Acessibilidade / Reportar erro

Levantamento florísitico na Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, MG

Floristic inventory in the Tripuí Ecological Station, Ouro Preto, MG

Resumos

Realizou-se o levantamento florístico na Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, MG (43º34'33" W e 20º23'45"S). O clima da região é do tipo mesotérmico, com inverno seco (Cwb sg. Köppen) e com temperaturas médias oscilando entre 14º e 19ºC. A Estação apresenta como principais tipos vegetacionais as florestas mesófilas estacionais, o cerrado, a vegetação aquática (brejos, lagoa artificial e córregos) e as formações sucessionais ('candeial'). Para o levantamento florístico utilizou-se o método de parcelas e coletas por trilhas e caminhos, sendo identificadas 101 famílias, 242 gêneros e 462 espécies. As famílias que apresentaram maior riqueza específica foram Asteraceae (10,82%), Melastomataceae (8,22%), Myrtaceae (7,14%) e Rubiaceae (4,76%).

florística; inventário; Estação Ecológica do Tripuí; Ouro Preto; Minas Gerais; fanerógamas; pteridófitas


A floristic inventory was carried out in Tripuí Ecological Station, Ouro Preto, Minas Gerais state (43º34'33" W and 20º23'45"S). In this region the climate, according to Koppen's classification, is Cwb, i.e., with a mild summer and a dry winter. The main vegetation types identified were semideciduous mesophytic forests, cerrado, aquatic vegetation ('brejos', artificial lake and creeks) and secondary formations ('candeial'). Through the floristic inventory in plots, trails and ways were identified 101 families, 242 genera and 462 species. Asteraceae (10,82%), Melastomataceae (8,22%), Myrtaceae (7,14%) and Rubiaceae (4,76%) were the families with the greatest specific richness.

floristic; inventory; Tripuí Ecological Station; Ouro Preto; Minas Gerais State; phanerogamous; pteridophytes


Levantamento florísitico na Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, MG* * Trabalho apresentado no XLV Congresso Nacional de Botânica, São Leopoldo, RS. Auxílios: FNMA e FAPEMIG

Floristic inventory in the Tripuí Ecological Station, Ouro Preto, MG

Gilberto Pedralli; Valéria Lúcia de Oliveira Freitas; Sylvia Therese Meyer; Maria do Carmo Brandão Teixeira; Ana Paula Santos Gonçalves

Setor de Recursos da Terra, Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais, C.P. 2306, CEP 31170-000, Belo Horizonte, MG

RESUMO

Realizou-se o levantamento florístico na Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, MG (43º34'33" W e 20º23'45"S). O clima da região é do tipo mesotérmico, com inverno seco (Cwb sg. Köppen) e com temperaturas médias oscilando entre 14º e 19ºC. A Estação apresenta como principais tipos vegetacionais as florestas mesófilas estacionais, o cerrado, a vegetação aquática (brejos, lagoa artificial e córregos) e as formações sucessionais ('candeial'). Para o levantamento florístico utilizou-se o método de parcelas e coletas por trilhas e caminhos, sendo identificadas 101 famílias, 242 gêneros e 462 espécies. As famílias que apresentaram maior riqueza específica foram Asteraceae (10,82%), Melastomataceae (8,22%), Myrtaceae (7,14%) e Rubiaceae (4,76%).

Palavras-chave: florística, inventário, Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, Minas Gerais, fanerógamas, pteridófitas

ABSTRACT

A floristic inventory was carried out in Tripuí Ecological Station, Ouro Preto, Minas Gerais state (43º34'33" W and 20º23'45"S). In this region the climate, according to Koppen's classification, is Cwb, i.e., with a mild summer and a dry winter. The main vegetation types identified were semideciduous mesophytic forests, cerrado, aquatic vegetation ('brejos', artificial lake and creeks) and secondary formations ('candeial'). Through the floristic inventory in plots, trails and ways were identified 101 families, 242 genera and 462 species. Asteraceae (10,82%), Melastomataceae (8,22%), Myrtaceae (7,14%) and Rubiaceae (4,76%) were the families with the greatest specific richness.

Key words: floristic, inventory, Tripuí Ecological Station, Ouro Preto, Minas Gerais State, phanerogamous, pteridophytes

Texto completo disponível apenas em PDF.

Full text available only in PDF format.

Agradecimentos

À Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais - FE AM, pelo apoio logístico, principalmente na pessoa do administrador da E.E.T., o Biólogo Aristides Guimarães Salgado Neto e aos demais funcionários, pela colaboração nos trabalhos de campo; à Bióloga Yule Roberta Ferreira Nunes e aos técnicos em atividades de pesquisa Geraldo Pereira de Souza e José Carlos dos Santos (SAT/CETEC) pelo apoio nos trabalhos de campo; ao Prof. Dr. Waldir Mantovani, Departamento de Ecologia/USP, pelas orientações e discussões com relação à definição da rede de amostragem; ao Prof. Dr. José Rubens Pirani, Profa. Maria Leonor del Rey Souza, Dr. Jefferson Prado e ao Pesquisador Luciano de Bem Bianchetti que auxiliaram na identificação taxonômica das plantas.

Recebido em 9/1/97.

Aceito em 28/12/97

  • Ab' Saber, A.N. 1977. Os domínios morfoclimáticos na América do Sul. Boletim do Instituto de Geografia da Universidade de São Paulo 52:1-21.
  • Antunes, F.Z. 1986. Caracterização climática do Estado de Minas Gerais. Informações Agropecuárias 12:9-13.
  • Araújo, G.M. 1992. Comparação da estrutura e do teor de nutrientes nos solos e nas folhas de espécies arbóreas de duas matas mesófilas semidecíduas no triângulo Mineiro. Campinas. Unicamp. Tese de Doutorado.
  • Araújo, L.C. 1944. Vanillosmospsis erythropappa (DC.) Sch. Bip. e sua exploração florestal. Rio de Janeiro. Escola Nacional de Agricultura. Tese para Professor Catedrático.
  • Badini, J. 1985. Flora do Tripuí: Anotações técnicas da UFOP. Ouro Preto. Departamento de Botânica/UFOP. 6p. (polígrafo).
  • Baldini, J. 1988. Estação Ecológica do Tripuí e sua Flora: Anotações técnicas da UFOP. Ouro Preto. Departamento de Botânica/UFOP. 13p. (polígrafo).
  • Barroso, G.M.; Guimarães, E.F.; Ichaso, C.L.F.; Costa, C.G. & Peixoto, A.L. 1978. Sistemática de Angiosperma do Brasil: I. São Paulo. LCT/EDUSP.
  • Barroso, G.M.; Guimarães, E.F.; Ichaso, C.L.F.; Costa, C.G.; Peixoto, A.L. & Lima, H.C. 1984. Sistemática de Angiosperma do Brasil: II. Viçosa. Imprensa Universitária.
  • Barroso, G.M.; Guimarães, E.F.; Ichaso, C.L.F.; Costa, C.G.; Peixoto, A.L. & Lima, H.C. 1986. Sistemática de Angiosperma do Brasil: III. Viçosa. Imprensa Universitária.
  • Bertoni, J.E. A. & Martins, F.R. 1987. Composição florística de uma floresta ripária na Reserva Estadual de Porto Ferreira, SP. Acta Botanica Brasílica 1(1): 17-26.
  • Carvalho, D.A.; Oliveira-Filho, A.T.; Vilela, E.A. & Gavilanes, M.L. 1995. Flora arbustivo-arbórea de uma floresta ripária no alto rio Grande em Bom Sucesso/MG. Acta Botanica Brasílica 9(2): 231-245.
  • Cavassan, O.; Cesar, O. & Martins, F.R. 1984. Fitossociologia da vegetação arbórea da Reserva Estadual de Bauru, Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Botânica 7 (2):91-106.
  • CETEC - FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS. 1992. Ecofísiologia da 'candeia' (Vanillosmopsis sp.) visando seu aproveitamento ecológico e econômico. Belo Horizonte. SAT/CETEC. Relatório técnico.
  • CETEC - FUNDAÇÃO CENTRO TECNOLÓGICO DE MINAS GERAIS. 1996. Ecofísiologia da candeia. Belo Horizonte: SAT/CETEC. Relatório técnico.
  • Cook, C.D.K. 1974. Water plants of the world. The Hague, Dr. W. Junk b.v. Publ.
  • Costa, L.G.S. 1992. Estrutura e dinâmica de um trecho de mata mesófila semidecídua na Estação Experimental de Ibicatú, Piracicaba, SP. São Paulo. Universidade de São Paulo, Departamento de Ecologia. Dissertação de Mestrado.
  • Cronquist, A. 1988. The evolution and classifícation of flowering plants. New York. The New York Botanical Garden.
  • Durigan, G. 1994. Florística, Fitossociologia e produção de folhedo em matas ciliares da região oeste do Estado de São Paulo. Campinas. Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Ecologia. Tese de Doutorado.
  • Ehrlich, P.R. & Roughgarden, J.R. 1987. The science of ecology. New York. Macmillan. p. 5-90.
  • Eiten,G.1983. Classificação da vegetação do Brasil. Brasília: CNPq.
  • FEAM - FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE. 1995. Plano de Manejo da Estação Ecológica do Tripuí, Ouro Preto, MG. Belo Horizonte. FEAM. V. 1.
  • Fernandes, A.G. & Bezerra, P. 1990. Estudo Fitogeográfico do Brasil. Fortaleza: Stylus Comunicações.
  • Ferri, M.G. 1980. Vegetação Brasileira. Belo Horizonte. Itatiaia; São Paulo. EDUSP.
  • Font Quer, M.P. 1977. Diccionario de botânica. Barcelona: Lábor.
  • Gandolfí, S. 1991. Estudo florístico e fitossociológico de uma floresta residual na área do Aeroporto Internacional de São Paulo, Município de Guarulhos, SP. Campinas. Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Botânica. Dissertação de Mestrado.
  • IBGE - FUNDAÇÃO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. 1992. Manual Técnico da Vegetação Brasileira. Rio de Janeiro. IBGE.
  • IUCN - UNIÃO PARA A CONSERVAÇÃO DA NATUREZA. 1988. Campanha para a proteção de áreas úmidas. Brasília: IUCN/WWF/IBDF. 10p.
  • Leitão-Filho, H.F.; Azevedo, D.B.; Santin, D.A.; Gardolinski, P.C.F.C. & Rodrigues, R.R. 1994. Estudos de ecologia da mata ciliar dos rios Mogi Guaçu e Peixe - UHE Mogi Guaçu - São Paulo. Campinas. Departamento Botânica/Unicamp.
  • Magurran, A.E. 1988. Ecological diversity and its measurement. Princeton. University Press.
  • Mantovani, W. 1992. Fitossociologia. São Paulo. Departamento de Ecologia/USP. 28p. (polígrafo).
  • Martins, F.R. 1991. Estrutura de uma floresta mesófila. Campinas. Unicamp.
  • Martins, F.R. 1992. Métodos de amostragem em vegetação. Aracaju. UFSe/SBB, 10p. (polígrafo).
  • Martius, C.F.P., Eichler, G.F. & Urban, I. (eds.). 1840-1906. Flora Brasiliensis Enumeratio Plantarum. Monachii. Lipsiae. 16v., il.
  • Meguro, M.; Pirani, J.R.; Mello-Silva, R. & Giulietti, A.M. 1996. Caracterização florística e estrutural de mata ripárias e capões de altitude da Serra do Cipó, MG. Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo 15: 13-29.
  • Meira-Neto, J.A.A.; Bernacci, L.C.; Grombone, M.T.; Tamashiro, J.Y. & Leitão-Filho, H.F. 1989. Composição florística da floresta semidecídua de altitude do Parque Municipal da Grota Funda (Atibaia, SP.). Acta Botanica Brasílica. 3(2): 51-74.
  • Mori, S.A., Mattos-Silva, L.A., Lisboa, G. & Coradin, L. 1989. Manual de manejo do herbário fanerogâmico. 2Ş ed. Ilhéus. CEPLAC.
  • Muller-Dombois, D. & Ellenberg, H. 1974. Aims and methods for vegetation ecology. New York. J. Wiley & Sons.
  • Oliveira-Filho, A.T.; Almeida, R.J.; Mello, J.M. & Gavilanes, M.L. 1994. Estrutura fitossociológica e variávies ambientais em um trecho da mata ciliar do córrego dos Vilas Boas, Reserva Biológica do Poço Bonito, Lavras (MG). Revista Brasileira de Botânica 17(1): 67-85.
  • Pagano, S.N.; Leitão-Filho, H.F. & Shepperd, G.J. 1987. Estudo fítossociológico em mata mesófila semidecídua no município de Rio Claro (Estado de São Paulo). Revista Brasileira de Botânica 10:49-61.
  • Pagano, S.N. & Leitão-Filho, H.F. 1987. Composição florística do estrato arbóreo de mata mesófila semidecídua, no município de Rio Claro (Estado de São Paulo). Revista Brasileira de Botânica 10: 37-47.
  • Pagano, S.N. 1989. Produção de folhedo em Mata Mesófila Semidecídua no Município de Rio Claro, SP. Revista Brasileira de Botânica 49(3): 633-639.
  • Pagano, S.N.; Leitão-Filho, H.F. & Cavassan, O. 1995. Variação temporal da composição florística e estrutura fitossociológica de uma floresta mesófila semidecídua, Rio Claro, Estado de São Paulo. Revista Brasileira de Biologia 55(2): 241-58.
  • Ratter, J.A.; Askew, G.P.; Montgomery, R.F. & Gifford, D.R. 1978. Observations on forests of some mesotrophic soils in central Brazil. Revista Brasileira de Botânica 1:47-58
  • Reitz, R. 1965-1989. Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, (SC), HBR/CNPq/U.S.Nat.Sc. Foudation/IBDF/EMPASC. 161v., 12489p.
  • Rizzini, C.T. 1979. Tratado de fitogeografia do Brasil. São Paulo. HUCITEC/EDUSP.
  • Rodrigues, R.R.; Morellato, L.P.C.; Joly, C.A. & Leitão-Filho, H.F. 1989. Estudo florístico e fítossociológico em um gradiente altitudinal de mata estacionai mesófila semidecídua, na Serra do Japi, Jundiaí, SP. Revista Brasileira de Botânica 12: 71-84.
  • Rodrigues, R.R. 1986. Levantamento florístico e fítossociológico das matas da Serra do Japi, Jundiaí, SP. Campinas. Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Ecologia. Dissertação de Mestrado.
  • Rozza, A.F. & Ribeiro, C.A. s.d. Estudo florístico e fítossociológico de fragmento de mata ciliar dos campos da ESALQ, Piracicaba, SP. Anais do VIII Congresso da Sociedade Botânica de São Paulo, p. 7-25.
  • Schiavini, I. 1992. Estrutura das comunidades arbóreas de mata de galeria da Estação Ecológica dos Panga (Uberlândia, MG). Campinas. Universidade Estadual de Campinas. Departamento de Ecologia. Dissertação de Mestrado.
  • Tomasulo, P.L.B. 1995. Análise da composição florística e estrutura da vegetação como subsídio ao plano de manejo do Parque Municipal da Serra do Itapety, Mogi das Cruzes, São Paulo. Belo Horizonte. Universidade Federal de Minas Gerais. Departamento de Ecologia Geral. Dissertação de Mestrado.
  • Veloso, H.P. 1966. Atlas Florestal do Brasil. Rio de Janeiro. Ministério da Agricultura.
  • Vieira, M.G.L.; Moraes, J.L.; Bertoni, J.E.A.; Martins, F.R. & Zandarin, M.A.1989. Composição florística e estrutura fitossociológica da vegetação arbórea do Parque Estadual de Vaçununga, Santa Rita do Passa Quatro (SP). II- Gleba Capetinga Oeste. Revista do Instituto Florestal 1(1): 135-59.
  • Vilela, E.A.; Oliveira-Filho, A.T.; Carvalho, D.A. & Gavilanes, M.L. 1994. Fitossociologia e fisionomia de mata semidecídua margendo o reservatório de Camargos em Itutinga, Minas Gerais. Ciência e Prática 18(4):415-24.
  • Whittaker, R.H. 1977. Classification of natural communities. New York. Arnopress.
  • *
    Trabalho apresentado no XLV Congresso Nacional de Botânica, São Leopoldo, RS. Auxílios: FNMA e FAPEMIG
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Jun 2011
    • Data do Fascículo
      Dez 1997

    Histórico

    • Aceito
      28 Dez 1997
    • Recebido
      09 Jan 1997
    Sociedade Botânica do Brasil SCLN 307 - Bloco B - Sala 218 - Ed. Constrol Center Asa Norte CEP: 70746-520 Brasília/DF. - Alta Floresta - MT - Brazil
    E-mail: acta@botanica.org.br