológica dos floro taninos para a defesa e taxonomia de Phaeophyceae.

AUTOR: Renato Crespo Pereira

DATA: 27 de dezembro de 1990

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Yocie Yoneshigue (orientadora)

Maria Auxiliadora C. Kaplan

Roberto Campos Villaça

Valéria Laneuville Teixeira

Ricardo Coutinho (suplente)

RESUMO - Espécimes da alga parda Sargassum furcatum foram cultivados em laboratório, com o objetivo de caracterizarmos o desenvolvimento dessa espécie abundante no litoral do Estado do Rio de Janeiro. Em experiências de laboratório, avaliamos a utilização dos florotaninos presentes nessa espécie como defesa química contra o anfípodo herbívoro Parhyale hawaiensis. Os teores dessas substâncias em outras feofíceas do ambiente natural e provenientes de cultivos em laboratório, foram avaliados com intuito de obtermos um perfil de distribuição geográfica em abundância e funcionalidade desses fenóis no Atlântico tropical Teores intira-alga de florotaninos foram verificados em S. furcatum e Laminaria abyssalis. Além disso, esses e outros fenóis foram avaliados como marcadores taxonômicos em Phaeophyceae. Os espécimes cultivados completaram o ciclo de vida num período de 9 meses, de zigoto a zigoto. Em geral, o padrão de desenvolvimento observado, foi similar àquele conhecido para outras espécies do gênero ou mesmo da ordem Fucales. A manutenção de várias características com um ente empregadas na taxonomia de S. furcatum, mesmo em cultivo "in vitro", confirma a validade da utilização dessas expressões genotípicas na separação das espécies de Sargassum do litoral brasileiro. Verificamos que o baixo teor de florotaninos em S. furcatum não inibe o consumo exercido pelo anfípodo P. hawaiensis. Por outro lado, floroglucinol, quando oferecido em concentrações mais elevadas o <>2%), atua como fedesa contra este herbívoro em região tropical. Além disso constatamos primeiro, a ausência de mecanismo indutor em espécimes dessa alga expostos a este herbívoro; segundo, teores similares desses fenóis em algas mantidas em cultivo e naquelas do ambiente natural; e, terceiro, baixo teor de florotaninos em L. abyssalis coletada em Macaé (RJ), gênero típico de áreas temperadas. Todos estes resultados apoiam a hipótese de que a produção de substancias fenólicas em algas pardas deve estar ligada a outras condições ou variáveis ambientais, e não à pressão seletiva dos herbívoros. Independente do fator abiótico limitante à produção dos florotaninos em algas pardas tropicais, nossos resultados também sugerem terem esses fenóis se originado como simples metabólitos, que posteriormente adquiriram outras funções como defesa contra herbívoros. Os tipos de fenóis conhecidos para as algas pardas são sugeridos como marcadores taxonômicos, porém, empregados em níveis hierárquicos mais elevados. Dentre esses destacam-se os fucóis em Fucales e os ecóis em Laminariales. Estes fenóis são mais característicos de ordens de mares frios (Fucales e Laminariales), ou seja, ambientes onde estes metabólitos significativamente atuam como defesa contra herbívoros. Tal fato pode representar uma evolução biogeográfica, com aquisição e maior expressão funcional destas substâncias somente em ambientes temperados.

TÍTULO: Quimiotaxonomia da superordem Zingiberiflorae (sensu Dahlgren)

AUTORA: Helena Regina Lima Pugialli

DATA: 14 de janeiro de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Maria Auxiliadora C. Kaplan (orientadora)

Margarete Emmerich

Otto Richard Gottlieb

Euclides Lameiras Barreiros

Luiz Emygdio de Mello Filho (Suplente)

RESUMO - A superordem Zingiberiflorae, pertencente a classe Monocotyledonae, apresenta um posicionamento intermediário aos blocos Liliifloreano e Commeliniflórea no. A análise das características flavonoidicas da ordem Zingiberales reforçou a separação das suas familias em dois grupos, a saber: grupo I (Strelitziaceae, Heliconiaceae, Musaceae e Lowiaceae) e o grupo II (Zingiberaceae, Costaceae, Marantaceae e Cannaceae). O levantamento de dados químicos para os táxons envolvidos mostrou a importância de flavonóides, terpenóides, saponinas, diarileptanóides (curcuminóides), arilalcalóides e arilpironas como marcadores taxonômicos. A comparação dos dados morfológicos e químicos das famílias de Zingiberiflorae com a família Lauraceae sugeriu a existência de um ancestral comum relativamente próximo para Monocotyledonae e Magnoliiflorae.

TITULO: Fitoplâncton de viveiros de engorda de Camarões de água doce Macrobrachium rosenbergii (Crustacea, Palaemonidae) na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.

AUTORA: Luzia Triani

DATA: 18 de fevereiro de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Carlos Eduardo Matos Bicudo (orientador)

Yocie Yoneshigue Valentim

Ricardo Coutinho

Sandra Feliciano de Oliveira e Azevedo

Profª Vera Lúcia de Moraes Huszar (suplente)

RESUMO - O presente estudo é uma contribuição ao conhecimento da composição florística de viveiros de camarões de água doce Macrobrachium rosenbergii (de Man) construidos em solo e sua influência no cultivo desses crustáceos. O experimento foi conduzido em quatro viveiros de 2700 m2 de superfície cada em solo de tabatinga, cada um com 1,20 m de profundidade na extremidade mais funda (saída de água) e 0,80 m na mais rasa (entrada de água) e construidos na Estação Experimental de Aqüicultura Estuarina - FIPERJ, em Guaratiba, Município do Rio de Janeiro, Estado do Rio de Janeiro. As densidades populacionais nesses viveiros foram: viveiro nº 1 adultos na densidade de 2/m2, viveiros nº 2, 4 e 5 animais no estádio juvenil nas densidades de 3/m2 nos viveiros nº 2 e 4 e de 70/m2 no nº 5. Os viveiros nº 2 e 4 foram fertilizados com adubo orgânico (45 kg/ha), o nº 5 recebeu adubação mista: adubo orgânico (45 kg/ha) e superfosfato simples de cálcio (140 kg/ha). Não houve qualquer adição de fertilizante no viveiro nº 1. A temperatura da superfície da água, o pH e a transparência da água foram verificados duas vezes ao dia. Foram também coletados dados sobre as condições meteorológicas da região durante todo o período experimental. As coletas de amostras para as análises quali e quantitativa foram realizadas numa única estação central em cada um dos viveiros pela manhã, sendo a retirada de início quinzenal, porém, passando em seguida a semanal. A duração do experimento foi de 210 dias iniciando-se em julho/87 e encerrando em janeiro/88. Foram identificados 66 taxons da comunidade fitoplanctônica distribuídos nas oito classes seguintes: Nostocophyceae (=Cyanophyceae), Chlorophyciae, Zygnemaphyceae, Euglenophyceae, Tribophyceae (X anthophyceae), Dinophyceae, Cryptophyceae e Bacillariophyceae. Assim de ciasse Nostocophyceae foram identificados oito taxons, incluindo-se uma variedade e duas formas; de Chlorophyceae 19 espécies e nove variedades; de Zygnemaphyceae uma espécie com variedade e forma; de Euglenophyceae 8 espécies, doze variedades e uma forma; da Tribophyceae duas espécies; de Cryptophyceae três espécies; e de Bacillariophyceae 3 espécies. A composição taxonômica foi distinta em cada um dos viveiros. O predomínio das diferentes classes foi: Euglenophyceae (42%) juntamente com Bacillariophyceae (25%) no viveiro nº 1, Nostocophyceae (45%) juntamente com Chlorophyceae (43%) no viveiro nº 2, Chlorophyceae (74%) juntamente com Bacillariophyceae (14%) e no viveiro nº 4 e Nostocophyceae (54%) juntamente com Chlorophyceae (40%) no viveiro nº 5. Completam o presente trabalho uma chave artificial para a identificação de 66 taxons inventariados, 8 gráficos, 18 tabelas e pelo menos uma ilustração de cada taxon identificado. Sugestões para a realização de futuros estudos são formuladas no final do presente trabalho.

TÍTULO: Biologia da Reprodução de Allagoptera arenaria. (Gomes) O. Kuntze (Diplothemium maritimum Mart.) - Palmae

AUTOR: Cosme de Oliveira Leite

DATA: 23 de março de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Wilma Teixeira Ormond (orientadora)

Leda Dau

Graziela Maciel Barroso

Maria Célia B. Pinheiro Luiz

Emigdio de Mello Filho (suplente)

RESUMO - Neste trabalho é apresentado um estudo da biologia de Allagoptera arenaria (Gomes) O. Kuntze, pequena palmeira muito comum nas restingas do sudeste brasileiro. Compreende este um estudo do sistema de reprodução, da biologia floral e do desenvolvimento vegetativo. Considerações também são feitas sobre dispersão, predação e fenologia. O estudo morfológico da inflorescência mostrou que a espécie possui espádices andróginos, masculinos e funcionalmente masculinos. A síndrome de polinização é complexa, ocorrendo anemofilia e entomofilia, sendo que, nesta última, três ordens de insetos estão implicadas: Coleoptera, Himenoptera e Lepidoptera. O taxon é monóico, protândrico, floresce e frutifica todo o ano. Os testes de cruzamento mostraram que a espécie é autocompatível. Contudo as observações de campo revelaram que, em condições naturais, a polinização xenogâmica é predominante, sendo muito raro ocorrer uma situação capaz de levar à autofertilização. Concorrem para a xenogamia a protandria e a emissão assincrônica das inflorescências. A dispersão a curtas distâncias é feita por um escarabeídeo, Ateuchus squalidus (Fabricius, 1775), o qual enterra as sementes próxima à planta-mãe. Este enterramento proporciona, também, uma eficaz proteção contra o ataque do bruquídeo Pachymerus sp. às sementes. Por outro lado, há certas evidências de que mamíferos realizam a dispersão a longas distâncias. A germinação é hipógea. O crescimento do eixo radícula-hipocótilo ocorre com geotropismo positivo, ocasionando o enterramento da plântula. As fases subseqüentes do crescimento vegetativo dão-se também com geotropismo positivo, continuando o enterramento da planta em desenvolvimento. Posteriormente o caule inverte o sentido do crescimento, porém não chega a emergir, permanecendo subterrâneo e rizomatoso. As sementes de A. arenaria figuram entre as poucas da restinga que germinam em condições naturais, o que lhe permite ocupar o ambiente tão logo a vegetação do mesmo seja destruída. Além disso, A. arenaria possui grande poder de regeneração, rebrotando rapidamente quando suas partes aéreas são destruídas.

TÍTULO: Cucurbitaceae do Estado do Rio de Janeiro Subtribo Melothriinae E.G.O. Muell. et F. Pax.

AUTORA: Vera Lúcia Gomes Klein

DATA: 11 de abril de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Jorge Fontella Pereira (orientador)

Ariane Luna Peixoto

Graziela Maciel Barroso

Lúcia D'Avila de Carvalho

Arline Souza de Oliveira (suplente)

RESUMO - Neste trabalho são estudados os táxons de Cucurbitaceae da SubTribo Melothriinae E. G. O. Muell. et F. Pax., ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro, caracterizados por apresentarem flores femininas com óvulos e sementes dispostas horizontalmente e estilete inserido em disco cupuliforme ou aneliforme. No tratamento taxinômico dado ao grupo, são apresentadas chaves dicotômicas para identificação dos gêneros, espécies e variedades, acompanhados de descrições, etimologia, comentários, distribuição geográfica, dados fenológicos e ilustrações, bem como estudos morfológicos que servem para destacar entre outros caracteres, espectos dos frutos e sementes, importantes para a identificação dos componentes da Subtribo. Ainda, nesta oportunidade apresentamos a nova ocorrência de Wilbrandia ebracteata Cogn var. ebracteata para a Flora do Estado do Rio de Janeiro e para outros estados, bem como, é descrito pela primeira vez o exemplar feminino de Wilbrandia Glaziovii Cogn., que tudo leva a crer, seja a única espécie restrita ao estado, possivelmente endêmica e em vias de extinção. Os táxons infraespecíficos Apodanthera smilacifolia var. angustifolia Cogn., Wilbrandia hibiscoides var. angustiloba Cogn., Wilbrandia hibiscoides var. parvifolia Cogn., Wilbrandia hibiscoides var. latiloba Cogn., Wilbrandia Glaziovii var. lobata Cogn., Wilbrandia longisepala var. angustiloba Cogn., Apodanthera argentea var. angustifolia Cogn., Apodanthera argentea var. latifolia Cogn., Wilbrandia Glaziovii var. subintegrifolia Cogn. eMelothria fluminensis var. microphylla Cogn. foram considerados iguais às respectivas espécies, a exceção de Wilbrandia longisepala var. angustiloba Cogn., que foi considerada na sinonímia de Wilbrandia ebracteata var. ebracteata por Cogniaux (1916) e Martinez-Crovetto (1954b e 1960), sendo as 4 últimas aqui estabelecidas como novos sinônimos. Apresentamos também um resumo sobre os usos populares das espécies do grupo estudado, especialmente do ponto de vista medicinal.

TITULO: Palinologia das Polypodiaceae "sensu lato" do planalto de Itatiaia.

AUTORA: Lana da Silva Sylvestre

DATA: 30 de abril de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Paulo Gunter Windisch

Therezinha Sant' Anna Melhem

Ortrud Monika B. Schatzmayr

Margarete Emmerich (suplente)

RESUMO - Os esporos das espécies da família Polypodiaceae "sensu lato" do planalto de Itatiaia são apresentados através da descrição de 22 tipos morfológicos, pertencentes a 20 gêneros, acompanhados do detalhamento de 60 espécies neles enquadrados, com palinogramas e tabelas de medidas. Com o objetivo de facilitar a determinação de esporos em sedimentos, é apresentada uma chave artificial para identificação dos tipos morfológicos estabelecidos. E feita uma revisão bibliográfica sobre o assunto, com destaque especial para as espécies aqui tratadas e para os estudos de palinologia de pteridófitas no Brasil. Os aspectos taxionômicos são abordados através da indicação da obra original, basiônimo e principais sinonímias em cada espécie, com considerações acerca da distribuição geográfica e habitat. São discutidos alguns aspectos relacionados a utilização dos esporos como indicador de supostos hibridos, bem como sua aplicação na taxionomia.

TÍTULO: Taxinomia e Morfologia das Espécies do Gênero Siparuna Aublet (Moniimiaceae) ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro.

AUTORA: Maria Verónica Leite Pereira

DATA: 9 de setembro de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Luiz Emigdio de Mello Filho (orientador)

Graziela Maciel Barroso

Ariane Luna Peixoto

Jorge Fontella Pereira

Arline Souza de Oliveira

RESUMO - O presente trabalho consiste do estudo taxinômico das espécies do gênero Siparuna Aubl (Monimiaceae), ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro. Para cada espécie apresenta-se descrição, sinonímia, ilustrações, relação de material examinado, etimologia, dados fenológicos, distribuição geográfica e nomes vulgares. A identificação das espécies baseou-se em estudo minuscioso das características morfológicas, depois de detalhada análise em exsicatas e várias observações de campo. Analisou-se, também, as características relativas às epidermes e nervação foliar de todas as espécies. Foram estudadas as espécies: Siparuna apiosyce (Mart.) A. DC., Siparuna arianeae V. Pereira, Siparuna brasiliensis (Spreng.) A. DC., Siparuna chlorantha Perk., Siparuna erythrocarpa (Mart.) A. DC., Siparuna glossostyla Perk., Siparuna hylophila Perk., Siparuna minutiflora Perk e Siparuna reginae (Tui.) A.DC. Uma alteração taxinômica foi proposta: Siparuna apiosyce var. ruficeps criada por PERKINS (1901), é considerada como sinônimo de Siparuna apiosyce (Mart.) A. DC. Siparuna mourae Perk. não foi tratada neste trabalho, por não ter sido localizado nenhum indivíduo ou exsicata para comprovar sua validade. Os caracteres principais empregados na definição das espécies, foram a forma do velum, o número de estames e carpelos, e o tipo de inflorescência. Estes caracteres aliados a morfologia foliar e forma do receptáculo foram também utilizados na elaboração de uma chave analítica para identificação das espécies. As espécies de Siparuna Aubl., do Estado do Rio de Janeiro, são arbustos que ocorrem em remanescentes florestais de encostas montanhosas ou de baixada, predominantemente no interior da mata, em lugares sombrios e muito úmidos, próximo de cursos d'água. Constatou-se que Siparuna arianeae V. Pereira é a espécie de distribuição mais ampla, ocorrendo em todos os estados da região sudeste do Brasil. Siparuna hylophila Perk. e Siparuna chlorantha Perk. são endêmicas do Estado do Rio de Janeiro, sendo que a primeira espécie vem sofrendo uma redução no número de indivíduos da única população conhecida. Registrou-se, pela primeira vez, a ocorrência de Siparuna glossostyla Perk. e Siparuna reginae (Tui.) A. DC. para o Estado do Rio de Janeiro.

TÍTULO: Estudo Taxonômico do Gênero Indigofera L. (Leguminosae) no Brasil e Paraguai.

AUTORA: Renilda Duré Rodas

DATA: 23 de setembro de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Graziela Maciel Barroso (orientadora)

Margarete Emmerich

Ariane Luna Peixoto

Luiz Emygdio de Mello Filho

Emilia Albina Alves dos Santos (suplente)

RESUMO - Neste trabalho apresenta-se um estudo taxonômico das espécies brasileiras e paraguaias do gênero Indigofera L., da família Leguminosae. Foram redescritas e ilustradas 15 espécies, para as quais se fez uma chave dicotômica para identificação, ilustrações dos detalhes morfológicos e tabelas indicativas da distribuição geográfica: I. bongardiana, I. latifolia. I. hirsuta, I. lespedezioides, I. pascuorum, I. sabulicola, I. microcarpa, I. guaranitica, I. blanchetiana, I. asperifolia, I. parodiana, I. campestris, I. spicata, I. truxillensis e I. suffruticosa. A espécie mais abundante e a mais amplamente distribuída no Brasil e Paraguai é I. suffruticosa. A ocorrência de I. guaranitica, I. blanchetiana, I. spicata e I. truxillensis no Brasil, e I. hirsuta, I. lespedezioides e I. parodiana no Paraguai, é menos ampla, sendo, dentre as espécies estudadas, as que apresentaram as áreas de distribuição mais restritas. Os caracteres taxonômicos de maior peso utilizados na identificação das espécies foram: o comprimento do racemo em relação à folha, número e disposição dos folíolos, presença de glândulas nos folíolos, habito e forma de fruto.

TÍTULO: Chlorococcales "sensu lato" (Chlorophyceae) do Município do Rio de Janeiro e Arredores, Brasil: Inventário e Considerações Taxinômicas

AUTORA: Ina de Souza Nogueira

DATA: 4 de novembro de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Vera Lucia de Moraes Huszar (orientadora)

Célia Leite Sant' Anna

Pedro Américo Senna

Margarete Emmerich

Mariangela Menezes (suplente)

RESUMO - Entre julho de 1987 e abril de 1988 foi realizado um inventário das Chlorococcales sensu lato no Município do Rio de Janeiro e arredores (Estado do Rio de Janeiro, Brasil), através de 29 excursões a 490 localidades, abrangendo diferentes ambientes e comunidades. Foram coletadas 210 amostras pontuais, em 128 das quais ocorreram Chlorococcales; a estas acrescentaram-se sete amostras do Herbário do Museu Nacional; 122 táxons foram registrados (66 spp., 55 var. e 1 forma taxonômica), identificados em 13 famílias. Scenedesmus (37 táxons) foi o gênero melhor representado. Oito gêneros (Apodochloris, Catenococcus, Chodatellopsis, Diacanthos, Dicellula, Dichotomococcus, Dicloster e Thorakochloris), 21 espécies, 10 variedades e uma forma taxonômica constituíram novos registros para a ficoflora continental brasileira. Nove gêneros, 40 espécies e oito variedades foram registrados pela primeira vez para o Estado do Rio de Janeiro, assim adicionaram-se 48 táxons infragenéricos aos 103 já citados para o Estado. As algas analisadas foram porvenientes de populações naturais e encontram-se descritas, comentadas e ilustradas; indicaram-se também os ambientes e comunidades onde ocorreram; sempre que necessário incluiram-se sua plasticidade morfológica e algumas considerações.taxonômicas. Apresentou-se também a ocorrência dos táxons no Estado do Rio de Janeiro, por Município, e no Brasil, por Estado. Acompanha o trabalho uma chave artificial indentada para identificação de espécies, variedades e forma taxonômica.

TITULO: Anatomia do Corpo Vegetativo Aéreo de Justicia cydoniifolia (Nees) Lindau - Acanthaceae

AUTORA: Eliana Schwartz Tavares

DATA: 20 de novembro de 1991

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Luiz Emygdio de Mello Filho

Cecilia Gonçalves Costa

Margarete Emmerich

Carmem Lúcia de Almeida Ferraz (suplente)

RESUMO - O presente trabalho trata do estudo anatômico das folhas e do ramo em estrutura primária deJusticia cydoniifolia (Nees) Lindau, coletada na restinga em Pedra de Itaúna, Barra da Tijuca, Município do Rio de Janeiro. As observações desenvolvidas ao nível da lâmina foliar evidenciam epidermes com tricomas tectores e glandulares, cistólitos e estômatos diacíticos. No mesofilo, de organização dorsiventral, sobressaem glóbulos de natureza lipídica. Os feixes vasculares são colaterais. O pecíolo exibe, ao lado dos feixes colaterais, pequenos feixes anficrivais. Esclereídeos estão presentes em sua porção proximal. O ramo mostra endoderme com estrias de Caspary e feixes colaterais dispostos em anel contínuo. Embora ocorra na restinga, J. cydoniifolia mostra características anatômicas coerentes com o hábito subescandente e com sua localização à sombra das árvores e arbustos.

TÍTULO: Fitossociologia da Vegetação Lenhosa da Restinga de Maricá, Rio de Janeiro

AUTORA: Márcia Botelho R. da Silva

DATA: 29 de janeiro de 1992

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Dorothy Sue D. de Araújo (orientadora)

Leda Dau

Wilma Teixeira Ormond

Ariane Luna Peixoto

Arline Souza de Oliveira (suplente)

RESUMO - Foram aplicados os métodos de intercepto de linha e de pontos na vegetação lenhosa de restinga, com o objetivo de se avaliar a eficiência de ambos na análise da composição florística e estrutura da vegetação arbustiva aberta, ou seja, organizada em moitas, localizada sobre o cordão arenoso mais antigo na restinga de Barra de Maricá, Município de Maricá, Estado do Rio de Janeiro. Os métodos empregados apresentaram resultados bastante semelhantes. Observou-se que, de um total de 42 espécies amostradas, pertencentes a 23 famílias, 78% são comuns aos dois métodos, sendo a família Myrtaceae a que apresentou o maior número de espécies. Em relação à estrutura, verificou-se que, para ambos os métodos as espécies que se destacaram quanto aos índices de valor de importância (IVÍ) e cobertura (IVC) são as mesmas, ocorrendo porém inversões de posição. Destas, as que apresentaram os maiores valores de IVI para o método de intercepto de linha foram Guapira spp, Rapaneaparvifolia, Clusia lanceolata e Neomitranthes obscura, enquanto que para o método de pontos foram Guapira spp, R. parvifolia, Maytenus obtusifolia e Myrciaria floribunda.

TITULO: Anatomia da Folha e das Galhas Foliares de Ficus noronhae Oliver. (Moraceae).

AUTORA: Rosy Mary dos S. Isaías

DATA: agosto de 1992

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Luiz Emygdio de M. Filho

Jorge Pedro P. Carauta

Berta Lange de Morretes

Margarete Emmerich (suplente)

RESUMO - Ficus noronhae Oliver, assemelha-se bastante à Ficus cyclophylla (Mig.) Miq. diferindo morfologicamente desta pelas suas estipulas caducas e anatomicamente pelos seguintes caracteres: maior espessura da lâmina foliar, da paliçada e da cutícula, menor densidade de estômatos e litocistos, e redução no número de esclerócitos foliares. A interação entre F. noronhae e um micro-himenóptero - Torymidae - dá origem a galhas com formato de bolsas coriáceas localizadas na face dorsal da folha, sem atingir a nervura mediana. A galha tem início com a hiperplasia dos elementos da epiderme dorsal, a desdiferenciação do parênquima lacunoso, seguida pela do parênquima paliçádico e aquela dos feixes vasculares. Em estágios de pré-eclosão observam-se 3 zonas de tecidos distintas: a primeira, nutritiva, rica em amido; a segunda, uma zona mecânica, formada por tecido esclerenquimatoso; e a terceira, circundando a câmara larvar, também rica emm amido. A emergência da vespa adulta tem lugar por um opérculo localizado na face dorsal da folha. A reação de defesa do vegetal é evidenciada pelo aumento do teor de polifenóis nos tecidos galigenos, em relação aos não alterados pela presença do agente galhador.

TÍTULO: Anatomia Foliar de Gomidesia spectabilis (DC) Berg e Gomidesia nitida (Veil) Legr. Myrtaceae.

AUTORA: Dória Maria Saiter Gomes

DATA: 18 de setembro de 1992

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Margarete Emmerich

Cecilia Gonçalves Costa

Raul Dosdworth Machado

Lygia Dolores R. de S. Fernandes (suplente)

RESUMO - São apresentados dados relativos à anatomia e micromorfologia da folha de Gomidesia spectabilis (DC) Berg. e Gomidesia nítida (Vell.) Legr. (Myrtaceae). O estudo foi realizado a partir de folhas de indivíduos que ocorrem na Floresta da Tijuca (Mata Atlântica), município do Rio de Janeiro. A análise da estrutura da folha de ambas as espécies revelou epiderme uniestratificada, estômatos paracíticos distribuídos somente na face abaxial, numerosos tricomas tectores, mesofilo dorsiventral, presença de cavidades secretoras, feixes vasculares do tipo bicolateral, idioblastos cristalíferos e conteúdo tânico abundante. No que diz respeito à superfície foliar, destacam-se cera epicuticular do tipo grânulos e plaquetas, e cutícula elevada ao nível das paredes anticlinais. O tipo de tricoma, a presença de epiderme papilosa, de extensão de bainha e de células epidérmicas diferenciadas sobre as cavidades secretoras são características que podem ser usadas para a identificação das duas espécies estudadas. A análise da organização foliar permitiu caracterizar Gomidesia spectabilis e G. nítida como plantas típicas do interior da floresta.

TÍTULO: Estudo Anatômico e Ensaios Fitoquímicos de Baccharis myriocephala DC. Carqueja.

AUTORA: Maria de Fátima Assumpção Sá

DATA: 20 de novembro de 1992

LOCAL: Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Léa de Jesus Neves (orientadora)

Luiz Emygdio de Mello Filho

Nuno Alvares Pereira

Margarete Emmerich

Lygia Dolores R. de Santiago Fernandes (suplente)

RESUMO - É feito o estudo de Baccharis myriocephala DC., família Compositae, planta de valor medicinal, consagrada popularmente como carqueja e utilizada, entre outras indicações, contra distúrbios gastrointestinais e diabetes. Foi realizado o estudo morfológico, anatômico e histoquímico da parte aérea do vegetal, bem como ensaios químicos com o extrato aquoso. A espécie é dióica, caracterizando-se por apresentar ramos alados, desprovidos de folhas em sua forma adulta, e capítulos multifloros. Anatomicamente a ala apresenta organização isobilateral, é anfiestomática e possui pêlos simples pluricelulares e claviformes nas duas faces. O ramo de secção transversal triangular possui estômatos proeminentes, pêlos semelhantes aos da ala e uma endoderme observada por toda a secção. Ramo e al apresentam depósito extracuticular. No estudo histoquímico das secções foi obtido resultado positivo nos testes de lipídeos, óleo essencial, amido, alcalóides, saponinas e resinas, As reações químicas, realizadas com o depósito extracuticular extraído das alas, demonstrou resultados positivos para compostos glicídicos e fenólicos, e esteróis. Nas reações fitoquímicas foram identificados, no extrato aquoso, heterósides antociânicos e saponínicos, taninos flobafênicos e pirogálicos, e ácidos fixos.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    14 Jun 2011
  • Data do Fascículo
    Dez 1992
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