RESUMOS DE DISSERTAÇÕES E TESES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
TÍTULO: Estudos taxonômicos do gênero Aechmea Ruiz & Pav. (Bromeliaceae) em Pernambuco
AUTOR: Gardene Maria de Sousa
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
DATA: 24/outubro/1996
BANCA EXAMINADORA:
Maria das Graças Wanderley - IBt (orientadora)
Maria Regina de Vasconcelos Barbosa - UFPB
Simon Joseph Mayo - KEW, Inglaterra
RESUMO - O presente trabalho consiste do estudo taxonômico do gênero Aechmea Ruiz & Pav. (Bromeliaceae) para Pernambuco, Brasil. Foi baseado nas análises morfológicas comparativas de espécimes obtidos através das viagens de coleta, no período de fevereiro de 1995 a março de 1996 e de coleções botânicas depositadas em herbários nacionais e estrangeiros, além de observações no campo, essenciais para caracterização das espécies. Realizou-se ainda estudos sobre a morfologia polínica em microscopia eletrônica de varredura, com o objetivo de contribuir para as delimitações infragenéricas. Foi elaborada uma chave de identificação das espécies, descrições e comentários sobre afinidades e distribuição geográfica, além de ilustrações para cada táxon. Constatou-se a ocorrência em Pernambuco de dez espécies em três subgêneros: Lamprococcus - Aechmea fulgens Brongn.; Aechmea - A. aquilega (Salisb.) Griseb., A eurycorymbus Harms, A. lingulata (L.) Baker, A. mertensii (G. Mey.) Schult. f., A. mulfordii L. B. Sm., A. stelligera L. B. Sm, A. tomentosa Mez e A. werdermanii Harms; Chevaliera -C. muricata (Arruda) L. B. Sm., sendo que A stelligera é referida pela primeira vez para o Estado e C. muricata eA. werdermannii são consideradas endêmicas do Estado. A morfologia polínica revelou-se de importância para o conhecimento taxonômico das espécies estudadas, confirmando a grande diversidade do gênero.
Palavras-chave: taxonomia, Aechmea, Bromeliaceae
Agência financiadora: CNPq
TÍTULO: Aspectos morfológicos de três espécies trepadeiras da família Araceae no Estado de Pernambuco.
AUTOR: Ivanilza Moreira de Andrade
DATA: 25/outubro/1996
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Simon Joseph Mayo - KEW, Inglaterra
Isabel Cristina Sobreira Machado - UFPE
Stefan Vogel/Inst. Botânica-Viena, Áustria
RESUMO - Foi estudado o ciclo de vida e a organização caulinar em três espécies trepadeiras de Araceae, Monstera adansonii Schott var. klotzschiana (Schott) Madison, Philodendron rudgeanum Schott e P. fragrantissimum (Hook) G. Don, ocorrentes em remanescentes de matas úmidas de Pernambuco. Os resultados demonstraram que as espécies apresentaram várias fases morfológicas de desenvolvimento, relacionadas com o habitat em que ocorrem. E sugerida uma terminologia para a designação dos artículos que compõem o complexo caulinar para cada espécie estudada. Comprovadamente a espécie M. adansonii possui hábito trepadeira por raízes ("root-climbers"). O ciclo de vida de M. adansonii e P. fragrantissimum apresenta crescimento simpodial siléptico homeofilo, enquanto que em/? rudgeanum é simpodial anisofilo. Nesta espécie, a continuação do crescimento após a floração é simpodial e proléptica. Os modelos arquiteturais reconhecidos foram o de "Chamberlain" para as espécies M. adansonii e P. fragrantissimum e o de "Stone" para P. rudgeanum. A multiplicação vegetativa nestas espécies é feita pelos ramos dispersivos, estolões e flagelos. É proposto que as antigas definições para os ramos de dispersão não são adequadas. A estrutura geral destas trepadeiras parece ser mais flexível e plástica do que foi previamente considerado. As variações morfológicas apresentadas por estas espécies sugerem que estas caraterísticas possam ser usadas para sua identificação.
Palavras-chave: morfologia, Araceae, Monstera, Philodendron
Agência financiadora: CAPES
TÍTULO: Modos de dispersão na caatinga de Pernambuco, Nordeste do Brasil
AUTOR: Luciana Maria Sobral Griz
DATA: 20/dezembros/96
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Isabel Cristina Sobreira Machado-UFPE (orientadora)
Dilosa Carvalho de Alencar Barbosa-UFPE
Paulo Eugênio Alves Macêdo de Oliveira-UFU
RESUMO - A dispersão de sementes constitui importante fase do ciclo de vida das plantas. Características desenvolvidas pelas angiospermas resultaram em uma melhoria da dispersão. Dentre estas características, observa-se o peso do diásporo, que exerce influência em vários aspectos do processo reprodutivo, e aépoca na qual os diásporos são dispersos, estratégias importantes principalmente em ambientes que apresentam époCas desfavoráveis para a germinação e estabelecimento. Este trabalho teve como objetivos: estimar as relações existentes entre o tamanho dos diásporos, os modos de dispersão e as formas de vida, e observar o comportamento das fenofases em espécies de caatinga durante as épocas seca e chuvosa. A frutificação foi acompanhada quinzenalmente em 42 espécies, distribuídas em uma área de lha. Cerca de 10 a 20 diásporos de cada espécie foram pesados ainda no campo. A zoocoria foi o modo de dispersão mais observado (36%), seguido da anemocoria (33%), balística (19%) e barocoria (12%). O pico de frutificação ocorreu ao final da estação de chuvas. A anemocoria foi mais representativa na época seca, enquanto que na época chuvosa, a zoocoria predominou. Foram observadas várias formas de vida, sendo discutidos os modos de dispersão encontrados em cada uma delas. A zoocoria foi representada pelos maiores diásporos, enquanto que as menores unidades de dispersão foram observadas em espécies anemocóricas. Com relação às formas de vida, observou-se que o tamanho dos diásporos tende a decrescer das árvores até as ervas, tendência também observada em outros ecossistemas tropicais e temperados. Com relação aos aspectos abordados, a caatinga apresenta características e comportamento similares a outros ecossistemas sazonais anteriormente estudados.
Palavras-chave: dispersão, fenologia, frutificação, caatinga
Agência financiadora: CAPES
TÍTULO: Estrutura da vegetação da mata serrana em um brejo de altitude em Pesqueira, PE
AUTOR: Márcia dos Santos Correia
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
DATA: 27/dezembro/96
BANCA EXAMINADORA:
Everardo Valadares de Sá Barreto Sampaio - UFPE (orientadora)
Antônio Alberto Jorge Farias Castro - UFPI
Ariane Luna Peixoto - UFRRJ
RESUMO - A estrutura e a composição florística da vegetação de uma brejo de altitude em Pesqueira, PE (8º20'27" S e 36º46'59" W, 1082m de altitude) foi determinada através de uma amostra composta de 30 unidade de 10x10m, onde foram incluídos todos os indivíduos arbustivos e arbóreos com diâmetro basal maior ou igual a 3cm e altura maior ou igual a lm. Características físicas e químicas do solo foram determinadas: areia e argila, 40 e 29%; C e N, 2,6 e 0,25%; P, 2,5mg/Kg solo e K, Ca, e A1, 0,26,0,85 e 3,26mEq/100g de solo, respectivamente. Foram coletadas 187 espécies, distribuídas em 71 famílias, incluindo além das amostráveis, pequenos arbustos, herbáceas e epífitas. Plantas amostráveis somavam 75 espécies, das quais 65 foram amostradas. Treze famílias destacaram-se, compondo 56% das espécies coletadas. Rubiaceae e Fabaceae foram as famílias com mais espécies (18 e 11, respectivamente). A densidade foi 4,91 ind/ha e a área basal 67,2m ha. Os maiores valores de importância (IVI) foram alcançados por Myrcia sp. (10,1); Coussarea cf. contracta (9,5); Cordia sp. (6,5) e Guapira opposita (6,1). O índice de diversidade de Shannon-Wiener foi 3,3. Houve concentração de indivíduos nas primeiras classes de altura e diâmetro com 52% até 5m e diâmetro 47% apresentando diâmetro mínimo. Alturas e diâmetros mínimos e máximos foram 1 e 16 e 3 e 72cm.
Palavras-chave: estrutura, composição florística, brejo de altitude
Agência Financiadora: CNPq
TÍTULO: Fitossociologia de uma mata serrana semidecídua no brejo de Jataúba, Pernambuco, Brasil
AUTOR: Flávia Barros Prado Moura
DATA: 17/março/97
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Everardo V.S.B.Sampaio - UFPE (orientador)
Maria Regina de V. Barbosa - UFPB
Waldir Mantovani - IBUSP
RESUMO - Para a realização do estudo fitossociológico de uma mata serrana semidecídua em Jataúba-PE foram instaladas seis sub-áreas de amostragem, em diferentes condições de altitude e exposição, cada uma com cinco parcelas de 10x10m. Foram amostrados 1352 indivíduos lenhosos com diâmetro > 3cm e altura > 1m. As 106 espécies amostradas encontram-se distribuídas em 71 gêneros e 41 famílias. As famílias com maior número de espécies foram Myrtaceae (13), Mimosaceae (8), Bignoniaceae e Euphorbiaceae (6), Fabaceae, Rutaceae, Rubiaceae, Sapindaceae e Verbenaceae (4). As árvores mortas contribuíram com 3,33 % da densidade. O índice de diversidade foi 3,91 nats/indivíduo, a densidade total 4506 indivíduos/ha e a área basal total 49,6m2/ha. O diâmetro máximo foi 79,6cm e a maior altura, 15m. As espécies que atingiram maiores alturas foram Pseudobombax marginatum, Ceiba glaziovii, Guazuma ulmifolia, Aspidosperma parvifolium, Myrtaceae duas, Opuntia sp. e Zantoxilum sp. As que atingiram maiores diâmetros foram Ruprechtia sp., Ficus cf. trigonata, Pseudobombax marginatum, Casearia cf. mariquitensis, Myrcia cf. tormentosa e Aspidosperma parvifolium, nessa ordem. Variações da densidade, ao longo do gradiente altitudinal, foram observadas para seis espécies. A formação abriga espécies típicas das matas serranas, das caatingas, das matas mesófilas semidecíduas e das florestas ombrófilas costeiras.
Palavras-chave: brejo, mata serrana, mata semidecídua, florística, fitossociologia
Agência financiadora: CNPq
TÍTULO: Estudos taxonômicos dos gêneros Ephedranthus S. Moore e Pseudephedranthus Aristeguieta
AUTOR: Jorge Oliveira
DATA: 29/abril/97
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Margareth Ferreira Sales - UFRPE (orientadora)
Modesto Luceno - UFPE
Carmem Zieckel - UFRPE
RESUMO - Este trabalho consiste em estudos taxonômicos dos gêneros Ephedranthus S. Moore e Pseudephedranthus Aristeg. (Annonaceae), baseados fundamentalmente em análise morfológica comparativa de espécimes de herbário, provenientes de instituições nacionais e estrangeiras. Com o objetivo de auxiliar na separação dos táxons genéricos e específicos, foram realizados estudos complementares sobre os aspectos anatômicos do pecíolo e da lâmina foliar. Foram elaboradas chaves para a identificação dos gêneros e das espécies, descrições, ilustrações, relação de material examinado, distribuição geográfica e comentários sobre os táxons, além de uma lista de coletores. Para o reconhecimento das espécies, os caracteres morfológicos mais relevantes foram: forma da base e consistência da lâmina foliar, número de brácteas, forma e consistência das pétalas. O gênero Ephedranthus está composto por: E. amazonicus R. E. Fr., E. columbianus Maas & Setten, E. guianensis R. E. Fr., E. parviflorus S. Moore e E. pisocarpus R. E. Fries. Pseudephedranthus é um gênero monoespecífico constituído por E.fragrans. Ambos os gêneros apresentam tricomas simples e unicelulares, estômatos paracíticos e hipoestomáticos. Foram encontrados cristais nas células que revestem as nervuras secundárias de todas as espécies, exceto de E. guianensis e Pseudephedranthus. Idioblastos foram observados em todas as espécies analisadas. O feixe vascular da nervura central é protegido por uma bainha de fibras esclerenquimáticas contínuas ou descontínuas. Ambos os gêneros apresentam distribuição neotropical no domínio amazônico, sendo que algumas espécies de Ephedranthus ocorrem também em outros domínios.
Palavras-chave: Ephedranthus, Pseudephedranthus, Annonaceae
Agência financiadora: CAPES
TÍTULO: Contribuição ao estudo taxonômico do gênero Rhynchospora Vahl (sect. Cephalotae), com especial referência aos taxons brasileiros
AUTOR: Ana Paula Nascimento Mendes
DATA: 30/abril/1997
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal - UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Modesto Luceno - UFPE (orientador)
Laise de Holanda Cavalcanti Andrade - UFPE
Carmem Zieckel - UFRPE
RESUMO - Consta neste trabalho um estudo taxonômico da seção Cephalotae, pertencente ao gênero Rhynchospora Vahl (Cyperaceae) composta por seis espécies: Rhynchospora cephalotes (L.) Vahl, R. comata (Link) Roem. & Schult., R. albo-marginata Kük., R. cariciformis Nees, R. igarapicula T. Koyama e R. cephalotoides Griseb. São apresentadas, descrições, ilustrações, padrões de distribuição geográfica e uma chave de identificação para as espécies. Na análise morfológica foram estudados tanto aqueles materiais provenientes de novas coletas, quanto os oriundos de herbários nacionais e estrangeiros. Foram determinados os números cromossômicos de R. cephalotes e R. comata e também constatada a presença de agmatoploidia e simploidia na primeira espécie citada. Caracteres biométricos relativos a epiderme em vista frontal e seções transversais das lâminas foliares de cinco espécies foram analisados através de mensuração das células costais e intercostais, contagens estomáticas e de unidades vasculares. Foi realizada ainda a análise micromorfológica do aquênio de três espécies em microscopia eletrôncia de varredura. Ao final, foram detectados inúmeros caracteres adequados a delimitação dos táxons envolvidos, tais como: pilosidade das folhas, distribuição dos estômatos e unidades vasculares, concrescência e número de espiguetas por inflorescência e ornamentação dos aquênios.
Palavras-chave: Rhynchospora, Cephalotae, taxonomia
Agência financiadora: CAPES/CNPq
TITULO: Etnobotânica dos índios Xucurú com ênfase às espécies do brejo da Serra do Ororobá (Pesqueira-PE)
AUTOR: Valdeline Atanázio da Silva
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
DATA: 17/julho/1997
BANCA EXAMINADORA:
Laise de Holanda Cavalcanti Andrade - UFPE (orientadora)
Fernando Dantas de Araújo - PNE
Elisabeth Van Den Berg-Museu Goeldi - Pará
RESUMO - Este trabalho descreve uma pesquisa efetuada com os índios Xucurú das aldeias Caípe e Pedra D'água, uma das sete tribos remanescentes de Pernambuco. Um inventário quantitativo em 0,1 ha de floresta úmida mostrou que 56 espécies de plantas ocorreram na mata estudada, e Leguminosae, Euphorbiaceae, Myrtaceae e Rubiaceae foram as principais famílias registradas. Os Xucurú apresentam uso para 78,57% das espécies citadas, agrupadas em oito classes de utilização: construção (32,14%), medicinal (30,35%), alimento para o homem (1,78%), alimento de caça (12,5%), alimento da terra (19,64%), tecnologia (17,85%), místico/religioso (5,35%) e outras (3,57%). Um inventário geral do ambiente botânico dos mesmos mostrou que 97 espécies de plantas são reconhecidas e utilizadas pelos Xucurú. O significado cultural destas plantas foi dado pela formula: ISC = Σ (n + p) x e x i x c. Os índices resultantes variaram de 2 a 120, e a maioria das plantas nativas apresentou valores baixo ou muito baixo. As espécies seguintes alcançaram alto significado: Rosmarinum officinalis L., Xerophyta plicata Vell., Aspidosperma sp., Anacardium occidentale L., e Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf. Musa paradisíaca L. foi a única espécie a apresentar alto significado (ISC= 120), evidenciando sua importância biológica e cultural para os Xucurú. Esta metodologia mostrou ser aplicável às comunidades do Brasil, pois reflete as observações de campo.
Palavras-chave: etnobotânica
Agência Financiadora: CNPq
TITULO: Estudo taxonômico dos grupos Maranta, Monotagma e Myrosma (Marantaceae) em Pernambuco, Brasil
AUTOR: Karla Norye Yoshida Arns
DATA: 29/agosto/97
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Simon Joseph Mayo-KEW- Inglaterra (orientador)
Maria das Graças Lapa Wanderley-IBt
Carmem Silvia Zieckel-UFRPE
RESUMO - As Marantaceae são plantas tipicamente de florestas tropicais úmidas. As matas úmidas do Estado de Pernambuco encontram-se na faixa costeira e no interior, que são caracterizadas por vegetação de altitude, sob a influência dos ventos úmidos do Atlântico e cercadas pela caatinga. O presente trabalho trata de uma revisão com descrições, ilustrações e chave de identificação, de três dos quatro grupos taxonômicos ocorrentes no estado. Esta pesquisa foi realizada com base em recentes coletas, no período de março de 1995 à junho de 1997 em aproximadamente 30 municípios, além de consulta a acervos nacionais e estrangeiros. Foram registradas 18 espécies, das quais sete são novas para a ciência, dos gêneros Ctenanthe, Maranta, Monotagma, Stromanthe e Saranthe. Entre os principais caracteres morfológicos empregados na separação dos táxons, está o hábito (caulescentes, zingiberino ou rosulado), tipo de folha (homótropa e antítropa), arquitetura da inflorescência (congesta ou laxa, bissimétrica ou monossimétrica) e no número de flores por florescência (1-8).
Palavras-chave: Maranta, Monotagma, Myrosma Marantaceae
Agência financiadora: CNPq
TÍTULO: Estrutura dos tegumentos, germinação e aspectos bioquímicos das sementes de quatro espécies de Leguminosae (Caesalpinioideae), ocorrentes numa área de caatinga
AUTOR: Marciléa Santos Martins Neiva
DATA: 29/setembro/97
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal-UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Dilosa Carvalho de Alencar Barbosa - UFPE (orientadora)
Luana Cassandra Breitenbath Barroso Coelho - UFPE
José Luiz de Hamburgo Alves - UFPE
RESUMO - A análise de aspectos anatômicos e fisiológicos das sementes são importantes para desvendar possíveis mecanismos de quebra de dormência. Os estudos bioquímicos, por outro lado, esclarecem aspectos quanto a composição e conteúdo protéico, e pode servir como fontes alternativas de proteínas. Este trabalho visa analisar aspectos anatômicos, fisiológicos e bioquímicos de espécies de Leguminosae (Caesalpinia pyramidalis, C. ferrea, Senna martiana e S. spectabilis) provenientes de uma área de caatinga (Alagoinha, PE). O tegumento destas sementes compõe-se de um extrato de macroesclerídeos, revestido por cutícula e camada subcuticular, seguida por uma camada de osteosclereídeos, parênquima esclerificado e camada interna de osteosclereídeos. O poder germinativo e a viabilidade das sementes estudadas foram observados durante seis meses de armazenamento, e mensalmente foram determinados o grau de umidade, a embebição (durante 12h) e a porcentagem de germinação. O grau de umidade e a presença de fungos não influenciaram na viabilidade das sementes. Nas sementes com tegumento duro ( C. ferrea, S. martiana e S. spectabilis ) a escarificação mecânica aumentou o poder germinativo. Essas sementes foram analisadas quanto à composição centesimal, distribuição das frações protéicas e detecção da atividade hemaglutinante. As espécies C. pyramidalis, S. martiana e S. spectabilis apresentaram elevado teor de proteínas. A atividade hemaglutinante detectada foi baixa, e nenhuma das espécies mostrou especificidade para os grupos sanguíneos humanos (Sistema ABO).
Palavras-chave: germinação, sementes, Leguminosae, caatinga
Agência financiadora: CNPq
TÍTULO: Taxonomia etnobotânica do gênero Ocimum L. (Lamiaceae) no Nordeste do Brasil - Referência para Pernambuco
AUTOR: Ulysses Paulino Albuquerque
DATA: 10/outubro/1996
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal - UFPE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Laise de Holanda Cavalcanti Andrade - UFPE (orientadora)
Geraldo Mariz-UFPE
Fernando Dantas de Araújo - PNE
RESUMO - Estudou-se a diversidade de espécies do gênero Ocimum L. no Nordeste do Brasil, em especial para Pernambuco. Analisou-se sua etnobotânica ligada às práticas dos descendentes culturais do africano no Brasil, uma vez que parte das espécies são originárias da África. Estudou-se morfológica e taxonomicamente espécimes coletados no campo e aqueles adquiridos em mercados públicos do Recife, PE, bem como material procedente de diferentes localidades do acervo de herbários brasileiros e do Royai Botanic Gardens. Discute-se a morfologia das espécies e a variação de caracteres com relação ao movimento de plantas e cultivo; inclui-se, ainda, chaves para determinação dos táxons específicos reconhecidos, descrições e ilustrações, além de um tratamento mais minucioso quali-quantitativo da morfologia das núculas. São reconhecidas três secções às quais estão subordinadas as sete espécies ocorrentes na região: O. americanum L., O. basilicum L., O. gratissimum L., O. transamazonicum C. Pereira, O. minimum L. (Ocimum), O. campechianum Mill. (Gymnocimum), O. tenuiflorum var. religiosum Albuquerque, O. campechianum var. pubescens Albuquerque e O. campechianum var. congestifolium Albuquerque. Os resultados indicam, entre outras coisas, que existe correspondência e paralelismo de usos de Ocimum entre África e Brasil, bem como na atribuição de etnômios às espécies, e que o colonizador europeu foi responsável pela introdução de O. americanum, O. basilicum, O. gratissimum e O. minimum no Brasil.
Palavras-chave: taxonomia, etnobotânica, Lamiaceae
Agência finaciadora: CAPES
TÍTULO: Ecofisiologia de Hyptis fruticosa Benth (alecrim de tabuleiro - Lamiaceae)
AUTOR: Paulo Cesar Umbelino Oliveira
LOCAL: Mestrado em Biologia Vegetal/UFPE
NÍVEL: Mestrado
DATA: 10/outubro/1997
BANCA EXAMINADORA:
Carlos Ramirez Franco da Encarnação - UFPE (orientador)
Lilia Willadino Andrade de Oliveira - UFRPE
Clodoaldo José da Anunciação Filho - UFRPE
RESUMO - Realizou-se a quebra de dormência de sementes, em laboratório, e a fenologia de Hyptis fruticosa Benth. (alecrim do tabuleiro - Lamiaceae) em relação ao balanço hídrico e ao solo. Verificou-se a reprodução por estaquia, bem como a quantidade de graus-dia requerida para cada fenofase. Para quebra de dormência determinou-se a curva de embebição para identificar o grau de dormência imposto pelo tegumento e procedimento para superá-lo, como: escarificação mecânica por meio de areia e choques térmicos (100ºC/10seg) e (0ºC/24hr); para as fenofases realizaram-se observações diretas, no campo, a cada sete dias, em uma população de 10 indivíduos/100m durante o período de fevereiro de 1996 a fevereiro de 1997, em uma área de cerrado, no município de São Cristóvão, SE (lat. 11º00'47" s e long 37º 12' 17" W). Os resultados obtidos na quebra de dormência de sementes, em laboratório, demonstraram que 62% de embebição ocorre no 2o dia e 82% até o décimo dia; a dormência foi quebrada com os tratamentos (100ºC/10seg) e (0ºC/24hr). As sementes escarificadas mecanicamente não germinaram. Na condição de campo verificou-se que o surgimento de plântulas ocorre na época chuvosa (abril/julho), predominando indivíduos de 15,1 a 25,0cm estabelecendo-se 24 indivíduos com mais de 35,0cm (colo/extremidade do ramo). A floração é maior no período seco e em indivíduos isolados com baixa intensidade na estação chuvosa. A maturação ocorre em intervalos de aproximadamente 40 dias. A germinação requereu 1290GD, a fase vegetativa 2493GD e a fase reprodutiva com valores decrescente de 1572GD a 722GD. A sincronia intraespecífica das fenofases, associada ao balanço hídrico, revelou que esta espécie apresenta plasticidade fenotípica, mesmo em condições de pouca disponibilidade de água e solo.
Palavras-chave: fenologia, dormência, fenofase, embebição
Agência financiadora: CNPq
Datas de Publicação
-
Publicação nesta coleção
10 Jun 2011 -
Data do Fascículo
Dez 1997