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RESUMOS DE DISSERTAÇÕES E TESES

INSTITUTO NACIONAL DE PESQUISAS DA AMAZÓNIA

Resumos impressos de acordo com os originais enviados pelas respectivas Coordenadorias de Pós-Graduação.

TÍTULO: Biologia reprodutiva de onze espécies de Myrtaceae em floresta de terra firme na Amazónia Central

AUTOR(A): Maria Anália Duarte de Souza

DATA: 11/julho/1997

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazónia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Michael John Gilbert Hopkins - INPA (orientador)

Carolyn Proença - UnB

Maria do Carmo Estanislau do Amaral - UNICAMP

Rogério Gribel Soares Neto - INPA

Antonio Carlos Webber - UA

RESUMO - Foram estudadas onze espécies de Myrtaceae em floresta tropical úmida na Amazônia Central. Exceto Myrciaria cf. floribunda, as demais espécies floresceram dentro do período de menor pluviosidade, concentrando a frutificação no período mais chuvoso. A estratégia de floração "big-bang" agrupou cinco espécies (Eugenia cf. calva, E. ciispidifolia, E. ramiflora, Myrcia paivae e Myrciaria cf. floribunda) e "pulsed-bang" também cinco (Calyptranthes cf. mulíiflora, E. citrifolia, E. prosoneura, E. pseudopsidium e Myrcia magnoliifolia). Apenas Caycolpus goetheanus apresentou estratégia "steady-state". As flores são hercogâmicas e apresentam protandria incompleta, sobrepondo as fases masculina e feminina. Algumas espécies mostraram estigma receptivo por 48 horas. A espécie Eugenia pseudopsidium frutificou quando polinizada 24h após a antese. Os principais visitantes foram abelhas (Anthophoridae, Megalopta sp., Melipona spp., Trígona spp. e Epicharis sp.), considerados também os principais polinizadores. Uma espécie de mosca (Onnidia sp. 1) mostrou-se importante na polinização. Thysanoptera spp. foram visitantes freqüentes em várias espécies, mas não se sabe sua importância como polinizadores. Características morfo-funcionais, fenológicas e reprodutivas das espécies foram comparadas, e algumas associações ficaram evidentes. Essas associações foram analisadas em termos de síndromes de polinização, e parecem ligadas com as estratégias de floração. A maioria das espécies cóm estratégia "big-bang" mostraram-se auto-compatíveis, e todas as espécies "pulsed-bang" mostraram-se auto-incompatíveis.

Palavras-chave: biologia reprodutiva, Myrtaceae, floresta de terra firme, Amazônia Central

Agência(s) financiadora(s): CNPq, INPA/ODA

TÍTULO: Aspectos da dinâmica populacional de Salix martiana Leyb. (Salicaceae) em áreas de várzea da Amazônia Central

AUTOR(A): Astrid Câmara de Oliveira

DATA: 16/janeiro/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Maria Teresa Fernandez Piedade - INPA (orientadora)

Michael John Gilbert Hopkins - INPA

Pia Parolin - Universidade de Hamburgo

Fábio Rubio Scarano - UFRJ

Rogério Gribel Soares Neto - INPA

RESUMO - Analisou-se a fenologia, estrutura e estabelecimento de plântulas de três populações de Salix martiana situadas em diferentes cotas de inundação por águas brancas (várzea). Adicionalmente foram também realizados experimentos de germinação. A fenologia mostrou produção abundante e ininterrupta de flores e frutos, durante todo o período de estudo. Essas fases fenológicas parecem não estar relacionadas nem à flutuação do nível do rio nem à precipitação. Os experimentos com germinação mostraram que as sementes são pouco resistentes ao dessecamento e têm curta viabilidade. Sementes sem pêlos forneceram maiores percentuais de germinação do que as sementes com pêlos. Verificou-se que a erosão ocorrida nas várzeas atua como fator limitante para o desenvolvimento de plântulas estabelecidas nas regiões mais baixas da planície de inundação. A altura, o diâmetro e a idade das plantas aumentam em direção às cotas da planície alagável, submetidas a menor número de dias de inundação ao ano. A mortalidade de indivíduos adultos foi analisada em relação a fatores abióticos tais como, nível do rio, precipitação, temperatura e umidade relativa. Aparentemente o nível do rio, através de cheias muito intensas em anos subsequentes, bem como o sombreamento, são os fatores que podem explicar a grande mortalidade observada para a espécie. Salix martiana é um exemplo de espécie pioneira, estrategista "r", adaptada a instabilidade das cotas mais baixas de sedimentação, em ambientes de várzea.

Palavras-chave: Amazônia Central, várzea, dinâmica populacional, Salix martiana, fenologia

Agência(s) financiadora(s): CAPES, INPA/MAX-PLANCK

TÍTULO: Morfologia e fisiologia da germinação de sementes de araçá-boi (Eugenia stipitata ssp. sororia McVaugh - Myrtaceae), uma frutífera nativa da Amazônia ocidental

AUTOR(A): Antônio Mauro Guimarães dos Anjos

DATA: 31/março/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Isolde Dorothea Kossmann Ferraz - INPA (orientadora)

Sidney Alberto do Nascimento Ferreira - INPA

Ivany F. M. Válio - UNICAMP

Ivor Bergemann de Aguiar - UNESP

Rita Borges - UFV

RESUMO - Foram realizados o estudo da morfologia das sementes e das plântulas, a análise química das sementes e a fisiologia da germinação. A semente é monoembriônica e exospérmica. Sua biometria mostrou, em média, peso fresco de 0,49g, comprimento de 1,06cm e grau de umidade de 65,92%. A germinação é hipógea e criptocotiledonar. A análise química do embrião apresentou, em base seca, teor de amido de 76,74%; proteínas 5,90%; lipídios 1,90%; fibra bruta 2,00%; cinzas 1,40% e compostos fenólicos 3,48%. O tegumento apresentou teor de fenólicos de 1,64% (b.s.). Testou-se o efeito de GA; na velocidade de germinação em várias concentrações de 50 a 800 ppm, não se constatando efeito na emergência das plântulas. As sementes apresentaram alta adaptação à hipoxia da água, pois durante os 380 dias de submersão na água corrente, 86% das sementes desenvolveram raízes e algumas, até plântulas completas dentro da água. Os tratamentos não diferiram quanto à percentagem total de emergência. Quanto ao tempo médio de emergência, os tratamentos de destegumentação aceleraram a germinação em quase metade do tempo médio da testemunha. Os tratamentos com temperatura mostraram que as temperaturas cardeais são 15º, 30º e < 35ºC. Os resultados mostram que a superação da dormência tegumentar pode ser efetuada com a simples remoção do tegumento sobre a zona meristemática e apontam para a possibilidade do armazenamento das sementes embebidas e sob baixa temperatura (15-20ºC), pelo período de pelo menos um ano.

Palavras-chave: sementes, sementes recalcitrantes, Eugenia stipitata,morfologia de sementes, germinação.

Agência(s) financiadora(s): CNPq

TÍTULO: Sementes de copaíba (Copaifera officinalis L. - Caesalpiniaceae): uma abordagem autoecológica, fisiológica e tecnológica

AUTOR(A): Martinho Alves de Andrade Júnior

DATA: 30/abril/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Isolde Dorothea Kossmann Ferraz - INPA (orientadora)

Paulo Yoshio Kageyama - ESALQ

José Marcos Barbosa - IBt

Divania de Lima - EMBRAPA/AM

Sidney Alberto do Nascimento Ferreira - INPA

RESUMO - Foram realizados estudos dos eventos fenológicos de árvores-matrizes de Copaifera officinalis L. em mata de galeria do Rio Branco - Boa Vista/RR, da biometria do fruto e da semente, da morfologia e fisiologia da germinação. A floração e frutificação desta espécie ocorre no período seco, estendendo-se de setembro a março, com o período de dispersão das sementes concentrando-se principalmente em fevereiro. O fruto deiscente expõe semente preta, grande, envolta por arilo branco carnoso, atraindo os dispersores, principalmente pássaros. Em condições de laboratório, a espécie apresentou rápida germinação entre 30 e 35ºC, acima deste intervalo não houve germinação e abaixo de 20ºC, a germinação foi reduzida, havendo registro de quiescência. Uma importante característica das sementes é o comportamento ortodoxo, tolerando dessecamento em torno de 6,5% do seu teor de água e podendo ser armazenadas a -20ºC durante 40 dias, sem perda de viabilidade. Em condições naturais, ocorreu redução no teor de água das sementes, ao longo do período de dispersão em 1977. Supõe-se que a espécie utiliza duas estratégias para estabelecimento no habitat natural: 1) sementes do início da dispersão, com maior teor de água, apresentam germinação rápida, formando banco de plântulas em condições de chuvas escassas, com maior chances de escapar à herbivoria; 2) sementes com baixo teor de água, encontradas no final da dispersão, apresentam germinação mais lenta, podendo manter-se durante a época desfavorável no banco de sementes.

Palavras-chave: semente, semente ortodoxa, Copaifera officiiialis, fenologia, biometria de frutos e sementes

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Estruturas anatômicas que influenciam na absorção do preservante CCA tipo A em Brosimum rubescens Taub. (Moraceae) - pau-rainha

AUTOR(A): Ceci Sales-Campos

DATA: 29/maio/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Maria Sílvia de Mendonça - UA (orientadora)

Pedro Luiz Braga Lisboa - MPEG

Alfredo de Souza Mendes - MCT

Rolland E. Vetter - INPA

Estevão Vicente C. Monteiro de Paula - INPA

RESUMO - No presente estudo foi avaliada a tratabilidade da espécie madeireira Brosimum rubescens Taub. Moraceae (pau-rainha), da região amazônica. Os teste foram feitos em três diferentes alturas (base, meio e ápice), com preservante CCA, tipo A, a 2% de concentração, utilizando-se o processo de impregnação sob pressão, através do método de células Bethell. Os dados mostraram que o grau de tratabilidade do alburno é "moderadamente difícil" enquanto que o cerne é "refratário". Os resultados de absorção das toras estudadas nas diferentes alturas da árvore não apresentam diferença significativa. Houve diferença significativa entre cerne e alburno, com intervalos de retenção de 8,08 a 8,42kg/m3 para o alburno e de 0,17 a 0,21kg/m3 para o cerne. Embora os vasos sejam considerados estruturas de maior importância em relação a condução, as fibras obtiveram papel relevante no processo de distribuição do preservante. O raio e o parênquima axial, mesmo no alburno, apresentaram-se ineficientes quanto à condução, devido a deposições de extrativos presentes nesses elementos. Os resultados sugerem que a refratabilidade do cerne, bem como a permeabilidade limitada do alburno desta espécie está relacionada com o conteúdo de extrativos presentes na madeira, e, em especial, devido à presença de tiloses, nos vasos.

Palavras-chave: madeira da Amazônia, Brosimum rubescens, preservação da madeira, tratabilidade, absorção

TÍTULO: Morfo-anatomia da semente, germinação e plântula de Euterpe precatória Mart. (açaí-solteiro)

AUTOR(A): Madalena Otaviano Aguiar

DATA: 02/julho/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Maria Sílvia de Mendonça - UA (orientadora)

Marilene Marinho Nogueira Braga - UFMG

Andrew Henderson - New York Botanical Garden/USA

Moacyr Eurípedes Medri - UEL

Sidney Alberto do Nascimento Ferreira - INPA

RESUMO - Euterpe precatória Mart. é uma palmeira amplamente distribuída na bacia Amazônica, em terra firme e em solos de várzea. Dos frutos obtêm-se o vinho de açaí e do ápice caulinar, o palmito, que fazem desta palmeira importante recurso alimentar. Neste trabalho é feita a descrição morfo-anatômica da semente madura, da germinação e da plântula (eófilo expandido). As observações foram feitas a olho nu, lupa binocular e através da microscopia óptica, a partir de cortes histológicos de secções longitudinais e/ou transversais do material em estudo. O eixo embrionário é curvo e apresenta o pólo radicular indiferenciado e o pólo caulinar diferenciado em três primórdios foliares. A germinação é do tipo adjacente ligulada. A radícula emerge primeiro e desenvolve-se mais rapidamente que a plúmula; posteriormente, aparecem as raízes secundárias e inúmeras raízes terciárias. Os pêlos absorventes estão ausentes no sistema de raízes da plântula. O eófilo é pinado com uma ráquis curta, onde estão inseridos de seis a oito folíolos. Os estômatos e os pêlos estão presentes na epiderme foliar de ambas as faces dos folíolos. Os resultados obtidos neste trabalho contribuem para o entendimento do processo germinativo de Euterpe precatória e alguns aspectos morfológicos da plântula, principalmente o padrão de disposição constante das bainhas, que pode auxiliar na identificação em campo.

Palavras-chave: palmeira, Euterpe precatória, morfo-anatomia, semente, germinação

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Morfologia de fruto, semente, germinação e plântula e o efeito da temperatura na germinação e viabilidade de sementes de sete espécies florestais da Amazônia Central

AUTOR(A): Pedro Raimundo Mathias de Miranda

DATA: 24/julho/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Isolde Dorothea Kossmann Ferraz - INPA (orientadora)

Ivor Bergemann de Aguiar - UNESP

Tran Dang Hong - Universidade de Reading/Inglaterra

Júlio Marcos Filho - ESALQ

Sidney Alberto do Nascimento Ferreira - INPA

RESUMO - Foram estudados a morfologia de frutos e sementes, do processo germinativo e da plântula, e o efeito da temperatura constante entre 7,5 e 35ºC, na germinação e viabilidade de sementes de sete espécies florestais da Amazônia Central, a saber: Buchenavia grandis, Buchenavia inacrophylla, Buchenavia viridiflora, Coclospennum orinoccense, Maquira sclerophylla, Peltogyne paniculata e Simarouba amara. O fruto da maioria das espécies é uma drupa oblonga em B. grandis, B. macrophylla e B. viridiflora, e ovóide em S. amara. Em C. orinoccense, é uma cápsula piriforme, em M sclerophylla é uma pseudodrupa globosae em R paniculata é um legume subtriangular. A gemiinação predominante foi epígea fanerocotiledonar; apenas M. sclerophylla apresentou semi-hepígea fanerocotiledonar. Provavelmente, devido ao estresse térmico, plântulas anormais foram observadas a 15ºC em B. granais, B. viridiflora, P. paniculata e M. sclerophylla e, a 35ºC, em P. paniculata e M. sclerophylla, e entre 20 e 35ºC em S. amara, como conseqüência de injúrias causadas ao embrião durante a extração da semente. Nenhuma germinação foi observada em temperatura inferior a 15ºC. Após transferência para a temperatura de 25ºC, temperaturas inferiores a 15ºC causaram quiescência nas sementes de B. grandis, B. viridiflora e C. orinoccense. Para a maioria das espécies estudadas a temperatura ótima foi 25 e/ou 30ºC. Siniarouha amara e B. viridiflora tiveram temperatura ótima de 30 e 35ºC.

Palavras-chave: sementes, emergência da radícula, formação de plântula, temperatura ótima de germinação, morfologia

Agência(s) financiadora(s): CAPES, INPA/JICA

TÍTULO: Estudo de parâmetros palinológicos e aspectos ecológicos do Inajá, Maximiliana maripa (Aublet) Drude (Palmae) em área conservada e áreas desmatadas da Amazônia

AUTOR(A): Maria José de Souza Cravo

DATA: 24/agosto/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Ires Paula de Andrade Miranda - INPA (orientadora)

Maria Lúcia Absy - INPA

Léa Maria Medeiros Carreira - MPEG

Francis Kahn - ORSTOM/Equador

Guy Couturier - EMBRAPA/PA

RESUMO - Foram conduzidos estudos para determinar parâmetros ecológicos e palinológicos em três populações de Maximiliana maripa: (1) em área conservada, (2) em área desmatada, (3) em área de pasto. No período de um ano, as populações localizadas em área conservada e desmatada produziram, em média 3,2 e 4,3 folhas, respectivamente; quatro tipos de inflorescências foram produzidas pelos indivíduos estudados: exclusivamente masculinas, andróginas, predominantemente masculinas e predominantemente femininas. A produção de frutos ocorreu principalmente no primeiro semestre do ano. As infrutescências apresentavam flores que não se transformaram em frutos devido ao parasitismo das flores pistiladas por curculionídeos da família Baridinae. O número nas infrutescências variou de 310 a 4.319.0 peso, comprimento e diâmetro dos frutos apresentaram, respectivamente, variação de 9,63-28,48g, 47,69-62,76mm e 19,61-29,72mm. A predação dos frutos de M. maripa inicia-se antes do amadurecimento. Dois tipos de insetos foram encontrados nas infrutescências: curculionídeos e bruquídeos. As taxas de predação diferem conforme as condições dos frutos. A germinação das sementes é do tipo hipógea, remota tubular. A emergência das plântulas iniciou-se após 10 meses e a percentagem de emergência foi de 32,45% em doze semanas. Na caracterização morfológica do pólen, os valores médios para o diâmero maior dos grãos variaram de 57 a 69pm; as formas apresentadas foram: irregularmente elíptica ou piriforme, subtriangular e subretangular; abertura monocolpada e tricotomocolpada: exina reticulada. Apesar de M. maripa apresentar diferentes padrões de comportamento nos ecossistemas de flsoresta primária e áreas antropizadas, as populações estudadas não evidenciaram diferenças significativas.

Palavras-chave: palmeiras, inajá, Maximiliana maripa, pólen, predação

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Biologia floral e polinização de quatro espécies de Bromeliaceae de ocorrência em vegetação de baixio na Amazônia Central

AUTOR(A): Angelic Katz Nara

DATA: 28/agosto/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Antonio Carlos Webber - UA (orientador)

Marlies Sazima - UNICAMP

Maria das Graças Lapa Vanderley - IBt

Rogério Gribel Soares Neto - INPA

Maria Lúcia Absy - INPA

RESUMO - O presente trabalho aborda a biologia floral e o sistema reprodutivo de Araeococcus micranthus Brongniart, Aechmea beeriana Smith & Spencer, Aechmea contracta (Martius ex Schultes f.) Baker (Bromelioideae) e Pepinia sprucei (Baker) G.S.Varad. & Gilmartin (Pticairnioideae), assim como a polinização de Araeococcus micranthus e Aechmea beeriana, acrescido de algumas informações fenológicas. As espécies foram estudadas nos arredores de Manaus-AM. Aechmea beeriana, A. contracta e P. sprucei apresentam síndrome de ornitofilia, com antese diurna e inflorescências vistosas, de brácteas róseas ou flores de vermelho brilhante. A antese possui duração de um dia e as flores são homogâmicas. Araeococcus micranthus possui inflorescência e flores inconspícuas, sem brácteas coloridas, apresentando síndrome de melitofilia. Sua antese é diurna, com duração de dois dias, ocorrendo dicogamia com acentuada protandria. Duas espécies de beija-flores, Phaethomis superciliosus e Thalurania furcata (Trochilinae), são consideradas as principais polinizadoras de Aechmea beeriana. Em Araeococcus micranthus os prováveis polinizadores são Augochloropsis sp. e Trigona fulviventris (Himenoplera). Aechmea beeriana e P. sprucei são espécies alógamas e auto-incompatíveis. Aechmea beeriana, A. contracta e P. sprucei apresentaram padrões de floração sub-anual, florescendo principalmente entre os meses de agosto e dezembro. Brotos e folhas novas foram observados se desenvolvendo ao longo do ano em todas as espécies.

Palavras-chave: biologia floral, polinização, Bromeliaceae, vegetação de baixio, Amazônia Central

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Anatomia de sementes e plântulas de Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. (Fabaceae), como contribuição ao estudo farmacognóstico de plantas da região amazônica

AUTOR(A): Débora Teixeira Ohana

DATA: 27/outubro/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Maria Sílvia de Mendonça - UA (orientadora)

Germano Guarim Neto - UFMT

Hildeberto Caldas de Souza - UFOP

Moacyr Eurípedes Medri - UEL

Isolde Dorothea Kossmann Ferraz - INPA

RESUMO - Dipteryx odorata (Aubl.) Willd. (Fabaceae) é popularmente conhecida como cumaru. Suas sementes são utilizadas pela população por seus efeitos terapêuticos, dados pela cumarina e pela produção de óleos. Realizou-se um estudo anatômico de sementes e plântulas de seis indivíduos desta espécie através de cortes histológicos transversais e longitudinais, considerando-se o tegumento, embrião, raiz, hipocótilo e epicótilo. Do limbo foliolar das plántulas foi feita a dissociação das epidermes para a obtenção de médias estomáticas. Foram acrescentadas informações acerca do processo germinativo e caracteres macroscópicos das sementes e plántulas, onde determinou-se o peso da matéria fresca e as dimensões de 100 sementes. O tegumento seminal apresenta cutícula delgada e lisa, macroesclereídeos, osteoesclereídeos, mesofilo interno e membrana basal. O embrião constitui-se de dois cotilédones e eixo embrionário retilíneo formado por plúmula, epicótilo e radícula. A plántula estabelecida possui crescimento secundário na região central vascular de todos os órgãos e início da diferenciação da periderme na raiz e hipocótilo; o limbo foliolar é dorsiventral e hipoestomático.

Palavras-chave: Dipteryx odorata, anatomia de sementes, anatomia de plántulas, farmacognosia

TÍTULO: Flora, fisionomia e estrutura das savanas de Roraima, Brasil

AUTOR(A): Izildinha de Souza Miranda

DATA: 13/fevereiro/1998

LOCAL: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Coordenação de Pesquisas em Botânica, Manaus, AM

NÍVEL: Doutorado

BANCA EXAMINADORA:

Maria Lúcia Absy - INPA (orientadora)

Jean-Louis Guillaumet - ORSTOM/França

James A. Ratter - Royal Botanic Gardens/Edimburgo

Carlos Pessenda - CENA

Ghillean Tolmie Prance - Royal Botanic Gardens/Kew

Sérgio Nereu Pagano - UNESP

Fernando R. Martins - UNICAMP

RESUMO - Este estudo analisa a flora, fisionomia e estrutura das savanas de Roraima e investiga alguns fatores abióticos (solos) e bióticos (associação e correlação interespecífica e similaridade entre as parcelas) que podem influenciar a organização das comunidades vegetais. Os levantamentos florísticos e estruturais foram realizados em 45 parcelas de 0,15ha cada, distribuídas aleatoriamente na região das savanas. Todos os indivíduos lenhosos tiveram suas alturas e circunferências medidas. A flora encontrada é muito similar à flora dos cerrados brasileiros, mas apresenta elementos das savanas do Norte da América do Sul. Trachypogon plumosas e Leptocoryphum lanatum foram as espécies herbáceas mais freqüentes. Entre as lenhosas, Curatella americana, Byrsonima crassifolia, Byrsonima verbascifolia, Byrsonima coccolobifolia, Bowdichia virgilioides, Roupala montana e Psidium guianense foram as espécies mais importantes. Foram identificados quatro tipos fisionômicos (campo limpo, campo sujo, campo cerrado e savana parque) que apresentam gradiente florístico e estrutural, formando um mosaico físionômico-estrutural nas savanas. A diversidade e área basal foram muito baixas. Densidade, diversidade e o índice de valor de cobertura (IVC) das principais espécies lenhosas foram influenciados por alguns fatores edáficos. A associação interespecífica foi muito grande e algumas correlações foram observadas entre as principais espécies lenhosas. As similaridades entre as parcelas foram baixas, mas aumentam entre parcelas do mesmo tipo fisionômico. As análises de classificação e ordenação identificaram três grupos de parcelas com alto grau de dispersão, indicando heterogeneidade florístico-estrutural.

Palavras-chave: savanas, Roraima, flora, fisionomia, diversidade

Agência(s) fínanciadora(s): CAPES

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Jun 2011
  • Data do Fascículo
    Dez 1998
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