RESUMOS DE DISSERTAÇÕES E TESES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO
TÍTULO: Ecofisiologia da reprodução e do crescimento de Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan (Mimosoideae) em uma área de caatinga, Alagoinha, PE
AUTOR(A): Lúcia Maria Bezerra da Silva
DATA: 20/março/1998
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Rejane Jurema Mansur Custódio Nogueira - UFRPE (orientadora)
Dilosa Carvalho de Alencar Barbosa - UFPE
Eliana Akie Simabukuro - UFPE
RESUMO - Foi realizado o estudo ecofisiológico de Anadenanthera macrocarpa (Benth.) Brenan, na Fazenda Geraldão (80º29'28" S e 36º47' 00" W), Alagoinha, PE, no período de julho/ 96 a junho/97. Objetivou-se estudar a fenologia, banco de sementes, recrutamento e estabelecimento, estrutura e distribuição espacial da espécie. Foram efetuadas observações das fenofases vegetativa e reprodutiva, quinzenalmente, em 10 indivíduos adultos. Para tanto, foram mensurados: altura total, diâmetro à altura padrão (1,30m) e o raio da copa projetada no solo. Foram coletadas 40 amostras sob a copa de cinco indivíduos em frutificação (outubro/96) para o estudo do banco de sementes no solo. O recrutamento foi realizado entre indivíduos jovens e juvenis, sob a copa de 10 parentais. Para o estudo da estrutura e distribuição espacial de uma população delimitou-se área de 1.000 m2, subdividida em 250 parcelas de 2x2m. A queda de folhas ocorreu de outubro (70%) a dezembro (100%) no período de estiagem. O brotamento teve início em dezembro/96 (50%), atingindo o pico máximo de floração em janeiro/97. As novas folhas surgiram em janeiro/97, com as primeiras chuvas, ocorrendo também o início da frutificação. Nas amostras de solo para o banco de sementes não foram encontradas sementes de idades diferentes. O número de indivíduos recrutados totalizou 344, sendo 211 jovens e 133 juvenis. A estrutura da população constou de 192 indivíduos: 170 jovens (88,54%), oito juvenis (4,17%) e 14 adultos (7,29%). A distribuição espacial foi do tipo agregado. Diante deste estudo, concluiu-se que A. macrocarpa é resistente ao estresse hídrico, sendo espécie bem adaptada ao clima semi-árido.
Palavras-chave: ecofisiologia, Anadenanthera macrocarpa, Mimosoideae, caatinga
Agência(s) financiadora(s): CAPES
TÍTULO: Estudo taxonômico da seção Tenues do gênero Rhynchospora Vahl. (Cyperaceae) no Brasil
AUTOR(A): Emerson Antonio Rocha Melo de Lucena
DATA: 17/julho/98
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Laíse de Holanda Cavalcanti Andrade - UFPE (orientadora)
Carmen Sílvia Zickel - UFRPE
Margareth Ferreira de Sales - UFRPE
RESUMO - Estudos nomenclaturais e taxonómicos com base em caracteres anatômicos e macro e micromorfológicos foram realizados com espécies brasileiras do gênero Rhynchospora, pertencentes à seção Ténues, confirmando a ocorrência de 12 espécies distintas: R. contracta (Nees) J. Raynal, R. emaciata (Nees) Boeck., R. hirsuta (Vahl) Vahl, R. junciformes (Kunth) Boeck., R. nardifolia (Kunth) Boeck., R. riparia (Nees) Boeck., R. suhtilis Boeck., R. tenella (Nees) Boeck., R. tennis Link e Rhynchospora sp., além de duas espécies novas. Foram também propostos dois novos sinônimos de R. tennis Link. Os atributos morfo-anatômicos de folhas e aquênios foram essenciais na delimitação entre espécies, principalmente ao restabelecer R. emaciata e R. riparia à categoria de espécie e distintas de R. tennis. Estão disponíveis chave para identificação das espécies, descrições, sinonimias e ilustrações, bem como informações cromossômicas e corológicas. Até o presente, expedições botânicas e levantamentos nos principais herbários nacionais não confirmaram a ocorrência de R. depaupera ta Palla e R. stricta Boeck. no Brasil.
Palavras-chave: taxonomía. Tenues, Rhynchospora Vahl., Cyperaceae
Agência(s) financiadora(s): CNPq
TÍTULO: Sistemática das espécies de Araceae da Reserva Particular do Patrimônio Natural de Vera Cruz, (Município de Chã Preta, Alagoas)
AUTOR(A): Cícero da Silva Souza Barros
DATA: 03/julho/1998
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife , PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Maria Regina de Vasconcelos Barbosa - UFPB (orientadora)
Carmen Sílvia Zickel - UFPB
Roxana Cardoso Barreto - UFPE
RESUMO - Este trabalho foi desenvolvido com os representantes da família Araceae, coletados na Reserva Particular do Patrimônio Natural de Vera Cruz, localizada no Município de Chã Preta, Alagoas, tendo como objetivo o estudo sistemático e taxonómico das espécies. Foram utilizadas as técnicas usuais em trabalhos de taxonomía. O estudo morfológico das espécies foi baseado no exame de espécimes de herbários, além de espécimes coletados durante o desenvolvimento do trabalho. Foram realizadas 20 viagens de coletas na área estudada, durante o período de março de 1995 a agosto de 1997. Foram identificadas 13 espécies e uma variedade, distribuídas em sete gêneros mais representativos na Reserva, dentre os quais Philodendron (6 spp.) e Anthurium (2 spp.). São referidas pela primeira vez para o Estado de Alagoas, Anthurium gracile (Rudge) Schott, A. scandens (Aubl.) Engl., Monstera adansonii Schott var. klotzschiana (Schott). Madison Rhodospatha lati foi ia Poeppig, Philodendron blanchetianum (W.J. Hooker) G. Don, P. oniatum Schott, P. pedatum (W.J. Hooker) Kunth, P. rudgeanum Schott, P. scandens C. Koh & H. Sello, Xanthosoma maximilianii Schott e Syngonium vellozianum Schott. Somente Heteropsis oblongifolia Kunth já tinha sido coletado e referido por D. Andrade-Lima em 1966. Elaborou-se chaves dicotômicas ao nível de gêneros e espécies. São apresentadas descrições ao nível de gêneros e espécies, comentários sobre morfologia, fenología, bem como uma ilustração para cada espécie.
Palavras-chave: flora, levantamento florístico, monocotiledôneas
Agência(s) financiadora(s): CNPq
TÍTULO: Biologia da polinização de Bromeliaceae em remanescente da Floresta Atlântica, Pernambuco
AUTOR(A): José Alves de Siqueira Filho
DATA: 28/abril/1998
LOCAL: Universidade de Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife , PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Isabel Cristina Sobreira Machado - UFPE (orientadora)
Marcelo Tabarelli - UFPE
Clemens Peter Schlindwin - UFPB
RESUMO - Foram realizados dois estudos de caso relacionados com a biologia da polinização de Hohenbergia ridleyi (Baker) Mez e Canistrum aurantiacum E. Morren, ambas Bromelioideae, na Reserva Ecológica de Dois Irmãos, remanescente da Floresta Atlântica, Recife, Pernambuco. Aspectos da biologia floral, fenologia e biologia reprodutiva foram abordados para as duas espécies. Hohenbergia ridleyi assemelha-se à C aurantiacum por apresentar hábito facultativo, florescimento sincrônico, altas taxas de concentração de néctar (>40%) e visita por beija-flores, partilhando inclusive do mesmo vetor de pólen, o beija-flor Phaethornis ruber (Phaethorninae). No entanto, diferenças marcantes são observadas na morfologia floral (comprimento do tubo da corola, disposição floral, odor e cor), padrão fenológico e sistema de autoincompatibilidade das duas espécies. Hohenbergia ridleyi produz muitas flores por um longo período (superior a 60 dias), sendo espécie autoincompatível, enquanto C aurantiacum, apesar de florescer por longo tempo, produz poucas flores por dia, favorecendo visitas em linha de captura. Canistrum aurantiacum é espécie autocompatível. H. ridleyi foi considerada predominantemente melitófila, apesar de ser forrageada por beija-flores mais generalistas, enquanto C aurantiacum foi considerada espécie tipicamente ornitófila, característica da maioria das espécies de Bromeliaceae. As diferenças encontradas na biologia floral resultam nos diferentes modos de polinização e estratégias reprodutivas dessas duas espécies simpátricas e sintópicas no bioma Mata Atlântica.
Palavras-chave: polinização, Bromeliaceae, Mata Atlântica
Agência(s) fínanciadora(s): CAPES
TÍTULO: Biologia da polinização e da reprodução de três espécies de Combretum Loefl. (Combretaceae)
AUTOR(A): Zelma Glebya Maciel Quirino
DATA: 29/abril/98
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Isabel Cristina Sobreira Machado - UFPE (orientadora)
Dilosa Carvalho de Alencar Barbosa - UFPE
Maria Regina de Vasconcelos Barbosa - UFPB
RESUMO - Foram estudados aspectos referentes a ecologia da polinização de três espécies de Combretum (C. pisonioides, C. leprosum e C. fruticosum), abordando aspectos referentes a fenologia, morfologia floral, sistema reprodutivo e comportamento dos visitantes. Os trabalhos de campo foram desenvolvidos em populações naturais ocorrentes em áreas de Caatinga e Mata Atlântica, nos Estados da Paraíba e Pernambuco, durante o período de agosto/1996 a outubro/ 1997. Todas as espécies apresentaram variações na coloração das flores. Combretum pisonioides possui inicialmente flores brancas e, posteriormente, vermelhas, ausência de odor, sendo os seus principais visitantes vespas do gênero Polybia. Combretum leprosum possui flores brancas, que no segundo dia tornam-se amareladas, visitadas por varias espécies de insetos, entre himenópteros e lepidópteros, sendo a espécie Apis mel li fera (Apidae) a mais frequente. Aumento na concentração de néctar e diminuição do volume durante o primeiro dia de antese, foi observado em C. pisonioides e C. leprosum. Combretum fruticosum apresenta flores reunidas em densas inflorescências, verdes nos primeiros dias e vermelhas no quarto dia, o pólen é vermelho, e a concentração do néctar se mantém relativamente constante. C. fruticosum é principalmente visitada por pássaros (Coereba flaveola e Cyanerpes cyaneus), sendo o beija-flor Chlorostilbon aureoventris o mais freqüente. O sistema reprodutivo das três espécies de Combretum é semelhante, sendo todas as espécies xenogâmicas e auto-incompatíveis, a viabilidade polínica para as espécies é superior a 95%. Os biótipos florais encontrados nas três espécies indicam irradiação adaptativa dentro do gênero.
Palavras-chave: polinização, Combretum Loefl., Combretaceae
Agência(s) financiadora(s): CNPq
TÍTULO: Citogenética de representantes da família Commelinaceae do nordeste do Brasil
AUTOR(A): Sílvia Romeu Pitrez
DATA: 26/junho/1998
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Marcelo dos Santos Guerra Filho - UFPE (orientador)
Roxana Cardoso Barreto - UFPE
Maria José de Souza Lopes - UFPE
RESUMO - Foram analisados citogeneticamente 46 populações de 18 espécies de Commelinaceae do nordeste brasileiro. Os principais parâmetros utilizados foram morfologia e tamanho cromossômico. Cinco espécies (Tinantia sprucei 2n=34, Dichorisandra albo-marginata 2n=76, D. puberula 2n=38, Aneilema brasiliense 2n=40 e Commelina rufipes var. rufipes 2n=30) não apresentavam registro citogenético anterior. Outras espécies apresentaram: Dichorisandra hexandra e D. thyrsifolia 2n=38, Gibasis geniculata 2n=32, Tradescantia ambígua 2n=24, Tripogandra glandulosa 2n=16, Commelina benghalensis 2n=22, C. diffusa 2n=30, C. erecta e C. obliqua 2n=60. Em 11 espécies o núcleo interfásico foi semi-reticulado e em sete, reticulado. Variações interpopulacionais não foram observadas, embora extensa variação cromossômica numérica tenha sido encontrada entre as espécies. Em Dichorisandra (2n=38, 76), entretanto, os cariótipos foram relativamente uniformes, com o primeiro caso de poliploidia do gênero em D. albo-marginata. Em Callisia foi feita análise citotaxonômica mais detalhada. C. repens e Callisia sp. apresentaram 2n=12, cariótipo bimodal, condensação profásica uniforme e núcleo reticulado. C. filiformis e C. monandra apresentaram 2n=14, cariótipo com assimetria gradual, condensação profásica proximal e núcleo semi-reticulado. A análise com os fluorocromos CMA e DAPI mostrou bandas CMA+ em dois pares cromossômicos em C. repens e em apenas um par nas outras espécies, e bandas DAPI+ em C. filiformis. Esses dados sugerem que C. filiformis e C. monandra, recentemente introduzidas nesse gênero, têm pouca similaridade cariotípica com os demais representantes de Callisia.
Palavras-chave: citogenética, Commelinaceae, nordeste
Agência(s) financiadora(s): CAPES
TÍTULO: Fenologia, hidroperiodismo e termoperiodismo do coqueiro (Cocos nucifera L.), nos tabuleiros costeiros de Pernambuco, Brasil
AUTOR(A): Isa Regina do Monte Leite
DATA: 27/março/1998
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Carlos Ramirez Franco da Encarnação - UFPE (orientador)
Lilia Willadino Andrade de Oliveira - UFRPE
Laise de Holanda Cavalcanti Andrade - UFPE
RESUMO - A fenologia de Cocos nucifera L. foi observada em três variedades (anão-amarelo, anão-verde e híbrido), na Unidade de Execução de Pesquisa de Itapirema, Goiana, PE, Brasil. Observações semanais das fenofases vegetativas e reprodutivas (emissão de folhas, folhas senescentes e mortas, total de inflorescencias, emissão de inflorescencia, inflorescencias com espatas abertas e fechadas, flores emitidas e fecundadas, total de cachos, total de frutos, frutos imaturos, em desenvolvimento e maduros), em cinco plantas de cada variedade ocorreram durante o período de janeiro/96 a janeiro/97. Estabeleceu-se os índices de fecundação das flores fecundadas e de produção dos frutos. A espécie em estudo é perenifólia. A senescencia foi mais evidente durante a estação chuvosa, principalmente no coqueiro anão-verde. A morte foliar ocorreu em menor proporção na estação chuvosa, com algumas oscilações. Flores e frutos ocorreram durante todo o ano, em maior ou menor quantidade. A floração é do tipo cornucopia. Observou-se frutos em diferentes estádios de desenvolvimento num mesmo espécime e cacho. A quantidade de graus-dia (GD) variou, entre os períodos, de 266 GD, na estação chuvosa, a 350 GD, na estação seca. Anãoamarelo e anão-verde necessitaram de 2.996 GD, e o híbrido, de 3.318 GD na emissão foliar. Nas fenofases reprodutivas, a quantidade de graus-dia variou de 322 GD, na emissão de inflorescencias, a 2086 nos frutos em desenvolvimento. Os percentuais de fecundação variaram de 23 % a 95 %. As taxas de produção de frutos variaram entre 12 % a 44 %.
Palavras-chave: fenologia, hidroperiodismo, termoperiodismo, Cocos nucifera, tabuleiros
Agência(s) financiadora(s): CAPES
TÍTULO: Variação espaço-temporal das diatomáceas epífitas em Bostrychia Montagne (Rhodophyta) no manguezal de Parna Açu, Ilha de São Luis, MA
AUTOR(A): Andrea Christina Gomes de Azaevedo
DATA: 20/03/1998
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Claudia Batista Castelo Branco Chamixaes - UFPE (orientadora)
Enide Eskinazi Leça - UFRPE
Maria Luise Koening - UFPE
RESUMO - Este trabalho foi realizado no manguezal de Parna Açu, Ilha de São Luis, MA, Brasil. Os objetivos dessa pesquisa foram analisar a composição das diatomáceas epífitas em Bostrychia radicans e Bostrychia calliptera; verificar a ecologia das espécies identificadas e a preferência por substrato amostrado; aperfeiçoar método para quantificar as diatomáceas epífitas em substrato natural; analisar a estrutura das diatomáceas epífitas; avaliar a distribuição vertical das diatomáceas em troncos de Avicennia genninans nos estratos de 0cm, 50cm e 100cm; verificar a influência do período chuvoso e de estiagem sobre a dinâmica das populações das diatomáceas. A composição florística, no período de estiagem, foi representada por 55 táxons, distribuidos em 24 gêneros, 43 espécies, 11 variedades e urna forma, enquanto que no período chuvoso foram observados 60 táxons, distribuidos em 27 gêneros, 45 espécies e 15 variedades. Do total dos táxons, 36 são marinhos, 21 estuarinos e 10 de água doce. De acordo com sua tolerância à salinidade 73% são mesohalóbios, 7% euhalóbios e 20% polihalóbios. Quanto à forma de vida, 69% foram consideradas epífitas, 13% planctónicas e 18% não são citadas em literatura. Quanto à preferência por susbstrato, observou-se cinco espécies ocorrendo somente em B. calliptera, e quatro foram exclusivas de B. radicam. Quantitativamente houve nítida preferência pelo substrato B. radicam, com número elevado de células/ mm2. Houve decréscimo do número de diatomáceas dos estratos mais inferiores para os superiores, além de ocorer maior número de células durante o período chuvoso. A maior diversidade de espécies foi registrada no período de estiagem e no chuvoso, ocorrendo no substrato B. calliptera, no estrato de 50cm. O índice de riqueza foi mais elevado também no substrato B. calliptera, no estrato de 0cm.
Palavras-chave: diatomáceas epífitas, Bostiychia, manguezal, Parna Açu
Agência(s) financiadora(s): CNPq
TÍTULO: Taxonomía do gênero Sida L. seção Cordifoliae (DC.) Fryxell (Malvaceae) no Brasil
AUTOR(A): George Sidney Baracho de Souza
DATA: 19/março/1998
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Maria das Graças Lapa Wanderley - IBt (orientadora)
Carmen Sílvia Zickel - UFRPE
Maria Regina de Vasconcelos Barbosa - UFPB
RESUMO - Estudos históricos, nomenclaturais e taxonómicos sobre espécies brasileiras do gênero Sida L. seção Cordifoliae (DC.) Fryxell foram realizados. Inicialmente, foram taxonómicamente abordadas 21 espécies, entre três variedades e duas formas, das quais seis espécies são exclusivamente brasileiras. Em conseqüência do estudo de 678 exsicatas provenientes de diversos herbários nacionais, incluindo também tipos ou fotografias destes e análise de indivíduos provenientes de populações naturais, ainda com base em atributos como morfologia foliar de tricomas, cálice e carpídios, foram aceitas como ocorrentes no território brasileiro dez espécies; Sida angustissima A.St.-Hill., Sida cerradoensis Krapov., Sida cordifolia L., Sida galheirensis Ulbr., Sida marabaensis Monteiro, Sida nuil tic rena Hochr., Sida potentilloides A. St.-Hill., Sida pseuclopotentilloides Monteiro, Sida regnelli R.E.Fr, e Sida salviifolia C. Presl. Sete sinônimos foram propostos, sendo um para Sida cerradoensis (syn. nov.: Sida grazielae Monteiro), cinco para Sida galheirensis (syn. nov.: S. galheirensis var. genuína, S. galheirensis var. genuína f. subtrilobate Monteiro, S. galheirensis var. genuína f. angustiodontia Monteiro, S. galheirensis var. subgracilis Monteiro e Sida niacropetala Monteiro) e um para Sida multicrena (syn. nov.: Sida dúbia A.). Sida vespertina Ekman foi excluída do trabalho por não ocorrer no território brasileiro. Sida petropolitana Moneiro foi proposta como novo sinônimo para Sida sampaiana Monteiro e ambas foram transferidas para Sida L. seção Sidae. Estão disponíveis chaves, descrições, comentários sobre distribuição, afinidades entre espécies e ilustrações, além de índice geral de epítetos específicos.
Palavras-chave: taxonomia, Sida L., Cordifoliae, Malvaceae
Agência(s) fínanciadora(s): CNPq
TÍTULO: Biologia floral de três espécies de Cactaceae: Cereus pemambucensis Lem., Melocactus zehntneri (Br. & Rose) Lüetzelb. e Opunha palmadora Br. & Rose
AUTOR(A): Evelise Márcia Locatelli de Souza
DATA: 17/dezembro/1997
LOCAL: Universidade Federal de Pernambuco, Departamento de Botânica, Recife, PE
NÍVEL: Mestrado
BANCA EXAMINADORA:
Isabel Cristina Sobreira Machado - UFPE (orientadora)
Silvana Buzato - USP
Dilosa Carvalho de Alencar Barbosa - UFPE
RESUMO - A família Cactaceae é endêmica do Novo Mundo, compreende cerca de 1.500 espécies, com ampla distribuição nas Américas. O Brasil é o terceiro maior centro de diversidade das Cactaceae. Possui amplo espectro de biótipos florais: melitofilia, esfingofilia, ornitofilia e quiropterofilia. Este trabalho teve como objetivo analisar os aspectos da fenologia e da biologia floral de três espécies de Cactaceae ocorrentes em dois locais com fisionomia diferentes: Melocactus zehntneri (Br. & Rose) Luetzelb. e Opuntia palmadora Br. & Rose ocorrentes em áreas de caatinga e Cereus pemambucensis Lem. ocorrente em restinga. Opuntia palmadora e Melocactus zehntneri florescem durante a estação seca, ocorrendo um período de sobreposição na floração das duas espécies por cerca de três meses, porém há assincronia no pico de floração, reduzindo assim a competição pelos polinizadores. Ambas as espécies são visitadas e polinizadas pelo mesmo beija-flor, Cholorostilbon aureoventris. Considerando que as subfamílias de Opuntia e Melocactus são grupos derivados, e diante das características observadas de biologia floral, é sugerido que estas espécies representem estádios mais evoluídos nos grupos a que pertencem. A floração de Cereus pemambucensis inicia em novembro, estação seca na região de estudo, estendendo-se até abril. As flores de C. pemambucensis são visitadas e polinizadas durante a noite pelo esfingídeo Cocytius antaeus e, ao amanhecer, por abelhas Apis mellifera. De acordo com o comportamento dos visitantes, e os resultados das taxas de formação natural de frutos, provavelmente as flores de C. pemambucensis representem adaptações para dois diferentes tipos de visitantes: polinizadores noturnos (esfingídeos) e polinizadores diurnos (abelhas).
Palavras-chave: Cactaceae, Cereus pemambucensis, Opuntia palmadora
Agência(s) financiadora(s): CNPq
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
03 Jun 2011 -
Data do Fascículo
Dez 1998