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Levantamento florístico da floresta serrana da reserva biológica de Serra Negra, microrregião de Itaparica, Pernambuco, Brasil

Floristic survey in the montane forest of the biological reserve of Serra Negra, Pernambuco, Brazil

Resumos

O levantamento florístico, de duas áreas da Reserva Biológica de Serra Negra, localizada entre os municípios de Inajá e Floresta (8º35' - 8º38' S e 38º02' - 38º04' W), foi realizado fazendo-se 19 excursões para coleta de material botânico de Bryophyta, Pteridophyta e Magnoliophyta. No total foram coletados 319 taxa, 255 na floresta densa, situada no topo, e 117 na floresta aberta, localizada na escarpa meridional, com 12,5 % de similaridade (Jaccard). A análise de agrupamento mostrou que as duas áreas têm maiores similaridades com outras florestas serranas da região nordeste. A presença de condições abióticas diferenciadas, úmida no topo e mais seca na escarpa meridional, justifica as diferenças florísticas. Na floresta densa ocorreu um grande número de espécies com ampla distribuição nos domínios amazônico e atlântico, enquanto na floresta aberta parte das espécies foi mais relacionada à vegetação caducifólia espinhosa (caatinga), e outras têm distribuição ampla em florestas neotropicais.

Floresta serrana; caatinga; florística; semi-árido; nordeste do Brasil


A floristic survey was carried out in the Biological Reserve of Serra Negra, between the municipalities of Inajá and Floresta (8º35'-8º38' S and 38º02'-38º04' W), in order to assess the floristic relationship between two sites, a dense forest on the plateau, and an open forest, located on the southern scarp. Nineteen trips were accomplished to collect Bryophyta, Pteridophyta and Magnoliophyta. 319 taxa, 255 on the plateau and 117 on the southern scarp were registered. The presence of distinct abiotic factors, the southern scarp being has drier than the plateau, justify the floristic difference. In spite of the low similarity level between the two sites (12,5%), the cluster analysis grouped both with a other surveys realized in other montane forests in the northeast region. The dense forest has many species with a wide distribution in the Amazon and Atlantic regions, while in the open forest some species are more related with the thorny decidual woodland (caatinga), white others have a wide distribution in neotropical forests.

Upland forest; thorny decidual woodland; floristic; semi-arid; northeast of Brazil


Levantamento florístico da floresta serrana da reserva biológica de Serra Negra, microrregião de Itaparica, Pernambuco, Brasil1 1 Trabalho financiado pelo projeto "Composição florística e diversidade dos brejos de altitude de Pernambuco" (Darwin Initiative/CNPq/PNE/UFRPE).

Floristic survey in the montane forest of the biological reserve of Serra Negra, Pernambuco, Brazil

Maria Jesus Nogueira RodalI; Ladivania Medeiros do NascimentoII

IDepartamento de Biologia, UFRPE, R. Dom Manoel de Medeiros s/n., Recife, PE, Brasil. CEP 52.171-900

IIBolsista DTI-CNPq/PNE. Departamento de Biologia, UFRPE, R. Dom Manoel de Medeiros s/n., Recife, PE, Brasil. CEP 52171-900

Endereço para correspondência Endereco para correspondência Maria Jesus Nogueira Rodal E-mail: l.m.nascimento@bol.com.br

RESUMO

O levantamento florístico, de duas áreas da Reserva Biológica de Serra Negra, localizada entre os municípios de Inajá e Floresta (8o35' – 8o38' S e 38o02' – 38o04' W), foi realizado fazendo-se 19 excursões para coleta de material botânico de Bryophyta, Pteridophyta e Magnoliophyta. No total foram coletados 319 taxa, 255 na floresta densa, situada no topo, e 117 na floresta aberta, localizada na escarpa meridional, com 12,5 % de similaridade (Jaccard). A análise de agrupamento mostrou que as duas áreas têm maiores similaridades com outras florestas serranas da região nordeste. A presença de condições abióticas diferenciadas, úmida no topo e mais seca na escarpa meridional, justifica as diferenças florísticas. Na floresta densa ocorreu um grande número de espécies com ampla distribuição nos domínios amazônico e atlântico, enquanto na floresta aberta parte das espécies foi mais relacionada à vegetação caducifólia espinhosa (caatinga), e outras têm distribuição ampla em florestas neotropicais.

Palavras-chave: Floresta serrana, caatinga, florística, semi-árido, nordeste do Brasil

ABSTRACT

A floristic survey was carried out in the Biological Reserve of Serra Negra, between the municipalities of Inajá and Floresta (8o35'–8o38' S and 38o02'–38o04' W), in order to assess the floristic relationship between two sites, a dense forest on the plateau, and an open forest, located on the southern scarp. Nineteen trips were accomplished to collect Bryophyta, Pteridophyta and Magnoliophyta. 319 taxa, 255 on the plateau and 117 on the southern scarp were registered. The presence of distinct abiotic factors, the southern scarp being has drier than the plateau, justify the floristic difference. In spite of the low similarity level between the two sites (12,5%), the cluster analysis grouped both with a other surveys realized in other montane forests in the northeast region. The dense forest has many species with a wide distribution in the Amazon and Atlantic regions, while in the open forest some species are more related with the thorny decidual woodland (caatinga), white others have a wide distribution in neotropical forests.

Key words: Upland forest, thorny decidual woodland, floristic, semi-arid,northeast of Brazil

Introdução

O bioma caatinga, inserido no domínio do semi-árido, representa, segundo Heywood (1997), um importante centro de biodiversidade da América. Esse domínio ocupa uma área de 788.064 km2, equivalente a 48% da região Nordeste - sensu IBGE (Souza et al., 1994) e abriga, além da vegetação caducifólia espinhosa (VCE), a caatinga propriamente dita, outras formações vegetacionais com fisionomia e flora diferenciadas, como as florestas, e cerrados situados nos enclaves úmidos e subúmidos, totalizando 42.855,9 km2, e extensas faixas ecotonais com o cerrado e a floresta atlântica (Souza et al., 1994).

Das diferentes formações vegetacionais daquele bioma, as florestas situadas nas serras são, sem dúvida, as de maior riqueza florística (Andrade-Lima, 1973). Entre os autores que estudaram essas florestas merece destaque Dárdano de Andrade-Lima abordando a flora (Andrade-Lima, 1954; 1957; 1982), a fisionomia da vegetação (Andrade-Lima, 1961) e o perfil fitoecológico (Oliveira & Andrade-Lima, 1948; Andrade-Lima, 1966). Recentemente, os estudos foram retomados em Pernambuco com o mapeamento dos remanescentes (Rodal et al., 1998b) e a elaboração de dois checklists (Pereira et al., 1993; Sales et al., 1998).

Em termos fisionômicos, o tipo dominante nessas serras é a floresta densa, chamada floresta serrana ou brejo de altitude, associada à floresta aberta nas escarpas médias e inferiores voltadas para a direção dos ventos, à vegetação caducifólia espinhosa (VCE) nas escarpas à sotavento da serra ou do maciço onde a serra ocorre e, eventualmente, vegetação rupícola em locais com afloramentos de rocha (Rodal et al., 1998b).

As florestas serranas pernambucanas ocorrem sempre a barlavento, nos topos e encostas superiores de algumas serras (600 a 1100 m) situadas na superfície da Borborema (Sales et al., 1998). Apesar da estreita relação entre estas florestas e condições de disponibilidade hídrica mais favoráveis que no semi-árido (Vasconcelos-Sobrinho, 1949), não existem registros pluviométricos sistemáticos nos locais onde elas ocorrem, apenas estimativas obtidas através de equações de regressão.

Ferraz et al. (1998), estudando duas formações vegetacionais do semi-árido de Pernambuco, distantes 30 km, citaram precipitações médias anuais de 1260 mm em uma área de floresta serrana localizada a 1.100 m de altitude, contra 679 mm numa área da VCE a 500 m. Em outro estudo comparativo, entre estas formações, separadas por 20 km, Lyra (1982) observou que, apesar das duas áreas apresentarem uma diferença altitudinal de apenas 137 m, a floresta serrana apresentou precipitação média de 948,6 mm/ano e a VCE adjacente 526,9 mm. A autora acrescentou que no mês de setembro/81 (mês equinocial), a floresta serrana apresentou menores valores de temperatura do ar (17,70C) e maiores de umidade relativa (82,6%), que os da VCE (22,60C e 66,8%). Concluindo, assinalou que as florestas serranas têm menores amplitudes, tanto térmicas quanto da umidade relativa, que a VCE. Outro parâmetro climático importante nas florestas serranas é a chamada "precipitação oculta", resultado da intensa condensação noturna, especialmente nos meses mais frios (Vasconcelos-Sobrinho, 1949).

Se por um lado, a distinção fisionômica, florística e ambiental entre a floresta serrana e a VCE é clara, a transição entre esses tipos não é abrupta, sendo possível encontrar diferentes fisionomias e floras, dependendo da altitude e da exposição do relevo.

Considerando essas diferenças, este trabalho descreve a composição florística em dois pontos de uma floresta serrana situada na Reserva Biológica de Serra Negra (RBSN), estado de Pernambuco, com a finalidade avaliar as relações de similaridade entre elas e com outras formações do semi-árido nordestino e discutir os padrões de distribuição de algumas espécies, especialmente com base nos dados de estudos taxonômicos.

Material e métodos

Área de estudo – A RBSN situa-se no semi-árido pernambucano, entre os municípios de Inajá e Floresta. Apresenta 1.100 ha (8o35'- 8o38' S e 38o02'- 38o04' W) e é a única unidade de conservação federal de floresta serrana no estado. Foi criada em 20 de setembro de 1982, de acordo com o Decreto Federal no 87.591 (IBAMA, 1989).

O relevo da RBSN é do tipo cuesta, com o topo medindo cerca 800 m de largura por 3.000 m de comprimento, orientado no sentido E/NE – O/SO, com altitudes entre 800 e 1.036 m (Andrade, 1954). A escarpa setentrional (N/NO) apresenta um declive abrupto ao contrário da escarpa meridional (S/SE) cujo declive é suave, com altitudes variando de 550 a 800 m (figura 1). Trata-se de um tabuleiro relictual de uma extensa cobertura sedimentar, modelada em uma série de paleoclimas com diversos graus de umidade, que se dilatava para a direção noroeste, atingindo os estados do Ceará e Piauí, antes das sucessivas etapas de intensa erosão pelas quais passou a região Nordeste como um todo (Andrade, 1954).


A área está incluída na bacia sedimentar do Jatobá, em terrenos do Cretáceo Inferior das formações Santana e Exú, do grupo Araripe (Dantas, 1980). Os solos são arenosos amarelados e avermelhados, friáveis, argilosos, ocasionalmente caulínicos, apresentando estratificação cruzada e plano-paralela, granulometria variável, por vezes conglomeráticos, e partes com intensa silicificação (Dantas, 1980). As classes de solo citadas são: Bruno não cálcico, Areia Quartzosa Distrófica e Podzólico Vermelho - Amarelo Eutrófico, sendo as duas últimas referidas para as cotas mais elevadas da serra (IBAMA, 1989).

A precipitação e temperatura médias anuais são de 900 mm e 25,3°C, respectivamente, havendo registro de temperaturas máxima e mínima absolutas de 380C e 80C (IBAMA, 1989). A altitude e a exposição aos ventos de sudeste, que entram pela calha do rio São Francisco, são os principais responsáveis pelo mesoclima encontrado no topo.

A floresta do topo é densa, com troncos grossos e retilíneos e emergentes de até 35 m, que perdem as folhas no período desfavorável. Na escarpa meridional a floresta é aberta, as emergentes, também caducifólias, têm no máximo 20 m de altura e apresentam troncos que se ramificam entre três e quatro metros de altura. De um modo geral, o ambiente torna-se menos úmido, à medida que se afasta do topo em direção à base da serra, onde ocorre VCE.

Coleta e tratamento de dados –As coletas mensais de material (ervas, epífitas, lianas, trepadeiras, subarbustos, arbustos e árvores) foram realizadas no topo e na escarpa meridional, no período de 19 meses, seguindo os métodos usuais (Bridson & Forman, 1998). As exsicatas foram processadas e depositadas no herbário PEUFR (Professor Vasconcelos-Sobrinho) da Universidade Federal Rural de Pernambuco, com duplicatas encaminhadas a diversos especialistas para confirmação ou identificação. As espécies foram organizadas por família nos sistemas de Cronquist (1981), Tryon & Tryon (1982) e Vitt (1984), para Magnoliophyta, Pteridophyta e Bryophyta, respectivamente, incluindo informações de hábito (Font Quer, 1977). A grafia dos gêneros e a autoria das espécies foram verificadas através de Brummitt (1992) e Brummitt & Powell (1992).

A fim de identificar com qual(is) formação(ões) vegetacional(is) ocorrentes no semi-árido nordestino a flora lenhosa do topo e da escarpa meridional teria maior similaridade, foi empregada a técnica de análise de agrupamento (Kent & Coker,1992) para um conjunto de 13 listas florísticas de seis levantamentos, incluindo as duas listas da área de estudo. Foram consideradas as espécies lenhosas (árvores e arbustos), presentes no topo e na escarpa meridional, uma vez que nos demais tipos vegetacionais analisados aqueles hábitos foram incluídos. Além dessas duas listas, foram analisadas duas de floresta serrana (Ferraz et al.,1998), uma de vegetação arbustiva perenifólia em chapada sedimentar (Rodal et al., 1998a), oito listas de vegetação caducifólia, quatro em vegetação da VCE (Rodal, 1992; Ferraz et al., 1998), três em vegetação caducifólia não espinhosa – VCNE, o chamado "carrasco" (Araújo et al., 1998) e uma na transição "carrasco-caatinga de areia" (Oliveira et al., 1997). Em seguida, foi analisada a distribuição de alguns taxa, especialmente a partir de revisões. Foi empregada a análise de agrupamentos usando o índice de similaridade de Jaccard e a técnica de aglomeração por pesos proporcionais (UPGMA) (Valentim, 2000), com auxílio do pacote FITOPAC (Shepperd, 1995).

Resultados e discussão

No total, foram encontrados 319 taxa, 85% identificados no nível de espécie e 14% no genérico, com um taxon em nível de família (tabela 1). No topo e escarpa meridional, foram coletados 255 e 117taxa, respectivamente, com predomínio do componente lenhoso (árvores e arbustos) (figura 2). Houve proporção semelhante de espécies arbóreas em ambos, o que era de se esperar, tratando-se de duas fisionomias florestais, predomínio de epífitas na floresta densa, provavelmente em função da maior umidade; maior porcentagem de arbustos na floresta aberta, o que pode ser explicado pela maior penetração de luz, devido ao dossel ser mais aberto, bem como por se tratar de um ambiente mais seco. Apesar de próximas, o índice de similaridade (Jaccard) foi de apenas 12,5% (53 espécies comuns), o que se justifica pela presença de condições abióticas diferenciadas. Das espécies comuns, 33 foram árvores ou arbustos, especialmente das famílias Mimosaceae, Cactaceae e Caesalpiniaceae, taxa citados entre os mais freqüentes em áreas de VCE (Rodal, 1992). Entre as famílias com três ou mais espécies, nenhuma foi exclusiva da floresta aberta, enquanto Begoniaceae, Bryaceae, Dioscoreaceae, Myrtaceae, Lycopodiaceae, Orchidaceae, Polypodiaceae (comuns em florestas mais úmidas), entre outras, foram exclusivas da floresta densa.


A análise de agrupamento, realizada com base nas 310 espécies, em 13 listas de diversas formações vegetais do semi-árido (figura 3), mostra, que num primeiro nível de similaridade, ocorreram dois grupos, um, formado exclusivamente por listas de vegetação não florestal sobre chapadas sedimentares (Oliveira et al., 1997; Araújo et al., 1998; Rodal et al., 1998a) e outro reunindo as florestas serranas de Triunfo (Ferraz et al., 1998) e de Serra Negra (este trabalho) e os levantamentos da VCE (Rodal, 1992; Ferraz et al., 1998).


O resultados da análise de agrupamento indicam que as florestas serranas se unem aos levantamentos de VCE com um nível inferior a 10% de similaridade. Embora baixa, a maior similaridade destas florestas (Triunfo e Serra Negra) com a VCE se deve à presença de espécies arbóreas como: Allophylus quercifolius (Sapindaceae), Caesalpinia ferrea e Senna spectabilis var. excelsa, (Caesalpiniaceae), Coutarea hexandra (Rubiaceae), Maprounea guianensis var. guianensis (Euphorbiaceae), Parapiptadenia zehntneri (Mimosaceae), Sideroxylon obtusifolium (Sapotaceae), Tabebuia impetiginosa (Bignoniaceae) e Ziziphus joazeiro (Rhamnaceae), citadas em áreas mais úmidas da VCE nordestina (Andrade-Lima, 1989; Araújo et al., 1995; Prado & Gibbs, 1993). Essa maior semelhança se justifica quando se observa que as florestas serranas estão localizadas no domínio do semi-árido e rodeadas por VCE.

As famílias com maior número de espécies no componente arbóreo do topo foram Myrtaceae com 12 espécies, seguida por Mimosaceae (sete) e Malpighiaceae e Apocynaceae (quatro cada). Como árvores mais conspícuas ocorrem: Manilkara salzmanii (Sapotaceae), Trichilia emarginata (Meliaceae), Albizia polycephala (Mimosaceae), Gallesia integrifolia (Phytolaccaceae), Myrcia fallax, M. multiflora (Myrtaceae) e Terminalia brasiliensis (Combretaceae). Ainda nesse componente, deve-se citar uma espécie nova de Malpighiaceae, Bunchosia pernambucana,e que a maioria das espécies não ocorreu na floresta aberta (tabela 1).

A importância de Myrtaceae também foi registrada por Ferraz et al. (1998) na floresta serrana de Triunfo, estado de Pernambuco, e em florestas da costa atlântica brasileira (Peixoto & Gentry, 1990), sendo considerada por Siqueira (1994) como bastante comum no domínio atlântico.

Das Myrtaceae encontradas no topo, algumas como Eugenia biflora e Myrcia fallax têm ampla distribuição nas florestas neotropicais ocorrendo desde a Mesoamérica, Antilhas e América do Sul (McVaugh, 1963; 1969; 1989); Eugenia punicifolia é freqüente na América do Sul; Myrcia multiflora e Myrciaria floribunda são citadas no escudo das Guayanas (McVaugh, 1969) e florestas ciliares como a da bacia hidrográfica do rio Tibagi, Paraná (Dias et al., 1998 e Silva et al., 1992); Calyptranthes multiflora ocorre no escudo das Guayanas (McVaugh, 1969); Eugenia lambertiana var. hispidula no Pará (McVaugh, 1969); Calyptranthes dardanoi tem citação para a zona da mata úmida de Pernambuco (Mattos, 1990).

Dentre as Leguminosae (lato sensu), Inga thibaudiana tem distribuição ampla nos neotrópicos (Pennington, 1997) e é encontrada na Bahia, segundo Lewis (1987), na mata higrófila, restinga, capoeira e plantações de cacau. O contrário ocorre com Albizia polycephala e Acacia riparia, tambémamplamente distribuídas nas florestas da América do Sul tropical (Ducke, 1949), mas registradas em áreas de caatinga, mata de cipó e mata mesófila (Lewis, 1987). Por outro lado, espécies como Parapiptadenia zehntneri, Senna macranthera var. pudibunda e var. micans, são referidas apenas em áreas mais abertas, como VCE, VCNE e cerrado do nordeste brasileiro, especialmente no semi-árido (Irwin & Barneby, 1982; Lima & Lima, 1984). Há ainda algumas como Mimosa bimucronata, citada na flora do Rio de Janeiro (Barroso, 1965), mata de várzea da floresta estacional paulista (Metzger et al., 1998) e presente em áreas perturbadas da mata costeira à caatinga, na Bahia (Lewis, 1987).

Entre as Sapotaceae, taxon bastante comum no domínio amazônico (Pennington, 1990) ocorrem apenas 2 espécies: Manilkara salzmanii, com distribuição mais atlântica e bastante comum nas florestas úmidas entre Alagoas e Rio de Janeiro e Sideroxylon obtusifolium, citada desde o México até a Argentina, especialmente em áreas mais secas (Pennington, 1990).

Vale ressaltar o registro de apenas uma Lauraceae e Melastomataceae, comuns no domínio atlântico segundo Joly et al. (1991) e Leitão-Filho (1993). Cabe destacar que Ocotea duckey (Lauraceae) e comumente citada em levantamentos da mata de tabuleiro nordestina (Barbosa, 1996).

Entre as demais espécies: Tabebuia impetiginosa (Bignoniaceae) ocorre nas florestas neotropicais (Gentry, 1992); Schoepfia brasiliensis (Olacaceae) é comum nas florestas neotropicais desde a Argentina até as Guyanas (Sleumer, 1984); Tabebuia serratifolia (Bignoniaceae) ocorre nas florestas úmidas entre Alagoas e Rio de Janeiro e na floresta amazônica (Gentry, 1992; Pinto & Oliveira-Filho, 1999); Urera baccifera é comum nas florestas pluviais montana e submontana da Floresta Atlântica (Rizzini, 1979); Terminalia brasiliensis é citada na floresta de Araucária do sul do Brasil (Silva et al., 1997) ocorrendo ainda nas florestas ciliares na cadeia do Espinhaço na serra do Ambrósio em Minas Gerais (Pirani et al., 1988); Trichilia emarginata é referida para as florestas da Bahia, Minas Gerais e São Paulo (Pennington et al., 1981). Entre as Euphorbiaceae, Maprounea guianensis var. guianensis representa um taxon amazônico(Senna, 1984) enquanto Sebastiania brasiliensis, presente no centro-oeste (Ratter et al., 1988), é bastante freqüente na Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai (O'Donell & Lourteig, 1942).

Giulietti & Pirani (1988) observaram que espécies de ampla distribuição geralmente constituem grande parte da flora de diversas áreas. Avaliando as espécies das famílias com maior riqueza no componente arbóreo do topo da RBSN, e de algumas espécies que mais se destacaram pelo seu maior porte/freqüência, verifica-se a presença de elementos amazônicos e atlânticos.

Essa distribuição, hoje tão particular, pode ser explicada pelo fato de que no quaternário tardio, entre 200.000 e 10.000 anos atrás, o clima mundial foi determinado por ciclos glaciais, onde o clima era mais frio que atualmente e ciclos interglaciais, com condições mais quentes que na atualidade (Houghton & Woodell, 1989). Prado & Gibbs (1993) observam que poucos estudos têm sido realizados buscando compreender a influência das mudanças climáticas do Pleistoceno na expansão da vegetação decídua e semi-decídua na América do Sul e que muitas espécies lenhosas, que estariam envolvidos nos processos de migrações cíclicas do Pleistoceno, são membros de comunidades florestais deciduais tropicais e subtropicais, tais como a caatinga e algumas matas semidecíduas de São Paulo e Paraná, entre outras.

Considerando o sub-bosque da floresta densa, foram encontrados muitos indivíduos de outra espécie inédita, o subarbusto Ctenanthe pickeliana (Marantaceae), sendo observadas apenas duas espécies de Psychotria (Rubiaceae), taxon citado por Joly et al. (1991) como freqüente no estrato arbustivo da Floresta Atlântica. P. cuspidata e P. leiocarpa têm distribuições distintas, a primeira amazônica e a segunda bastante comum no Paraguai(http://mobot.mobot.org). As famílias com maior número de espécies no estrato herbáceo e subarbustivo foram Asteraceae (nove), Malvaceae (seis) e Commelinaceae (cinco). Entre as Bromeliaceae, Portea leptantha tem distribuição centrada nas florestas úmidas nos estados da Paraíba e Pernambuco enquanto Tillandsia juncea e T. polystachia são citadas em florestas da América Central e florestas neotropicais, respectivamente (Lyman & Downs, 1977; 1979).

As famílias com maior número de espécies no estrato arbóreo da floresta aberta foram Mimosaceae e Rubiaceae com sete e cinco espécies, respectivamente (tabela 1). No estrato arbustivo, destacaram-se Mimosaceae (com oito espécies), Caesalpiniaceae e Fabaceae (cinco cada) e Euphorbiaceae (quatro). Exceto por Rubiaceae, as famílias com maior riqueza de espécies no componente arbustivo-arbóreo, foram às mesmas da maioria dos levantamentos quantitativos nos diferentes tipos caducifólios do semi-árido nordestino (Araújo et al., 1995; Oliveira et al., 1997; Ferraz et al., 1998). Por seu maior porte e freqüência, citam-se: Acacia bahiensis, Caesalpinia pyramidalis, Chloroleucon foliolosum, Parapiptadenia zenhtneri e Pithecellobium diversifolium.

Com relação a distribuição das leguminosas lenhosas verifica-se uma padrão bastante variado. Mimosa arenosa tem registrono escudo das Guayanas (Irwin, 1966). Platymiscium floribundum é citada na flora da Guanabara (Barroso, 1965) e em diversos pontos da mata higrófila e capoeira da Bahia (Lewis, 1987). Senna pendula var. dolichandra, é citada na localidade Pedra Azul, Minas Gerais (Irwin & Barneby, 1982) e em terrenos abandonados de cultivo em áreas de caatinga, na Bahia (Lewis, 1987). Outras por sua vez, têm distribuição centrada dentro dos limites do semi-árido nordestino como: Caesalpinia pyramidalis, Dalbergia catingicola, Piptadenia stipulacea (Ducke, 1953 e Lewis, 1987).

A ocorrência de Rubiaceae no componente lenhoso dos levantamentos do semi-árido é registrada apenas em áreas da VCE onde há maior disponibilidade hídrica, como São José do Belmonte e Caruaru, ambas no estado de Pernambuco (Tavares et al., 1969 e Alcoforado-Filho et al., prelo) e Barbalha no estado do Ceará (Tavares et al., 1974).

Se por um lado, Leguminosae e Rubiaceae e Euphorbiaceae foram importantes no componente lenhoso, a última família ocorreu ainda com representantes subarbustivos, herbáceos e trepadeiras. Phyllanthus cf. amarus é uma erva daninha pantropical, nativa dos neotrópicos (Gilliespie, 1993); Tragia volubilis ocorre em áreas quentes de toda América tropical (Mulgura, 1991); Tragia cf. alienta é citada na província paranaense, abrangendo parte do Argentina, Bolivia e Paraguay (Spichiger & Ramella, 1990) e Dalechampia olfersiana é citada por Webster (1991) como ocorrente na vegetação estacional de Minas Gerais.

Entre as ervas e trepadeiras, Fabaceae teve maior número de espécies (cinco), seguida por Asteraceae, Commelinaceae e Sapindaceae (três espécies cada), enquanto no estrato epífitico predominaram representantes de Viscaceae (três espécies ).

Os resultados encontrados sugerem que as florestas densa e aberta apresentam distintos padrões de riqueza de espécies e proporção de formas de vida. O predomínio de epífitas na floresta densa provavelmente ocorre em função da maior umidade enquanto a maior porcentagem de arbustos na floresta aberta, pode ser explicada pela maior penetração de luz, devido ao dossel ser mais aberto, bem como por se tratar de um ambiente mais seco.

A floresta densa do topo apresentou diversas espécies comuns a florestas mais úmidas. De um modo geral, houve registro de elementos florísticos tanto do domínio amazônico quanto do atlântico. A presença dessas espécies em uma floresta completamente isolada em pleno domínio do semi-árido indica tratar-se de uma área importante em termos de fitodiversidade e merecedora de estudos adicionais que permitam compreender suas relações florísticas, especialmente no que diz respeito a Floresta Atlântica nordestina. A floresta aberta, por sua vez, situada na escarpa meridional, apresentou diversas espécies comuns à VCE, algumas das quais com distribuição restrita aos diferentes tipos caducifólios do semi-árido nordestino enquanto outras têm ocorrência em diferentes pontos da região neotropical.

A riqueza de espécies e a presença plantas com padrões de distribuição acima comentados indica que a RBSN é uma área importante para a fitodiversidade, sendo considerada área de extrema importância biológica para o bioma caatinga (http://www.biodiversitas.org/caatinga/).

Ladivania Medeiros do Nascimento

E-mail: rodal@truenet.com.br

Recebido em 17/12/1999

Aceito em 15/05/2002

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  • Endereco para correspondência
    Maria Jesus Nogueira Rodal
    E-mail:
  • 1
    Trabalho financiado pelo projeto "Composição florística e diversidade dos brejos de altitude de Pernambuco" (Darwin Initiative/CNPq/PNE/UFRPE).
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      12 Maio 2003
    • Data do Fascículo
      Out 2002

    Histórico

    • Recebido
      17 Dez 1999
    • Aceito
      15 Maio 2002
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