Acessibilidade / Reportar erro

Taxonomic synopsis and analytical key for the genera of Solanaceae from Rio Grande do Sul, Brazil

Sinopse taxonômica e chave ilustrada dos gêneros de Solanaceae ocorrentes no Rio Grande do Sul, Brasil

Abstracts

This work consists of a taxonomic synopsis of the genera of Solanaceae in Rio Grande do Sul state, Brazil. Solanaceae is represented by 28 genera in this state: Acnistus Schott, Athenaea Sendtn., Aureliana Sendtn., Bouchetia Dunal, Browalia L., Brugmansia Pers., Brunfelsia L., Calibrachoa La Llave & Lex., Capsicum L., Cestrum L., Datura L., Dyssochroma Miers, Grabowskia Schltdl., Jaborosa Juss., Lycianthes (Dunal) Hassl., Melananthus Walp., Nicandra Adans., Nicotiana L., Nierembergia Ruiz & Pav., Petunia Juss., Physalis L., Salpichroa Miers, Schwenckia L., Sessea Ruiz & Pav., Solandra Sw., Solanum L. (including Cyphomandra Sendtn. and Lycopersicon Mill.), Streptosolen Miers and Vassobia Rusby. Of these, 23 consist of native species , while five are represented exclusively by introduced species. The total number of species is 149, of which 118 are native and 31 are introduced (adventitious or cultivated). An identification key for genera, and also comments on the most relevant taxonomic characters of each one are presented, plus comments on the species that occur in Rio Grande do Sul state.

Solanaceae; flora; Rio Grande do Sul; Brazil


Este trabalho consiste em uma sinopse taxonômica dos gêneros de Solanaceae no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Constatou-se a ocorrência de 28 gêneros: Acnistus Schott, Athenaea Sendtn., Aureliana Sendtn., Bouchetia Dunal, Browalia L., Brugmansia Pers., Brunfelsia L., Calibrachoa La Llave & Lex., Capsicum L., Cestrum L., Datura L., Dyssochroma Miers, Grabowskia Schltdl., Jaborosa Juss., Lycianthes (Dunal) Hassl., Melananthus Walp., Nicandra Adans., Nicotiana L., Nierembergia Ruiz & Pav., Petunia Juss., Physalis L., Salpichroa Miers, Schwenckia L., Sessea Ruiz & Pav., Solandra Sw., Solanum L. (incluindo Cyphomandra Sendtn. e Lycopersicon Mill.), Streptosolen Miers e Vassobia Rusby. Destes, 23 apresentam espécies nativas, enquanto cinco estão representados exclusivamente por espécies introduzidas. O número total de espécies é de 149, sendo que 118 são nativas e 31 são introduzidas. Foi elaborada uma chave para identificação dos gêneros, fornecidos aspectos taxonômicos relevantes sobre cada um deles e informações sobre as espécies que ocorrem no Rio Grande do Sul.

Solanaceae; flora; Rio Grande do Sul; Brasil


ARTIGOS ARTICLES

Sinopse taxonômica e chave ilustrada dos gêneros de Solanaceae ocorrentes no Rio Grande do Sul, Brasil11 Parte da dissertação de Mestrado do primeiro Autor

Taxonomic synopsis and analytical key for the genera of Solanaceae from Rio Grande do Sul, Brazil

Edson Luís de Carvalho Soares22 Autor para correspondência: elcsoares@yahoo.com.br.; Márcia Vignoli-Silva; Lilian Auler Mentz

Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Botânica, Instituto de Biociências, Porto Alegre, RS, Brasil

RESUMO

Este trabalho consiste em uma sinopse taxonômica dos gêneros de Solanaceae no Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. Constatou-se a ocorrência de 28 gêneros: Acnistus Schott, Athenaea Sendtn., Aureliana Sendtn., Bouchetia Dunal, Browalia L., Brugmansia Pers., Brunfelsia L., Calibrachoa La Llave & Lex., Capsicum L., Cestrum L., Datura L., Dyssochroma Miers, Grabowskia Schltdl., Jaborosa Juss., Lycianthes (Dunal) Hassl., Melananthus Walp., Nicandra Adans., Nicotiana L., Nierembergia Ruiz & Pav., Petunia Juss., Physalis L., Salpichroa Miers, Schwenckia L., Sessea Ruiz & Pav., Solandra Sw., Solanum L. (incluindo Cyphomandra Sendtn. e Lycopersicon Mill.), Streptosolen Miers e Vassobia Rusby. Destes, 23 apresentam espécies nativas, enquanto cinco estão representados exclusivamente por espécies introduzidas. O número total de espécies é de 149, sendo que 118 são nativas e 31 são introduzidas. Foi elaborada uma chave para identificação dos gêneros, fornecidos aspectos taxonômicos relevantes sobre cada um deles e informações sobre as espécies que ocorrem no Rio Grande do Sul.

Palavras-chave: Solanaceae, flora, Rio Grande do Sul, Brasil

ABSTRACT

This work consists of a taxonomic synopsis of the genera of Solanaceae in Rio Grande do Sul state, Brazil. Solanaceae is represented by 28 genera in this state: Acnistus Schott, Athenaea Sendtn., Aureliana Sendtn., Bouchetia Dunal, Browalia L., Brugmansia Pers., Brunfelsia L., Calibrachoa La Llave & Lex., Capsicum L., Cestrum L., Datura L., Dyssochroma Miers, Grabowskia Schltdl., Jaborosa Juss., Lycianthes (Dunal) Hassl., Melananthus Walp., Nicandra Adans., Nicotiana L., Nierembergia Ruiz & Pav., Petunia Juss., Physalis L., Salpichroa Miers, Schwenckia L., Sessea Ruiz & Pav., Solandra Sw., Solanum L. (including Cyphomandra Sendtn. and Lycopersicon Mill.), Streptosolen Miers and Vassobia Rusby. Of these, 23 consist of native species , while five are represented exclusively by introduced species. The total number of species is 149, of which 118 are native and 31 are introduced (adventitious or cultivated). An identification key for genera, and also comments on the most relevant taxonomic characters of each one are presented, plus comments on the species that occur in Rio Grande do Sul state.

Key words: Solanaceae, flora, Rio Grande do Sul, Brazil

Introdução

Solanaceae é uma família subcosmoplita, com distribuição predominantemente neotropical. Apresenta entre 93 a 96 gêneros (Stehmann & Mentz 2006) sendo 34 deles representados na flora brasileira através de 452 especies nativas (Stehmann et al. 2010). A maior riqueza da família é atribuída ao gênero Solanum, cujo número estimado de espécies nativas é 258 (Stehmann et al. 2010).

As obras mais relevantes sobre as Solanaceae brasileiras, escritas no século XIX, são de Vellozo (1829-1831), Sendtner (1846) e Dunal (1852). Contribuições taxonômicas importantes também foram dadas, mais tarde, por Bitter (1912a-f; 1913a-g; 1914a-b; 1917; 1919a-b; 1920; 1922a-b), Witasek (1910), Morton (1944) e Smith & Downs (1964).

Alguns gêneros já receberam tratamento monográfi co por especialistas brasileiros, como é o caso de Melananthus, Metternichia, Protoschwenckia e Schwenckia (Carvalho 1966a; 1986; 1966b; 1978; respectivamente), além de Petunia e Calibrachoa (Stehmann 1999). Outros gêneros, como Aureliana e Lycium, por exemplo, foram estudados pelos argentinos Hunziker & Barboza (1990) e Bernardello (1986), respectivamente. Neste contexto, também merecem destaque outros pesquisadores estrangeiros, como Bohs (1994), responsável pela monografi a do gênero Cyphomandra e Timothy Plowman, cuja monografi a do gênero Brunfelsia foi publicada, postumamente, por Sandra Knapp (Plowman 1998). Táxons infragenéricos de Solanum foram estudados por pesquisadores de instituições estrangeiras (Nee 1999; Bohs 2001; Knapp 2002) e outros por pesquisadores brasileiros (Carvalho 1996; Agra 1999, 2000). Além destes, diversos estudos florísticos contribuíram para o conhecimento da família no Brasil (Augusto & Edésio 1943; Rambo 1961; Angely 1965, 1970; Cabrera 1965, 1979; Smith & Downs 1966; Morton 1976; Carvalho 1985, 1997a, 1997b; Barbará & Carvalho 1996; Aguiar et al. 1998; Carvalho et al. 2001; Mentz & Oliveira 2004).

Os trabalhos de D'Arcy (1979; 1991) e de Hunziker (1979), com um enfoque da família no mundo e na América do Sul, respectivamente, foram pioneiros em reunir informações sobre os diferentes gêneros e propor classificações supragenéricas. Hunziker (2001) reuniu em sua obra informações sobre 92 gêneros e propôs uma classifi cação em subfamílias, tribos e subtribos, baseada em caracteres morfológicos, embriológicos, anatômicos e em resultados de análises fitoquímicas. Estudos de biologia molecular (Spooner et al. 1993; Olmstead et al. 1999), no entanto, têm demonstrado a necessidade de reformulação deste e de outros sistemas propostos.

A identidade dos táxons e a contribuição qualitativa e quantitativa de Solanaceae na flora do Rio Grande do Sul são metas observadas a partir da obra pioneira de Rambo (1961), que em um estudo preliminar, mencionou a ocorrência de quatorze gêneros e 78 espécies. Os estudos florísticos ou taxonômicos mais recentes, com ênfase nos táxons ocorrentes no Estado, contemplaram os gêneros Bouchetia (Vignoli-Silva & Mentz 2005a), Brunfelsia (Soares & Mentz 2007), Cestrum (Soares et al. 2007a), Nicotiana (Vignoli-Silva & Mentz 2005b), Nierembergia (Vignoli-Silva & Mentz 2006), Physalis (Soares et al. 2009) e Solanum seção Pachyphylla (Soares & Mentz 2007). Investigações taxonômicas de abrangência maior foram conduzidas por Mentz & Oliveira (2004), tendo como alvo o gênero Solanum na região sul do Brasil e por Stehmann (1999), o qual estabeleceu os limites e as circunscrições dos gêneros Petunia e Calibrachoa empregando aspectos morfológicos, citológicos e palinológicos. Mais recentemente, foram listadas 115 espécies de Solanaceae nativas no Rio Grande do Sul, 61 delas pertencentes a Solanum (Mentz et al. 2007), e outras 54 espécies pertencentes a 21 gêneros distintos (Soares et al. 2007b).

O objetivo deste trabalho é fornecer subsídios para a identificação dos gêneros de Solanaceae que ocorrem no Rio Grande do Sul, visando contribuir com informações florístico-taxonômicas, para uma atualização do conhecimento da flora do Estado.

Material e métodos

A chave analítica e as descrições da família e dos gêneros foram feitas com base nos dados morfológicos qualitativos e quantitativos de exemplares vivos e herborizados coletados no Rio Grande do Sul, bem como nas informações da bibliografi a disponível, incluindo trabalhos clássicos e as revisões mais recentes. Para características importantes foram elaboradas ilustrações relacionadas na chave. As coleções examinadas pertencem a dez herbários indexados (BHCB, HAS, HASU, HURG, ICN, MPUC, PACA, PEL, SI e SMDB) e a três herbários não indexados [Herbário Balduíno Rambo (HERBARA); Herbário da Universidade de Caxias do Sul (HUCS) e Herbário Rogério Bueno (HUI)] até a data da consulta à base de dados eletrônicos do Index Herbariorum. Os espécimes coletados ao longo das onze expedições de coleta nas diferentes regiões fi siográfi cas do Rio Grande do Sul foram herborizados e posteriormente depositados no Herbário ICN, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. As descrições foram padronizadas, sendo que para cada gênero foram salientadas as características exclusivas. Aspectos importantes sobre distribuição geográfi ca foram mencionados para algumas espécies, sendo as regiões fi siográficas citadas de acordo com Fortes (1959). Neste trabalho foram consideradas a autonomia de Calibrachoa (Stehmann 1999) e também a inclusão de Cyphomandra (Bohs 1995) e Lycopersicon (Spooner et al. 1993) em Solanum. Salvo estas exceções, todos os outros gêneros constam em Hunziker (2001). A grafi a dos nomes dos autores segue Brummitt & Powell (1992) e as referências a Kissmann & Groth (2000) e Lorenzi & Souza (2001) foram feitas em virtude da boa qualidade das fotografi as de algumas espécies. A terminologia "flor monoclina" foi usada de acordo com Cocucci & Mariath (1995).

Resultados e discussão

Solanaceae A.Juss. Gen. Pl. 124. 1789.

Plantas herbáceas, trepadeiras, hemiepífi tas, arbustivas ou arbóreas, inermes ou armadas. Folhas simples, inteiras ou pinatissectas, helicoidais, rosetadas ou pseudoverticiladas, pecioladas ou sésseis, sem estípulas. Inflorescências cimosas, uni ou plurifloras, pedunculadas ou não. Flores pentâmeras, diclamídeas, heteroclamídeas, monoclinas, pediceladas ou sésseis. Cálice pentâmero, gamossépalo, acrescente ou não após a antese. Corola pentâmera, gamopétala, actinomorfa ou zigomorfa. Androceu tetrâmero ou pentâmero, estames epipétalos e alternipétalos; anteras com deiscência longitudinal, poricida ou poricida e tardiamente longitudinal. Gineceu gamocarpelar; ovário súpero, freqüentemente bicarpelar; carpelos orientados obliquamente em relação ao eixo da flor; rudimentos seminais geralmente numerosos; disco nectarífero presente ou não. Fruto baga, cápsula ou mais raramente baga drupácea.

A família Solanaceae está representada no Rio Grande do Sul por 28 gêneros (Fig. 1-50). Destes, 23 apresentam espécies nativas, enquanto cinco são representados exclusivamente por espécies introduzidas. Os gêneros Acnistus Schott, Athenaea Sendtn., Aureliana Sendtn., Bouchetia Dunal, Brunfelsia L., Calibrachoa La Llave & Lex., Capsicum L., Cestrum L., Dyssochroma Miers, Grabowskia Schltdl., Jaborosa Juss., Lycianthes (Dunal) Hassl., Melananthus Walp., Nicotiana L., Nierembergia Ruiz & Pav., Petunia Juss., Physalis L., Salpichroa Miers, Schwenckia L., Sessea Ruiz & Pav.,


   



Solandra Sw., Solanum L. (incluindo Cyphomandra Sendtn. e Lycopersicon Mill.) e Vassobia Rusby têm representantes nativos. Espécies dos gêneros Browalia L. e Streptosolen Miers são exclusivamente cultivadas, enquanto que espécies dos gêneros Brugmansia Pers., Datura L. e Nicandra Adans. são assilvestradas ou esporadicamente também cultivadas. A tabela 1 mostra a posição taxonômica dos gêneros supracitados no sistema morfológico proposto por Hunziker (2001) e na abordagem molecular feita por Olmstead et al. (1999) e as principais referências bibliográficas para identificação das espécies.

Chave para identificação dos gêneros de Solanaceae ocorrentes no Rio Grande do Sul

1. Androceu com quatro estames e um estaminódio ou androceu com cinco estames

2. Anteras com deiscência poricida apical (Fig. 47), podendo abrir-se tardiamente em fendas laterais ou anteras com deiscência longitudinal introrsa, conatas entre si através de tricomas entrelaçados, liberando os grãos de pólen por um único poro apical

3. Cálice truncado, com dez apêndices lineares subapicais (Fig. 26), resultantes do prolongamento das nervuras ..............................................................................................................................................................15. Lycianthes

3'. Cálice com cinco lacínias evidentes ...................................................................................................................26. Solanum

2'. Anteras com deiscência longitudinal (Fig. 45)

4. Cálice florífero com comprimento superior a 3 cm

5. Flores com lobos corolinos de ápice obtuso ou arredondado; epífitas lenhosas vigorosas ou arbustos escandentes

6. Corola ciatiforme (Fig. 44) com estrias vinosas, longitudinais e internas; cálice florífero cilíndrico na metade basal e anguloso na metade apical, sem dobras evidentes na exsicata; anteras elipsóides (Fig. 45); ovário tetralocular; estigma capitado, não decurrente (Fig. 46) ........................................................................................................................... 25. Solandra

6'. Corola infundibuliforme (Fig. 20) sem estrias vinosas; cálice florífero anguloso em toda a sua extensão, pentagonal em secção transversal, plicado na exsicata; anteras lineares (Fig. 22); ovário bilocular; estigma clavado, decurrente (Fig. 21) ...............................................................................................................................................12. Dyssochroma

5'. Flores com lobos corolinos de ápice acuminado ou caudado (Fig. 9); ervas, arbustos eretos ou arvoretas

7. Ervas anuais ou subarbustos; flores eretas; cálice frutífero circunciso, anelar e reflexo no fruto; ovário bilocular, tetralocular pelo menos na porção inferior; fruto cápsula espinescente ou tuberculada (Fig. 19) ....................................................11. Datura

7'. Arbustos ou arvoretas; flores pêndulas; cálice frutífero não-circunciso, nem anelar e nem reflexo no fruto, mais freqüentemente ausente; ovário bilocular; fruto baga (Fig. 10) .............................................................................6. Brugmansia

4'. Cálice florífero com comprimento inferior a 3 cm

8. Plantas espinescentes

9. Corola infundibuliforme; porção basal dos filetes com tricomas simples (Fig. 23) .................................13. Grabowskia

9'. Corola rotado-campanulada; filetes glabros (Fig. 50) ..................................................................................28. Vassobia

8'. Plantas inermes

10. Corola com pétalas livres na maior parte (2/3 ou mais) de seu comprimento (Fig. 4)

11. Corola branca, com máculas basais vinosas; cálice com sépalas livres na maior parte de seu comprimento; cálice frutífero acrescente, envolvendo totalmente o fruto (Fig. 3) ............................................................................2. Athenaea

11'. Corola branca, com máculas basais verdes; cálice com sépalas livres a partir da metade do comprimento; cálice frutífero não acrescente, não envolvendo o fruto (Fig. 5) ..............................................................................3. Aureliana

10'. Corola com pétalas livres a partir da metade ou do terço superior de seu comprimento

12. Cálice com borda truncada, com ou sem cinco apêndices subapicais resultantes do prolongamento das nervuras (Fig. 14 e 16); filetes com apêndices auriculares basais (Fig. 15) .........................................................................9. Capsicum

12'. Cálice com borda formada por cinco lacínias bem evidentes; filetes sem apêndices auriculares

13. Cálice frutífero acrescente e inflado, envolvendo totalmente o fruto num invólucro membranáceo (Fig. 31 e 38)

14. Sépalas auriculadas e sagitadas na base (Fig. 30); corola campanulada, branca a lilás, sem máculas; presença de um entrenó entre o cálice e a corola; filetes geniculados na base; gineceu tri, tetra ou pentalocular; fruto ereto ............................................................................................................................17. Nicandra

14'. Sépalas não auriculadas e nem sagitadas na base (Fig. 37); corola rotado-campanulada, amarela ou branca, com ou sem máculas vinosas ou esverdeadas; ausência de um entrenó entre o cálice e a corola; filetes não geniculados; gineceu bilocular; fruto pêndulo ......................................................................................................21. Physalis

13'. Cálice frutífero pouco ou não acrescente, não infl ado

15. Flores pediceladas, pedicelos não articulados

16. Flores com lobos da corola reflexos e revolutos; baga globosa ou ovóide (Fig. 2, 24, 25 e 39)

17. Arbustos ou arvoretas com flores branco-esverdeadas ou creme, em fascículos glomeruliformes (Fig. 1) ...............................................................................................................1. Acnistus

17'. Ervas ou subarbustos com flores brancas, solitárias, raramente aos pares

18. Subarbustos rizomatosos com caule aéreo; folhas com margem inteira; flores pêndulas; corola urceolada (Fig. 39); filetes conspícuos ...........................................................................................22. Salpichroa

18'. Ervas rizomatosas sem caule aéreo; folhas com margem denticulada, raramente inteira; flores eretas; corola tubuloso-infundibuliforme (Fig. 25); estames sésseis ou subsésseis ..................................14. Jaborosa

16'. Flores com lobos da corola reflexos ou não, nunca revolutos; cápsula globosa, ovóide ou elipsóide

19. Flores associadas a um par de hipsófilos foliáceos, subopostos (Fig. 35)

20. Corola com prefloração reciprocativa (duas pétalas inferiores fechadas sobre as três pétalas superiores) (Fig.13); plantas subarbustivas ou arbustivas, com flores cujo diâmetro do limbo corolino é superior a 1 cm ou raramente herbáceas, com flores cujo diâmetro do limbo corolino é inferior a 1 cm .............................................................................................................8. Calibrachoa

20'. Corola com prefloração imbricada (Fig. 36); plantas herbáceas, com flores cujo diâmetro do limbo corolino é superior a 1 cm de diâmetro ..........................................................................................20. Petunia

19'. Flores associadas a um único hipsófi lo foliáceo

21. Prefloração contorcido-conduplicada ou conduplicada; anteras dorsifixas; plantas herbáceas ou subarbustivas, com folhas basais dispostas em roseta e as demais folhas de filotaxia helicoidal (Fig. 32), ou plantas arbustivas ou arborescentes, com folhas de filotaxia helicoidal ..............................18. Nicotiana 21'. Prefloração imbricada ou imbricado-conduplicada; anteras ventrifixas (Fig. 6); plantas herbáceas ou subarbustivas, com folhas de fi lotaxia helicoidal

22. Tubo corolino amplo (Fig. 7); prefloração imbricada; quatro estames mais um estaminódio, adnatos apenas na porção basal do tubo da corola; disco nectarífero presente .......................................4. Bouchetia 22'. Tubo corolino cilíndrico, filiforme (Fig. 33 e 34); prefloração imbricado-conduplicada; cinco estames, adnatos até a altura da fauce corolina; disco nectarífero ausente ..............................19. Nierembergia

15'. Flores sésseis, subsésseis ou pediceladas, articuladas

23. Fruto baga, sementes um pouco mais longas do que largas, não aladas (Fig. 17 e 18) ........................10. Cestrum

23'. Fruto cápsula, sementes muito mais longas do que largas, aladas (Fig. 42 e 43) ............................24. Sessea 1'. Androceu com dois estames e três estaminódios ou androceu com quatro estames, sem estaminódios

1'. Corola com cinco lobos trilobulados, sendo cada um dos lóbulos medianos semelhante a um apêndice (Fig. 27, 28 e 40)

25. Estames 2, estaminódios 3, reduzidos aos longos filetes; lóbulos medianos da corola dentiformes; cápsula bilocular plurisseminada (6-70 sementes), valvas lisas e não rostradas (Fig. 41); sementes com comprimento inferior a 1 mm ...................................................................................................................................................23. Schwenckia

25'. Estames 4, didínamos, sem estaminódios; lóbulos medianos da corola estreitos e alongados; cápsula unilocular unisseminada; valvas rostradas e rugosas (Fig. 29); sementes com comprimento igual ou superior a 1 mm ....................................................................................................................................................16. Melananthus

24'. Corola com cinco lobos indivisos, sem expansões laminares semelhantes a apêndices

26. Androceu didínamo, anteras monotecas (Fig. 11 e 12), pares de estames com anteras iguais; estilete com superfície lisa, não corrugada; fruto parcial ou totalmente incluso no cálice acrescente .............................................................7. Brunfelsia 26'. Androceu didínamo, anteras ditecas, par superior de estames com ou sem teca rudimentar; estilete corrugado; fruto não incluso no cálice

27. Ervas de até 1 m de altura; corola azul a violeta, hipocrateriforme, ventricosa, com tubo não contorcido (Fig. 8); estilete corrugado em toda a sua extensão; nectário pouco evidente; pares de estames adnatos até a metade superior do tubo da corola ...................................................................................................................................................5. Browallia

27'. Arbustos de 1 a 2 m de altura; corola amarelo-alaranjada, infundibuliforme, não ventricosa, com tubo contorcido (Fig. 48); estilete corrugado apenas na sua metade distal (Fig. 49); nectário proeminente; um par de estames adnato até a metade inferior e outro até a metade superior do tubo da corola ................................................................27. Streptosolen

Arbustos ou arvoretas; inflorescescências fasciculadoglomeruliformes, plurifloras ou raramente unifloras, sésseis ou curto-pedunculadas, axilares; flores branco-esverdeadas ou amareladas; cálice e corola fendidos próximo ao ápice; estames com deiscência longitudinal; baga globosa; cálice frutífero não acrescente.

Gênero monotípico cuja única espécie, Acnistus arborescens (L.) Schltdl., distribui-se desde o sul do México, alcançando o Sul do Brasil (Hunziker 2001). No Rio Grande do Sul há registros de sua ocorrência em Porto Alegre e Guaíba (região fi siográfica da Depressão Central), São Leopoldo (região fi siográfica da Encosta Inferior do Nordeste) e Tapes (região fisiográfica da Encosta do Sudeste). Os exemplares coletados em Porto Alegre e São Leopoldo ocorrem em ambiente urbano e, por isso, aparentemente são cultivados.

Material selecionado: A. arborescens (L.) Schltdl.: Guaíba, 7/II/2006, fl ., Lima 301 (ICN).

2. Athenaea Sendtn. in Mart., Fl. Bras. 10 (6): 133. 1846.

Arbustos com caule, folhas, flores e frutos viscosos ao tato; inflorescências fasciculadas, plurifloras, sésseis, axilares; flores brancas com máculas basais vinosas; cálice e corola profundamente fendidos; baga ovóide; cálice frutífero fortemente acrescente, envolvendo o fruto.

As sete espécies conhecidas deste gênero são encontradas no Sul e Sudeste do Brasil (Barboza & Hunziker 1989). Athenaea picta (Mart.) Sendtn., reconhecidamente a espécie com as maiores flores e com a mais ampla distribuição no gênero, está presente na flora nativa sul-riograndense. Há registros de coleta desta espécie em Marcelino Ramos (região fisiográfica do Alto Uruguai) e Barracão (região fisiográfica dos Campos de Cima da Serra).

Material selecionado: A. picta (Mart.) Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Marcelino Ramos, 26/XII/1998, fl ., fr., Jarenkow 3855 (ICN).

3. Aureliana Sendtn. in Mart., Fl. Bras. 10 (6): 138. 1846.

Arbustos ou arvoretas; inflorescências fasciculadas, uni ou plurifloras, sésseis, axilares; flores brancas, com máculas basais verdes; cálice medianamente fendido e corola profundamente fendida; baga globosa ou ovóide; cálice frutífero persistente, não-acrescente.

Gênero representado por pelo menos sete espécies, com distribuição no Brasil, da Bahia ao Rio Grande do Sul, além de Bolívia, Paraguai e nordeste da Argentina (Hunziker 2001). No Rio Grande do Sul ocorrem duas espécies nativas.

Material selecionado: A. fasciculata var. tomentella (Sendtn.) Barboza & Hunz.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sarandi, 29/X/2004, fl ., Soares 35 (ICN); A. wettsteiniana (Witasek) Hunz. & Barboza: BRASIL, Rio Grande do Sul, Canela, 1/III/2005, fl ., fr., Soares 74 (ICN).

4. Bouchetia Dunal in DC., Prodr. 13 (1): 589. 1852.

Subarbustos; flores brancas ou amareladas, solitárias, axilares, ligeiramente zigomorfas; prefloração imbricada; estames quatro e um estaminódio (este raramente ausente ou raramente cinco estames férteis), didínamos quando quatro, adnatos na metade inferior do tubo da corola; anteras ventrifi xas; cápsula ovóide, envolta parcialmente pelo cálice frutífero.

Gênero representado por três espécies exclusivamente americanas (Morton 1944; Hunziker & Subils 1983; Hunziker 2001). Bouchetia erecta Dunal ocorre na América do Norte e Guatemala, B. arniatera Robinson é endêmica do México e B. anomala (Miers) Britton & Rusby é a única espécie encontrada na região sul do Brasil, na zona limítrofe do Rio Grande do Sul (regiões fi siográficas da Campanha e Missões) com a Argentina e Uruguai, ocorrendo também nestes países e no Paraguai (Morton 1944; Hunziker & Subils 1983; Hunziker 2001; Vignoli-Silva & Mentz 2005a).

Material selecionado: B. anomala (Miers) Britton & Rusby: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santana do Livramento, 6/XII/2002, fl ., fr., Vignoli-Silva 128 (ICN).

5. Browallia L., Sp. Pl. 2: 631. 1753.

Ervas; inflorescências racemiformes, plurifloras, pedunculadas, terminais; flores azúis a violetas, zigomorfas; tubo corolino ventricoso no ápice; estames didínamos, arranjados em dois pares adnatos até acima da metade superior do tubo da corola; filetes achatados, cobertos de tricomas; anteras basifixas, aparentemente monotecas (uma teca vestigial) no par superior de estames e ditecas no par inferior; estilete inteiramente corrugado, curvo no ápice; superfície estigmática alargada e bipartida; cápsula ovóide, envolta parcialmente pelo cálice frutífero.

Este gênero tem seis espécies distribuídas do sul do Arizona, México, América Central e Antilhas, chegando até a região andina da Bolívia (Hunziker 2001). No Rio Grande do Sul ocorre uma espécie, Browallia americana L., cultivada como planta ornamental.

6. Brugmansia Pers., Syn. Pl. 1: 216. 1805.

Arbustos ou arvoretas; flores brancas, branco-amareladas, amarelas ou rosadas, solitárias, extra-axilares, pêndulas; cálice com lacínias freqüentemente desiguais; lobos corolinos longo-acuminados ou caudados no ápice; ovário cônico, bilocular; baga elipsóide a fusiforme, não ornamentada, plurisseminada; cálice frutífero não acrescente, freqüentemente caduco.

As seis espécies do gênero são originárias da região andina da América do Sul (Hunziker 2001). Atualmente elas podem ser encontradas em diversos países, cultivadas ou assilvestradas. No Rio Grande do Sul é freqüente a ocorrência de Brugmansia suaveolens (Willd.) Bercht. & Presl., ruderal ou cultivada em ambientes associados à intensa umidade e B. arborea (L.) Lagerh., frequentemente cultivada pela beleza e fragrância das flores.

7. Brunfelsia L., Sp. Pl. 1: 191. 1753.

Arbustos ou arvoretas; inflorescências cimosas, uni ou plurifloras, sésseis ou pedunculadas, terminais, raro subterminais; flores violáceas, brancas ou lilases quando fenecidas, levemente zigomorfas; tubo corolino levemente curvo e ventricoso no ápice; estames didínamos, cada par em uma altura diferente da porção superior do tubo; anteras medifi xas, monotecas; estilete filamentoso, levemente engrossado e curvo no ápice; estigma bifurcado; cápsula globosa, envolta parcial ou totalmente pelo cálice frutífero acrescente.

Segundo Plowman (1998), o gênero Brunfelsia apresenta três seções. A seção Brunfelsia está restrita às Antilhas. Representantes da seção Guianenses ocorrem no norte da América do Sul, especialmente na região da Bacia Amazônica. A seção Francisceae tem a maioria de seus representantes distribuídos na América do Sul, embora alguns ocorram na América Central. No Rio Grande do Sul foram confi rmadas três espécies nativas, Brunfelsia australis Benth., B. cuneifolia J.A.Schmidt e B. pilosa Plowman, freqüentemente comercializadas e cultivadas como plantas ornamentais. Brunfelsia uniflora (Pohl) D. Don e B. pauciflora (Cham. & Schltdl.)

Benth. ocorrem no Estado somente sob cultivo (Soares & Mentz 2007). Todas as espécies mencionadas pertencem à seção Francisceae.

Material selecionado: B. australis Benth.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Pinhal Grande, 5/X/2008, fl ., Soares 264 (ICN); B. cuneifolia J.A.Schmidt: BRASIL, Rio Grande do Sul, Muitos Capões, 3/XI/2005, fl ., Soares 174 (ICN); B. pilosa Plowman: BRASIL, Rio Grande do Sul, Muitos Capões, 3/XI/2005, fl ., Soares 173 (ICN).

8. Calibrachoa La Llave et Lex., Nov. Veg. Descr. 2: 3. 1825.

Subarbustos ou pequenos arbustos, raramente ervas; inflorescências plurifloras, pedunculadas, terminais, com um par de hipsófilos foliáceos associados a cada flor; flores magentas, purpúreas, violáceas, brancas ou rosadas, geralmente com tubo amarelo no interior, zigomorfas; prefloração reciprocativa; cálice fendido até a metade ou até dois terços do comprimento; estames heterodínamos; estilete fi liforme, com ápice levemente curvado ou fortemente recurvado; estigma inteiro ou lobado; cápsula globosa, elipsóide ou ovóide, envolta total ou parcialmente pelo cálice frutífero.

Gênero tipicamente sul-americano e constituído por cerca de 24 espécies, das quais onze ocorrem no Rio Grande do Sul. Calibrachoa cordifolia foi coletada apenas na Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim, município de Santa Maria (região fi siográfi ca da Depressão Central). Calibrachoa missionica tem registro decoleta nos municípios de Giruá e Santo Ângelo (região fi siográfica das Missões), ocorrendo ainda no Paraguai e Argentina, e C. thymifolia foi coletada apenas em Uruguaiana (região fi siográfica da Campanha), ocorrendo também no Uruguai e Argentina (Stehmann 1999). Todas as espécies do gênero têm flores ornamentais, podendo ser exploradas para este fi m.

Material selecionado: C. cordifolia Stehmann & L.Aguiar: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santa Maria, 5/XII/1995, fl ., Silveira 12934 (HAS); C. excellens (R.E.Fr.) Wijsman: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 3/XI/2005, fl ., Vignoli-Silva 208 (ICN); C. heterophylla (Sendtn.) Wijsman: BRASIL, Rio Grande do Sul, Torrres, 26/II/1985, fl ., Hagelund 15498 (ICN); C. humilis (R.E.Fr.) Stehmann & Semir: BRASIL, Rio Grande do Sul, Quaraí, 28/IX/1984, fl ., Stehmann 284 (ICN); C. linoides (Sendtn.) Wijsman: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula, 23/X/1998, fl ., Rodrigues 813 & Flores (ICN); C. missionica Stehmann & Semir: BRASIL, Rio Grande do Sul, Paim Filho, 12/I/1992, fl ., Záchia 746 (HAS); C. ovalifolia (Miers) Stehmann & Semir: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santana do Livramento, 6/XII/2002, fl ., Vignoli-Silva 126 (ICN); C. parviflora (Juss.) Wijsman: BRASIL, Rio Grande do Sul, Uruguaiana, 15/XI/1984, fl ., Sobral 3325 (ICN); C. pygmaea (R.E.Fr.) Wijsman: BRASIL, Rio Grande do Sul, Uruguaiana, 15/XI/1984, fl ., Sobral 3328 (ICN); C. sellowiana (Sendtn.) Wijsman: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 3/XI/2005, fl ., Vignoli-Silva et al. 207 (ICN); C. thymifolia (A.St.-Hil.) Stehmann & Semir: BRASIL, Rio Grande do Sul, Uruguaiana, 13/XI/1984, fl ., fr., Sobral 3278 (ICN).

9. Capsicum L., Sp. Pl. 1: 188-189. 1753.

Subarbustos ou arbustos; inflorescências fasciculadas, uni ou plurifloras, sésseis, axilares; flores brancas, com ou sem máculas basais amareladas, esverdeadas ou acastanhadas; cálice com borda truncada, com ou sem cinco apêndices subapicais filiformes, resultantes do prolongamento das nervuras; corola fendida a partir da metade ou do terço superior do seu comprimento; estames com apêndices auriculares na base dos fi letes, deiscência longitudinal; baga globosa ou ovóide; cálice frutífero persistente, não-acrescente.

Gênero cuja distribuição abrange a região sul do México até a Argentina. Apresenta cerca de vinte espécies e cinco variedades (Hunziker 2001). Dois táxons nativos são encontrados no Rio Grande do Sul. Outros quatro táxons, C. annuum L. var. annuum, C. annuum var. frutescens (L.) Kuntze, C. annuum var. glabriusculum (Dunal) D'Arcy e C. chinense Jacq., são amplamente cultivados no mundo e, embora sem registros em herbários, podem ocorrer no Estado.

Material selecionado: C. baccatum L. var. baccatum: BRASIL, Rio Grande do Sul, Três Passos, 20/XI/2003, fl ., Mentz et al. 263 (ICN); C. fl exuosum Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santo Ângelo, 10/XII/2004, fl ., Soares 256 (ICN).

10. Cestrum L., Sp. Pl. 1: 191. 1753.

Subarbustos, arbustos ou árvores; inflorescências cimosas, plurifloras, pedunculadas, axilares ou terminais, ou uma combinação de ambas; flores articuladas, amareladas, amarelo-esverdeadas, branco-esverdeadas, esverdeadas, às vezes externamente arroxeadas; cálice fendido a partir da metade ou no terço superior do seu comprimento; tubo corolino cilíndrico, ampliado no terço superior e constricto no ápice; estames com deiscência longitudinal; baga ovóide; sementes angulosas, apenas um pouco mais longas do que largas, não aladas.

Estima-se que Cestrum tenha de 150 a 200 espécies, distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais da América. A região andina da América do Sul (Bolívia, Peru até o norte da Argentina) tem cerca de 100 espécies e é seguida pelo Brasil, com cerca de 50 (Hunziker 2001; Nee 2001). No Rio Grande do Sul foram confirmadas cinco espécies nativas e duas introduzidas, C. corymbosum Schltdl.e C. nocturnum L.

Material selecionado: C. bracteatum Link & Otto: BRASIL, Rio Grande do Sul, Dom Pedro de Alcântara, 19/III/2005, fl ., Soares & Vignoli-Silva 75 (ICN); C. euanthes Schltdl.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Tio Hugo, 25/ IX/2005, fl ., Soares 97 (ICN); C. intermedium Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Três Cachoeiras, 19/III/2005, fl ., Soares & Vignoli-Silva 76 (ICN); C. parqui L'Herit.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Itaqui, 13/I/2002, fl ., fr., Vignoli-Silva & Mentz 39 (ICN); C. strigilatum Ruiz & Pavon: BRASIL, Rio Grande do Sul, Entre-Ijuís, s/d., fl ., fr., Vignoli-Silva & Mentz 162 (ICN).

11. Datura L., Sp. Pl. 1: 179. 1753.

Ervas anuais ou subarbustos de vida curta; flores brancas, branco-esverdeadas ou vinosas, solitárias, extra-axilares, eretas; cálice com lacínias freqüentemente desiguais; lobos corolinos longo-acuminados ou caudados no ápice; estames com deiscência longitudinal; ovário cônico, tetralocular pela formação de um falso septo; cápsula ovóide, elipsóide ou globosa, geralmente ornamentada com projeções espinescentes ou tuberculadas, de deiscência septífraga, plurisseminada; cálice frutífero persistente, circunciso, anelar e reflexo no fruto.

As onze espécies do gênero são originárias do sudoeste dos Estados Unidos e do México. No Brasil são encontradas algumas espécies introduzidas, cultivadas ou assilvestradas, das quais quatro foram registradas no Rio Grande do Sul, D. ferox L., D. inoxia Mill., D. metel L. e D. stramonium L.

12. Dyssochroma Miers, Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 2, 4 (22): 250. 1849.

Epífitas lenhosas; flores solitárias, axilares ou terminais, amareladas, amarelo-esverdeadas ou branco-esverdeadas; cálice anguloso em toda a sua extensão, pentagonal em secção transversal, plicado na exsicata; corola infundibuliforme; lobos corolinos inteiros e revolutos no ápice; estames com anteras lineares, deiscência longitudinal; ovário cônico, bilocular; estigma clavado, decurrente ao longo da porção distal do estilete; baga ovóide; cálice frutífero persistente, fendido.

Gênero com duas espécies estritamente brasileiras. Dyssochroma viridiflorum (Sims) Miers ocorre em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo (Hunziker 2001). Dyssochroma longipes (Sendtn.) Miers, espécie nativa na flora do Rio Grande do Sul, também ocorre em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. No Estado foi coletada apenas na região fi siográfica do Litoral, ocorrendo principalmente como epífita sobre espécies de Ficus L., Myrcia DC. e Luehea Willd., no interior da Mata Atlântica.

Material selecionado: D. longipes (Sendtn.) Miers: BRASIL, Rio Grande do Sul, Capão da Canoa, 31/I/2002, fl ., Vignoli-Silva et al. 55 (ICN).

13. Grabowskia Schltdl., Linnaea 7: 71. 1832.

Arbustos com ramos espinescentes; inflorescências fasciculadas, plurifloras, sobre braquiblastos curtos, axilares; flores branco-amareladas ou branco-esverdeadas; cálice com uma projeção sepalóide em cada lacínia, voltada para o centro da flor; corola infundibuliforme, fendida a partir do terço superior de seu comprimento; estames com deiscência longitudinal; filetes cobertos de tricomas simples na metade inferior; ovário ovóide, bilocular, tetralocular na porção apical; baga drupácea, globosa; cálice frutífero persistente, não-acrescente.

Gênero com aproximadamente quatro espécies, concentradas na Argentina e territórios adjacentes. Grabowskia boerhaviifolia (L.f.) Schltdl. é a única espécie com uma distribuição ampla, desde o México até a Argentina, porém nunca coletada no Brasil (Hunziker 2001). No Rio Grande do Sul foi encontrada apenas uma coleta de G. duplicata Arn., datada do final da primeira metade do século XX, não existindo outras mais recentes nos herbários revisados. Os dados da etiqueta informam que a planta foi coletada em "bosque ribeirinho do Rio Uruguay, Alto Uruguay, R.G.Sul" em 1942.

Material selecionado: G. duplicata Arnott: BRASIL, Rio Grande do Sul, bosque ribeirinho do Rio Uruguay, Alto Uruguay, 1942, fl ., Irmão Augusto s.n. (ICN 19095).

14. Jaborosa Juss., Gen. Pl. 125. 1789.

Ervas com rizomas horizontais e verticais, cilíndricos; folhas com margem denticulada, raramente inteira, e consistência membranácea a subcoriácea; flores eretas, tubuloso-infundibuliformes, brancas; lobos corolinos reflexos e revolutos; estigma com três projeções subglobosas.

Gênero sul-americano com 23 espécies, em dois centros de diversidade, a porção andina ocidental com 21 espécies e o sul da América do Sul, com duas espécies, Jaborosa integrifolia Lam. e J. runcinata Lam. (Barboza & Hunziker 1987; Hunziker 2001). Destas, a primeira espécie foi coletada no Rio Grande no Sul, em uma área inundável da margem do canal de São Gonçalo usada para pastejo do gado bovino.

Material selecionado: J. integrifolia Lam.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Pelotas, 27/X/2007, fl ., Soares & Salazar 260 (ICN).

15. Lycianthes (Dunal) Hassl., Annuaire Conserv. Jard. Bot. Genève 20: 180. 1917. Arbustos apoiantes; ramos tri- ou tetra-angulosos, cobertos de tricomas simples e dendríticos; inflorescências fasciculadas; flores violáceas; cálice truncado, cupuliforme, com dez apêndices subapicais, resultantes do prolongamento das nervuras; corola rotada; estames heterodínamos, de duas alturas diferentes, com um par de apêndices laterais na base de cada filete; anteras poricidas.

Gênero com 150 a 200 espécies, que habitam diferentes regiões do mundo. Aproximadamente metade das espécies ocorre na América do Sul, enquanto as demais se distribuemigualmente entre a América Central e a Ásia (Hunziker 2001). Uma espécie do gênero, Lycianthes rantonnei (Carrière) Bitter é elemento nativo na flora sul-riograndense, tendo sido coletado apenas no Parque Estadual do Turvo (região fi siográfica do Alto Uruguai).

Material selecionado: L. rantonnei (Carrière) Bitter: BRASIL, Rio Grande do Sul, Tenente Portela, X/1981, fl ., Stehmann s.n. (ICN 53229a).

16. Melananthus Walp., Bot. Zeitung (Berlin) 8 (44): 788-789. 1850.

Ervas; inflorescências espiciformes; flores violáceas, levemente zigomorfas; limbo corolino pentalobado, lobos trilobulados, o lóbulo mediano parecendo um apêndice, estreito e alongado; estames quatro, didínamos; cápsula unilocular, ovóide, rostrada e rugosa, envolta parcialmente pelo cálice frutífero; semente única, ovóide.

Gênero de distribuição tropical e subtropical, da América Central à América do Sul (Hunziker 2001). As cinco espécies do gênero ocorrem no Brasil, sendo que de Melananthus multiflorus Carvalho é conhecido apenas o tipo, coletado no Rio Grande do Sul por A. Saint-Hilaire.

Material selecionado: M. multiflorus Carv.: BRASIL, Rio Grande do Sul, leg. St. Hilaire cat. C22620, viagem de 1816-1821 (P).

17. Nicandra Adans., Fam. Plant. 2: 219. 1763.

Subarbustos; inflorescências unifloras, axilares ou extraaxilares; flores brancas a lilases; corola campanulada; cálice anguloso, lacínias auriculadas e sagitadas na base; entrenó entre o cálice e a corola; estames com filetes geniculados na base; ovário cônico-ovóide, tri, tetra ou pentalocular; baga globosa, ereta, plurisseminada, envolta pelo cálice frutífero, acrescente e infl ado.

Gênero monotípico, cuja espécie, Nicandra physalodes (L.) Gaertn., é originária da região andina da América do Sul e cultivada em diferentes países com propósitos ornamentais (Hunziker 2001). Ocorre no Rio Grande do Sul como ruderal ou é cultivada pela beleza de suas flores.

18. Nicotiana L., Sp. Pl. 1: 180-181. 1753.

Ervas, subarbustos ou arbustos, raramente arvoretas, inermes; ramos em regra com tricomas simples e glandulares; folhas sésseis ou pecioladas, em regra formando roseta basal; inflorescências terminais, com um hipsófi lo foliáceo associado a cada flor; flores brancas, branco-esverdeadas, branco-rosadas, esverdeadas, rosadas, magentas, roxas ou amarelas; corola infundibuliforme, tubular ou hipocrateriforme, com tubo cilíndrico reto ou levemente curvo, por vezes ventricoso no ápice; prefloração contorcido-conduplicada ou conduplicada; estames com anteras dorsifi xas; cápsula ovóide, plurisseminada, envolta parcialmente pelo cálice frutífero.

O gênero Nicotiana é constituído por 67 espécies, das quais 47 são americanas, 18 australianas, uma espécie ocorrena Namíbia (sudoeste da África), e outra na Melanésia (Ilhas do Pacífico). Das espécies americanas, 37 ocorrem na América do Sul (Goodspeed 1954; Hunziker 1979; 2001). No Rio Grande do Sul ocorrem seis espécies nativas, uma espécie ruderal ou cultivada (N. glauca Graham) e uma espécie cultivada (N. tabacum L.). A espécie nativa com ocorrência mais restrita é N. mutabilis, coletada nos municípios de Itati, Morrinhos do Sul e Barra do Ouro, na região de transição entre as regiões fi siográficas do Litoral, Encosta Inferior do Nordeste e Campos de Cima da Serra (Stehmann et al. 2002; Vignoli-Silva & Mentz 2005b). Espécies do gênero são referidas como ornamentais ou tóxicas e algumas são fontes de substâncias inseticidas. Já Nicotiana tabacum é amplamente conhecida por sua importância econômica, como fonte de matéria-prima para a indústria fumageira, por suas propriedades estimulantes e por ser muito utilizada em investigações científicas, nas áreas de farmácia, fisiologia, virologia e transgenia (Goodspeed 1954; Hawkes 1999; Hunziker 2001).

Material selecionado: N. alata Link & Otto: BRASIL, Rio Grande do Sul, Itaqui, 13/I/2002, fl ., Vignoli-Silva & Mentz 42 (ICN); N. bonariensis Lehm.: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula, 10/XI/2002, fl ., Vignoli-Silva & Mentz 94 (ICN); N. forgetiana Hemsl.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caxias do Sul, 3/XI/2003, fl ., fr., Vignoli-Silva & Mentz 154 (ICN); N. langsdorffii Weinm.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Lavras do Sul, 12/XI/1980, fl ., Mattos 21627 (HAS); N. longiflora Cav.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 29/XII/2000, fl ., Vignoli-Silva 07 (ICN); N. mutabilis Stehmann & Semir: BRASIL, Rio Grande do Sul, Barra do Ouro - São Francisco de Paula, 10/XI/2002, Vignoli-Silva & Mentz 93 (ICN).

19. Nierembergia Ruiz et Pav., Fl. Peruv. Prodr. 23. 1794.

Ervas ou arbustos; inflorescências uni ou plurifloras, então em cimas laxas; flores brancas, branco-violáceas ou lilases; corola hipocrateriforme com tubo cilíndrico, reto e muito fino; limbo corolino com elaióforos na face interna e ao redor da abertura do tubo; prefloração imbricadoconduplicada; estames heterodínamos; filetes retos ou sigmóides, com a porção basal coberta por elaióforos; anteras ventrifixas, envolvendo o estigma; estigma semilunar ou capitado; cápsula elipsóide, envolta parcialmente pelo cálice frutífero.

Nierembergia é um gênero exclusivamente americano, com vinte espécies na América do Sul e uma no México. No Rio Grande do Sul ocorrem cinco espécies. Nierembergia pinifolia Miers foi coletada apenas em Santana do Livramento (região fi siográfica da Campanha), ocorrendo também na Argentina e Uruguai (Vignoli-Silva & Mentz 2006). Algumas espécies são economicamente importantes, sendo cultivadas como ornamentais (como N. linariifolia Graham). Duas espécies, N. riograndensis Hunz. & A.A. Cocucci (sob o nome de N. veitchii Hook.) e N. linariifolia (sob o nome de N. hippomanica Miers), representam grave problema para a agropecuária riograndense devido à alta toxicidade para animais (Riet-Correa et al. 1993; Tokarnia et al. 2000). Os elaióforos florais das espécies de Nierembergia secretam óleos não voláteis que são utilizados pelos visitantes (Cocucci 1991).

Material selecionado: N. linariifolia Graham: BRASIL, Rio Grande do Sul, Canguçu, 22/X/2002, fl ., Vignoli-Silva & Mentz 67 (ICN); N. micrantha Cabrera: BRASIL, Rio Grande do Sul, Bagé, 22/XI/1991, fl ., Girardi-Deiro & Marin 823 (ICN); N. pinifolia Miers: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santana do Livramento, 6/XII/2002, fl ., Vignoli-Silva 125 (ICN); N. riograndensis Hunz. & A.A.Cocucci: BRASIL, Rio Grande do Sul, Toropi-Quevedos, 6/XI/2003, fl ., Vignoli-Silva & Mentz 167 (ICN); N. scoparia Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Piratini, 22/X/2002, fl ., Vignoli-Silva & Mentz 72 (ICN).

20. Petunia Juss., Ann. Mus. Natl. Hist. Nat. 11: 215. 1802.

Ervas; inflorescências plurifloras, pedunculadas, terminais, com um par de hipsófilos foliáceos associados a cada flor; flores brancas, magentas, purpúreas ou vermelhas, actinomorfas ou zigomorfas; prefloração imbricada; cálice geralmente fendido até próximo à base; estames heterodínamos; estilete filiforme; estigma discóide ou capitado, inteiro ou levemente lobado, sulcado dorso-ventralmente; cápsula globosa, elipsóide ou ovóide, envolta parcialmente pelo cálice frutífero.

Este gênero é tipicamente sul-americano, constituído por dezesseis espécies, das quais sete ocorrem no Rio Grande do Sul. Petunia exserta Stehmann e P. secreta Stehmann & Semir constituem endemismos no Estado, registrados apenas em formações areníticas do município de Caçapava do Sul (região fisiográfica da Serra do Sudeste). Todas as espécies do gênero são extremamente ornamentais. Os híbridos (Petunia x hybrida Hort. ex. Vilm.), originalmente resultantes do cruzamento entre Petunia axillaris e Petunia integrifolia, são cultivados e comercializados em quase todo o mundo.

Material selecionado: P. altiplana T.Ando & Hashim.: BRASIL, Rio Grande do Sul, São José dos Ausentes, I/2000, fl ., Sobral et al. 8978 (ICN); P. axilaris (Lam.) Britton, Sterns & Poggenb.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, 27/XII/2004, Soares 146 (ICN); P. bajeensis T.Ando & Hashim.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Bagé, 14/XI/1994, fl ., Hashimoto 796b (SI); P. exserta Stehmann: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, s.d., fl ., Sobral 4290 (ICN); P. infl ata R.E.Fr.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Lagoa Vermelha, 4/XI/2005, fl ., Vignoli-Silva et al. 213 (ICN); P. integrifolia (Hook.) Schinz & Th ell.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Amaral Ferrador - Encruzilhada, IX/1985, fl ., Irgang et al. s.n. (ICN 81176); P. secreta Stehmann & Semir: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caçapava do Sul, 2/XI/1995, fl ./fr., Stehmann et al. 2101 (BHCB).

21. Physalis L., Sp. Pl. 1: 182-184. 1753.

Ervas anuais ou perenes; inflorescências unifloras, axilares; flores amarelas, brancas, ou esverdeadas com ou sem máculas vinosas ou esverdeadas; cálice anguloso ou não, com as nervuras principais evidentes e sem projeções na base das sépalas; estames com filetes retos; ovário cônico-ovóide, bilocular, plurisseminado; baga globosa, pêndula, plurisseminada, envolta pelo cálice frutífero, acrescente e infl ado.

Gênero quase exclusivo das Américas com cerca de 75 espécies (Estrada & Martinez 1999). No Rio Grande do Sul ocorrem três espécies, Physalis angulata L., P. pubescens L. e Physalis viscosa L., frequentemente encontradas em ambientes antropizados, além de P. peruviana L., provavelmente introduzida.

Material selecionado: P. angulata L.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Tenente Portela, 23/VII/1981, fl ., Brack et al. s.n. (ICN 51066); P. pubescens L.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caraá, 12/IV/2005, fl ., fr., Mentz et al. 378 (ICN); P. viscosa L.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Esteio, 6/XII/2005, fl ., fr., Kinupp & Lorenzi 3075 (ICN).

22. Salpichroa Miers, London J. Bot. 4: 321. 1845.

Subarbustos rizomatosos com caule aéreo prostrado ou apoiante; folhas com margem inteira e consistência membranácea; inflorescências unifloras, raro bifloras; flores pêndulas, urceoladas, brancas; lobos corolinos refl exos; anteras coniventes; disco nectarífero conspícuo, vermelho; estigma discóide.

Este gênero possui quinze espécies, originárias principalmente da região andina da América do Sul (Hunziker 2001). A espécie presente no Rio Grande do Sul, Salpichroa origanifolia (Lam.) Baill., ocorre na Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai e no sul do Brasil (Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

Material selecionado: S. origanifolia (Lam.) Baill.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Viamão, 7/VII/2004, fl ., Mentz et al 423 (ICN).

23. Schwenckia L., Gen. Pl. ed. 6: 567 (577). 1764.

Ervas; inflorescências racemiformes; flores amarelo esverdeadas, levemente zigomorfas; tubo corolino curvo no ápice; limbo corolino pentalobado, lobos trilobulados, o lóbulo mediano parecendo um apêndice dentiforme; estames dois, homodínamos; estaminódios três, reduzidos a longos filetes; cápsula bilocular, subglobosa a ovóide, lisa, envolta parcialmente pelo cálice frutífero; sementes numerosas.

Gênero de distribuição tropical e subtropical, da América Central à América do Sul (Hunziker 2001). No Brasil ocorrem cerca de 16 espécies (Carvalho 1978), das quais apenas Schwenckia curviflora Benth. ocorre como espécie nativa no Rio Grande do Sul, tendo sido coletada nas regiões fi siográficas da Depressão Central, do Litoral e da Encosta Inferior do Nordeste.

Material selecionado: S. curviflora Benth.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Tramandaí, 25/II/1983, fl ., Stehmann 74 (ICN).

24. Sessea Ruiz et Pav., Fl. Peruv. Prodr. 21. tab. 33. 1794.

Subarbustos, arbustos ou árvores; inflorescências racemiformes, plurifloras, pedunculadas, axilares ou terminais, ou uma combinação de ambas; flores articuladas, esverdeadas; cálice fendido a partir da metade ou no terço superior do seu comprimento; tubo corolino cilíndrico, levemente ventricoso no ápice; estames com deiscência longitudinal; cápsula bivalvar; sementes discóides, muito mais longas do que largas, aladas.

Gênero com cerca de 27 espécies na América do Sul e uma espécie no Haiti. O maior número de espécies habita a região andina, da Colômbia à Bolívia (Hunziker 2001).

No Brasil ocorrem três espécies, Sessea brasiliensis Toledo, S. regnellii Taub. e S. vestioides (Schltdl.) Hunz., das quais apenas as duas últimas são elementos da flora nativa do Estado. Sessea regnellii foi coletada até o momento na região fi siográfica do Alto Uruguai e S. vestioides nas regiões fi siográficas do Alto Uruguai e do Planalto Médio.

Material selecionado: S. regnellii Taub.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Marcelino Ramos, 19/IX/1989, fl ., Jarenkow 1329 (PEL); S. vestioides (Schltdl.) Hunz.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Giruá, 20/IX/1963, fl ., Hagelund 977 (ICN).

25. Solandra Swartz, Kongl. Vetensk. Acad. Nya Handl. 8: 302, tab. XI. 1787. Epífitas lenhosas; flores solitárias, terminais, branco esverdeadas, amarelo-esverdeadas ou amarelas quando fenescidas, sempre com estrias vinosas longitudinais e internas; cálice tubuloso, cilíndrico na metade basal e anguloso na metade apical, sem dobras evidentes na exsicata; corola ciatiforme; lobos corolinos inteiros e revolutos no ápice; estames com anteras elipsóides, deiscência longitudinal; ovário cônico, tetralocular; estigma capitado; baga cônica, plurisseminada; cálice frutífero persistente, fendido.

Gênero com cerca de dez espécies, desde o México (provável centro de diversidade), ilhas do Caribe, Peru, Bolívia até o Brasil (Hunziker 2001). Três destas espécies, Solandra grandiflora Sw., S. longiflora Tussac e S. maxima (Sessé & Mociño) P.S. Green são cultivadas como ornamentais. Solandra grandiflora, a espécie do gênero com a distribuição mais austral, ocorre na forma epifítica no Rio Grande do Sul. Os exemplares disponíveis foram coletados na região fi siográfica do Litoral.

Material selecionado: S. grandiflora Sw.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Dom Pedro de Alcântara, 17/I/2006, fl ., Soares 232 (ICN).

26. Solanum L., Sp. Pl. 1: 184. 1753.

Árvores, arbustos ou ervas, prostradas ou eretas, às vezes escandentes ou epífitas ou ainda macrófitas aquáticas; plantas inermes ou aculeadas; ramos glabros ou cobertos de tricomas simples, dendríticos, estrelados, peltados, paleáceos, glandulares ou não; inflorescências pseudoterminais, axilares ou extra-axilares ou ainda opostas às folhas; flores brancas, azúis, róseas, violáceas ou raramente amarelas; cálice campanulado; corola rotada ou estrelado-rotada, às vezes com abundante tecido interpetalar; estames cinco; filetes adnatos próximo à porção basal da corola e entre si na base, formando um anel; anteras coniventes ou raramente conatas através de tricomas existentes na face adaxial; deiscência poricida, tardiamente lateral ou longitudinal; ovário globoso ou ovóide, bilocular, com inúmeros rudimentos seminais; estilete cilíndrico; estigma em regra pouco evidente, capitado ou clavado; baga globosa, elipsóide, ovóide-apiculada ou fusiforme; cálice frutífero persistente, geralmente não acrescente.

Gênero com 1250 a 2000 espécies (Nee 1999; Knapp 2002, respectivamente) distribuídas em todos os continen-tes, com a maior riqueza no continente americano (cerca de 950, segundo Nee 1999). Devido ao elevado número de espécies, existem diferentes propostas de organização infragenérica. Nee (1999) sugere a divisão do gênero em três subgêneros, Bassovia, Solanum e Leptostemonum. O subgênero Bassovia está representado no Rio Grande do Sul por duas seções, Pachyphylla e Cyphomandropsis. A primeira delas abrange três espécies nativas e uma introduzida (S. betaceum Cav.), que estavam circunscritas a Cyphomandra (Soares & Mentz 2006) e a segunda agrupa cinco espécies nativas inermes e com anteras atenuadas na porção distal (Mentz et al. 2007). O subgênero Solanum, representado no Estado por 33 espécies nativas e cinco introduzidas (S. castaneum Carvalho, S. muricatum Aiton, S. seaforthianum Andrews e S. tuberosum L.), caracteriza-se por apresentar plantas inermes e com anteras oblongas ou raramente estreitadas na porção apical (S. lycopersicum L.) e o subgênero Leptostemonum, representado por 19 espécies nativas e quatro introduzidas (S. aethiopicum L., S. mammosum L., S. melongena L. e S. wendlandii Hook. f.), é caracterizado por espécies armadas e com anteras estreitadas na porção distal (Mentz & Oliveira 2004). Diferentes autores discutem a posição das espécies de Lycopersicon Mill. (Spooner et al. 1993; Nee 1999; Hunziker 2001), sendo que os dados moleculares sugerem sua inserção em Solanum (Spooner et al. 1993). Segundo Nee (1999), o cone formado pelas anteras nas espécies antes consideradas em Lycopersicon, com um único poro apical, corresponde a cada poro das anteras em Solanum subgênero Leptostemonum, onde estão agrupadas espécies cujas flores também apresentam anteras atenuadas no ápice. No entanto, as demais características as colocam no subgênero Solanum (Nee 1999), seção Petota.

Material selecionado: S. aculeatissimum Jacq.: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula, 25/III/1994, fl ., fr., Mentz 113 (ICN); S. adscendens Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Marcelino Ramos, 23/IX/1987, fl ., fr., Jarenkow 720 (ICN; PEL); S. affi ne Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Torres, 13/VII/1972, fr., Lindeman et al. série 20.59 (ICN); S. alatirameum Bitter: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 10/XII/1994, fl ., fr., Mentz & Sobral 150 (ICN); S. americanum Mill.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Dom Pedro de Alcântara, 19/XII/1997, fl ., fr., Marodin 368 (ICN); S. amygdalifolium Steud.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Pelotas, 25/III/1995, fl ., Irgang & Gastal s.n. (ICN 120418); S. aparadense L.A.Mentz & M.Nee: BRASIL, Rio Grande do Sul, Bom Jesus, 4/I/1994, fl ., Mentz 98 (ICN); S. arenarium Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Viamão 18/X/2004, fl ., Mentz et al. 410 (ICN); S. atropurpureum Schrank: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Vendelino, 16/IV/1993, fl ., Mentz 1 (ICN); S. bistellatum L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 10/XII/1994, fl ., Mentz 149 (ICN); S. campaniforme Roem. & Schult.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Giruá, 10/IV/1967, fl ., Hagelund 5292 (ICN); S. capsicoides All.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Viamão, 15/I/1994, fl ., fr., Mentz 105 (ICN); S. cassioides L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 2/XI/2005, fl ., Soares 156 (ICN); S. chacoense Bitter: BRASIL, Rio Grande do Sul, Derrubadas, 19/V/2002, fl ., Mondin & Iob 2698 (PACA); S. chenopodioides Lam.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Bagé, 28/ XII/1990, fl ., fr., Fernandes 839 (ICN); S. commersonii Dunal: BRASIL, Rio Grande do Sul, Guaíba, 13/VI/2003, fl ., Kinnup et al. 2643 (ICN); S. compressum L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula, 18/XII/1995, fr., Mentz & Sobral 215 (ICN); S. concinnum Schott ex Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Torres, 1/VIII/1987, fl ., Hagelund 16265 (ICN); S. corymbiflorum (Sendtn.) Bohs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cristal do Sul, 26/IX/2005, fl ., fr., Soares 120 (ICN); S. delicatulum L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santo Ângelo, 10/XII/2004, fl ., Mentz et al. 321 (ICN); S. diploconos (Mart.) Bohs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Torres, 05/XII/1992, fl ., Jarenkow 2225 (ICN); S. fl accidum Vell.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santa Cruz do Sul, X/1986, fl ., Sobral et al. 5154 (ICN); S. fusiforme L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santo Ângelo, 10/ XII/2004, fl ., fr., Mentz et al. 332 (ICN); S. gemellum Mart. ex Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Nova Petrópolis, 27/VIII/1983, fl ., Sobral 2180 (ICN); S. glaucophyllum Desf.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Barra do Quaraí, 22/IX/2003, fl ., Kinupp & Irgang 2739 (ICN); S. granulosoleprosum Dunal: BRASIL, Rio Grande do Sul, Frederico Westphalen, 21/ IV/2005, fl ., fr., Jacomassa s.n. (ICN 143624); S. guaraniticum A.St.-Hil.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Salvador do Sul, 15/X/1993, fl ., fr., Mentz s.n. (ICN 101622); S. hasslerianum Chodat: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Borja - Santiago, 13/I/2002, fl ., fr., Vignoli-Silva & Mentz 45 (ICN); S. hirtellum (Spreng.) Hassl.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Nova Roma do Sul, 14/V/2005, fl ., fr., Wasum 2944 (ICN); S. inodorum Vell.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 06/ IX/1982, fl ., fr., Stehmann s.n. (ICN); S. iraniense L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 20/II/1953, fl ., fr., Rambo 54096 (PACA); S. johannae Bitter: BRASIL, Rio Grande do Sul, Passo Fundo, 9/XII/2004, fl ., Mentz et al. 322 (ICN); S. laxum Spreng.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Dom Pedrito, III/1983, fl ., fr., Sobral 1533 (ICN); S. mauritianum Scop.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 30/III/2005, fl ., Schneider s.n. (ICN 138153); S. megalochiton Mart.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Camaquã, X/1983, fl ., fr., Sobral 2292 (ICN); S. nigrescens M.Martens & Galeotti: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cambará do Sul, 27/ VIII/1978, fl ., fr., Irgang s.n. (ICN 68962); S. pabstii L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Barra do Ouro - Riozinho, XI/1994, fl ., Sobral et al. 7622 (ICN); S. palinacanthum Dunal: BRASIL, Rio Grande do Sul, Vacaria - Bom Jesus, 14/XI/1993, fl ., fr., Mentz 84 (ICN); S. paniculatum L.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caraá, 12/IV/2005, fl ., Mentz et al. 358 (ICN); S. paranense Dusén: BRASIL, Rio Grande do Sul, Torres, 5/XI/1993, fl ., Mentz s.n. (ICN 101620); S. pelagicum Bohs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Osório, 14/ XII/1986, fl ., Guaranha 150 (HAS); S. platense Dieckmann: BRASIL, Rio Grande do Sul, Guaíba, 11/IX/1993, fl ., Mentz 17 (ICN); S. pseudocapsicum L.: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Francisco de Paula, 16/XII/2005, fl ., fr., Scherer s.n. (ICN 141680); S. pseudoquina A.St.-Hil.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Esmeralda, 29/X/2004, fl ., Soares 245 (ICN); S. ramulosum Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caxias do Sul, 20/VIII/2005, fl ., Marchetti 359 (ICN); S. refl exum Schrank: BRASIL, Rio Grande do Sul, Vacaria - Bom Jesus, 14/XI/1993, fl ., Mentz 85 (ICN); S. reineckii Briquet: BRASIL, Rio Grande do Sul, Guaíba, 31/I/1988, fl ., Bordignon et al. s.n. (ICN); S. reitzii L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Sapucaia do Sul, 10/XI/1991, fl ., Zachia 465 (ICN); S. sanctae-catharinae Dunal: BRASIL, Rio Grande do Sul, Viamão, 18/X/2004, fl ., Mentz et al. 413 (ICN 148848); S. sarachoides Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, São Gabriel, I/1944, fl ., fr., Rambo 25721 (PACA); S. sciadostylis (Sendtn.) Bohs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Tapera - Espumoso, 11/ XII/2004, fl ., Soares 49 (ICN); S. sisymbriifolium Lam.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Santana do Livramento, 12/I/2002, fl ., Vignoli-Silva & Mentz 26 (ICN); Solanum sp. 1: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caxias do Sul 7/I/1946, fl ./fr., Rambo 31113 (PACA); S. subsylvestris L.B.Sm. & Downs: BRASIL, Rio Grande do Sul, Riozinho, 30/IX/2004, fl ., fr., Soares 249 (ICN); S. trachytrichium Bitter: BRASIL, Rio Grande do Sul, Cristal do Sul, 26/IX/2005, fl ., Soares 118 (ICN); S. vaillantii Dunal: BRASIL, Rio Grande do Sul, Nova Petrópolis, 8/ IV/1994, fr., Mentz 121 (ICN); S. variabile Mart.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caraá, estrada 12/IV/2005, fl ., Mentz et al. 357 (ICN); S. viarum Dunal: BRASIL, Rio Grande do Sul, Viamão, 18/X/2004, fl ./fr., Mentz et al. 414 (ICN); S. viscosissimum Sendtn.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Caxias do Sul, 24/II/1954, fl ., fr., Rambo 54931 (PACA); S. wacketii Witasek: BRASIL, Rio Grande do Sul, Morrinhos do Sul, 11/I/1994, fl ., Jarenkow 2831 (PEL).

27. Streptosolen Miers, Ann. Mag. Nat. Hist., ser. 2, 5 (27): 207-208. 1850. Arbustos; inflorescências corimbiformes, plurifloras, curto-pedunculadas, terminais; flores amarelo-alaranjadas, zigomorfas; tubo corolino contorcido, não ventricoso no ápice; estames didínamos, arranjados em dois pares, um adnato apenas até a porção inferior do tubo da corola e o outro até a porção superior; filetes cilíndricos, cobertos de tricomas; anteras basifixas, aparentemente monotecas (uma teca vestigial) no par superior de estames e ditecas no par inferior; estilete cilíndrico, corrugado na porção distal, curvo no ápice; superfície estigmática alargada e bipartida; cápsula ovóide, envolta parcialmente pelo cálice frutífero.

Streptosolen jamesonii (Benth.) Miers é o único representante deste gênero, sendo encontrado como espécie nativa na região do Equador, Peru e possivelmente sul da Colômbia (Hunziker 2001). No Rio Grande do Sul e outras regiões do Brasil é cultivada como planta ornamental.

Arbustos ou árvores com ramos espinescentes; inflorescências fasciculadas, plurifloras, sésseis ou sobre braquiblastos curtos, axilares ou terminais; flores brancas, rosadas ou violáceas; cálice com lacínias progressivamente irregulares com o desenvolvimento; corola rotado-campanulada; estames com deiscência longitudinal; filetes glabros com um par de apêndices laterais basais; ovário ovóide, levemente piriforme, bilocular, tetralocular na porção basal; baga globosa; cálice frutífero persitente, não acrescente.

Gênero com duas espécies distribuídas nas regiões tropicais e subtropicais da América do Sul (Hunziker 2001). Vassobia breviflora (Sendtn.) Hunz., a espécie com a distribuição mais ampla, está presente na flora nativa do Rio Grande do Sul, sendo mais comumente encontrada em ambientes antropizados.

Material selecionado: V. breviflora (Sendtn.) Hunz.: BRASIL, Rio Grande do Sul, Porto Alegre, IX/2005, fl ., Lima s.n. (ICN 156697).

Dos 23 gêneros representados por espécies nativas, sete também contam com uma ou mais espécies introduzidas, cultivadas por seu valor alimentício ou ornamental (Brunfelsia, Capsicum, Cestrum, Nicotiana, Petunia, Physalis e Solanum). O número total de espécies é de 149, sendo que 118 são nativas e cerca de 31 são introduzidas (ruderais ou cultivadas). Os gêneros de Solanaceae ocorrentes no Rio Grande do Sul podem ser distinguidos combinando caracteres vegetativos e reprodutivos. A diversidade de espécies comprova a supremacia de Solanum, visto que, quase a metade das espécies nativas pertence a este gênero, enquanto as demais correspondem à soma dos representantes dos outros gêneros. Os gêneros Athenaea, Dyssochroma, Grabowskia, Jaborosa, Lycianthes, Melananthus, Schwenckia, Sessea e Solandra são pouco conhecidos no estado e é baixo o número de exemplares de suas espécies disponíveis nos herbários.

Agradecimentos

Aos curadores dos herbários revisados e ao CNPq pelas bolsas concedidas a Edson Luís de Carvalho Soares e Márcia Vignoli da Silva.

Referências bibliográficas

Agra, M.F. 1999. Diversity and distribution of Solanum subgenus Leptostemonum in northeast Brazil. Pp. 197-203. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization. Kew, Royal Botanic Gardens/The Linnean Society of London.

Agra, M.F. 2000. Revisão taxonômica de Solanum sect. Erythrotrichum Child (Solanaceae). Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo.

Aguiar, L.W.; Martau, L. & Mentz, L.A. 1998. Flórula fanerogâmica da Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Solanaceae. Iheringia, Sér. Botânica 50: 21-47.

Angely, J. 1965. Flora Analítica do Paraná. São Paulo, Edições Phyton.

Angely, J. 1970. Flora Analítica e Fitogeográfica de São Paulo. São Paulo, Edições Phyton.

Augusto, Ir. & Edésio, Ir. 1943. Flora do Rio Grande do Sul (Plantas catalogadas neste Estado até hoje - 1820-1940). Famílias. Solanáceas e Labiadas. Porto Alegre, Tipografia do Centro.

Avery, A.G.; Satina, S. & Rietsema, J. 1959. Blakeslee: The Genus Datura. New York, Ronald Press Company.

Barbará, T. & Carvalho, L.d'A.F. 1996. Solanáceas nas restingas do estado do Rio de Janeiro - lista preliminar. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 4: 3-23.

Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1987. Estudios sobre Solanaceae. XXV. Revision de Jaborosa. Kurtziana 19: 77-153.

Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1989. Estudios sobre Solanaceae. XXIX. Sinopsis taxonomica de Athenaea. Boletin de la Sociedad Argentina de Botanica 26(1-2): 91-105.

Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1992. Estudios sobre Solanaceae. XXXIII. El género Lycianthes en la Argentina. Darwiniana 31(14): 17-34.

Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1998. Tribu III. Jaboroseae: Jaborosa y Salpichroa. Flora Fanerogámica Argentina 54: 3-26.

Barboza, G.E. & Bianchetti, L. B. 2005.Three new species of Capsicum (Solanaceae) and a key to the wild species from Brazil. Systematic Botany 30(4): 863-871.

Bernardello, L.M. 1986. Revision taxonomica de las especies sudamericanas de Lycium (Solanaceae). Boletin de la Academia Nacional de Ciencias de Córdoba 57(3-4): 173-356.

Bernardello, L.M. & Hunziker, A.T. 1987. A synoptical revision of Solandra (Solanaceae). Nordic Journal of Botany 7(6): 639-652.

Bitter, G. 1912a. Solana nova vel minus cognita I. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 10: 529-565.

Bitter, G. 1912b. Solana nova vel minus cognita. II. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 1-19.

Bitter, G. 1912c. Solana nova vel minus cognita III. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 202-237.

Bitter, G. 1912d. Solana nova vel minus cognita IV. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 241-260.

Bitter, G. 1912e. Solana nova vel minus cognita V. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 349-394.

Bitter, G. 1912f. Solana nova vel minus cógnita VI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 431-473.

Bitter, G. 1913a. Solana nova vel minus cógnita VII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 481-491.

Bitter, G. 1913b. Solana nova vel minus cógnita VIII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 562-566.

Bitter, G. 1913c. Solana nova vel minus cognita. IX. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 1-10.

Bitter, G. 1913d. Solana nova vel minus cognita X. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 49-90.

Bitter, G. 1913e. Solana nova vel minus cognita XI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 136-62.

Bitter, G. 1913f. Solana nova vel minus cognita XII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 433-67.

Bitter, G. 1913g. Solana nova vel minus cognita XIII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 542-555.

Bitter, G. 1914a. Solana nova vel minus cognita XIV. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 13: 88-103.

Bitter, G. 1914b. Solana nova vel minus cognita XV. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 13: 169-73.

Bitter, G. 1917. Solana nova vel minus cognita XVI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 15: 93-98.

Bitter, G. 1919a. Solana nova vel minus cognita XVII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 16: 10-15.

Bitter, G. 1919b. Solana nova vel minus cognita XVIII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 16: 79-103.

Bitter, G. 1920. Solana nova vel minus cognita XIX. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 16: 389-409.

Bitter, G. 1922a. Solana nova vel minus cognita XX. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 18: 49-71.

Bitter, G. 1922b. Solana nova vel minus cognita XXI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 18: 301-309.

Bohs, L. 1994. Flora Neotropica. Monograph 63: Cyphomandra (Solanaceae). New York, The New York Botanical Garden.

Bohs, L. 1995. Transfer of Cyphomandra (Solanaceae) and its species to Solanum. Taxon 44(4): 583-587.

Bohs, L. 2001. Revision of Solanum section Cyphomandropsis (Solanaceae). Systematic Botany Monographs 61: 1-84.

Brummitt, R.K. & Powell, C.E. 1992. Authors of plant names. Kew, Royal Botanic Gardens.

Cabrera, A.L. 1965. Solanaceae. In: Cabrera, A.L. (Ed.). Flora de la Provincia de Buenos Aires. INTA 4(5): 190-250.

Cabrera, A.L. 1979. Solanaceae. In: A. Burkart (Ed.). Flora Ilustrada de Entre Rios. INTA 6(5): 346-452.

Carvalho, L.d'A.F. 1966a. O gênero Melananthus no Brasil (Solanaceae). Sellowia 18(8): 51-66.

Carvalho, L.d'A.F. 1966b. O gênero Protoschwenckia Soler. no Brasil (Solanaceae). Sellowia 18(8): 67-72.

Carvalho, L.d'A.F. 1978. O gênero Schwenkia D. van Rooyen ex Linnaeus no Brasil (Solanaceae). Rodriguésia 44: 307-524.

Carvalho, L.d'A.F. 1985. Flora fanerogâmica da reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil). 136 - (Solanaceae). Hoehnea 12: 67-85.

Carvalho, L.d'A.F. 1986. Th e genus Metternichia in Brazil. In: W.G. D'arcy. Solanaceae: Biology and Systematics. New York, Columbia.

Carvalho, L.d'A.F. 1996. Espécies de Solanum das seções Cernuum Carv. e Sheph. e Lepidotum (Dun.) Seithe v.Hoff (Solanaceae). Pesquisas, Sér. Botânica 46: 5-83.

Carvalho, L.d'A.F. 1997a. Diversidade taxonômica das Solanáceas no estado do Rio de Janeiro (Brasil) - I. Albertoa 4(19): 245-260.

Carvalho, L.d'A.F. 1997b. Diversidade taxonômica das Solanáceas no estado do Rio de Janeiro (Brasil) - II - Lycianthes e Solanum. Albertoa 4(21): 281-300.

Carvalho, L.d'A.F.; Costa, L.H.P. & Duarte, A.C. 2001. Diversidade taxonômica e distribuição geográfica das Solanáceas que ocorrem no Sudeste Brasileiro. (Acnistus, Athenaea, Aureliana, Brunfelsia e Cyphomandra). Rodriguésia 52(80): 31-45.

Cocucci, A.A. 1991. Pollination biology of Nierembergia (Solanaceae). Plant Systematics and Evolution 174: 17-35.

Cocucci, A.A. & Hunziker, A.T. 1993. Estudios sobre Solanaceae XXXV. Novedades en Nierembergia. Lorentzia 7: 5-15.

Cocucci, A.E. & Mariath, J.E.A. 1995. Sexualidade das plantas. Rio de Janeiro, Ciência Hoje 106(18): 50-61.

D'Arcy, W.G. 1979. Th e classification of the Solanaceae. Pp. 3-47. In: Hawkes, J.G.; Lester, R.N. & Skelding, A.D. (Eds.). The biology and taxonomy of the Solanaceae. London, Academic Press (Linnean Society Symposium Series, 7).

D'Arcy, W.G. 1991. The Solanaceae since 1976, with a review of its biogeography. Pp. 75-137. In: Hawkes, J.G.; Lester, R.N.; Nee, M. & Estrada, N. (Eds.). Solanaceae III - Taxonomy, Chemistry, Evolution. Kew, Th e Royal Botanic Gardens / The Linnean Society of London.

Dunal, M.F. 1852. Solanaceae. Pp: 1-690. In: De Candolle, A.L.P.P. (Ed). Prodromus Systematis Universalis Naturalis Regni Vegetabilis, Paris.

Eshbaugh, W.H. 1968. A nomenclatural note on the genus Capsicum. Taxon 17: 51-52.

Eshbaugh, W.H. 1970. A biosystematic and evolutionary study of Capsicum baccatum (Solanaceae). Brittonia 22: 31-43.

Eshbaugh, W.H. 1980. The taxonomy of the genus Capsicum. Phytologia 47(3): 153-166.

Estrada, E. & Martinez, M. 1999. Physalis L (Solanoideae: Solaneae) and allied genera: I.A morphology-based cladistic analysis. Pp. 139-159. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization. Kew, Royal Botanic Gardens/ The Linnean Society of London.

Fortes, A.B. 1959. Geografia física do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, Globo.

Goodspeed, T.H. 1954. Th e genus Nicotiana: origins, relationships and evolution of its species in the light of their distribution, morphology and cytogenetics. Chronica Botânica 16(1-6): 1-536.

Guaranha, J.M.R. 1981. Estudos preliminares sobre o gênero Cestrum (Solanaceae). Loefgrenia 73: 1-15.

Guaranha, J.M.R. 1984. Solanaceae do Rio Grande do Sul - Acnistus Schott. Roessléria 6(1): 405-412.

Guaranha, J.M.R. 1985. O gênero Salpichroa Miers (Solanaceae) no Rio Grande do Sul. Roessléria 7(4): 39-42.

Hawkes, J.G. 1999. The economic importance of the family Solanaceae. Pp. 1-8. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization. Kew, Royal Botanic Gardens/The Linnean Society of London.

Hunziker, A.T. 1950. Estudios sobre Solanaceae. I. Sinopsis de las especies silvestres de Capsicum de Argentina y Paraguay. Darwiniana 9(2): 225-247.

Hunziker, A.T. 1969. Estudios sobre Solanaceae. V. Contribucion al conocimento de Capsicum y generos afi nes (Witheringia, Acnistus, Athenaea, etc.). Kurtziana 5: 101-179.

Hunziker, A.T. 1971. Estudios sobre Solanaceae. VII. Contribucion al conocimento de Capsicum y generos afi nes (Witheringia, Acnistus, Athenaea, etc.). Kurtziana 10: 241-259.

Hunziker, A.T. 1977. Estudios sobre Solanaceae. VIII. Novedades varias sobre tribus, generos, secciones y especies de Sud America. Kurtziana 10: 7-50.

Hunziker, A.T. 1979. South American Solanaceae: a synoptic survey. Pp. 49-85. In: Hawkes, J.G.; Lester, R.N.; Skelding, A.D. (Eds.). The Biology and Taxonomy of the Solanaceae. London, Academic Press.

Hunziker, A.T. 1982. Estudios sobre Solanaceae. XVII. Revisión sinóptica de Acnistus. Kurtziana 15: 81-102.

Hunziker, A.T. 1984. Estudios sobre Solanaceae. XIX. Sinopsis de Vassobia. Kurtziana 17: 91-118.

Hunziker, A.T. 1997. Tribu IV. Lycieae Hunz., parte B. 2. Grabowskia Schlecht. Flora Fanerogámica Argentina 41: 3-8.

Hunziker, A.T. 1998. Estudios sobre Solanaceae. XLVI. Los ajíes silvestres de Argentina (Capsicum). Darwiniana 36: 201-203.

Hunziker, A.T. 2001. Genera Solanacearum. The genera of Solanaceae illustrated, arranged according to a new system. Ruggell, A.R.G.Gantner Verlag.

Hunziker, A.T. & Barboza, G.E. 1990. Estudios sobre Solanaceae XXX. Revisión de Aureliana. Darwiniana 30(1-4): 95-113.

Hunziker, A.T. & Subils, R. 1983. Estudios sobre Solanaceae XVIII. Sinopsis taxonómica de Bouchetia. Boletin de la Sociedad Argentina de Botanica 22(1-4): 275-295.

Kissmann, K.G. & Groth, D. 2000. Plantas infestantes e nocivas. Tomo III. 2. ed. São Paulo, BASF.

Knapp, S. 2002. Flora Neotropica. Monograph 84: Solanum section Geminata (Solanaceae). New York, The New York Botanical Garden.

Lorenzi, H. & Souza, H.M. 2001. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras. 3ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.

Mentz, L.A. & Oliveira, P.L. 2004. O gênero Solanum na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 54: 1-327.

Mentz, L.A., Vendruscolo, G.S., Soares, E.L.C. & Vignoli-Silva, M. 2007. Solanaceae nativas no Rio Grande do Sul, Brasil: Listagem II: Solanum L. Revista Brasileira de Biociências 5(supl.2): 1059-1061.

Millán, R. 1941. Revisión de las especies del género Nierembergia (Solanaceae). Darwiniana 5: 487-547.

Morton, C.V. 1944. Taxonomic studies of tropical American plants. Contributions from the United States National Herbarium 29(1): 1-91.

Morton, C.V. 1976. A revision of the Argentine species of Solanum. Cordoba, Academia Nacional de Ciencias.

Nee, M. 1999. Synopsis of Solanum in the New World. Pp. 285-333. In: Nee, M.;. Symon, D.E; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization. Kew, Royal Botanic Gardens/ The Linnean Society of London.

Nee, M. 2001. An overview of Cestrum. Pp. 109-136. In: Van Den Berg, R.G.; Barendse, G.W.N.; Van Der Weeden; Mariani, C. (Eds.). Solanaceae V: Advances in Taxonomy and Utilization. Nijmegen, Nijmegen University Press.

Olmstead, R.G.; Sweere, J.A.; Splangler, R.E.; Bohs, L. & Palmer, J.D. 1999. Phylogeny and provisional classification of the Solanaceae based on chloroplast DNA. Pp. 111-137. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization. Kew, Royal Botanic Gardens/The Linnean Society of London.

Plowman, T.C. 1981. Brugmansia (Baum-Datura) in Sudamerika. Rausch und Realität Drogen im Kulturvergleich 2: 436-443.

Plowman, T.C. 1998. A revision of the South American species of Brunfelsia (Solanaceae). Ed. by S. Knapp e J.R. Press. Chicago, Field Museum of Natural History, Fieldiana Botany 39: 1-135.

Rambo, B. 1961. Solanaceae Riograndenses. Pesquisas, Sér. Botânica 5: 1-67.

Riet-Correa, F.; Méndez, M.C. & Schild, A.L. 1993. Intoxicações por plantas e micotoxicoses em animais domésticos. Pelotas, Hemisfério Sul do Brasil.

Romanutti, A.A. & Hunziker, A.T. 1998. Tribu VI. Cestreae. Flora Fanerogámica Argentina 55: 3-14.

Romanutti, A.A. & Hunziker, A.T. 2001. Tribu IX. Francisceae. Flora Fanerogámica Argentina 73: 3-7.

Sendtner, O. 1846. Solanaceae et Cestrinneae. In: Von Martius, C.F.P. (Ed.). Flora Brasiliensis 6(10): 1-338.

Smith, L.B. & Downs, R.J. 1964. Notes on the Solanaceae of Southern Brazil. Phytologia 10: 422-453.

Smith, L.B. & Downs, R.J. 1966. Solanáceas. In: Reitz, R. (Ed.). Flora Ilustrada Catarinense. Itajaí, Herbário Barbosa Rodrigues.

Soares, E.L.C. & Mentz, L.A. 2006. As espécies de Solanum subgênero Bassovia seção Pachyphylla (= Cyphomandra Mart. ex Sendtn. -Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 57: 231-254.

Soares, E.L.C. & Mentz, L.A. 2007. O gênero Brunfelsia (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 58: 245-262.

Soares, E.L.C.; Vignoli-Silva, M. & Mentz, L. A. 2007a. O gênero Cestrum (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 58: 263-282.

Soares, E.L.C., Vignoli-Silva, M., Vendruscolo, G.S. & Mentz, L.A. 2007b. Solanaceae nativas no Rio Grande do Sul, Brasil: Listagem I. Revista Brasileira de Biociências 5(supl.2): 1050-1052.

Soares, E.L.C.; Vendruscolo, G.S.; Vignoli-Silva, M.; Thode, V.A.; Gomes-Silva, J. & Mentz, L.A. 2009. O gênero Physalis (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 60: 323-340.

Spooner, D.M.; Anderson, G.J. & Jansen, R.K. 1993. Chloroplast DNA evidence for the interrelationship of tomatoes, potatoes and pepinos (Solanaceae). American Journal of Botany 80(6): 676-688.

Stehmann, J.R. 1999. Estudos taxonômicos na tribo Nicotianeae G.Don (Solanaceae): revisão de Petunia Jussieu, das espécies brasileiras de Calibrachoa La Llave e Lexarza e o estabelecimento do novo gênero Petuniopsis Stehmann e Semir. Tese de Doutorado. Campinas, Universidade Estadual de Campinas.

Stehmann, J.R.; Semir, J. & Ippolito, A. 2002. Nicotiana mutabilis (Solanaceae), a new species from southern Brazil. Kew Bulletin 57: 639-646. S

Stehmann, J.R. & Mentz, L.A. 2006. Riqueza e endemismo de Solanaceae na Região Sul do Brasil. Pp. 190-193. In: Mariath, J.E.A. & Santos, R.P. (Orgs.). Os avanços da Botânica no início do século XXI: morfologia, fisiologia, taxonomia e genética. Porto Alegre, Sociedade Botânica do Brasil.

Stehmann, J.R.; Mentz, L.A.; Agra, M.F.; Vignoli-Silva, M.; Giacomin, L. 2010. Solanaceae. In: Lista de Espécies da Flora do Brasil. Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj. gov.br/2010/FB014716. (Acesso em 23/3/2011).

Stehmann, J.R.; Mentz, L.A.; Agra, M.F.; Vignoli-Silva, M.; Giacomin, L. 2010. Solanaceae. In: Forzza, R.F. et al. (Org. )

Tokarnia, C.H.; Döbereiner, J. & Peixoto, P.V. 2000. Plantas tóxicas do Brasil. Rio de Janeiro, Helianthus.

Vellozo, J.M.C. 1829-1831. Flora Fluminensis. Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro 5: 78-86.

Vignoli-Silva, M. & Mentz, L.A. 2005a. O gênero Bouchetia Dunal (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Botânica 60(1): 107-112.

Vignoli-Silva, M. & Mentz, L.A. 2005b. O gênero Nicotiana L. (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Botânica 60(2): 151-173.

Vignoli-silva, M. & Mentz, L. A. 2006. O gênero Nierembergia Ruiz & Pav. (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Ser. Botânica 61: 140-159.

Witasek, J. 1910. Solanaceae. Denkschriften, Akademie der Wissenschaften in Wien 79(2): 313-375.

Recebido em 10/02/2009

Aceito 4/04/2011

  • Agra, M.F. 1999. Diversity and distribution of Solanum subgenus Leptostemonum in northeast Brazil. Pp. 197-203. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization Kew, Royal Botanic Gardens/The Linnean Society of London.
  • Agra, M.F. 2000. Revisão taxonômica de Solanum sect. Erythrotrichum Child (Solanaceae). Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo.
  • Aguiar, L.W.; Martau, L. & Mentz, L.A. 1998. Flórula fanerogâmica da Reserva Biológica do Ibicuí-Mirim, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil. Solanaceae. Iheringia, Sér. Botânica 50: 21-47.
  • Angely, J. 1965. Flora Analítica do Paraná São Paulo, Edições Phyton.
  • Angely, J. 1970. Flora Analítica e Fitogeográfica de São Paulo São Paulo, Edições Phyton.
  • Augusto, Ir. & Edésio, Ir. 1943. Flora do Rio Grande do Sul (Plantas catalogadas neste Estado até hoje - 1820-1940). Famílias. Solanáceas e Labiadas. Porto Alegre, Tipografia do Centro.
  • Avery, A.G.; Satina, S. & Rietsema, J. 1959. Blakeslee: The Genus Datura New York, Ronald Press Company.
  • Barbará, T. & Carvalho, L.d'A.F. 1996. Solanáceas nas restingas do estado do Rio de Janeiro - lista preliminar. Boletim do Museu de Biologia Mello Leitão 4: 3-23.
  • Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1987. Estudios sobre Solanaceae. XXV. Revision de Jaborosa Kurtziana 19: 77-153.
  • Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1989. Estudios sobre Solanaceae. XXIX. Sinopsis taxonomica de Athenaea Boletin de la Sociedad Argentina de Botanica 26(1-2): 91-105.
  • Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1992. Estudios sobre Solanaceae. XXXIII. El género Lycianthes en la Argentina. Darwiniana 31(14): 17-34.
  • Barboza, G.E. & Hunziker, A.T. 1998. Tribu III. Jaboroseae: Jaborosa y Salpichroa Flora Fanerogámica Argentina 54: 3-26.
  • Barboza, G.E. & Bianchetti, L. B. 2005.Three new species of Capsicum (Solanaceae) and a key to the wild species from Brazil. Systematic Botany 30(4): 863-871.
  • Bernardello, L.M. 1986. Revision taxonomica de las especies sudamericanas de Lycium (Solanaceae). Boletin de la Academia Nacional de Ciencias de Córdoba 57(3-4): 173-356.
  • Bernardello, L.M. & Hunziker, A.T. 1987. A synoptical revision of Solandra (Solanaceae). Nordic Journal of Botany 7(6): 639-652.
  • Bitter, G. 1912a. Solana nova vel minus cognita I. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 10: 529-565.
  • Bitter, G. 1912b. Solana nova vel minus cognita. II. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 1-19.
  • Bitter, G. 1912c. Solana nova vel minus cognita III. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 202-237.
  • Bitter, G. 1912d. Solana nova vel minus cognita IV. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 241-260.
  • Bitter, G. 1912e. Solana nova vel minus cognita V. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 349-394.
  • Bitter, G. 1912f. Solana nova vel minus cógnita VI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 431-473.
  • Bitter, G. 1913a. Solana nova vel minus cógnita VII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 481-491.
  • Bitter, G. 1913b. Solana nova vel minus cógnita VIII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 11: 562-566.
  • Bitter, G. 1913c. Solana nova vel minus cognita. IX. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 1-10.
  • Bitter, G. 1913d. Solana nova vel minus cognita X. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 49-90.
  • Bitter, G. 1913e. Solana nova vel minus cognita XI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 136-62.
  • Bitter, G. 1913f. Solana nova vel minus cognita XII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 433-67.
  • Bitter, G. 1913g. Solana nova vel minus cognita XIII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 12: 542-555.
  • Bitter, G. 1914a. Solana nova vel minus cognita XIV. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 13: 88-103.
  • Bitter, G. 1914b. Solana nova vel minus cognita XV. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 13: 169-73.
  • Bitter, G. 1917. Solana nova vel minus cognita XVI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 15: 93-98.
  • Bitter, G. 1919a. Solana nova vel minus cognita XVII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 16: 10-15.
  • Bitter, G. 1919b. Solana nova vel minus cognita XVIII. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 16: 79-103.
  • Bitter, G. 1920. Solana nova vel minus cognita XIX. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 16: 389-409.
  • Bitter, G. 1922a. Solana nova vel minus cognita XX. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 18: 49-71.
  • Bitter, G. 1922b. Solana nova vel minus cognita XXI. Repertorium Specierum Novarum Regni Vegetabilis 18: 301-309.
  • Bohs, L. 1994. Flora Neotropica. Monograph 63: Cyphomandra (Solanaceae). New York, The New York Botanical Garden.
  • Bohs, L. 1995. Transfer of Cyphomandra (Solanaceae) and its species to Solanum Taxon 44(4): 583-587.
  • Bohs, L. 2001. Revision of Solanum section Cyphomandropsis (Solanaceae). Systematic Botany Monographs 61: 1-84.
  • Brummitt, R.K. & Powell, C.E. 1992. Authors of plant names Kew, Royal Botanic Gardens.
  • Cabrera, A.L. 1965. Solanaceae. In: Cabrera, A.L. (Ed.). Flora de la Provincia de Buenos Aires INTA 4(5): 190-250.
  • Cabrera, A.L. 1979. Solanaceae. In: A. Burkart (Ed.). Flora Ilustrada de Entre Rios INTA 6(5): 346-452.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1966a. O gênero Melananthus no Brasil (Solanaceae). Sellowia 18(8): 51-66.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1966b. O gênero Protoschwenckia Soler. no Brasil (Solanaceae). Sellowia 18(8): 67-72.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1978. O gênero Schwenkia D. van Rooyen ex Linnaeus no Brasil (Solanaceae). Rodriguésia 44: 307-524.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1985. Flora fanerogâmica da reserva do Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (São Paulo, Brasil). 136 - (Solanaceae). Hoehnea 12: 67-85.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1986. Th e genus Metternichia in Brazil. In: W.G. D'arcy. Solanaceae: Biology and Systematics New York, Columbia.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1996. Espécies de Solanum das seções Cernuum Carv. e Sheph. e Lepidotum (Dun.) Seithe v.Hoff (Solanaceae). Pesquisas, Sér. Botânica 46: 5-83.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1997a. Diversidade taxonômica das Solanáceas no estado do Rio de Janeiro (Brasil) - I. Albertoa 4(19): 245-260.
  • Carvalho, L.d'A.F. 1997b. Diversidade taxonômica das Solanáceas no estado do Rio de Janeiro (Brasil) - II - Lycianthes e Solanum Albertoa 4(21): 281-300.
  • Carvalho, L.d'A.F.; Costa, L.H.P. & Duarte, A.C. 2001. Diversidade taxonômica e distribuição geográfica das Solanáceas que ocorrem no Sudeste Brasileiro. (Acnistus, Athenaea, Aureliana, Brunfelsia e Cyphomandra). Rodriguésia 52(80): 31-45.
  • Cocucci, A.A. 1991. Pollination biology of Nierembergia (Solanaceae). Plant Systematics and Evolution 174: 17-35.
  • Cocucci, A.A. & Hunziker, A.T. 1993. Estudios sobre Solanaceae XXXV. Novedades en Nierembergia Lorentzia 7: 5-15.
  • Cocucci, A.E. & Mariath, J.E.A. 1995. Sexualidade das plantas. Rio de Janeiro, Ciência Hoje 106(18): 50-61.
  • D'Arcy, W.G. 1979. Th e classification of the Solanaceae. Pp. 3-47. In: Hawkes, J.G.; Lester, R.N. & Skelding, A.D. (Eds.). The biology and taxonomy of the Solanaceae London, Academic Press (Linnean Society Symposium Series, 7).
  • D'Arcy, W.G. 1991. The Solanaceae since 1976, with a review of its biogeography. Pp. 75-137. In: Hawkes, J.G.; Lester, R.N.; Nee, M. & Estrada, N. (Eds.). Solanaceae III - Taxonomy, Chemistry, Evolution Kew, Th e Royal Botanic Gardens / The Linnean Society of London.
  • Dunal, M.F. 1852. Solanaceae. Pp: 1-690. In: De Candolle, A.L.P.P. (Ed). Prodromus Systematis Universalis Naturalis Regni Vegetabilis, Paris.
  • Eshbaugh, W.H. 1968. A nomenclatural note on the genus Capsicum Taxon 17: 51-52.
  • Eshbaugh, W.H. 1970. A biosystematic and evolutionary study of Capsicum baccatum (Solanaceae). Brittonia 22: 31-43.
  • Eshbaugh, W.H. 1980. The taxonomy of the genus Capsicum Phytologia 47(3): 153-166.
  • Estrada, E. & Martinez, M. 1999. Physalis L (Solanoideae: Solaneae) and allied genera: I.A morphology-based cladistic analysis. Pp. 139-159. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization Kew, Royal Botanic Gardens/ The Linnean Society of London.
  • Fortes, A.B. 1959. Geografia física do Rio Grande do Sul Porto Alegre, Globo.
  • Goodspeed, T.H. 1954. Th e genus Nicotiana: origins, relationships and evolution of its species in the light of their distribution, morphology and cytogenetics. Chronica Botânica 16(1-6): 1-536.
  • Guaranha, J.M.R. 1981. Estudos preliminares sobre o gênero Cestrum (Solanaceae). Loefgrenia 73: 1-15.
  • Guaranha, J.M.R. 1984. Solanaceae do Rio Grande do Sul - Acnistus Schott. Roessléria 6(1): 405-412.
  • Guaranha, J.M.R. 1985. O gênero Salpichroa Miers (Solanaceae) no Rio Grande do Sul. Roessléria 7(4): 39-42.
  • Hawkes, J.G. 1999. The economic importance of the family Solanaceae. Pp. 1-8. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization Kew, Royal Botanic Gardens/The Linnean Society of London.
  • Hunziker, A.T. 1950. Estudios sobre Solanaceae. I. Sinopsis de las especies silvestres de Capsicum de Argentina y Paraguay. Darwiniana 9(2): 225-247.
  • Hunziker, A.T. 1969. Estudios sobre Solanaceae. V. Contribucion al conocimento de Capsicum y generos afi nes (Witheringia, Acnistus, Athenaea, etc.). Kurtziana 5: 101-179.
  • Hunziker, A.T. 1971. Estudios sobre Solanaceae. VII. Contribucion al conocimento de Capsicum y generos afi nes (Witheringia, Acnistus, Athenaea, etc.). Kurtziana 10: 241-259.
  • Hunziker, A.T. 1977. Estudios sobre Solanaceae. VIII. Novedades varias sobre tribus, generos, secciones y especies de Sud America. Kurtziana 10: 7-50.
  • Hunziker, A.T. 1979. South American Solanaceae: a synoptic survey. Pp. 49-85. In: Hawkes, J.G.; Lester, R.N.; Skelding, A.D. (Eds.). The Biology and Taxonomy of the Solanaceae London, Academic Press.
  • Hunziker, A.T. 1982. Estudios sobre Solanaceae. XVII. Revisión sinóptica de Acnistus Kurtziana 15: 81-102.
  • Hunziker, A.T. 1984. Estudios sobre Solanaceae. XIX. Sinopsis de Vassobia Kurtziana 17: 91-118.
  • Hunziker, A.T. 1997. Tribu IV. Lycieae Hunz., parte B. 2. Grabowskia Schlecht. Flora Fanerogámica Argentina 41: 3-8.
  • Hunziker, A.T. 1998. Estudios sobre Solanaceae. XLVI. Los ajíes silvestres de Argentina (Capsicum). Darwiniana 36: 201-203.
  • Hunziker, A.T. 2001. Genera Solanacearum The genera of Solanaceae illustrated, arranged according to a new system. Ruggell, A.R.G.Gantner Verlag.
  • Hunziker, A.T. & Barboza, G.E. 1990. Estudios sobre Solanaceae XXX. Revisión de Aureliana Darwiniana 30(1-4): 95-113.
  • Hunziker, A.T. & Subils, R. 1983. Estudios sobre Solanaceae XVIII. Sinopsis taxonómica de Bouchetia Boletin de la Sociedad Argentina de Botanica 22(1-4): 275-295.
  • Kissmann, K.G. & Groth, D. 2000. Plantas infestantes e nocivas Tomo III. 2. ed. São Paulo, BASF.
  • Knapp, S. 2002. Flora Neotropica. Monograph 84: Solanum section Geminata (Solanaceae) New York, The New York Botanical Garden.
  • Lorenzi, H. & Souza, H.M. 2001. Plantas ornamentais no Brasil: arbustivas, herbáceas e trepadeiras 3ed. Nova Odessa, Instituto Plantarum.
  • Mentz, L.A. & Oliveira, P.L. 2004. O gênero Solanum na Região Sul do Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 54: 1-327.
  • Mentz, L.A., Vendruscolo, G.S., Soares, E.L.C. & Vignoli-Silva, M. 2007. Solanaceae nativas no Rio Grande do Sul, Brasil: Listagem II: Solanum L. Revista Brasileira de Biociências 5(supl.2): 1059-1061.
  • Millán, R. 1941. Revisión de las especies del género Nierembergia (Solanaceae). Darwiniana 5: 487-547.
  • Morton, C.V. 1944. Taxonomic studies of tropical American plants. Contributions from the United States National Herbarium 29(1): 1-91.
  • Morton, C.V. 1976. A revision of the Argentine species of Solanum Cordoba, Academia Nacional de Ciencias.
  • Nee, M. 1999. Synopsis of Solanum in the New World. Pp. 285-333. In: Nee, M.;. Symon, D.E; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization Kew, Royal Botanic Gardens/ The Linnean Society of London.
  • Nee, M. 2001. An overview of Cestrum Pp. 109-136. In: Van Den Berg, R.G.; Barendse, G.W.N.; Van Der Weeden; Mariani, C. (Eds.). Solanaceae V: Advances in Taxonomy and Utilization Nijmegen, Nijmegen University Press.
  • Olmstead, R.G.; Sweere, J.A.; Splangler, R.E.; Bohs, L. & Palmer, J.D. 1999. Phylogeny and provisional classification of the Solanaceae based on chloroplast DNA. Pp. 111-137. In: Nee, M.; Symon, D.E.; Lester, R.N. & Jessop, J.P. (Eds.). Solanaceae IV: Advances in Biology and Utilization Kew, Royal Botanic Gardens/The Linnean Society of London.
  • Plowman, T.C. 1981. Brugmansia (Baum-Datura) in Sudamerika. Rausch und Realität Drogen im Kulturvergleich 2: 436-443.
  • Plowman, T.C. 1998. A revision of the South American species of Brunfelsia (Solanaceae). Ed. by S. Knapp e J.R. Press. Chicago, Field Museum of Natural History, Fieldiana Botany 39: 1-135.
  • Rambo, B. 1961. Solanaceae Riograndenses. Pesquisas, Sér. Botânica 5: 1-67.
  • Riet-Correa, F.; Méndez, M.C. & Schild, A.L. 1993. Intoxicações por plantas e micotoxicoses em animais domésticos Pelotas, Hemisfério Sul do Brasil.
  • Romanutti, A.A. & Hunziker, A.T. 1998. Tribu VI. Cestreae. Flora Fanerogámica Argentina 55: 3-14.
  • Romanutti, A.A. & Hunziker, A.T. 2001. Tribu IX. Francisceae. Flora Fanerogámica Argentina 73: 3-7.
  • Sendtner, O. 1846. Solanaceae et Cestrinneae. In: Von Martius, C.F.P. (Ed.). Flora Brasiliensis 6(10): 1-338.
  • Smith, L.B. & Downs, R.J. 1964. Notes on the Solanaceae of Southern Brazil. Phytologia 10: 422-453.
  • Smith, L.B. & Downs, R.J. 1966. Solanáceas. In: Reitz, R. (Ed.). Flora Ilustrada Catarinense Itajaí, Herbário Barbosa Rodrigues.
  • Soares, E.L.C. & Mentz, L.A. 2006. As espécies de Solanum subgênero Bassovia seção Pachyphylla (= Cyphomandra Mart. ex Sendtn. -Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 57: 231-254.
  • Soares, E.L.C. & Mentz, L.A. 2007. O gênero Brunfelsia (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 58: 245-262.
  • Soares, E.L.C.; Vignoli-Silva, M. & Mentz, L. A. 2007a. O gênero Cestrum (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 58: 263-282.
  • Soares, E.L.C., Vignoli-Silva, M., Vendruscolo, G.S. & Mentz, L.A. 2007b. Solanaceae nativas no Rio Grande do Sul, Brasil: Listagem I. Revista Brasileira de Biociências 5(supl.2): 1050-1052.
  • Soares, E.L.C.; Vendruscolo, G.S.; Vignoli-Silva, M.; Thode, V.A.; Gomes-Silva, J. & Mentz, L.A. 2009. O gênero Physalis (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Pesquisas, Sér. Botânica 60: 323-340.
  • Spooner, D.M.; Anderson, G.J. & Jansen, R.K. 1993. Chloroplast DNA evidence for the interrelationship of tomatoes, potatoes and pepinos (Solanaceae). American Journal of Botany 80(6): 676-688.
  • Stehmann, J.R. 1999. Estudos taxonômicos na tribo Nicotianeae G.Don (Solanaceae): revisão de Petunia Jussieu, das espécies brasileiras de Calibrachoa La Llave e Lexarza e o estabelecimento do novo gênero Petuniopsis Stehmann e Semir Tese de Doutorado. Campinas, Universidade Estadual de Campinas.
  • Stehmann, J.R.; Semir, J. & Ippolito, A. 2002. Nicotiana mutabilis (Solanaceae), a new species from southern Brazil. Kew Bulletin 57: 639-646.
  • Stehmann, J.R. & Mentz, L.A. 2006. Riqueza e endemismo de Solanaceae na Região Sul do Brasil. Pp. 190-193. In: Mariath, J.E.A. & Santos, R.P. (Orgs.). Os avanços da Botânica no início do século XXI: morfologia, fisiologia, taxonomia e genética Porto Alegre, Sociedade Botânica do Brasil.
  • Stehmann, J.R.; Mentz, L.A.; Agra, M.F.; Vignoli-Silva, M.; Giacomin, L. 2010. Solanaceae In: Lista de Espécies da Flora do Brasil Rio de Janeiro, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. http://floradobrasil.jbrj. gov.br/2010/FB014716 (Acesso em 23/3/2011).
  • Stehmann, J.R.; Mentz, L.A.; Agra, M.F.; Vignoli-Silva, M.; Giacomin, L. 2010. Solanaceae In: Forzza, R.F. et al. (Org.
  • Tokarnia, C.H.; Döbereiner, J. & Peixoto, P.V. 2000. Plantas tóxicas do Brasil Rio de Janeiro, Helianthus.
  • Vellozo, J.M.C. 1829-1831. Flora Fluminensis. Archivos do Museu Nacional do Rio de Janeiro 5: 78-86.
  • Vignoli-Silva, M. & Mentz, L.A. 2005a. O gênero Bouchetia Dunal (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Botânica 60(1): 107-112.
  • Vignoli-Silva, M. & Mentz, L.A. 2005b. O gênero Nicotiana L. (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Sér. Botânica 60(2): 151-173.
  • Vignoli-silva, M. & Mentz, L. A. 2006. O gênero Nierembergia Ruiz & Pav. (Solanaceae) no Rio Grande do Sul, Brasil. Iheringia, Ser. Botânica 61: 140-159.
  • Witasek, J. 1910. Solanaceae. Denkschriften, Akademie der Wissenschaften in Wien 79(2): 313-375.
  • 1
    Parte da dissertação de Mestrado do primeiro Autor
  • 2
    Autor para correspondência:
  • Publication Dates

    • Publication in this collection
      30 Sept 2011
    • Date of issue
      June 2011

    History

    • Accepted
      04 Apr 2011
    • Received
      10 Feb 2009
    Sociedade Botânica do Brasil SCLN 307 - Bloco B - Sala 218 - Ed. Constrol Center Asa Norte CEP: 70746-520 Brasília/DF. - Alta Floresta - MT - Brazil
    E-mail: acta@botanica.org.br