Acessibilidade / Reportar erro

RESUMOS DE DISSERTAÇÕES E TESES

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

TÍTULO: Estrutura, composição florística e etnobotânica de floresta monodominante no Vale do Araguaia - Mato Grosso

AUTOR(A): Beatriz Schwantes Marimon

DATA: 11/agosto/1998

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Jeanine Maria Felfili Fagg - UnB (orientadora)

Mundayatan Haridasan - UnB

Manoel Cláudio da Silva Júnior - UnB

RESUMO - Na região leste do Estado de Mato Grosso ocorrem manchas de floresta monodominante de Brosimum rubescens Taub. O objetivo deste trabalho foi estabelecer características e comparar a composição florística, estrutura, parâmetros edáficos e etnobotânica de duas manchas de floresta, na Fazenda Eldorado (14º 50' 47"S e 52º 08' 37"W), Nova Xavantina e na Reserva Indígena Areões (14º 34' 04"S e 51º 58' 37"W), Água Boa, Mato Grosso. A área amostrada em cada mancha foi de 0,6ha e o diâmetro à altura do peito mínimo adotado foi de 5cm. A regeneração natural (indivíduos com DAP < 5cm) foi amostrada na Fazenda, em subparcelas conforme a altura dos indivíduos. Na Fazenda foram amostrados 636 indivíduos pertencentes a 27 famílias, 38 gêneros e 44 espécies. Na Reserva foram: 609 indivíduos, 32 famílias, 46 gêneros e 57 espécies. Em ambas as áreas a família Moraceae foi a mais importante. Brosimum rubescens foi a espécie dominante e representou 71% e 59% da dominância relativa (m2/ha) dos indivíduos amostrados na Fazenda e na Reserva, respectivamente. O número de arvoretas (altura < lm e DAP < 5cm) de B. rubescens foi maior em áreas com incidência mais acentuada de luz solar, indicando que este fator é importante na dinâmica da espécie. A distribuição de diâmetros de B. rubescens sugere um estabelecimento episódico e mudanças futuras na estrutura da floresta. Os solos apresentaram concreções lateríticas e alta disponibilidade de Fe. As amostras foliares de B. rubescens indicaram relação com Ca, Mg, K, Mn e P. O estudo etnobotânico, conduzido através de entrevistas e hierarquizações dos usos das espécies, revelou que a comunidade indígena Xavante apresenta uso maior e mais diversificado das espécies, quando comparado com as comunidades não-nativas que também utilizam e exploram as espécies desta floresta. A adoção de políticas adequadas para o corte da espécie monodominante e o estabelecimento de unidades de conservação nestas florestas são imprescindíveis.

Palavras-chave: Brosimum rubescens, floresta-monodominante, estrutura, Xavante, Mato Grosso

Agência(s) Financiadora(s): CNPq

TÍTULO: Caracterização anatômica e dendrométrica de Terminalia phaeocarpa Eich. (Combretaceae) com vistas à sua utilização adequada

AUTOR(A): Maurício Pimenta Magalhães

DATA: 14/julho/1998

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

José Elias de Paula - UnB (orientador)

José Imana Encinas - UnB

José Luiz de Hamburgo Alves - UFPE

RESUMO - Realizaram-se as coletas em mata ciliar junto ao rio São Bartolomeu, DF. A amostragem para dendrometria foi realizada em seis árvores de Terminalia phaeocarpa Eich. Para determinação da biomassa do tronco e galhos, foram medidos os diâmetros inferior, superior e DAP (tronco). Em um espécime foram coletadas amostras circulares (discos) do tronco, galhos e raiz. Destas amostras, foram preparados corpos de prova equidistantes entre si no sentido centro à casca, utilizados para a obtenção da densidade e cortes histológicos. A espécie apresenta tronco retilíneo, baixo grau de conicidade e elevada produção de biomassa (x =1561 kg/árvore). Madeira pesada (densidade = 0,871 g/cm3). Fibras estreitas, longas, com parede espessa, ocupando 60% da área total da madeira. Elementos de vaso longos, de diâmetros médio a grande, freqüência baixa, ocupando 11% da área total. Raios finos e baixos, ocupando 15% da área total. O parênquima axial ocupa 14% da área total. A fração parede das fibras foi 66%. O coeficiente de rigidez, coeficiente de flexibilidade e índice de Runkel das fibras foram 33,95%; 93,87 e 2,34 respectivamente. A madeira é recomendada para uso energético, construção civil em geral e indústria moveleira. Não é recomendada para produção de papel de boa qualidade.

Palavras-chave: anatomia, dendrometria, madeira, Combretaceae

TÍTULO: O gênero Venwnia Schreb. no Distrito Federal, Brasil

AUTOR(A): Katia Calago Althoff

DATA: 10/julho/1998

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Taciana Barbosa Cavalcanti - CENARGEN - (orientadora)

José Francisco de Montenegro Valls - CENARGEN

João Semir - UNICAMP

RESUMO - O Distrito Federal está localizado na região Centro-Oeste do Brasil, onde a vegetação predominante é o Cerrado (sensu lato). As fisionomias encontradas são os campos úmidos, campos rupestres, campos de murundus, matas de galeria e matas secas sobre afloramento de calcáreo. O conhecimento limitado sobre a flora da região e a ameaça antrópica levaram a elaboração do Projeto Flora do Distrito Federal, que visa a publicação de volumes com monografias sobre as famílias botânicas da região. O trabalho faz parte do estudo das plantas vasculares do Distrito Federal, e compreendeu o levantamento do gênero Vemonia Schreb. (Compositae). Vemonia é o maior gênero da tribo Vernonieae e consiste de 1.000-1.300 espécies distribuídas nas regiões tropicais e temperadas dos continentes. No Brasil existem cerca de 200 espécies. Das 59 espécies registradas no Distrito Federal, nove estão sendo citadas pela primeira vez. No Distrito Federal o gênero apresenta alto número de espécies representando várias seções, abrangendo amplamente as variações morfológicas encontradas em Vemonia. A distribuição das espécies foi baseada em coletas e em literatura, levando ao reconhecimento de sete padrões de distribuição nas Américas. São apresentadas descrições, ilustrações e comentários sobre a variabilidade das espécies e chave para identificação dos 59 táxons.

Palavras-chave: cerrado, Vemonia, Distrito Federal, florística

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Fitografia e morfoanatomia de Banisteriopsis anisandra e B. gardneriana (Malpighiaceae): estudo comparativo

AUTOR(A): Najla de Castro Attala

DATA: 28/novembro/1997

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Tarciso S. Filgueiras - IBGE (orientador)

Conceição Eneida dos Santos Silveira - UnB

José Angelo Rizzo - UFG

RESUMO - Este trabalho estabelece critérios para a identificação taxonômica de Banisteriopsis anisandra e B. gardneriana empregando evidências morfoanotômicas. Estas espécies são muito próximas morfologicamente, sendo dificilmente diferenciadas através dos caracteres comumente utilizados. Estudou-se a morfologia das flores e a morfoanatomia da lâmina foliar; por meio deste conjunto de dados foi possível identificar caracteres diagnósticos das flores e folhas capazes de diferenciar, com segurança, uma espécie da outra. As duas espécies apresentaram diferenças marcantes: Banisteriopsis anisandra tem os três estiletes iguais ou sub-iguais, enquanto B. gardneriana tem os estiletes posteriores menores que o anterior. A pubescência da face abaxial da lâmina foliar é tomentosa para B. anisandra e apresso-serícea em B. gardneriana; os tricomas, apesar de malpighiáceos., são diferentes para cada pubescência, ocasionando aparências e texturas diferentes. As folhas de ambas as espécies são dorsiventrais, hipostomáticas, com estômatos paracíticos e, abaixo da epiderme adaxial de B. gardneriana, existem grupos de fibras esclerênquimáticas. Em B. anisandra, em vista frontal, as células da epiderme abaxial têm a superfície lisa e os estômatos estão acima do nível das demais células epidérmicas, enquanto que, em B. gardneriana, estas têm a superfície papilosa e os estômatos estão abaixo do nível das demais células epidérmicas.

Palavras-chave: fitografia, morfoanatomia, Banisteriopsis anisandra, Banisteriopsis gardneriana

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Biologia floral de duas espécies de Vochysiaceae em um cerrado sobre afloramento basáltico em Araguari, MG

AUTOR(A): Mirley Luciene dos Santos

DATA: 23/abril/1997

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Paulo Eugênio A. M. de Oliveira - UFU (orientador)

Mariluza A. Granja e Barros - UnB

José Felipe Ribeiro - UnB

RESUMO - A fenologia, biologia floral e reprodução de Callisthene fasciculata e Qualea parviflora foram estudadas. A caducifolia e a maturação dos frutos ocorreram durante a estação seca, favorecendo a dispersão das sementes que são aladas. A floração ocorreu ao final da estação seca para C. fasciculata e início da estação chuvosa para Q. parviflora. Vários fatores influenciaram o comportamento fenológico, mas a precipitação parece ter sido o fator decisivo. As flores duram de um a dois dias e a antese é diurna. C. fasciculata apresenta flores com pétala única amarela e guia de néctar vermelho. As inflorescencias terminais de Q. parviflora apresentam flores violáceas com guia de néctar branco. O néctar é produzido no cálice calcarado, variando a concentração de 37 a 45%. A viabilidade polínica foi superior a 94%. Os principais polinizadores foram abelhas do gênero CentriseApis para C.fasciculata e Centris e Epicharis para Q. parviflora. Estas pousavam na pétala e introduziam a probóscide no calcar nectarífero, contactando os órgãos reprodutivos da flor. As espécies são xenogâmicas, apresentando autoincompatibilidade de ação tardia. A eficácia reprodutiva foi de 0,39 para C. fasciculata e 0,29 para Q. parviflora, resultado comparável a de espécies autoincompatíveis de outras comunidades tropicais.

Palavras-chave: biologia floral, melitofilia, Vochysiaceae

Agência(s) financiadora(s): CAPES

TÍTULO: Biologia reprodutiva e polinização de Pterodon pubescens Benth. e Pterodon polygalaeflorus Benth. (Fabaceae - Papilionoideae) em áreas de cerrado do Distrito Federal

AUTOR(A): Aline de Paula Afonso

DATA: 19/dezembro/1997

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Paulo Eugênio A. M. de Oliveira - UFU (orientador)

Mariluza A. Granja de Barros - UnB

José Felipe Ribeiro - UnB

RESUMO - Estudos com Pterodon pubescens Benth. e Pterodon polygalaeflorus Benth. foram realizados de setembro/1995 a fevereiro/1997, em cerrados do Distrito Federal. Neste período foram feitos estudos de fenología, morfologia, biologia floral e reprodutiva, e frutificação. A floração é assincrônica e do tipo cornucopia. As flores das espécies são dispostas em inflorescencia tipo panícula terminal, com pétalas diferenciadas em estandarte, alas e quilhas. A flor dura de um a dois dias e a antese é diurna. As flores das espécies produzem pequena quantidade de néctar. A viabilidade polínica foi superior a 93% para ambas as espécies. As espécies são polinizadas por abelhas do gênero Bombus e Apis. Estas pousam no estandarte e introduzem a probóscide na base da flores para coletar néctar, e contatam os órgãos reprodutivos. As espécies são autocompatíveis, com alogamia facultativa. As observações de microscopia de fluorescência mostraram que tubos polínicos de autopolinização e de polinização cruzada de ambas as espécies crescem e atingem o ovário após 72 horas. Os frutos são sámaras elípticas, quando maduros podem ou não conter sementes. Os estudos desenvolvidos neste trabalho sugerem que o peso dos frutos maduros pode ser instrumento eficaz na seleção de frutos com sementes.

Palavras-chave: Pterodon, biologia floral, sistema reprodutivo

Agência(s) financiadora(s): CNPq

TÍTULO: Micropropagação de Hancornia speciosa Gomez (mangabeira)

AUTOR(A): Elis Regina Grigoletto

DATA: 25/abril/1997

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Linda Styer Caldas - UnB (orientadora)

Conceição Eneida Silveira - UnB

João Batista Teixeira - CENARGEN

RESUMO - Segmentos nodais de plantas germinadas assepticamente de Hancornia speciosa para a propagação in vitro foram submetidas a dois diferentes experimentos, a fim de maximizar a multiplicação dessa espécie. No experimento I, utilizou-se meio MS suplementado com 6-benzilaminopurina (BAP) e ácido indol-3-butírico (AIB) nas concentrações de 0,02; 0,2; 0,65; 1,1 e 1,28mg. L-1 combinados. No experimento II, utilizou-se meio de cultura MS suplementado com BAP e AIB nas concentrações de 1,5; 2,5 e 3,5 mg.L-1 combinados. No experimento I, os melhores resultados para a proliferação e taxa de multiplicação foram obtidos nas concentrações de 0,65; 1,1 e 1,28 mg.L-1 de BAP independente do nível de AIB utilizado. No experimento II, os melhores resultados para a proliferação e taxa de multiplicação foram obtidos nas concentrações de 1,5 mg.L-1 e 2,5 mg.L-1 de BAP combinado com as concentrações de 1,5 e 2,5 mg.L-1 de AIB. No enraizamento, o meio nutritivo mais eficiente nos dois experimentos foi ½ Knop's modificado, quando comparado com MS ou ½ MS. Explantes provenientes do experimento I (33%) de enraizamento foi alcançada com 0,01 mg. L-1 de BAP mais 0,2 mg.L-1 de AIB e para os explantes provenientes do experimento II (88%) de enraizamento foi obtido com 0,5 mg.l-1 de AIB.

Palavras-chave: micropropagação, Hancornia speciosa

TÍTULO: As Aspidosperma Mart. & Zucc. (Apocynaceae) no Distrito Federal, Brasil, e caracteres para o aprimoramento da taxonomia do gênero

AUTOR(A): Sueli Maria Gomes

DATA: 09/julho/1997

LOCAL: Universidade de Brasília, Departamento de Botânica, Brasília, DF

NÍVEL: Mestrado

BANCA EXAMINADORA:

Taciana Barbosa Cavalcanti - CENARGEN (orientadora)

Carolyn Barnes Proença - UnB

João Semir - UNICAMP

RESUMO - O presente trabalho se insere dentro do estudo da Flora do Distrito Federal, projeto envolvendo CENARGEN/EMBRAPA, Jardim Botânico de Brasília, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Universidade de Brasília, no qual as famílias de Angiospermae estão sendo tratadas taxonomicamente, com chaves de identificação e descrições. Foi estudado o gênero Aspidosperma Mart. & Zucc. e identificaram-se nove espécies: A. cylindrocarpon Müll. Arg., A. discolor A. DC, A. macrocarpon Mart., A. nobile Müll. Arg., A. parvifolium Mart., A. pyrifolium Mart., A. spruceanum Benth. ex Müll. Arg., A. subincanum Mart. e A. tomentosum Mart., dentre as quais A. nobile e A. pyrifolium são novas ocorrências para o Distrito Federal. Estas espécies encontram-se descritas e ilustradas em pranchas, inclusive quanto às características novas apontadas para a distinção das espécies, tais como indumento interno das sépalas, consistência da corola, presença de anel na fauce da corola, número de colunas de óvulos em cada lóculo do ovário. Estes e outros aspectos sofreram firme padronização nas descrições, associados a uma discussão geral sobre a morfologia do gênero.

Palavras-chave: Aspidosperma, Distrito Federal, Apocynaceae, cerrado

Agência(s) financiadora(s): CAPES

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    03 Jun 2011
  • Data do Fascículo
    Dez 1998
Sociedade Botânica do Brasil SCLN 307 - Bloco B - Sala 218 - Ed. Constrol Center Asa Norte CEP: 70746-520 Brasília/DF. - Alta Floresta - MT - Brazil
E-mail: acta@botanica.org.br